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ECOLOGIA Sustentabilidade do Ambiente
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Autor: Bruno Silva
Data de Publicação: 09/09/2006 N.º de páginas visitadas neste site (desde 15/10/2006):
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Sustentabilidade do Ambiente
Introdução
O grande problema ecológico dos nossos dias reside no facto de que o ritmo de exploração, degradação e destruição dos recursos naturais ter-se tornado, em muitos domínios, mais acelerado do que a própria capacidade da Natureza para os repor. Não garantindo assim que as gerações futuras, possam usufruir dos bens necessários á sua sobrevivência. Neste trabalho abordarei a evolução das energias alternativas portugueses e mundiais, não no contexto histórico, mas no contexto político e ambiental actual, onde demonstrarei as várias formas de possíveis energias alternativas, face aos novos paradigmas da sustentabilidade. A escolha do tema deve-se a motivos da actualidade, tais como, a escassez de Petróleo e os elevados níveis de poluição ambiental. Depois de uma longa pesquisa sobre o tema em causa, onde privilegiei a Internet, surge então uma questão que tem como objectivo ser orientadora e mostrar de que forma as energias alternativas tem vindo a evoluir e podem ser úteis ás sociedades mundiais, “Como evoluíram as Energias Alternativas, nos últimos 20 anos?”.
Os elevados níveis de poluição
Muitos países aparentam em pleno século XXI ainda não saberem o k é o Protocolo de Quioto e Portugal não é excepção, pois bem o protocolo de Quioto foi assinado em 1997 entrando em vigor em Fevereiro do ano de 2005, sendo ratificado por 155 países. No final do ano de 2004 a associação Quercus alertou para o facto de Portugal não estar a conseguir sequer estabilizar para depois diminuir as suas emissões de gases de efeito de estufa. Recentemente o acordo estabelecido entre os EUA – Ásia sobre as alterações climáticas poderá trazer danos ao protocolo de Quioto e deixou a presidência inglesa embaraçada pois no conseguiu inserir Washington dentro dum acordo climático na recente G8. Os EUA criaram uma parceria para o Desenvolvimento Ásia Pacifico, juntando a China, a Índia, o Japão, a Coreia do Sul e a Austrália. Estes países juntamente com os EUA representam mais de 50% das emissões mundiais de gases de efeito de estufa e esta parceria não inclui metas para a diminuição de reduções. Mais uma tentativa de retirar importância ao protocolo de Quioto e uma mensagem destinada ao Mundo de forma a mostrar o grande poder destas potencias e alertar para as tecnologias sem se preocuparem com metas. Algumas das conclusões finais da Conferencia em Joanesburgo, alertam para as energias renováveis e para se ter especial atenção ao protocolo de Quioto, protocolo este que é base no ponto relativo ao aquecimento global. A UE pressionou durante esta conferência para que em 2015 dez por cento do total da energia consumida, tivesse origem em energias renováveis, mas rapidamente voltou atrás perante a oposição dos EUA e dos países da OPEP, a quem não interessa esta medida. Tornar as questões ambientais um direito do homem foi, para os responsáveis mundiais reunidos em Joanesburgo, a única forma de reforçar as leis existentes. O director executivo do Programa das Nações Unidas para o Ambiente, Klaus Toepfer afirmou que a degradação ambiental afecta maioritariamente a população mais pobre, que necessita, por isso, de ser protegida. E é também por esta razão que este responsável afirmou que «a integração dos direitos ambientais na lista dos direitos humanos deve ser o caminho a seguir». Um documento elaborado por magistrados reconhece também que a aplicação dos tratados ambientais internacionais necessita de fiscalização e de normas de aplicação, uma proposta que não fica muito distante da ideia do Parlamento Europeu de uma Organização Mundial do Ambiente e um Tribunal Internacional de crimes ambientais É bem verdade