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Tecnologias Aeronáuticas - NotaPositiva

O teu país

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Tiago Abreu

Escola

Escola Dr. Joaquim de Barros

Tecnologias Aeronáuticas

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Resumo do trabalho

Trabalho escolar sobre as Tecnologias Aeronáuticas, Civis/Comerciais e Militares, realizado no âmbito da Área de Projecto (8º ano)...


Introdução

Ciências Aeronáuticas: É o uso de conhecimentos e técnicas na operação e manutenção de aeronaves e aeroportos. Tudo o que ocorre dentro de uma aeronave, da supervisão do trabalho da tripulação e do funcionamento dos equipamentos à comunicação com a torre de controlo dos aeroportos, é responsabilidade do comandante. Também cabe a ele zelar pela manutenção do aparelho, verificando se as equipas em terra realizaram correctamente seu trabalho. Para ser piloto é fundamental ter raciocínio rápido, boa orientação espacial e óptimos reflexos. Por causa dessas exigências, todos os anos o profissional passa por uma avaliação de saúde, exigida pelo Comando da Aeronáutica, ligado ao Ministério da Defesa. Com conhecimento na área de administração, o bacharel em Ciências Aeronáuticas gerência aeroportos, empresas de aviação e companhias aéreas. A Aeronáutica é a actividade e o estudo da locomoção aérea no interior da atmosfera terrestre, bem como dos meios utilizados para esse fim (aeronaves). A locomoção aérea fora da atmosfera terrestre (acima dos 200.000 m de altitude) passa a estar incluída no âmbito da Astronáutica.v Em Portugal, o termo Aeronáutica caiu em desuso para designar a Força Aérea Portuguesa, sobretudo desde 1974, com a extinção da Secretaria de Estado da Aeronáutica que tutelava aquele ramo das Forças Armadas. Com o Trabalho que aqui apresento, espero divulgar a história da aviação com textos fáceis e resumidos para, junto com as imagens, estimular a  leitura e a pesquisa sobre história da aviação, ou apenas, o mero, conhecimento e interesse de todos. Em termos de tipos de aeronaves, a Aeronáutica abrange dois ramos:
  • Aviação, que trata da locomoção em aparelhos mais pesados que o ar (aerodinos);
  • Aerostação, que trata da locomoção em aparelhos mais leves que o ar (aeróstatos).
Em termos dos fins de utilização das aeronaves, existem igualmente dois ramos:
  • Aeronáutica Militar, uso militar de aeronaves;
  • Aeronáutica Civil, uso privado, comercial e geral de aeronaves.
Aqui falamos dos fins de utilização das aeronaves, como, a Aeronáutica Militar, e a Aeronáutica Civil.

Tecnologias Aeronáuticas Civis & Comerciais

História da Aeronáutica (Cronologia)

  • 3000 A.C. - Utilização de papagaios, balões e outros aparelhos semelhantes na China, sobretudo como brinquedos;
  • 1600 - O turco Hezarfen Celebi saltou de uma torre em Gálata, tendo voado alguma distância num planador;
  • 1709 - Em Portugal, depois de várias experiências com balões não tripulados, o padre e cientista nascido no Brasil, porém de nacionalidade portuguesa, Bartolomeu de Gusmão voa na Passarola, o primeiro aeróstato conhecido na história;
  • 1783 - Em França, o primeiro balão dos irmãos Montgolfier faz um voo tripulado;
  • 1797 - O francês André Jacques Garnerin faz o primeiro salto de pára-quedas bem sucedido, a partir de um balão;
  • 1852 - O francês Henri Giffard, projecta e constrói o primeiro aeróstato dirigível;
  • 1890 - O alemão Otto Lilienthal constrói os primeiros planadores capazes de voo regular e controlado;
  • 1903 - Nos Estados Unidos da América, os irmãos Wright afirmam que realizam o primeiro voo de uma aeronave mais pesada que o ar;
  • 1906 - Na França, o brasileiro Alberto dos Santos Dumont realiza o primeiro voo certificado de um aparelho mais pesado que o ar, este que decolava por meios próprios (utilizando-se da potência desenvolvida pelo motor da aeronave, o 14 Bis), sendo também o primeiro voo de um aeroplano na Europa;
  • 1907 - A francesa Therese Peltier torna-se primeira mulher a voar;
  • 1909 - Primeira utilização militar de um aeroplano, pelo Exército dos Estados Unidos;
  • 1914 - É criada a primeira linha aérea de transporte de passageiros, entre S. Petersburg e Tampa, nos Estados Unidos;
  • 1919 - Os britânicos John Alcock e Arthur Whitten-Brown, fazem o primeiro voo transatlântico, entre a Terra Nova e a Irlanda;
  • 1922 - Os portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral fazem a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, entre Lisboa e o Rio de Janeiro;
  • 1923 - O espanhol Juan de la Cierva constrói e voa no primeiro autogiro do mundo;
  • 1927 - Charles Lindberg faz o primeiro voo sem escala sobre o Atlântico Norte;
  • 1927 - O brasileiro João Ribeiro de Barros realiza a segunda travessia do Oceano Atlântico
  • 1930 - Nos Estados Unidos, Ellen Church, torna-se a primeira assistente de bordo (aeromoça) do mundo;
  • 1937 - O dirigível alemão Hindenburg explode em Lakehurst, nos Estados Unidos, originado a interrupção da utilização daquele tipo de aeróstatos nos transportes em massa de passageiros;
  • 1939 - Na Alemanha o piloto Erich Warsitz faz o primeiro voo a jacto da história, num aparelho Heinkel He 178;
  • 1947 - Nos Estados Unidos, Chuck Yeager realiza o primeiro voo supersónico registado, num avião-foguete Bell X-1;
  • 1952 - Dá-se o primeiro voo comercial a jacto, entre Londres e Joanesbugo num aparelho De Havilland Comet;
  • 1969 - Realização do primeiro voo do Concord, primeiro avião comercial supersónico.

