ACTO ILOCUTÓRIO

 

Acto ilocutório directo - Indicado por uma leitura literal da estrutura gramatical e semântica.

 

Exemplo:

Gostas de estudar?

   - Estrutura gramatical: frase interrogativa

   - Intenção: perguntar

 

Acto ilocutório indirecto – Indicado pela força ilocutória que o enunciado pode ter, num contexto particular, dependendo da intenção do locutor.

 

Exemplo:

Podes ajudar-me a carregar esta caixa?

   - Estrutura gramatical: frase interrogativa

   - Intenção: pedir

 

Neste caso o locutor não ficará satisfeito se o alocutário se limitar a responder à pergunta “Posso!”, não se movendo para o ajudar. Seria directo se o locutor dissesse “Ajudas-me a carregar esta caixa, por favor”.

 

Exercício – Assinale verdadeiro ou falso. Corrija as falsas.

1) “Declaro o réu culpado” – é uma declaração assertiva porque o locutor (o juiz no tribunal) quer fazer passar a sua opinião. – Falso, é uma declaração, pois o juiz, para além de ter autoridade, cria um estado de coisas novo.

2) “Pai, não me podias adiantar a mesada?” – é um acto ilocutório directivo indirecto, porque a intenção não é perguntar mas pedir. – Verdadeiro.

3) “Passas-me o sal?” é um acto ilocutório directo porque a intenção é perguntar. – Falso, é um acto ilocutório directivo indirecto, pois a intenção é pedir.

4) “Não vais prestar atenção?” é um acto directivo directo porque a intenção é perguntar. – Falso, é um acto directivo indirecto, pois a intenção é fazer com que o aluno preste atenção (mandar/avisar).

5) “Que paisagem fabulosa!” – é um acto expressivo directo, porque é uma exclamação com a presença de um adjectivo valorativo. – Verdadeiro.

6) “Vamos começar a aula?” – é um acto directivo indirecto porque a intenção do professor é dar início à aula. – Falso. É uma declaração porque a intenção do professor é dar início à aula./ É um acto directivo indirecto porque a intenção do professor é mandar calar os alunos.

7) “Considero o réu culpado.” - disse a testemunha – é uma declaração assertiva porque há uma correspondência entre o conteúdo e a realidade. – Falso, é um acto assertivo, porque a testemunha não tem qualquer poder e está a afirmar algo que acha verdade.

8) “Juro que farei o que me pedes.” – é um acto compromissivo directo. – Verdadeiro.

 

Patrícia Silva