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Trabalho escolar de Geografia sobre as diferentes formas de ocupação do território africano pelos países colonialistas europeus...
Pode dizer-se que a colonização recente da África iniciou-se com os descobrimentos e com a ocupação das Ilhas Canárias pelos portugueses, no princípio do século XIV.
O processo de ocupação territorial, exploração económica e domínio político do continente africano por potências europeias tem início no século XV e estende-se até a metade do século XX. Ligada à expansão marítima europeia, a primeira fase do colonialismo africano surge da necessidade de encontrar rotas alternativas para o Oriente e novos mercados produtores e consumidores.
No fim do século XIX, países europeus repartiram o continente africano entre si e o exploraram durante quase 100 anos. Os invasores se foram, mas deixaram os efeitos nefastos de sua presença.
A evolução capitalista, através da revolução Industrial na Europa, iniciada pela Inglaterra, tornou inevitável a divisão do continente africano entre as grandes potências europeias. A própria lógica do desenvolvimento capitalista continha essa necessidade de expansão e anexação de outros territórios, sobretudo dos territórios onde a exploração capitalista não tinha ainda assentado arraiais. Tal desenvolvimento levou ao aumento das necessidades para fazer face a revolução industrial e aos produtos fabricados.
Porém, quanto mais o capitalismo se desenvolve, mais se faz sentir a falta de matérias-primas, mais encarniçada se torna a concorrência e a procura de fontes de matérias-primas no mundo inteiro e mais brutal é a luta pela posse de colónias.
No entanto, essas necessidades antes eram satisfeitas dentro da Europa pela anexação de certas zonas ricas entre as potências, como ocorreu entre a França e a Prússia, quando a Alemanha anexou as províncias de Alsácia e Lorena. Devido ao nacionalismo europeu que decorreu no século XIX e acompanhado pelo agravamento das rivalidades entre as grandes potências, fez com que recorre-se a África.
A expansão e anexação foi, regra geral, precedida por “viagens de reconhecimento” levadas a cabo por missionários, aventureiros, etc., com frequências patrocinadas por organizações científicas ou filantrópicas, financiadas por associações e organizações científicas e filantrópicas.
Com o desenvolvimento da actividade comercial e das rotas terrestres e marítimas de transporte a Europa sentiu necessidade de encontrar novos horizontes, sendo realizadas as primeiras viagens levadas a cabo por: Vasco da Gama, Marcopolos, Ferrão de Magalhães, Cristóvão Colombo entre outros.
Estas viagens foram realizadas com certas motivações de carácter económicos, político, social, religioso e cultural que a seguir far-se-ão menção:
No final do século XIX e começo do século XX, a economia mundial viveu grandes mudanças. A teoria da Revolução Industrial aumentou ainda mais a produção, o que gerou grandes necessidades de mercado consumidor para esses produtos pela saturação dos mercados europeus devido a concorrência no mercado e uma nova corrida por matérias-primas como o Ferro, Carvão, Alumínio e Petróleo.
Assim, no final do século XIX e o começo do século XX, os países imperialistas se lançarem numa louca corrida pela conquista global o que desencadeou rivalidades entre os mesmos e concretizou o principal motivo da Primeira Guerra Mundial, dando princípio à nova era imperialista onde os EUA se tornaram o país cardeal.
O nacionalismo europeu do século XIX fez crescer as rivalidades entre as nações da Europa. Com fronteiras bem definidas, territórios unificados, política centralizada e com governos fortemente estabilizados, a busca de prestígio só seria possível fora das fronteiras europeias e assim a primeira cobiça foi a África.
A partir de 1880, a competição entre as metrópoles pelo domínio dos territórios africanos intensifica-se. A partilha da África tem início, de fato, com a Conferência de Berlim (1884), que institui normas para a ocupação, onde as potências coloniais negociaram a divisão da África, propuseram para não invadirem áreas ocupadas por outras potências
Ao encerrar a Conferência de Berlim, em 26 de Fevereiro de 1885, o chanceler alemão Otto von Bismarck inaugurou um novo – e sangrento – capítulo da história das relações entre europeus e africanos. Menos de três décadas após o encontro, ingleses, franceses, alemães, belgas, italianos, espanhóis e portugueses já haviam conquistado e repartido entre si 90% da África – ou o correspondente a pouco mais de três vezes a área do Brasil. Essa apropriação provocou mudanças profundas não apenas no dia-a-dia, nos costumes, na língua e na religião dos vários grupos étnicos que viviam no continente. Também criou fronteiras que, ainda hoje, são responsáveis por tragédias militares e humanitárias.
O papel da conferência, que contou com a participação de 14 países, era delinear as regras da ocupação. A conferência não dividiu a África em blocos coloniais, mas admitiu princípios básicos para administrar as actividades europeias no continente, como o comércio livre nas bacias dos rios Congo e Níger, a luta contra a escravidão e o reconhecimento da soberania somente para quem ocupasse efectivamente o território reclamado.