Aviação Comercial

A aviação comercial é um conjunto que inclui as técnicas e as ciências necessárias para a fabricação, manutenção e operação segura de aeronaves destinadas ao transporte de carga e/ou passageiros. Os primeiros vôos comerciais foram feitos no começo da primeira guerra mundial, nos Estados Unidos da América, e expandiram-se rapidamente após o fim da guerra. Actualmente, existem centenas de linhas aéreas que transportam passageiros e carga em todos os 5 continentes.

Transporte de Passageiros:

O transporte de passageiros, atingiu níveis de segurança e regularidade que tornaram-se importante factor de integração "intra países" e entre países. Com o evento da Globalização das actividades comerciais, industriais e turísticas, o avião tornou-se um meio de transporte rápido e seguro, correspondendo aos anseios das actividades dos dias actuais. O crescimento desse tipo de segmento de mercado (transporte aéreo de passageiros), foi duramente atingido durante os ataques de 11 de Setembro nos Estados Unidos, entrando em fase de prejuízos que se mantém até a presente data em algumas empresas. Entretanto nos dias actuais de 2005 / 2006, pode-se antever um crescimento sustentado na quantidade de passageiros para os próximos dez anos. As vendas de passagens e o movimento de passageiros são directamente proporcionais ao aumento do PIB (Produto Interno Bruto) dos países. Conforme previsões dos organismos Internacionais, os países de um modo geral, devem apresentar PIB em crescimento da ordem de (3%) ao ano nos próximos anos, portanto, seguramente haverá aumento significativo da frota mundial de aviões para transporte de passageiros. Actualmente existe uma polémica entre os grandes fabricantes sobre a conveniência de se construir enormes aeronaves com capacidade elevada de transporte de passageiros. aviao1 O gigantesco Boeing 747, o primeiro widebody da história da aviação.

OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal

Fundada em 1918, é uma empresa portuguesa dedicada à fabricação e manutenção de componentes de aviação. O seu capital é detido em 65% pelo consórcio Airholding SGPS, composto pela Embraer e EADS, e os restantes 35% ao Estado Português (Empordef). A OGMA possuí um vasto leque de clientes nacionais e internacionais, tanto civis como militares, e está certificada como centro de serviço autorizado, pela Embraer, Lockheed, Eurocopter, Rolls-Royce e Turbomeca. Em 1998, em cooperação com a empresa brasileira de aviões, Embraer, abriu um centro de manutenção para os aviões dessa mesma empresa. Esteve envolvida no projecto do PoSAT, tendo sido responsável pela montagem do satélite. Entre os seus serviços, destacam-se a manutenção dos aviões militares C-130, P-3 e F-16, das aeronaves comerciais Embraer ERJ145, 140 e 135, do Embraer Legacy, do Embraer 170, da família Airbus A320, assim como dos motores Rolls-Royce AE2100, AE3007 e T-56. A OGMA está sediada no Complexo Militar de Alverca, aproximadamente 15Km ao norte de Lisboa, e possuí actualmente cerca de 1.700 empregados e uma pista de aviação com 3km disponível 24h por dia. Hiperligação Oficial OGMA: http://www.ogma.pt/