que o Protocolo de Quioto e seu poder de geração de obrigações aos países que ainda não atingiram a plenitude da necessidade mundial de contenção da poluição e redução dos efeitos climáticos por ela provocados, mas não há como negar que são factores de suma importância para a mudança dos paradigmas ambientais no planeta, hoje voltados ao desenvolvimento sustentável. Espera-se que, num futuro próximo, as determinações do Protocolo de Quioto possam obrigar os países responsáveis pelos altos níveis de emissão de poluentes, como os EUA, a Rússia e o Canadá, cujos interesses internos ainda são factores de resistência aos acordos internacionais acerca da necessidade da estabilidade climática no mundo. O Reino Unido e a Suécia são os únicos países europeus signatários do Protocolo de Quioto capazes de cumprir os seus objectivos de redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE), ao ritmo actual do seu desenvolvimento económico, revela hoje um estudo do IPPR, instituto britânico de investigação em políticas públicas. Seguindo uma classificação com base numa escala de cores, o IPPR atribuiu o verde ao Reino Unido e Suécia; laranja à França, Grécia e Alemanha e vermelho aos restantes dez países, entre eles a Itália e Espanha. Segundo Tony Grayling director associado do IPPR “Aproximamo-nos do ponto do não-retorno para as alterações climáticas, restando-nos pouco tempo para começar a reduzir, mundialmente, as emissões de gases com efeito de estufa”. É pois vital que os países da UE cumpram as suas promessas de redução da poluição e devem agir agora para cumprir Quioto através, por exemplo, da poupança de energia e do investimento nas energias renováveis.
Soluções? Energias Alternativas!
Podem perguntar-se porque é que este tema (energias renováveis) é tão importante para nós. Somos neste momento 6 Biliões de pessoas, 4.8 milhões das quais a viver em países subdesenvolvidos. 2 Biliões de pessoas não têm um acesso adequado a fontes de energia. Uma percentagem totalmente desproporcionada do seu tempo é gasto à procura de combustíveis, de maneira a poderem cozinhar e iluminarem-se. Isto acarreta, devido ao uso de combustíveis perigosos, ineficientes e caros, graves consequências ambientais e de saúde. Estima-se que morrem 4 a 5 milhões de crianças por ano apenas devido a ambientes perigosos no interior das suas casas. Nos próximos 25 anos seremos mais 2 biliões de pessoas, 97% dos quais em países subdesenvolvidos. Isto significará uma pressão enorme nos recursos que temos disponíveis: água, comunicações, energia. O problema da energia assume contornos ainda mais prementes quando pensamos nas consequências que o seu mau uso acarreta: problemas de saúde, problemas ambientais. Por isso penso que este tema tem uma importância extraordinária e que a adopção de energias renováveis tem que necessariamente ser acelerada. Nos países em vias de desenvolvimento, a criação fontes de energia sofre um aumento anual de 75000 MWatts, em que apenas 1000 MW provêm de energias renováveis. E isto num contexto em que as próprias multinacionais da área de energia admitem que daqui a 25, 50 anos, 50% da energia terá que vir forçosamente de energias renováveis.
Em Portugal
Portugal parece empenhado no que diz respeito a energias alternativas, no início do ano de 2005 Portugal instalou o primeiro Pelamis e estima-se que ate ao final do ano de 2006 tenha já instalados três Pelamis. O Pelamis é um sistema que consiste na conversão da energia das ondas, sendo uma das mais avançadas tecnologias de aproveitamento desta energia. Tendo uma capacidade de gerar 2,25 MW de electricidade para a rede, o que corresponde a gastos de 1500 habitações em Portugal, o que equivale a emitir menos de 6 mil toneladas de emissões de dióxido de carbono (CO2). Curiosamente, a tecnologia das ondas não é das mais referidas quando se fala em energias renováveis, mas Portugal é um dos países do mundo com maior potencial para o aproveitamento deste recurso.
