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Filosofia Origem da Tragédia de F. Nietzsche
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Autor: Tomás Carneiro
Data de Publicação: 20/09/2006 N.º de páginas visitadas neste site (desde 15/10/2006):
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Origem da
Tragédia
Nesta sua primeira obra Nietzsche faz uma hermenêutica do nascimento, morte e renascimento (com o espírito alemão) da tragédia grega - metáfora, segundo a minha leitura, do espírito humano. Ainda com um certo "cheiro" à dialéctica de Hegel, Nietzsche apresenta aqui a sua distinção entre o espírito apolínio - frio e racional, representado por Eurípedes e Sócrates - e o espírito dionisíaco - passional e vital, representado por Aristófanes e (na altura seu amigo) Wagner. Segundo Nietzsche, o homem ocidental racional (Apólo) vive, desde Sócrates, "castrado" do seu elemento vital (Dionísio), que importa urgentemente ressuscitar. O homem alemão contemporâneo de Nietzsche representa essa síntese Apólo/Dionísio e a obra de Wagner a manifestação maior dessa síntese. O seu valor enquanto filósofo é inquestionável. Nietzsche lança um ataque à razão (à filosofia, portanto) ocidental e à sua arrogante pretensão de verdade. Essa verdade, para Nietzsche, nunca será alcançada enquanto o homem racional continuar a ignorar os seus valores vitais, instintivos e emocionais. Dionisíacos, portanto. No entanto, julgo que não foi apenas a filosofia que mais ficou a ganhar com as obras de Nietzsche, mas antes a literatura e a arte em geral. Nietzsche escreve com ganas de vida, completamente possuido pelo espírito dionisíaco e isso nota-se pelo poder que emana de cada página do livro. Muito forte!
Por Tomás Carneiro |
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