Aerodinâmica

asa-aviao Perfil de uma asa de um avião evidenciando as partes aerodinâmicas constituintes. asa-aviao2 Esquema das quatro forças da aerodinâmica, actuando na asa de um avião. A aerodinâmica é o estudo do movimento de fluidos gasosos, relativo às suas propriedades e características, e às forças que exercem em corpos sólidos neles imersos. De uma forma geral a aerodinâmica, como ciência específica, só passou a ganhar importância industrial com o surgimento dos aviões e dos automóveis pois estes precisavam se locomover tendo o menor atrito possível com o ar pois assim seriam mais rápidos e gastariam menos combustível. O estudo de perfis aerodinâmicos, ou aerofólios, provocou um grande salto no estudo da aerodinâmica. Neste início o desenvolvimento da aerodinâmica esteve intimamente ligado ao desenvolvimento da hidrodinâmica que apresentava problemas similares, e com algumas facilidades experimentais, uma vez que já havia tanques de água circulante na época embora não houvesse túneis de vento.

Forças da aerodinâmica da aviação

Peso

O peso é uma força que é sempre dirigida para o centro da terra: trata-se da força da gravidade. A magnitude desta força depende de todas as partes do avião, mais a quantidade de combustível, mais toda a carga (pessoas, bagagens, etc.). O peso é gerado por todo o avião. Mas nós podemos simplesmente imaginá-la como se actuasse num único ponto, chamado centro de gravidade. Em voo, o avião gira sobre o centro de gravidade, e o sentido da força do peso dirige-se sempre para o centro da terra. Durante um voo, o peso do avião muda constantemente à medida que o avião consome combustível. A distribuição do peso e do centro de gravidade pode também mudar, e por isso o piloto deve constantemente ajustar os controlos, ou transferir o combustível entre os depósitos, para manter o avião equilibrado.

Sustentação

Para fazer um avião voar, deve ser gerada uma força para compensar o peso. Esta força é chamada sustentação e é gerada pelo movimento do avião através do ar. A sustentação é uma força aerodinâmica ("aero" significa ar, e " dinâmica" significa movimento). A sustentação é perpendicular (em ângulo recto) ao sentido do voo. Tal como acontece com o peso, cada parte do avião contribui para uma única força de sustentação, mas a maior parte da sustentação do avião é gerada pelas asas. A sustentação do avião funciona como se actuasse num único ponto, chamado centro de pressão. O centro de pressão é definido tal como o centro de gravidade, mas usando a distribuição da pressão em torno de toda a aeronave, em lugar da distribuição do peso.

Arrasto

À medida que o avião se move através do ar, há uma outra força aerodinâmica presente. O ar resiste ao movimento do avião, e esta força de resistência é denominada arrasto (ou atrito). Tal como a sustentação, há muitos factores que afectam a magnitude da força de arrasto, como a forma do avião, a " viscosidade " do ar e a velocidade. E tal como acontece com a sustentação, consideram-se usualmente todos os componentes individuais como se estivessem agregados num único valor de arrasto de todo o avião. O sentido da força de arrasto é sempre oposto ao sentido do voo, e o arrasto actua através do centro de pressão. Quando um avião aumenta o ângulo de ataque, aumenta também a sustentação; mas aumenta igualmente o arrasto. Um avião que vá aumentando gradualmente o ângulo de ataque acaba por atingir um ponto em que a sustentação não consegue contrariar o efeito resultante das outras forças e entra em perda. É por este fato que, na fase de descolagem de um aeromodelo, não se deve fazê-lo subir em ângulo muito acentuado.