A nível Mundial
UE cada vez mais longe dos objectivos nas renováveis A União Europeia (UE) não vai conseguir atingir as metas estabelecidas para a produção de energia a partir de fontes renováveis, se se mantiverem os actuais níveis de financiamento. O alerta é feito pela Agência Europeia de Ambiente (AEA) num estudo comparativo entre os níveis de subsídios às energias convencionais e às limpas. A AEA considera que os «níveis de financiamento às energias renováveis têm sido relativamente baixos, comparativamente ao petróleo e gás natural». Uma situação pouco sustentável quando a Europa pretende reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, para travar o aquecimento global do planeta. Para isso, os governos dos 15 acordaram produzir 12% da energia a partir de fontes renováveis até 2010; para a electricidade, o montante aumenta para 22%. Uma década depois, em 2020, os objectivos são mais ambiciosos: espera-se que 20% da energia seja verde.
Preços do petróleo reforçam investimentos na energia renovável O aumento considerável do preço de crude nos últimos meses vem reforçar o argumento dos defensores da energia renovável. Tanto mais que existem estudos que apontam para uma possível nova crise do petróleo dentro de poucos anos. Muitos cientistas prognosticam um esgotamento das reservas mundiais a partir de 2016, o que levará a um aumento drástico dos preços do ouro negro, com consequências catastróficas para a economia mundial. Actualmente, são consumidos 80 mil milhões de barris de petróleo por dia, com tendência crescente.
A Europa Um dos motivos pelos quais a Alemanha se empenha a fundo pelas energias renováveis prende-se com a necessidade de cortar as emissões de gases tóxicos que ameaçam o clima mundial. No âmbito do Protocolo de Quioto, a União Europeia, ainda dos 15, comprometeu-se a reduzir, entre 1990 e 2008, em 8% (337 milhões de toneladas) as emissões de gases com efeito de estufa. A Alemanha assumiu dois terços desta redução (225 milhões de toneladas). Portugal, a Espanha, a Grécia, a Irlanda e a Suécia, obtiveram o direito de aumentar as suas emissões dentro de certos limites. O resultado intermediário é de mau augúrio para o cumprimento da meta auto-imposta: até 2001, as emissões na Europa tinham sido reduzidas em 2,3%, valor que se ficou a dever quase exclusivamente a desenvolvimentos na Grã-Bretanha e na Alemanha. E mesmo neste país, o factor, não exclusivo, mas primordial, para as reduções, foi o colapso completo da indústria obsoleta e altamente poluente na Alemanha do Leste. Na Áustria e na Itália verificou-se um aumento das emissões, em vez do recuo planeado. A Espanha, Portugal e a Irlanda, há muito que ultrapassaram os limites autorizados.
Alemanha reconhecida como uma boa aluna A Alemanha é internacionalmente reconhecida como um aluno exemplar em matéria de fomento de energias renováveis. Não é por acaso que este foi o primeiro país onde representantes de um partido ecológico foram eleitos para o Parlamento Nacional, há mais de vinte anos, quando a ideia de um grupo político seriamente preocupado com a defesa do ambiente fazia sorrir meia Europa. No que toca as renováveis, o vento assume lugar de destaque: a Alemanha produz um terço da energia eólica do mundo. O país é igualmente o segundo maior produtor de energia solar, a seguir do Japão. Porém, levantam-se críticas sérias à política de fomento do Estado para energias renováveis, seja eólica, solar, geotérmica ou de bio-massas. Segundo os analistas, as indústrias à partida dependentes de subsídios, não podem sobreviver. O Ministério do Ambiente, sob a tutela do Verde, Jürgen Trittin, reage apontando os 120 000 novos postos de trabalho criados nos últimos anos neste sector, e promete mais 400 000 até 2020. A indústria de energias alternativas factura, anualmente, dez mil milhões de euros, valor que deverá quadruplicar dentro de 15 anos. O Governo pretende que as regeneráveis representem 20% do total do consumo nacional de energia até 2020. Berlim realça ainda a importância crescente da exportação das novas tecnologias deste ramo, factor que não terá sido completamente alheio à decisão de Berlim de organizar a gigantesca conferência "Renewables 2004".
Hidrogénio – Vector Energético do Futuro?
