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Português - 10º ano

Entrevista a Almada Negreiros

Ana Rita Santos

Escola Secundária de Seia

Data de Publicação: 30/07/2007

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Entrevista a Almada Negreiros

 

José de Almada Negreiros nasceu em S. Tomé e Príncipe a 7 de Abril de 1893, foi um escritor, pintor, poeta, ensaísta, dramaturgo e romancista português ligado ao grupo modernista

 

Ana Santos – Sei que passou parte da sua infância em S. Tomé e Príncipe, terra natal da sua mãe, mas em determinada altura veio para Portugal. Conte-nos a que se deveu essa mudança.

Almada Negreiros – Foi depois da morte da minha mãe, em 1986, que vim viver para Portugal e em 1900 o meu pai foi nomeado encarregado do pavilhão das Colónias na Exposição Universal de Paris, ficando eu e o meu irmão  no Colégio de Campolide, ao cuidado dos jesuítas.  

 

AS – Em que ano começa a apresentar os seus trabalhos de desenhos?

AN – A minha primeira exposição individual composta por 90 desenhos, foi apresentada em 1913 na Escola Internacional de Lisboa. Enquanto esta decorreu, travei conhecimento com Fernando Pessoa, com quem editei a Revista Orpheu, juntamente com Mário de Sá Carneiro.

 

AS – Viveu também em Paris e Espanha. Em que épocas ocorreram esses acontecimentos e quais as actividades a que se dedicava nesses países?

AN – Em 1919 fui residir para Paris onde exerci várias actividades e lá escrevi a Histoire du Portugal par coeur. Naquela cidade permaneci apenas um ano e, quando regressei a Portugal colaborei com António Ferro, tendo desenhado a capa do seu livro Arte de Bem Morrer.

Em 1927 voltei a deixar Portugal, desta vez, rumo a Espanha, onde, para além de colaborar com diversas revistas, escrevi El Uno, Tragédia de la Unidad, obra que dediquei à pintora Sarah Afonso, com quem casei em 1934, já após ter regressado a Portugal.

 

AS – Já em Portugal, sei que foi solicitado pelo Secretariado da Propaganda Nacional. Quer contar-nos qual foi a sua actividade nessa época?

AN – Nessa época já vigorava o Estado Novo em Portugal. Então fui convidado a colaborar com as grandes obras do estado. O Secretariado da Propaganda Nacional – SPN, encomenda-me um cartaz de apelo ao voto na nova constituição. O mesmo secretariado organiza mais tarde a exposição “Almada – Trinta Anos de Desenho”, convidando-me para me apresentar na exposição Artistas Portugueses no Rio de Janeiro em 1942. Também o SPN me atribuiu o Prémio Columbano pela minha tela intitulada Mulher.

   

AS – A partir dessa altura, dedicou-se principalmente ao desenho e à pintura. Indique-nos as principais obras então realizadas.

AN – Foram bastantes as obras que concretizei. Menciono apenas algumas, como por exemplo: os vitrais da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, os painéis das gares marítimas de Alcântara e da Rocha Conde de Óbidos, as pinturas do Edifício das Águas Livres e das fachadas dos edifícios da Cidade Universitária, as tapeçarias para o Tribunal de Contas e para o Palácio da Justiça de Aveiro, etc.

 

 

Nota de Autor:

 

Obras de José DE Almada Negreiros 

1915

  – A Engomadeira (novela)

  – O sonho da Rosa (bailado, realização)

  – Manifesto Anti-Dantas e Por Extenso

1916

  – Primeira Descoberta de Portugal na Europa do Século XX (Manifesto da exposição de Amadeu Souza Cardoso)

1917

  – Ultimatum às Gerações Futuristas Portuguesas do Século XX (conferência)

  – K4, O quadro azul (novela)

1919

  – Histoire du Portugal par Cœur

1921

  – A invenção do Corpo (conferência)

1924

  – Pierrot e Arlequim (teatro) 

1925

  – Nome de Guerra (romance)

1926

  – A questão dos Painéis (ensaio)

  

Frases proferidas por José Almada de Negreiros em algumas das suas obras

 

"(...) quando eu nasci, as frases que hão-de salvar a humanidade já estavam todas escritas, só faltava uma coisa - salvar a humanidade." (A Invenção do Dia C/aro)

"Não tenho culpa de ter nascido em Portugal, e exijo uma pátria que me mereça" (Ultimato às Gerações futuristas)

"Tu, que descobriste o cabo da Boa-Esperança; e o Caminho Marítimo da Índia; e as duas Grandes Américas, e que levaste a chatice a estas Terras e que trouxeste de lá mais chatos p'raqui e qu'inda por cima cantaste estes Feitos..." (in A Cena do Ódio)

 

Ana Rita Santos

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