Empuxo

Para superar o arrasto, a maioria de aviões tem algum tipo de propulsão para gerar uma força chamada empuxo. A intensidade da força de empuxo depende de muitos factores associados com o sistema de propulsão:
  • O tipo de motor;
  • O número de motores;
  • O ajuste da aceleração;
  • A velocidade.
O sentido da força de empuxo depende de como os motores estão colocados no avião. Na figura mostrada acima, dois motores a jacto estão posicionados sob as asas, paralelos à fuselagem, com a força actuando ao longo da linha central da aeronave. Em alguns aviões (tal como o Harrier) o sentido do impulso pode ser orientado para ajudar o avião a descolar numa distância muito curta. Para os motores de jacto, pode parecer confuso considerar que a pressão do avião é uma reacção ao gás quente que se escapa da turbina. O gás quente é expelido pela parte traseira, originando uma força de reacção em sentido contrário: o empuxo. Esta acção-reação é explicada pela terceira lei do movimento formulada por Newton. Os motores mais conhecidos são os motores de explosão(Ciclo Otto) e os motores a jacto (Ciclo Brayton). Mas também se utilizam motores eléctricos e motores de foguete. Os motores eléctricos e de explosão actuam usualmente por intermédio de hélices. Os motores a jacto e de foguete actuam pela força da reacção. Um planador é um tipo especial de avião que não tem nenhum motor. Alguma fonte externa da potência tem que ser aplicada para iniciar o movimento. Os aviões de papel são um exemplo óbvio, mas há muitos outros tipos de planadores. Alguns planadores são pilotados e rebocados para o alto por um outro avião, e a seguir são deixados livres para deslizar em distâncias longas antes de aterrar. Uma vez no alto, a energia cinética é responsável pelo impulso, mas ela para se manter gasta energia potencial. No entanto os planadores recorrem também a uma outra fonte de energia disponibilizada pela natureza: as correntes de ar ascendente que fazem o planador ou avião ganharem energia potencial sem perda de energia cinética e assim se manterem mais tempo no ar sem uso de motores.

Tecnologias Aeronáuticas Militares

Força Aérea Portuguesa

Forças Armadas Portuguesas

A Força Aérea Portuguesa (FAP) é o ramo aéreo das Forças Armadas Portuguesas. As suas origens remontam a 1912, altura em que começaram a ser constituídas as aviações do Exército e da Marinha. Em 1 de Julho de 1952, as aviações do Exército (Aeronáutica Militar) e da Marinha (Aviação Naval) foram fundidas num ramo independente denominado Força Aérea Portuguesa.

Missão

A FAP tem como missões principais a defesa do espaço aéreo nacional e a cooperação com os outros ramos das Forças Armadas na defesa militar da Nação. Tem ainda como missões complementares a participação em missões no âmbito de compromissos internacionais e de interesse público de Portugal.

