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Trabalho escolar de História sobre os Povos Ovimbundos oriundos da Meseta de Benguela (história e tradições).
Os Ovimbundo ocupam uma grande área no centro ocidental do país e estendem-se desde o litoral até às regiões montanhosas de Bengela. O grupo linguístico Mbundo compreende 15 grupos principais: os mais significativos em número de habitantes dão os Bieno e os Bailundo.
Embora as tradições Ovimbundu digam que este povo veio do nordeste, alguns especialistas creêm que provavelmente vieram do sudoeste do Congo.
Entre 1500 e 1700, o povo de Ovimbundu emigrou do norte e do este de Angola para a Meseta de Benguela.
Eles não consolidaram os seus reinos nem seus reis afirmaram sua soberania em cima da Meseta, até ao século 18, quando surgiram 22 reinos. Treze dos reinos, incluso Bié, Bailundu, e Ciyaka surgiram como entidades poderosas e os Ovimbundu adquiriram reputação de serem os comerciantes mais exigentes do interior de Angola.
Depois que os portugueses conquistaram a maioria dos estados de Ovimbundu, em finais do século 19, as autoridades coloniais portuguesas prenderam os reis de Ovimbundu directa ou indirectamente.
Os Ovimbundu ocupam o planalto central de Angola e a faixa costeira adjacente, uma região que compreende as províncias do Huambo, Bié e Benguela.
São um povo que, até à fixação dos portugueses em Benguela, vivia da agricultura de subsistência, da caça e de alguma criação de gado bovino e de pequenos animais. Durante algum tempo, uma vertente importante teve o comércio das caravanas entre o Leste da Angola de hoje e os portugueses de Benguela. Este comércio entrou em colapso quando, no início do século XX, o sistema colonial português lhes exigia o pagamento de impostos os Ovimbundos viraram-se sistematicamente para a agricultura de produtos comercializáveis, principalmente o milho
No decorrer do século XX, e em especial no período da "ocupação efectiva" de Angola, implementada a partir de meados dos anos 1920, a maioria dos Ovimbundu tornou-se cristã, aderindo quer à Igreja Católica, quer a igrejas protestantes, principalmente à Igreja Evangélica Congregacional de Angola (IECA), promovida por missionários norte-americanos. Esta cristianização teve, entre outras, duas consequências incisivas. Uma, a constituição, em todo o Planalto Central, de aldeias católicas, protestantes e não-cristãs separadas. A outra, um grau relativamente alto de alfabetização e escolarização, e por conseguinte também do conhecimento do português, entre os Ovimbundos, com destaque para os protestantes
Em simultâneo houve dois processos de certo modo interligados. Por um lado, formou-se lentamente uma identidade social (um sentido de pertença) abrangendo todos os Ovimbundu, e não apenas subgrupos como p.ex. os M'Balundu ou os M'BienoPor outro lado, verificou-se uma "umbundização" cultural, inclusive linguística, de alguns povos vizinhos que tinham tido (e em certa medida mantiveram) características algo distintas dos Ovimbundu
Alcançada a paz, uma parte dos Ovimbundu refugiados nas cidades regressou para as suas terras de origem, enquanto a outra parte, possivelmente mais da metade, preferiu ficar nas áreas urbanas. No Planalto Central, regista-se a reconstrução, ainda em curso, ds cidades do Huambo e Kuito, e a recomposição, algumas vezes em moldes diferentes. Ao mesmo tempo, a forte presença dos Ovimbundu nas cidades fora da sua região, facto novo na história de Angola, confere-lhes uma projecção nova, a nível nacional.
Na tradição dos Ovimbundu os o nascimento de bebés gémeos constitui alegria para a família e ao mesmo tempo uma preocupação.
Quando nascem gémeos , ao contrários de outros bebés, estes são saudados com insultos.
São chamados por nomes abusivos, por exemplo: " Ove a Ngulu, ove ambua" que significa em português (tu porco, tu cão) e outras palavras depreciativas pelas quais são tratados.
A mãe e os gémeos depois de os umbigos caírem, são levados para fora de casa, envoltos em barro, a mãe é arrastada no lodo passando com ela em volta da casa num alarido de insultos assobios e ao som de chifre de boi ou cabrito, com uma balaio cheio canjica não desfarelada na cabeça (ombulungu), que vai sendo consumida à medida que se vai arrastando a mãe no lodo.
De seguida os umbigos são enterrados junto ao cruzamento dos caminhos, as roupas que serviram a parturiente são deitadas fora ou num rio. Quem faz isto é o curandeiro que acompanhou a parturiente e os bebés.
Se falecer um deles não se deve Chorar. A mãe e o bebé vivo são escondidos ao máximo, até terminar o obito e em sua substituição cria-se uma estátua antropormófica de pequenas dimensões que deverá trajar a mesma roupa que o vivo e que deverá sempre ser levada pela mãe.
Esta tarefa foi bastante interessante pois fiquei a conhecer e a entender melhor alguns ritos e costumes da cultura do povo ovimbundu. Também ficou uma porta aberta e desafiadora a estas duas colegas de forma a que publiquem e divulguem a nossa cultura , os nossos ritos e costumes a todos Ovimbundu e não só a toda a comunidade histórica de Angola, de forma a que mais tarde haja um acervo histórico de Angola.