O Hidrogénio é hoje utilizado fundamentalmente nas indústrias petroquímica, electrónica, alimentar e metalúrgica. No entanto, com o fim dos combustíveis fósseis à vista, o aumento populacional e crescimento económico mundiais é cada vez maior o interesse na sua utilização como vector energético, num cenário de energia limpa e sustentável. Neste contexto, o Hidrogénio será relevante em todos os sectores energéticos, desde a indústria, aos transportes os end-uses portáteis ou o sector dos edifícios. As vantagens e desvantagens do hidrogénio relativamente aos outros vectores energéticos alternativos (aos combustíveis fósseis); a sua viabilidade como vector energético dominante no futuro; o state of the art nacional e internacional das tecnologias associadas ao hidrogénio e a implementação, ou não, e a que escala temporal, de uma economia do hidrogénio, abordando algumas estratégias políticas já delineadas por governos ou agências internacionais.
A era do Hidrogénio (H2) A procura de energias alternativas tem sido um dos maiores desafios da indústria automóvel. Desde sempre, o esforço da Honda nesta área tem sido uma prioridade estratégica; Honda EV (eléctrico), Honda Insight (hibrído), Honda Dream (solar), Honda Civic GX (gás natural) além dos motores a gasolina de baixas emissões, como por exemplo o Accord ULEV – Ultra Low Emissions Vehicle. O presidente da Honda Hiroyuki Yoshino declarou, "Em 1972, a Honda foi o primeiro fabricante de automóveis a passar a inspecção da EPA que regula as normas das emissões nos E.U.A. estabelecidas na Lei de Muskie (a mais exigente do mundo naquela altura), o que abriu as portas a uma nova era de emissões reduzidas. E agora, com a aprovação do nosso veículo a célula de combustível, abrimos mais uma porta — a da "era do hidrogénio." Devido ao estado das infraestruturas de fornecimento de hidrogénio, as regiões de comercialização deste novo modelo serão inicialmente limitadas à área metropolitana de Tóquio no Japão e ao Estado da Califórnia nos E.U.A. Os veículos estarão à disposição dos clientes em forma de leasing, com taxas e condições a determinar mais tarde.
Esquema do Sistema da Honda a Hidrogénio
Honda anuncia 3 protótipos de scooters amigas do ambiente
Honda Electric Moped Prototype Um protótipo de moped eléctrico amigo do ambiente, concebido para utilização citadina e nas deslocações casa-trabalho-casa. Dando mais um passo na produção de uma moto eléctrica para o público em geral, este protótipo pode, eventualmente, dar origem a um veículo de produção em massa. O Moped-EV é compacto e leve. A sua bateria de níquel-hidrogénio, localizada no interior do quadro de alumínio, é extremamente leve, dissipa o calor de forma eficiente e com 360 watt/hora, oferece uma duração excepcionalmente longa. Suficientemente potente para subir uma estrada com doze graus de inclinação, este moped eléctrico oferece performances comparáveis às das motos da mesma classe com motor de combustão interna. Ao contrário da maioria das outras motos que possuem o acelerador no punho, o Moped-EV apresenta uma alavanca de aceleração com duas fases, localizada debaixo do punho direito. Accionada de forma fácil pelo polegar, a alavanca de aceleração ajuda a tornar fácil a condução, mesmo para os condutores menos experientes. Há bastante tempo que a Honda realiza investigação para desenvolver a próxima geração de fontes de energia que reduzam as emissões nocivas e ajudem a abrandar o aquecimento global. Em 1994, a Honda desenvolveu a CUV ES, uma scooter eléctrica utilizada por instituições governamentais. Seguindo o trilho daquele veículo revolucionário, o Moped-EV foi concebido para oferecer um meio de transporte silencioso e limpo para as deslocações casa-trabalho-casa e de lazer.