História

caca-f16 Um caça F16A da FAP, preparando-se para ser reabastecido em voo. Cronologia Histórica
  • 1909 – É fundado o Aero Club de Portugal, por um grupo de oficiais do Exército, com o objectivo de promover o desenvolvimento da Aeronáutica em Portugal, bem como o seu uso militar;
  • 1911 – É criada a Companhia de Aerosteiros do Exército Português, em Vila Nova da Rainha (Azambuja) que se torna a primeira unidade aeronáutica militar portuguesa. A unidade, mais tarde transformada em Batalhão de Aerosteiros, tinha por missão principal a operação de aeróstatos, sobretudo balões de observação;
  • 1912 – A título experimental, são integrados na Companhia de Aerosteiros os primeiros aviões, o primeiro dos quais um Deperdussin B, nascendo assim a aviação militar portuguesa;
  • 1914 – No Exército Português é criado o Serviço Aeronáutico Militar e a Escola Militar de Aeronáutica (EMA), instalada em Vila Nova da Rainha, junto ao Batalhão de Aerosteiros;
  • 1917 – Na Marinha Portuguesa é criado o Serviço e Escola de Aviação da Armada, bem como a primeira base aeronaval, o Centro de Aviação Marítima do Bom Sucesso, em Lisboa;
  • 1917 – No âmbito da participação portuguesa na 1ª Guerra Mundial é prevista a criação dos Serviços de Aviação do Corpo Expedicionário Português que não chegam a ser activados. A maioria dos aviadores enviados para França para formarem o serviço combatem integrados em unidades de aviação francesas e britânicas;
  • 1917 – É enviada para Moçambique uma Esquadrilha Expedicionária para participar nas operações contra os alemães. A esquadrilha torna-se uma das primeiras unidades de aviação militar de África;
  • 1918 – A aviação do Exército é reorganizada, passando a denominar-se Serviço de Aeronáutica Militar e integrando a Direcção de Aeronáutica directamente dependente do Ministro da Guerra, as Escolas Militares de Aviação e de Aerostação, as Tropas Aeronáuticas (de Aviação e de Aerostação) e o Parque de Material de Aeronáutica;
  • 1918 – O Serviço de Aviação da Armada é reorganizado e passa a designar-se Serviços da Aeronáutica Naval;
  • 1919 – É criado o Grupo de Esquadrilhas de Aviação "República" (GEAR) na Amadora. O GEAR é a primeira unidade operacional de aviação militar em Portugal, integrando esquadrilhas de combate (caças), de bombardeamento e de observação;
  • 1924 – A aeronáutica do Exército passa a arma independente (em igualdade com a Cavalaria, Infantaria, Artilharia e Engenharia) com a designação de Arma de Aeronáutica Militar;
  • 1931 – Os Serviços da Aeronáutica Naval são transformados nas Forças Aéreas da Armada;
  • 1937 – A Aeronáutica Militar é reorganizada, passando a dispor de um comando autónomo, designado Comando-Geral da Arma da Aeronáutica, o que a torna praticamente num ramo independente, apesar de se manter administrativamente dependente do Exército. Anexo ao Comando-Geral é criado o Comando Terrestre de Defesa Aérea. Na nova organização os principais aeródromos militares passam a ser designados Bases Aéreas;
  • 1941 – Com o fim de defender a neutralidade e a soberania portuguesa nos Açores, juntamente com outras forças militares, começam a ser enviadas Esquadrilhas Expedicionárias para o Arquipélago;
  • 1950 – É criado o Subsecretariado de Estado da Aeronáutica com o objectivo de passar a tutelar toda a aviação militar portuguesa;
  • 1952 – Sob tutela do Subsecretariado de Estado da Aeronáutica é criado o Comando-Geral das Forças Aéreas que passa a exercer o comando unificado sobre as aviações do Exército e da Marinha. A nova organização das forças aéreas passa a compreender Forças Independentes e Forças de Cooperação. As Forças de Cooperação abrangem as Forças Aeronavais (formadas com as unidades da antiga Aviação Naval) e as Forças Aeroterrestres. Considera-se este o marco da criação da Força Aérea Portuguesa como ramo independente;
  • 1955 – No seio da FAP, é activado oficialmente o Batalhão de Caçadores-Pára-quedistas, a primeira unidade de tropas pára-quedistas das Forças Armadas Portuguesas;
  • 1956 – O território nacional metropolitano e ultramarino é dividido em três grandes regiões aéreas, que passam a exercer o comando operacional das unidades aéreas estacionadas na sua área: 1ª Região Aérea, com comando em Lisboa, abrangendo Portugal Continental, Açores, Madeira, Guiné Portuguesa e Cabo Verde; 2ª Região Aérea, com comando em Luanda, abrangendo Angola e S. Tomé e Príncipe; 3ª Região Aérea, com comando em Lourenço Marques, abrangendo Moçambique, Índia Portuguesa, Macau e Timor. Mais tarde, dentro da 1ª Região Aérea, são criados dois comandos semi-autónomos: Zona Aérea dos Açores e Zona Aérea da Guiné e Cabo Verde;
  • 1958 – As Forças Aeronavais e Aeroterrestres são completamente integradas na Força Aérea Portuguesa, deixando de ter qualquer ligação administrativa, respectivamente, à Marinha e ao Exército;
  • 1960 – São criadas as primeiras bases aéreas em Angola (Luanda e Negage);
  • 1961 – Ataques terroristas em Luanda e no norte de Angola dão início à Guerra do Ultramar em que a Força Aérea vai ter um papel muito activo, em operações de combate, reconhecimento, evacuação de feridos e apoio logístico às tropas e população civil;
  • 1961 – O Subsecretariado de Estado da Aeronáutica é substituído pela Secretaria de Estado da Aeronáutica, cujo titular passa a ter assento no Conselho de Ministros, se bem que ainda mantenha um estatuto governamental inferior aos Ministros do Exército e da Marinha;
  • 1961 – O general da Força Aérea Venâncio Deslandes é nomeado Governador-Geral e Comandante-Chefe das Forças Armadas de Angola. A função de Comandante-Chefe implicava o comando superior dos três ramos das forças armadas no respectivo Teatro de Operações, sendo o único caso na Guerra do Ultramar em que essa função foi exercida por um oficial não pertencente ao Exército;
  • 1962 – Criação oficial das Formações Aéreas Voluntárias, organizações de milícia aérea civil auxiliar da Força Aérea na Guerra do Ultramar;
  • 1974 – Dá-se o golpe militar de 25 de Abril que derruba o governo de Marcelo Caetano e põe fim à Guerra do Ultramar. Na sequência da revolução são extintos os Ministérios do Exército e da Marinha, bem como a Secretaria de Estado da Aeronáutica. As Forças Armadas deixam de ficar subordinadas ao poder civil, passando à tutela do Conselho da Revolução. Os Chefes de Estado Maior dos três ramos das Forças Armadas passam a exercer o comando do ramo, com o estatuto de ministro. O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas passa a ter o estatuto equivalente ao de Primeiro-Ministro, ficando na dependência directa do Presidente da República;
  • 1977 – A Força Aérea é reorganizada, sendo criados o Instituto de Altos Estudos da Força Aérea e a Academia da Força Aérea;
  • 1982 – Na sequência da reforma constitucional onde é extinto o Conselho da Revolução, as Forças Armadas voltam a ficar subordinadas ao poder civil. A Força Aérea Portuguesa, tal como os outros ramos, é integrada no Ministério da Defesa Nacional.

