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Filosofia Moderna Dilthey: Âmbito e meta da tarefa da fundamentação das ciências do espírito |
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Autor: Maria Inês Dourado Data de Publicação: 25/07/2007 N.º de páginas visitadas neste site (desde 15/10/2006): SE TENS TRABALHOS COM BOAS CLASSIFICAÇÕES ENVIA-NOS (DE PREFERÊNCIA EM WORD) PARA notapositiva@sapo.pt POIS SÓ ASSIM O NOSSO SITE PODERÁ CRESCER. |
Dilthey Âmbito e meta da tarefa da fundamentação das ciências do espírito
1. Introdução
Embora seja evidente que todas as ciências são humanas, porque resultam da actividade humana do conhecimento, a expressão ‘ciências humanas’ refere-se às ciências que têm o próprio ser humano como objecto. A situação de tais ciências é muito especial. Em primeiro lugar, porque o seu objecto é bastante recente: o homem, como objecto científico é uma ideia surgida apenas no século XIX. Até então, tudo quanto se referia ao ser humano era estudado pela Filosofia. Em segundo lugar, porque surgiram depois das ciências matemáticas e naturais já estarem constituídas e definidas como ideia de cientificidade, de método e conhecimento científico de modo que as ciências humanas foram levadas a ‘imitar e copiar’ o que estas ciências haviam estabelecido tratando o homem como uma coisa ‘matematizável e experimentável’. Ou seja, para ganhar respeitabilidade científica, as ciências humanas procuraram estudar o seu objecto utilizando conceitos, métodos e técnicas propostas pelas ciências da natureza. Em terceiro lugar, por terem surgido num período em que prevalecia a concepção empirista e determinista da ciência, também procuraram tratar o ‘objecto’ humano usando os modelos hipotéticos-indutivos e experimentais de estilo empirista, procurando também leis causais necessárias e universais para os fenómenos humanos. No entanto, como não era possível uma transposição integral e perfeita dos métodos, das técnicas e teorias naturais para o estudo dos factos humanos, as ciências humanas acabaram por utilizar a ‘analogia’ com as ciências naturais, o que levou a resultados contestáveis e pouco científicos. Esta situação levou muitos cientistas e filósofos a duvidar da possibilidade de existência duma ciência que tivesse o homem como ‘objecto’. Que objecções poderiam surgir à possibilidade de existência das ciências humanas? Dado que a ciência funciona com factos observáveis, factos que são objecto de experimentação, como é que se poderia ‘observar e experimentar’, por exemplo, a consciência humana individual que é o objecto da psicologia? Ou uma sociedade, que é objecto da sociologia? Ou de uma época passada, que é objecto da história? Para além disto, a ciência procura as leis objectivas gerais, universais e necessárias dos factos. Desta forma, como estabelecer leis objectivas para aquilo que é essencialmente subjectivo, como é o psiquismo humano? Como estabelecer leis particulares para aquilo que é do âmbito universal como a sociedade? E como estabelecer leis necessárias e únicas como é o caso de um acontecimento histórico? Estas são algumas das questões pertinentes que surgem a W. Dilthey, filósofo e historiador alemão que, nos finais do séc. XIX e início do séc. XX, inicia o ‘período do historicismo’. Esta concepção, herdeira do idealismo alemão, insiste na diferença profunda entre a Natureza e o Homem e entre as ciências naturais e as ciências humanas, a que Dilthey chamou ciências do espírito.
Dilthey, influenciado pela filosofia da ilustração, repudia a possibilidade do conhecimento metafísico, embora se situe numa perspectiva que enraíza em Hegel, ao afirmar a crença na supremacia do espírito (1). Dilthey considera a história como o domínio em que a vida do espírito se evidencia especialmente e em que se revela a toda a historicidade e toda a vida social do homem (2). Pela história sabe o homem o que é e só através do homem é possível a história.