Honda Fuel Cell Scooter FCStack (anexo fig. 3) Edificando sobre o sucesso obtido com a tecnologia automóvel de célula de combustível, a Honda desenvolveu uma scooter motorizada pelo sistema célula de combustível, leve e compacto, a pilha FC Honda. Com capacidade para arrancar em temperaturas negativas, a nova geração da pilha FC Honda de elevada eficiência está ainda mais leve e pequena, redesenhada para utilização em scooters. A Honda aplicou a sua experiência obtida no desenvolvimento de células de combustível para automóveis e miniaturizou o sistema ainda mais, de modo a poder instalá-lo em scooters. Este novo veículo é baseado numa scooter de 125 cm³ popular em todo o mundo para as deslocações casa-trabalho-casa. O espaço foi mantido colocando o sistema de tracção eléctrico no braço oscilante da roda traseira e colocando a pilha de célula de combustível FC Honda no centro do veículo, com os sistemas auxiliares dispostos de forma compacta à sua volta. A scooter resultante tem tamanho comparável ao de uma scooter com motor de combustão interna da mesma classe.
Honda Hybrid Scooter Prototype
Um protótipo de uma Scooter Híbrida com 50 cm³ que oferece emissões reduzidas, economia excepcional de combustível e espaço amplo de armazenagem. Utilizando um motor de combustão interna e um motor eléctrico, este novo protótipo coloca a Honda um passo mais próximo da produção em massa de uma scooter híbrida. O novo protótipo da Honda apresenta um alternador (ACG) com função de paragem automática ao ralenti e o sistema de injecção electrónica multi-ponto PGM-FI. Para além de um conversor por correia controlado electronicamente e de um conjunto de tecnologias ambientais Honda, a nova scooter apresenta um duplo grupo híbrido de potência série/paralelo, com motor eléctrico de transmissão directa à roda traseira. Graças a um sistema de potência compacto e a uma bateria recarregável, níquel-hidrogénio, localizada sob a carenagem dianteira, a scooter híbrida tem o mesmo tamanho que a Dio Z4, uma scooter de 50 cm³ de tamanho standard, sendo só 10 kg mais pesada. Três protótipos com características muito semelhantes de design inovador, futuristico e atraente com um objectivo comum, emitir reduzidas emissões de poluição.
Motor que converte álcool em hidrogénio em estudo A Universidade de Campinas (Unicamp), no Estado de São Paulo, está a desenvolver um novo motor que converte etanol (álcool comum) em hidrogénio. O novo aparelho pode ser utilizado não só em carros mas também como fonte de energia eléctrica. O novo motor é cerca de cinco vezes mais económico do que os actuais motores de combustão e, além disso, tem pouca ou nenhuma emissão de poluentes A principal inovação do motor, que está a ser desenvolvido por uma equipa do Laboratório de Hidrogénio da Unicamp, é um aparelho reformador (conversor) de etanol que permite a produção de hidrogénio a partir do álcool. Isso torna este motor mais vantajoso do que os utilizados em actuais protótipos de carro a hidrogénio, em que, para o veículo ter uma boa autonomia, é necessária a colocação de vários cilindros de gás.
Primeira mota movida a Hidrogénio A primeira mota movida a hidrogénio foi apresentada no Centro de design Pacific Design Centre em los Angeles. A ENV, nome final do projecto, foi desenvolvida no Reino Unido pela Inteligent Energy, em parceria com a Seymourpowel, responsável pelo design do projecto e deverá chegar aos circuitos comerciais em já este ano de 2006. Com um aspecto altamente futurista, orientado para uma utilização mista em offroad e ambientes urbanos, este motociclo prima por um conjunto de inovações tecnológicas ao nível da construção. Leve e versátil, a ENV apresenta prestações muito superiores a qualquer motociclo eléctrico, atingindo performances bastante similares à de uma vulgar “acelera” de 50cc. Uma velocidade máxima de 80 km/h é o valor anunciado pelo fabricante, o que faz da ENV um veículo bastante funcional para a circulação citadina. A intelligent Energy, referiu à imprensa que no futuro apresentará uma versão com capacidade para atingir 160 km/h.