Unidades Iniciais da FAP

Em 1952, quando a Força Aérea se tornou independente passou a ter a seu cargo todas as infra-estruturas aeronáuticas que eram pertença do Exército e da Marinha. As suas primeiras unidades foram:
  • Pertencentes à antiga Aeronáutica Militar:
    • Grupo Independente de Aviação de Caça, em Espinho, com duas esquadrilhas de aviões Hurricane. As suas infra-estruturas aeronáuticas foram transformadas no Aeródromo-Base Nº1 da FAP, sendo desactivadas em 1955;
    • Base Aérea Nº1 em Sintra, vocacionada para a instrução;
    • Base Aérea Nº2, na Ota, com uma Esquadrilha de transportes Junkers JU 52/3m e um Grupo de três esquadrilhas de caça, uma F-47 Thunderbolt e as outras duas com Spitfire;
    • Base Aérea Nº3, em Tancos com a Esquadrilha de Reconhecimento e Cooperação equipada com aviões Lysander e um Grupo de esquadrilhas de caças Hurricane;
    • Base Aérea Nº4, nas Lajes com missões de transporte, reconhecimento e busca e salvamento, equipada com os aviões B-17 e C-54 e com o primeiro helicóptero a operar em Portugal, o Sikorsky UH-19;
    • Campo-Base de Lisboa, com aviões de transporte de vários tipos. Na FAP a partir de 1955 passou a chamar-se Aeródromo-Base Nº1, sendo em 1978 transformado em Aeródromo de Trânsito Nº1.
  • Pertencentes às antigas Forças Aéreas da Armada:
    • Centro de Aviação Naval de S. Jacinto, perto de Aveiro, com aviões anti-submarino Curtiss Helldiver. Na FAP a unidade passou por várias designações, a mais longa das quais Base Aérea Nº7.
    • Centro de Aviação Naval Comandante Sacadura Cabral, descendente do Centro de Aviação Naval do Bom Sucesso, em Belém, transferido para o Montijo nos anos 50. A unidade estava inicialmente equipada com aviões Consolidated Fleet, North-American T-6 e Grumman. Na Força Aérea passou a designar-se Base Aérea Nº 6.

Organização

A Força Aérea Portuguesa está organizada em três níveis de decisão: estratégico, de programação e de execução. O Nível de Decisão Estratégico compete ao Chefe de Estado-Maior da Força Aérea, que exerce o comando da FAP, no que é apoiado pelo Estado-Maior da Força Aérea. O Nível de Programação compete aos três comandos funcionais da FAP:
  • Comando Operacional da Força Aérea;
  • Comando de Pessoal da Força Aérea;
  • Comando Logístico-Administrativo da Força Aérea.
O Nível de Execução está atribuído às unidades e órgãos dependentes dos três comandos funcionais.

Estado-Maior da Força Aérea (EMFA)

É o órgão de estudo e apoio à decisão do Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA) e é dirigido por um Major-General que tem a designação de Vice-CEMFA. Tem sob o seu comando os seguintes órgãos:
  • Inspecção-Geral da Força Aérea;
  • Instituto de Altos Estudos da Força Aérea;
  • Academia da Força Aérea;
  • Direcção de Informática;
  • Museu do Ar;
  • Arquivo Histórico da Força Aérea;
  • Banda de Música da Força Aérea.

Comando Operacional da Força Aérea (COFA)