2. Dilthey e a Introdução às Ciências do Espírito
Para Dilthey os factos humanos são históricos, dotados de valor e de sentido, de significação e finalidade e devem ser estudados com as características que os distinguem dos factos naturais. As ciências do espírito não podem nem devem usar o método da observação-experimentação, mas devem criar o método da explicação e compreensão do sentido dos factos e encontrar a causalidade que os governa. Os factos humanos são históricos ou temporais. Surgem no tempo e transformam-se no tempo. Em cada época histórica, os factos psíquicos, sociais, políticos, religiosos, económicos técnicos e artísticos possuem as mesmas causas gerais, o mesmo sentido e seguem os mesmos valores devendo, assim, ser compreendidos como particularidades históricas e como etapas ou fases do desenvolvimento geral da humanidade, i.e., devem ser compreendidos como fazendo parte de um processo causal universal, que é o progresso. Tudo o que é humano é precário e, como tal, é necessária a tomada de consciência daquilo que é humano, porque os factos ‘explicam-se’ mas aquilo que é da ordem humana ‘compreende-se’, ’… Explicamos a natureza, compreendemos a vida do espírito’ (3). O que é da ordem do humano, é da ‘compreensão’ e é, também, do âmbito hermenêutico. Dilthey começou a ver na hermenêutica o fundamento para as Geisteswissenchaften (neste aspecto há a evidenciar as influências de Schleimacker). Segundo R. E. Palmer, ‘Dilthey tinha como objectivo apresentar métodos para alcançar uma interpretação «objectivamente válida» das «expressões da vida interior» (4). A compreensão é uma categoria psicológica. Para a descrição dos factos humanos a psicologia adequada é a psicologia do espírito. Dilthey põe de lado a psicologia explicativa e parte dos factos da consciência, da experiência dos factos humanos. Ele centra-se na psicologia descritiva e analítica. As realidades que partem da consciência fazem parte da vida e por isso estas ciências, as ciências do espírito, ‘…têm o direito de determinar elas mesmas os seus métodos em função dos seus objectos’. Na base da captação de objectos exteriores, parte-se da experiência para os dados da consciência dos factos que vivemos a partir do interior. É uma relação bidireccional exterior-interior. Os factos humanos estão, realmente, na base da consciência desses mesmos factos. Parte-se da consciência, dos factos atinentes ao humano, ao espírito, para a ciência. Dilthey propõe o alargamento da análise às disciplinas do mundo humano através do método comparativo, através da ‘analogia’. A sua pretensão é dar inelegibilidade às ciências. A inteligibilidade tem um nexo e esse nexo encontra-se na categoria da vida. A vida é entendida na sua multiplicidade de manifestações como uma estrutura comum. Assim, Dilthey estabelece a diferença entre um ‘dado exterior’ e um ‘dado interior’, ou seja, para ele existem: 1) as ciências da natureza, que se refere à captação dos objectos exteriores; 2) as ciências do espírito, que se refere às experiências que nos são dadas na consciência. Partindo dos factos da consciência temos acesso directo às vivências. A captação do que nos é dado na consciência, apela para a consciência de nós mesmos e só é entendido se voltarmos ao passado e tivermos em conta o futuro. O homem tem uma história e a experiência que o homem tem da sua realidade, insere-se numa estrutura, num conjunto de relações que é dado numa dimensão de desenvolvimento que é a vida. Portanto, quando falamos da vida humana individual só a entendemos se a relacionarmos com os outros. E para compreendermos os aspectos da consciência temos que ter em conta a estrutura dessa consciência, a estrutura relacional humana, i.e., a vida humana colectiva, o seu carácter histórico e a evolução colectiva para podermos dar conta da racionalidade especifica da evolução e do valor do ser humano.
3. Dilthey, Fundamentação e Razão Histórica das Ciências do Espírito
A tarefa filosófica de Dilthey vai consistir em fundamentar a inteligibilidade do histórico como tal e, como esta, todas as modalidades do conhecimento do homem que impliquem uma relação histórica, ou seja, a fundamentação das ciências do espírito. A razão histórica é absolutamente necessária para compreender Dilthey. A razão enquanto tal não tem história; deve-se ter em conta a sua evolução. Segundo Ortega Y Gasset, mediante uma necessidade de vida, o homem foi obrigado a pensar que ele é o mundo e tudo aquilo que dele faz parte: o estado, a sociedade, a justiça, a beleza de um quadro que pinta, a música, a linguagem (6). O homem, para ter ‘razão das coisas’ não lhe basta ter uma razão meramente quantitativa, ele precisa fundamentá-las sob um protótipo de verdade semelhante ao das ciências naturais, elevando as ciências humanas a uma razão histórica (7). Dilthey procura vincular ‘um método histórico com outro sistemático a fim de resolver a questão dos fundamentos filosóficos das ciências do espírito com o maior grau de certeza que lhe seja possível’ (8). Ele tem como objectivo criar um método histórico no qual será feita uma reflexão histórica dos fundamentos filosóficos das ciências do espírito. Tudo o que tem a ver com a tomada de consciência, tem uma dimensão de relativismo. O objectivo das ciências humanas é particular e histórico. O humano apela para o concreto. O método das ciências humanas parte da experiência, dos factos e da consciência dos mesmos. Mas não basta acumular experiência, é necessário desenvolver a actividade do espírito actualizando determinadas categorias e actividades. Portanto, como vamos descrever o que nos vai na consciência temos, então, uma descrição dos