A rapidez com que a divisão se deu foi consequência directa da principal decisão do encontro, justamente o princípio da efectividade: para garantir a propriedade de qualquer território no continente, as potências europeias tinham de ocupar de fato o quinhão almejado. Isso provocou uma corrida maluca em que cada um queria garantir um pedaço de terra maior que o do outro. “Em pouco tempo, com excepção da Etiópia e da Libéria, todo o continente ficou sob o domínio europeu. A Libéria, formada por escravos libertos enviados de volta pelos Estados Unidos, havia se tornado independente em 1847. Na Etiópia, a independência foi garantida depois da Conferência de Berlim, com a vitória do exército do imperador Menelik II sobre tropas italianas na batalha de Adwa, em 1896.
O interesse europeu pela África vinha de muito tempo antes da conferência. No século XV, os portugueses já haviam chegado aos arquipélagos de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, iniciando sua ocupação do continente (que depois se estendeu a Angola e Moçambique). Os britânicos ocuparam partes da actual África do Sul, do Egipto, do Sudão e da Somália no século XIX. No mesmo período, os franceses se apoderaram de parte do Senegal e da Tunísia, enquanto os italianos marcavam presença na Eritreia desde 1870. Em 1902, França e Inglaterra já detinham mais de metade do continente.
A ocupação não se deu somente com a força das armas de fogo, que eram novidade para muitos dos povos subjugados. A trapaça foi largamente usada para a conquista e manutenção dos territórios. O rei Lobengula, do povo Ndebele, é um exemplo: assinou um contrato em que acreditava ceder terras ao magnata britânico Cecil Rhodes em troca de protecção. O problema é que o contrato firmado pelo rei não incluía a segunda parte do trato. O monarca nem percebeu, pois era analfabeto e não falava inglês. Apesar dos protestos de Lobengula, que acreditava que a palavra valia alguma coisa entre os recém-chegados, o governo da Inglaterra se fez de desentendido. Apoiou a exploração do território Ndebele, no actual Zimbabwe, de onde Rhodes tirou toneladas de ouro.
O mais famoso entre os trapaceiros, no entanto, foi o rei Leopoldo II, que conseguiu passar a perna em africanos e europeus. Soberano de um pequeno país, a Bélgica, não tinha recursos nem homens para ocupar grandes territórios. Por isso, criou associações que se apresentavam como científicas e humanitárias, a fim de proteger territórios como a cobiçada foz do rio Congo. Graças a hábeis manobras diplomáticas, ele conseguiu obter o reconhecimento, por todas as potências da época, de um ‘Estado Livre do Congo, do qual ele seria o governante absoluto. Leopoldo dominou com mão de ferro o Congo, usando métodos violentos para conseguir extrair o máximo que pudesse para aumentar sua riqueza pessoal.
Mas o principal método utilizado pelos europeus foi o bom e velho dividir para dominar. A ideia era se aproveitar da rivalidade entre dois grupos étnicos locais (ou criá-la, se fosse inexistente) e tomar partido de um deles. Com o apoio do escolhido, a quem davam armas e meios para subjugar os rivais, os europeus controlavam a população inteira. Pode-se dizer que todas as potências conduziam a conquista da mesma forma: através da força bruta, dividindo para dominar e usando soldados que eram principalmente africanos e não europeus.
O método usado pelos colonizadores provocou tensões que até hoje perduram, pois transformou profundamente as estruturas sociais tradicionais da África. “Formações de grupos flexíveis e cambiantes foram mudadas para ‘estruturas étnicas’ bastante rígidas. O exemplo mais extremo dessa fronteira imaginária criada pelos europeus é o de tutsis e hutus, de Ruanda. Os tutsis foram considerados de “origem mais nobre” pelos colonizadores (primeiro alemães, depois belgas), e os hutus foram colocados em posição de inferioridade. Os tutsis mantiveram o poder mesmo após a saída dos belgas. Em 1994, 32 anos após a independência de Ruanda, cerca de 1 milhão de pessoas morreram no conflito em que os detentores do poder foram perseguidos pelos até então marginalizados hutus.
As fronteiras territoriais também foram delineadas sem respeitar a disposição da população local, com base nos interesses dos europeus. “Eles recorriam a noções arbitrárias como latitude, longitude, linha de divisão das águas e curso presumível de um rio que mal se conhecia. E essas fronteiras ainda sobrevivem. Segundo o geógrafo francês Michel Foucher, cerca de 90% das actuais fronteiras na África foram herdadas do período colonial. Apenas em 15% delas foram levadas em consideração questões étnicas.
A África teve ocupação tardia, a partir do século XV, devido a costa africana possuir grandes dificuldades aos navegadores europeus.
Mas, isto não impediu a exploração do continente africano! Os europeus iam adestrando o continente, explorando os recursos naturais encontrados e escravizando a população local.