O Comando Operacional da Força Aérea é dirigido por um Tenente-General e tem como missão o planeamento, direcção e controlo dos sistemas de armas e actividade de defesa aérea do território nacional. Compete ainda a este comando a segurança de todas as unidades e órgãos da Força Aérea. Unidades e Zonas Aéreas O COFA engloba as seguintes unidades:
  • Bases Aéreas Principais:
  • Base Aérea Nº 1, em Sintra,
  • Base Aérea Nº 5, em Monte Real,
  • Base Aérea Nº 6, no Montijo,
  • Base Aérea Nº 11, em Beja;
  • Bases Aéreas Avançadas:
  • Aeródromo de Trânsito Nº 1, em Lisboa,
  • Aeródromo de Manobra Nº 1, em Ovar,
  • Base Aérea Nº 4, nas Lajes.
  • Unidades de Vigilância e Detecção:
  • Estação de Radar Nº1, em Foia,
  • Estação de Radar Nº2, no Pilar,
  • Estação de Radar Nº3, em Montejunto.
Zonas Aéreas:
  • Comando da Zona Aérea dos Açores, do qual depende a Base Aérea Nº 4,
  • Comando da Zona Aérea da Madeira (ainda não activado).
Esquadras de Voo As aeronaves da FAP estão integradas em Esquadras de Voo dependentes das bases aéreas. Em teoria cada esquadra baseia-se em 25, 12 ou 6 aparelhos do mesmo tipo, conforme é, respectivamente, uma esquadra de aeronaves ligeiras, de aeronaves médias ou de aeronaves pesadas. Na prática, esta quantidade varia bastante, dependendo do material disponível. As esquadras com mais aeronaves dividem-se em esquadrilhas de 4 a 8 aparelhos. As esquadras recebem uma numeração de 3 algarismos, em que o primeiro indica a sua missão primária, do seguinte modo:
  1. esquadra de instrução;
  2. esquadra de caça;
  3. esquadra de ataque;
  4. esquadra de reconhecimento;
  5. esquadra de transporte;
  6. esquadra de patrulha marítima;
  7. esquadra de busca e salvamento;
  8. esquadra de função especial.
O segundo algarismo indica o tipo de aeronave operado pela esquadra, do seguinte modo:
  • 0 - asa fixa;
  • 1 - misto;
  • 5 - asa móvel.
Desta forma, destacam-se:
  • esquadras de instrução: Esquadras 101 "Os Roncos" e 103 "Caracóis" baseadas na BA11 em Beja;
  • esquadras de caça: Esquadra 201 "Falcões" baseada na BA5 em Monte Real;
  • esquadras de ataque: Esquadra 301 "Jaguares" baseada na BA5 em Monte Real;
  • esquadras de reconhecimento: Esquadra 401 "Cientistas" baseada na BA1 em Sintra;
  • esquadras de transporte: Esquadras 501 "Bisontes" e 504 "Linces" baseadas na BA6 no Montijo, Esquadra 502 "Elefantes" baseada na BA1 em Sintra e Esquadra 552 "Zangões" baseada na BA11 em Beja;
  • esquadras de patrulha marítima: Esquadra 601 "Lobos" baseada na BA6;
  • esquadras de busca e salvamento: Esquadra 711 "Albatrozes" baseada na BA4 e Esquadra 751 "Pumas" baseada na BA6;
  • esquadras de função especial: Esquadra 802 "Águias" dependente da Academia da Força Aérea e baseada na BA1 em Sintra.
Comando de Pessoal da Força Aérea (CPESFA) É comandando por um Tenente-General que tem por missão administrar os recursos humanos da Força Aérea. Para atingir esse objectivo tem sob o seu comando os seguintes órgãos:
  • Direcção de Pessoal;
  • Direcção de Instrução;
  • Direcção de Saúde;
  • Serviço de Justiça e Disciplina;
  • Serviço de Acção Social;
  • Serviço de Assistência Religiosa;
  • Instituto de Saúde da Força Aérea;
  • Hospital da Força Aérea;
  • Centro de Medicina Aeronáutica;
  • Centro de Psicologia da Força Aérea;
  • Centro de Recrutamento e Mobilização;
  • Base do Lumiar;
  • Centro de Formação Militar e Técnica da Força Aérea.
Comando Logístico e Administrativo da Força Aérea (CLAFA) É comandado por um Tenente General que tem por missão assegurar a administração dos recursos materiais e financeiros. Para atingir essa finalidade tem sob o seu comando os seguintes órgãos:
  • Direcção de Abastecimento
  • Direcção de Electrónica
  • Direcção de Finanças
  • Direcção de Infra-estruturas
  • Direcção de Mecânica de Aeronáutica
  • Repartição de Transportes
  • Serviço Administrativo do CLAFA
  • Repartição de Armamento
  • Depósito Geral de Material da Força Aérea
  • Grupo de Engenharia de Aeródromos da Força Aérea
  • Centro de Manutenção Electrónica
caca-aviao Dassault-Dornier Alpha-Jet da FAP, com pintura comemorativa dos 50 anos da Esquadra 103.