fenómenos da mesma. A fenomenologia permite diferenciar a essência da natureza da essência humana. O método a utilizar para fundamentar as ciências do espírito passa pela descrição daquilo que são dados da consciência, da psyche. Há a manifesta presença duma ciência que é a psicologia em afinidade com a teoria do conhecimento. Segundo Dilthey,’ O desenvolvimento das ciências humanas deve ser acompanhado pela autoreflexão lógico-epistemológica, isto é, o caminho da consciência filosófica no qual o sistema intuitivo-conceptual do mundo histórico, social e humano está formado segundo a experiência vivida do que aconteceu’ (9), ou seja, segundo a experiência vivida no passado. A psicologia é o suporte de possibilidade para criar uma epistemologia. Mas a psicologia ligada a pressupostos empiristas e mecanicistas é posta em causa, porque estuda os complexos a partir de um estudo elementar, um estudo de síntese inerente à psicologia atomista ou associativista. Por exemplo, Condillac diz que nunca temos sensações ‘puras’. Mas Dilthey diz que é a psicologia explicativa, aquela que estuda a associação ao elemento, i.e., que parte do elementar para o complexo, e critica a psicologia atomista na medida em que esta só tem em conta as ciências da natureza e não as ciências humanas. Segundo J. C. Torchia Estrada, ‘a fundamentação das ciências do espírito não pode prescindir da psicologia’ (10), porque não se pode constituir uma ciência do espírito sem atender ao estado psicológico do ser humano. Mas todas as categorias que são retiradas da psicologia descritiva e analítica, são a subvalorização da dimensão psicológica. O psicologismo tem uma actuação nas categorias específicas num determinado momento e, então, a psicologia fica associada ao relativismo. Para Dilthey tem que se ter sempre em conta a ideia de ‘obsoleto’. Há determinadas experiências que são do passado e, consequentemente, tem que haver sempre uma conexão entre essas experiências e o ser humano. E é a ‘teoria da compreensão’ (tal como já foi referido) que estabelece, então, um nexo de sentido a essa compreensão, baseando-se na interpretação e descoberta dos dados memorizados. No psicologismo, a vida psíquica é construída apenas por uma série de hipóteses. Assim, Dilthey propõe: a ‘psicologia descritiva’ porque descreve a vida, e a ‘psicologia analítica’ porque parte da vida anímica desenvolvida, das vivências tal como são dadas. Ao caracterizar a vida psíquica, Dilthey descreve-a como uma unidade e como estrutura. A vida psíquica não cresce por exclusão de partes. É uma unidade abarcante, totalizadora. Partindo dessa unidade, diferenciam-se as expressões psíquicas mas estas mantêm-se em conexão. Todos temos a experiência que a nossa estabilidade psíquica deriva do poder que temos de unir interiormente as nossas vivências com os nosso estado de consciência individual. A conexão psíquica é, ao mesmo tempo, teleológica. A história está sempre orientada para um fim.
4. ‘A Critica da Razão Histórica’ de Dilthey
A concepção histórica do homem opõe-se decididamente à concepção racionalista, que acentua a imutabilidade da natureza humana. A época moderna era tendencialmente racionalista e por isso ignorava-se as restantes faculdades. Os sentimentos e a vontade humanas são actividades obscuras. O primado da ‘razão’ é que assegura a conduta humana. Mas, perante esta ‘tese das Luzes’, Dilthey coloca a questão: Como é que é possível conhecer o homem quando primeiro se apela para o que lhe é de ‘direito’ natural – a razão – e seguidamente se ‘despreza’ o que a ela (razão) é inerente, ou seja, os sentimentos e a vontade humana? E, desta maneira, ’Como é que é possível a história e as ciências do Estado e da sociedade, da religião e da arte’? (11) Dilthey procura respostas no âmbito epistemológico, algo do âmbito da ‘critica do conhecimento’, mas sem esquecer que este conhecimento vem da experiência vivida pelo ser humano, o ‘dono’ da razão e das ‘expressões da vida interior’. E é nesta base que Dilthey propõe uma ‘critica da razão histórica’. A questão que já havia sido feito por Kant no sentido de querer saber como eram possíveis as ciências naturais, é agora feita por Dilthey para as ciências humanas. Então, na sua ‘critica da razão histórica’ Dilthey diz que as perguntas que são feitas pela filosofia do conhecimento, ou seja, das faculdades cognitivas humanas, ‘não podem ser contestadas com rígidos ‘a priori; só se contestam mediante uma consideração evolutiva |…| que parte da totalidade do nosso ser (12). Desta forma, Dilthey mostra a sua ‘oposição’ a Kant dado que este fundamentou a ciência natural só na consciência intelectual e não diz quais são as condições da consciência e que são, afinal, o fundamento de todo o nosso conhecimento (13). Para Dilthey é impreterível saber quais são as condições da consciência para o conhecimento de tudo o que faz parte de nós mesmos e de tudo o que nos rodeia. Assim, é essencial ter a certeza que o nosso conhecimento vem da experiência vivida, que vem da imediata percepção que temos das coisas. A compreensão elementar que conhece o valor das coisas pelo sentido comum. Quando temos conhecimento conceptual, este é o conhecimento em que a inteligibilidade é dada para termos a clarificação daquilo que as coisas são, i.e., para sabermos identificar as coisas. Ao contexto elementar Dilthey chama ‘espírito objectivo’. Nós já somos históricos porque nascemos de um modo em que o espírito que passa pelas coisas já está objectivado. O espírito objectivo é o meio através do qual nós participamos na nossa situação sócio-histórica, o meio pelo qual nós compreendemos essa situação e interactuamos.