A colonização europeia teve como ato principal, a divisão do continente em Estados, onde as transformações foram brutais, a cultura existente foi completamente ignorada e os africanos foram obrigados a mudar seus costumes sob o uso da força. Após a Segunda Guerra Mundial, depois de inúmeras lutas a independência dos estados africanos foi negociada.
A ocupação da África pelas potências europeias prosseguiu até depois do final da Segunda Guerra Mundial, quando as colónias começaram a obter a independência, num processo que se chamou descolonização. Com excepção do Egipto, que tinha proclamado unilateralmente a sua independência em 1922, e da África do Sul, que se tinha tornado autónoma em 1910, na forma de domínio do Império Britânico, os restantes territórios africanos começaram a obter a independência a partir da década de 1950 e, principalmente, a partir da Conferência de Bandung, em 1958, em que participaram os quatro países africanos independentes nessa data. A descolonização não foi pacífica, embora nem sempre fosse forçada através de guerras de libertação, como foi o caso das colónias portuguesas e da Argélia; as potências coloniais tentaram manter o seu domínio através do seu apoio a políticos amigos ou através de vínculos entre os territórios semi-autónomos e a Europa.
Os últimos países africanos a alcançarem a independência, já na década de 1990, foram a Namíbia e a Eritreia, que tinham ficado sob administração, respectivamente da África do Sul e da Etiópia, ao abrigo de uma antiga tutela da Sociedade das Nações. No entanto, ainda subsistem vários territórios de África ocupados por países europeus, como as possessões espanholas em Marrocos e as ilhas de Santa Helena, Ascensão e Tristão da Cunha, administradas pelo Reino Unido. Outros territórios, como as ilhas Reunião e Mayotte, decidiram por referendo popular manter-se parte da República Francesa.
A certeza da existência de riquezas africanas, fez nascer neste período uma série de associações e sociedades de patrocínio a estas viagens. Teoricamente definidas como associações científicas e filantrópicas, organizadas com o objectivo de promover a exploração e a civilização africana, elas tiveram essencialmente fins políticos e não surgiram desligadas das rivalidades entre as potências europeias. Destacou-se aqui a Associação Internacional Africana, criada depois da Conferência Geográfica de 1876, que decorreu sob os auspícios do rei Leopoldo II da Bélgica.
Entretanto, em Portugal que acompanhou o movimento, surgiu em 1875, a Sociedade de Geografia de Lisboa. Pouco tempo depois, em 1877, Serpa Pinto atravessou o continente de lés-a-lés e capelo e Ivens partindo de Moçâmedes até Quelimane, seguindo grande parte do rio Zambeze e centrando as suas atenções entre Angola e Moçambique, eixo das rivalidades luso-britânico.
Após o reconhecimento, seguiu-se o processo de ocupação dos territórios reconhecidos, segundos os objectivos de cada potência. Esta corrida colonial ocorrida no último quartel do século XIX, veio agravar os conflitos já existentes entre as potências imperialistas, pela posse de zonas de influência para explorar mão-de-obra barata, matérias-primas e mercados consumidores dos produtos industrializados da Europa.O primeiro passo foi dado pela França, pela ocupação da Argélia, Tunísia, África Equatorial Francesa, Madagáscar e África Ocidental Francesa. Este processo foi seguido pela Bélgica de Leopoldo II, com a tomada do Congo. A Inglaterra conquista na mesma sequência a região do Cabo na África do Sul, provocando o descontentamento dos bóers, obrigando-os a deslocarem para a região norte onde foram fundar o estado Livre do Órange e a República do Transval. Este processo ficou na História conhecido por Great Treck (grande marcha). Portugal conquista Moçambique, Cabo-Verde, Angola, Guiné-bissau e São Tomé Príncipe. A Espanha conquista o Marrocos, Guiné Espanhola. A Itália conquista a Eritreia, Somália e Líbia. A Alemanha conquista o Tanganhica e Namíbia.
Para a ocupação dos territórios africanos, as potências coloniais usaram diferentes formas de penetração, destacando-se as seguintes:
Métodos de Ocupação
Colónias africanas por potência colonizadora
Alemanha
Bélgica
Espanha
França
Itália
Portugal
Reino Unido
Os únicos países africanos que não foram colónias foram a Etiópia (que apenas foi brevemente invadida pela Itália, durante a Segunda Guerra Mundial) e a Libéria, que tinha sido recentemente formada por escravos libertos dos Estados Unidos da América.
A ocupação do Egipto e a aquisição do Congo foram os primeiros acontecimentos importantes do que se transformaria em uma disputa precipitada pelo território africano.
A França ocupou a Tunísia em maio de 1881 e Guiné em 1884, que em parte convenceu a Itália para se unir em 1882 à Aliança Dual entre a Alemanha e o Império Austro-húngaro, formando assim a Tríplice Aliança. No mesmo ano, o Reino Unido ocupou o Egito Otomano, que dominava o Sudão e parte da Somália.