Primeira mota a hidrogénio
Portugal e os transportes públicos movidos a Hidrogénio A frota dos Serviços de Transportes Colectivos do Porto (STCP) tem três novos autocarros movidos a hidrogénio. Os veículos fazem parte do Projecto CUTE. Uma experiência piloto levada a cabo em 8 cidades europeias que pretende melhorar a qualidade do ar e estimular a produção de energias alternativas. O projecto envolve uma verba de 52 milhões de euros, financiada em 35% pela Comissão Europeia. Os H2 Bus fazem parte de um projecto europeu que pretende testar um transporte urbano livre de emissões poluentes. Os objectivos são desenvolver energias alternativas que libertem a Europa da dependência dos combustíveis fósseis e contribuir para a diminuição de emissões poluentes estipulada no Protocolo de Quioto. O Hidrogénio é a aposta do Projecto CUTE. Além de ser o elemento mais abundante no Universo, existindo em 90% de toda a matéria, é mais energético que o petróleo e tem um processo de combustão completamente limpo. A alta capacidade explosiva do Hidrogénio é o principal receio, por isso, a construção dos autocarros obedeceu a critérios especiais. Os depósitos de hidrogénio gasoso e as pilhas que produzem energia para o motor eléctrico estão localizados no tejadilho do autocarro por questões de segurança. Mas de acordo com a empresa construtora dos veículos – afirma que “todos os autocarros a pilha de combustível foram testados e autorizados pelas autoridades nacionais e internacionais”. Não havendo assim nenhum problema de segurança adicional nestes autocarros a pilha de combustível porque, e é preciso que se saiba disto, o hidrogénio é um elemento muito leve, por isso, se acontecer alguma coisa, ele evapora-se e mais nada".
Autocarros movidos a Hidrogénio da STCP
Hidrogénio pode não ser solução
Segundo um estudo recente do Instituto Americano CTI (California Technology Institut), o hidrogénio pode afinal trazer tantos ou mais problemas do que os que enfrentamos com os combustíveis fósseis. A diferença está no facto de nos podermos prevenir e actuar no sentido de evitar o que se passou com os combustíveis fósseis e com outros químicos, que entre outros problemas levaram ao buraco do ozono, ao aquecimento global, ao efeito estufa, às chuvas ácidas e outros fenómenos atmosféricos de carácter destrutivo. O problema está na perda do hidrogénio que os motores dos carros a hidrogénio terão e na consequência a nível atmosférico dessa libertação. Tal como nos carros actuais, existem fugas a nível dos gases que entram na combustão e essa fuga tem sido minimizada nos escapes através de filtros e de reforços a nível dos depósitos, mas nos carros a hidrogénio é apontado um valor na ordem dos 10 a 20% para essas perdas. Esta percentagem poderia originar a libertação de 60 a 120 triliões de gramas de Hidrogénio por ano, se considerarmos um cenário em que o hidrogénio substituiria os combustíveis fósseis por completo. Isto não põe de modo algum a opção do hidrogénio fora do cenário mundial em termos energéticos. A questão é que as consequências das nossas acções, ao contrário do que aconteceu anteriormente, por exemplo com o motor de combustão, estão já a ser medidas e previstas mesmo antes de as provocarmos e essa é uma grande diferença.
Conclusão
Em opinião pessoal, as energias renováveis não poderão nunca substituir o consumo de combustíveis fósseis e ainda suportar o aumento geral do consumo de energia. O que precisamos é, além de fontes de energia limpas, de uma nova política energética. Os países desenvolvidos têm obrigatoriamente de reduzir o seu consumo desenfreado de energia (o que não implica uma redução do conforto, antes pelo contrário) para permitir aos outros a aumentar o seu consumo energético. No entanto, a "revolução industrial" dos países subdesenvolvidos não poderá ser nunca como foi a dos países desenvolvidos, já que não existem condições para isso. É necessário que aprendamos com os erros do passado. Não temos simplesmente tempo para os repetir.
Sitografia
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http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010115051114
http://www.nationalgeographic.pt/revista/0105/resources/default.asp
http://www.energiasrenovaveis.com/
http://www.quercusambiente.org/pages/defaultArticleViewOne.asp?storyID=1045
Por: Bruno Silva
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