5. Conclusão
Dilthey pretende um estudo do objecto das ciências humanas isento de psicologia positivista e que não seja um decalque da ciência da natureza, manifestando assim a reacção alemã à filosofia de Kant na ‘Critica da Razão Pura’. Para Dilthey a realidade humana é uma realidade histórica. Segundo este autor, se pretendemos uma compreensão das ciências humanas, é necessário demarcar a psicologia descritiva e a psicologia analítica. Todos os métodos têm que ser demarcados em função dos seus objectos, ‘Natura parendo vincitur’ (14), ou seja, ‘a natureza submetendo-se às leis, vencerá’. O ponto de partida das ciências humanas é sempre interior, mas a vida tem que ser apresentada como uma totalidade. A natureza é um todo porque temos que ter em conta o passado, o presente e futuro; porque nós não somos só experiência, somos também sentimentos e vontade. Nós somos a razão e as circunstâncias da vida, tal como Ortega y Gasset diz: ‘Eu sou eu e a minha circunstância’.
__________________________________________________ (1) Cf. Vários Autores, (1989) Logos, Enciclopédia Luso-Brasileira de Filosofia, Editorial Verbo, S.Paulo-Lisboa, 1997. (2) Ibidem (3) Dilthey, W.,” Ideias acerca de uma Psicologia Descritiva e Analítica “ (1894), in Le Monde de L’Espirit, I, trad. de M. Remy, Paris, Aubier, 1947, pg. 149 (Texto de apoio) (4) Palmer, Richard E., (1969), Hermenêutica, trad. de Mº Luisa Ribeiro Ferreira, Edições 70, Lisboa, 1996, pg. 105 (5) Ibid. Dilthey, W. in Le Monde de L’Espirit (6) Cf. Ortega Y Gasset, José, Kant, Hegel, Dilthey, Revista do Ocidente, Madrid, 1973, pg.155 (7) Ibidem. Cf. Pg.160 (8) W. Dilthey, Introducción a las Ciências del Espírito, Ensaio de Fundamentar el Estudo de la Sociedad y de la Historia, versão castellana por la Drª Ilse Teresa M. de Brugger, Madrid – Espasa –Celpe, 1948, Prólogo pg. 15 (9) Cf. W. Dilthey, Select Works, Vol.III – Formation of the Historical World in the Human Sciences, Edited, with an Introdution, by Rudolf A. Makkreel & Frithjof Rod, Princeton & Oxford, Princeton University Press, 2002, pg.24 (10) Cf. Juan Carlos Torchia Estrada, La Filosofia del Siglo Viente, Editorial Atlântico, Buenos Aires, 1955, pg. 174 (11) Ibid. Ortega Y Gasset, José, Kant, Hegel, Dilthey, pg.160 (12) Ibid. pgs. 162,163. O sublinhado é de minha autoria (13) Ibid. Cf. pg. 163 (14) Ibid. Dilthey, W. in Le Monde de L’Espirit
Bibliografia Dilthey, W., . “Ideias acerca de uma Psicologia Descritiva e Analítica” (1894), in Le Monde de L’Espirit, I, trad. de M. Remy, Paris, Aubier, 1947 (Texto de apoio) . Introducción a las Ciências del Espírito, Ensaio de Fundamentar el Estudo de la Sociedad y de la Historia, versão castellana por la Drª Ilse Teresa M. de Brugger, Madrid – Espasa –Celpe, 1948, (texto de apoio) . Select Works, Vol.III – Formation of the Historical World in the Human Sciences, Edited, with an Introduction Rudolf A. Makkreel & Frithjof Rod, Princeton & Oxford, Princeton University Press, 2002. Ortega Y Gasset, José, Kant, Hegel, Dilthey, Revista do Ocidente, Madrid, 1973 Palmer, Richard E., Hermenêutica, trad. de Mº Luisa Ribeiro Ferreira, Edições 70, Lisboa, 1996 Torchia Estrada, Juan Carlos, La Filosofia del Siglo Viente, Editorial Atlântico, Buenos Aires, 1955 Vários Autores, Logos, Enciclopédia Luso-Brasileira de Filosofia (1989), Editorial Verbo, S.Paulo-Lisboa, 1997.
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