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Trabalhos de Estudantes Trabalhos de Física - 11º Ano |
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História da Rádio Autores: Laura Henriques Escola: [Escola não identificada] Data de Publicação: 20/04/2008 Resumo do Trabalho: Trabalho sobre a história da rádio em Portugal e no Mundo, realizado no âmbito da disciplina de Física (11º ano). Ver Trabalho Completo Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word para notapositiva@sapo.pt pois só assim o nosso site poderá crescer.
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Introdução Neste trabalho temos como objectivo aprofundar o nosso conhecimento acerca da rádio não só no mundo mas também em Portugal. Temos noção que a sua evolução foi lenta e que ainda não acabou. Sabemos que a rádio não é apenas o aparelho em si mas todo o processo que percorre até que o som chegue até nós. As ondas rádio são as ondas electromagnéticas mais utilizadas nas comunicações pois tem elevados comprimentos de onda. Há 100 anos, davam-se os primeiros passos tanto a nível científico, como Tecnológico, num caminho que havia de conduzir a um dos mais importantes meios de comunicação do século XX. Mas até que isso fosse descoberto passaram-se muitos anos e muitos investigadores trabalharam nesta área, e é isso mesmo que pretendemos com este trabalho, saber como, quando e através de quê e que hoje conseguimos ter acesso a música e informação graças a um simples “click”. A Rádio no Mundo e em Portugal A história da rádio passou por vários processos até aos dias de hoje. Um dos primeiros foi realizado por Michael Faraday quando descobriu, na Inglaterra, o princípio da indução electromagnética em 1831. Este princípio consiste na produção de corrente num circuito eléctrico fechado, quando nele ocorre uma variação do fluxo magnético que atravessa a superfície definida pelos condutores. Mais tarde na Escócia, em 1863, James Clerk Maxwell demonstrou matematicamente a provável existência de ondas electromagnéticas reforçando a teoria de outros cientistas, que tinham estudado esta área, incluindo a de Faraday. Como tudo isto provocava grande interesse outros cientistas interessaram-se pelo assunto. Entre eles destacou-se Heinrich Hertz que, impressionado com a teoria de Maxwell, construi na Alemanha em 1887, um aparelho onde se verificava a deslocação e faíscas através do ar, conseguindo, assim, passar energia eléctrica entre dois pontos sem utilizar fios. Desta maneira Hertz provou, experimentalmente a teoria de Maxwell, que a electricidade viaja da atmosfera em forma de onda, verificou também que essas ondas se deslocavam à velocidade da luz. Assim se descobriram as ondas rádio, ou também conhecidas por ondas hertzianas. Mais tarde, o primeiro sistema de rádio foi inventado por Nikola Tesla, um cientista nascido na Sérvia, que contribuiu bastante para a descoberta do rádio do ponto de vista prático e experimental. Em 1894, Guglielmo Marconi, com o objectivo de melhorar o sistema de rádio, construi uma antena receptora que captou sinais de alfabeto morse. Em 1896 Marconi demonstrou o funcionamento dos seus aparelhos de emissão e recepção, em Inglaterra, e desde modo tornou-se a primeira pessoa a enviar uma mensagem para o outro lado do oceano. A industrialização de equipamentos deu-se com a criação da primeira companhia de rádio, fundada em Londres, Inglaterra, por este cientista italiano. Até então a rádio era exclusivamente "telegrafia sem fio", algo já bastante útil e inovador para a época, tanto que outros cientistas e professores se dedicaram a melhorar o seu funcionamento como tal. Oliver Lodge, em Inglaterra, e Ernest Branly, em França, inventaram o coesor, um dispositivo que melhorava a detecção das ondas. Até então nenhum destes cientistas tinha imaginado ser possível transmitir a voz do ser humano através do espaço. Oliver Lodge continuou sempre em investigação e, algum tempo depois de inventar o coesor, inventou o eléctrico sintonizado, que possibilita a mudança de estação, e selecciona a frequência desejada. Apesar de todos estes cientistas referidos anteriormente terem feitos grandes progressos, a transmissão de sons só foi possível com o aparecimento da válvula de três elementos, denominada tríodo, que foi desenvolvida por Lee de Forest nos E.U.A. em 1906. Um ano depois este cientista estava a fazer uma transmissão de corridas de regatas, e nos intervalos, ia passando algumas músicas. Depois do descobrimento da válvula realizaram-se várias ligações radiotelefónicas, o que levou a um desenvolvimento muito rápido da rádio a partir desta altura, e ao inicio da Era da Rádio (1919). Nos Estados Unidos da América a primeira emissora norte-americana de que há registo, nasce em 1920. Neste ano surgiu também o microfone, através da amplificação dos recursos do bocal do telefone, realizado por engenheiros da fábrica Westinhouse, que fabricava aparelhos de rádio para as tropas da primeira guerra mundial. Em Portugal a rádio apareceu um pouco mais tarde através de curiosos que tentavam construir as suas próprias emissoras de rádio, surgindo a primeira estação emissora em Outubro de 1925 por intermédio de Abílio Nunes dos Santos. O seu projecto foi prosseguindo e desenvolvido por Américo dos Santos que fundou a primeira rádio, com o nome Rádio Graça, em Lisboa. Em Maio de 1930 o Porto via nascer a primeira estação do norte, denominada Rádio Sonora. Assim se ia desenvolvendo a rádio em Portugal, sendo a generalidade das emissões efectuadas por amadores que consoante o seu entusiasmo e tempo livre iam emitindo, apenas para o seu bairro, música, declamações de poesia e peças de teatro. Em 1933 o regime político autoritário estabelecido em Portugal tinha um serviço de censura prévia às emissões de rádio. A emissão de publicidade deixou de ser autorizada, assim como os programas humorísticos com piadas sobre o governo, o que levou ao encerramento de algumas rádios. O Estado Novo estava consciente do poder da rádio e, por isso, em 1935 inaugurou a sua própria Estação Emissora, a exemplo do que vai acontecendo no resto do mundo. A igreja católica atenta também a este fenómeno, e em 1937 avançou com a criação da sua própria emissora, chamada Rádio Renascença, que ainda hoje existe. Na segunda guerra mundial a rádio assumiu um papel importante, sendo o único meio de comunicação que podia chegar a todos. Em tempo de guerra e com as casas destruídas o rádio era o meio mais barato dos cidadãos obterem informações sobre o estado da guerra. Este meio era também muito importante para os militares que, longe das suas mulheres, arranjavam um meio de se distraírem. Apesar da rádio no mundo já estar muito mais evoluída do que nas primeiras emissões realizadas, em 1947 Jonh Boorden e Walter Brattain inventaram o transístor, que iria tornar possível a construção de rádios mais pequenos. O ano de 1974 é de grande relevância para Portugal, tendo a rádio desempenhado um papel decisivo na revolução que instaurou a democracia no nosso país, uma vez que foi através da rádio que se mobilizaram as forças militares. A grande mudança na rádio portuguesa deu-se depois do 25 de Abril, quando os locutores podiam transmitir a sua opinião aos ouvintes. Nos anos 80 apareceram por Portugal e por todo o Mundo as rádios “piratas” que ao contrário das rádios legais ganhavam por serem menos formais e mais dinâmicas. Os governos mandaram encerrar as rádios “piratas”, podendo estas apresentar o seu projecto de legislação e só assim os governos decidiriam quem deveria continuar e quem teria de encerrar os emissores. Os sistemas normais de radiocomunicação têm dois componentes básicos: o Transmissor e o Receptor. O primeiro obtém um tipo de mensagem, vai codificá-la para onda modulada e vai transmitir por ondas de rádio. O receptor recebe as ondas de rádio e descodifica a mensagem das ondas moduladas recebidas. Tanto o transmissor como o receptor usam antenas para irradiar e captar o sinal de rádio. Cada antena apresenta certas propriedades direccionais, ou seja, irradia mais energia numas direcções e menos energia em outras, no entanto estes padrões podem ser modificados de forma a que a radiação varie num raio relativamente estreito até uma distribuição homogénea em todas as direcções. Este tipo de radiação é usado na radiodifusão. A onda portadora também se pode modular variando a amplitude da onda segundo as variações da frequência e intensidade de um sinal sonoro tal como uma nota musical, chamadas ondas AM. Esta forma de modulação é utilizada em muitos serviços de radiotelefonia incluindo nas emissões de rádio normal. Em FM a frequência da onda portadora varia dentro de uma largura estabelecida a um ritmo equivalente à frequência de um sinal sonoro. Esta forma de modulação foi desenvolvida nos anos 30 e tem a vantagem de produzir sinais relativamente limpos de ruídos e interferências procedentes de fontes como as tempestades que afectam em grande medida as transmissões em AM. Portanto as transmissões de FM de radiodifusão realizam-se em bandas de alta frequência (88-108MHz) aptas para sinais de grande qualidade, no entanto com um alcance de recepção limitado. Recentemente as ondas são bastante utilizadas, não só no sistema de rádio, que as modula em ondas FM e AM, mas também pela televisão, radares e até mesmo pela policia para medir a velocidade dos automóveis. Todas as estruturas deste sistema são muito simples e são compostas por duas peças: o transmissor e o receptor. O transmissor obtém um tipo de mensagem, vai codificá-la para onda modulada e vai transmitir por ondas de rádio. O receptor recebe as ondas de rádio e descodifica a mensagem das ondas moduladas recebidas. Tanto o transmissor quanto o receptor usam antenas para irradiar e captar o sinal de rádio. As transmissões de rádio são, na sua maioria, realizadas em FM (Frequência Modelada) por esta frequência apresentar mais qualidade. As rádios foram tentando adaptar-se à actualidade fazendo emissões não só pelo sistema de rádio mas também por internet. Nos Estados Unidos da América algumas estações de rádio, para além da frequência que passa no rádio, têm estações mais diversificadas para o gosto de cada ouvinte. Em Portugal as rádios estão também a “invadir” a internet, apesar de não estarem tão evoluídas como nos EUA. As rádios estão a optar tanto pela sua divulgação na internet que a polícia já está a tomar medidas contra estas novas rádios piratas. Conclusão Com este trabalho tivemos a oportunidade de aprofundar o nosso conhecimento acerca da rádio, que é um instrumento indispensável para nos fazer companhia quando estamos a viajar, por exemplo. Tal como já sabíamos a rádio desenvolveu-se de forma lenta, no entanto foi ainda mais lenta do que estávamos a pensar. Concluímos que a criação da rádio não se deve apenas a um homem mas a vários, já que foram muitos os cientistas que contribuíram com as suas pequenas descobertas para a criação de algo maior, que é a rádio. Com este trabalho ficámos a compreender melhor a importância da indução electromagnética, uma vez que foi a partir desta descoberta que os cientistas se começaram a interessar por esta área. No entanto a rádio já foi mais popular, uma vez que actualmente os mp3, ipods, a televisão, entre outros aparelhos electrónicos estão a tirar o prestígio à rádio já que têm vários gigas de memória na qual podemos ter músicas escolhidas por nós e assim não ouvimos as publicidades da rádio e os seus intervalos que parecem nunca acabar. Gostámos de fazer este trabalho, pois foi bastante interessante embora que pouco difícil pois foi muita a informação que encontrámos e muito variada.
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