Equipamento

A Força Aérea Portuguesa é hoje, em termos internacionais uma força de média dimensão, com equipamento ao nível dos mais modernos do mundo. Contrariamente a outras forças aéreas, a FAP não atribui uma designação própria às suas aeronaves, adoptando normalmente a designação do fabricante ou fornecedor. Actualmente, a FAP possui o seguinte material de voo: Aeronaves de Luta aérea
  • Lockheed Martin F-16 A/B MLU;
  • Lockheed Martin F-16 A/B OCU.
Aeronaves de Luta Anti-Superfície
  • Dassault-Dornier Alpha-Jet;
  • Lockheed P3 P Orion;
  • Lockheed Martin F-16 A/B OCU
Aeronaves de Apoio
  • CASA C-212-100 Aviocar;
  • CASA C-212-300 Aviocar;
  • Cessna FTB-337 G Skymaster;
  • Lockheed C-130 H/H-30 Hercules;
  • Marcel-Dassault Falcon 50;
  • Aerospatiale SE-3160 Alouette III;
  • Agusta-Westland EH-101 Merlin.
Aeronaves de Instrução
  • Aérospatiale Epsilon-TB 30;
  • CASA C-212-100 Aviocar;
  • OGMA Chipmunk Mk 20 (modificado);
  • Dassault-Dornier Alpha-Jet;
  • Aerospatiale SE-3160 Alouette III;
  • ASK-21;
  • L-23 Super Blanik.

Conclusão

Ciências Aeronáuticas, A carreira

Um piloto de avião tem uma rotina de top model. O seu ritmo de trabalho é duro: nada de Natal, Ano Novo, feriados. O quotidiano é passado sob constante mudança de fuso horário, com exposição a níveis de ruído e de radiação cósmica que perturbam o organismo. Também nada de abusar de álcool, empanturrar-se de comida ou passar noites em claro. Saúde perfeita é um requisito fundamental nesse profissional. Afinal, ele tem de controlar máquinas voadoras a 950 km/h e a 10 000 metros do chão, com a responsabilidade pela integridade de centenas de passageiros . Manipular os equipamentos computadorizados das modernas naves faz parte da tarefa do comandante. Ele deve ainda dominar as rotas aéreas, cuidar da comunicação com as torres de comando, orientar a tripulação e manter a calma dos passageiros em momentos de crise. Para isso, equilíbrio emocional é essencial. "Depois de formados e no exercício da actividade, somos submetidos a uma constante avaliação", diz Pedro Goldenstein, comandante internacional da Varig. A cada ano são duas provas em simuladores de voo e outras duas sobre os regulamentos de tráfego aéreo e os equipamentos do avião, além do check-up de saúde anual - que, dependendo do resultado, pode encerrar prematuramente uma carreira.

O mercado

Céu de brigadeiro para quem embarcar nessa viagem. Dos 160 pilotos formados até 1998, 150 estão empregados. Entre 1997 e 1998, os vôos interestaduais e internacionais no Brasil cresceram 12,3% e os regionais, 45%. A TAM está recebendo jactos Airbus 330 para rotas internacionais. E a Varig tem contrato assinado com a fábrica de aviões Boeing para receber 39 aparelhos até 2003. Com isso, o Departamento de Aviação Civil (DAC) estima que o tráfego aéreo no Brasil aumente 70% até 2010. Salário médio inicial: R$ 1905, 87. Em alta: Aviação Comercial.

O curso

Para ingressar, além de passar no processo selectivo, você deve ter o brevê de piloto privado com, no mínimo, 35 horas de voo. Na faculdade são mais 200 horas voando, por instrumentos e em aviões com mais de um motor. A teoria engloba física, matemática, psicologia, técnicas de pilotagem de jacto e navegação aérea. Além disso, administração e planeamento do transporte aéreo preparam o profissional para o gerenciamento de empresas. Duração média: três anos. Apesar de ser uma experiência muito compensadora, sabemos que não vale a pena apenas gostarmos de aviação! Devemos amar esta profissão, de modo a passarmos por todos estes duros testes, e ainda estarmos aptos para apreciar tudo isto, muito estudo e muito trabalho. Mas apesar disto, será sempre recompensador e um motivo de orgulho para quem conseguir manejar tais instrumentos… Porque afinal, com eles, voamos! Torna-mos pássaros, e voamos ainda mais alto! E isto ainda se torna melhor quando, sendo os pilotos por exemplo, sabemos, e temos total controlo desta viagem que fazemos. Concluímos que a aeronáutica é parte da humanidade e do funcionamento da mesma, e que por isto se deve continuar a investir nas Tecnologias da mesma, para que com isto, possamos voar cada vez mais alto! aviao2 De Havilland Comet, o primeiro jacto comercial da história da aviação. Também foi operada pela Força Aérea Britânica (RAF), como pode ser visto nesta foto. Webgrafia:
  • http://www.algosobre.com.br/guia-de-profissoes/ciencias-aeronauticas.html;
  • http://biblioteca.estacio.br/;
  • http://guiadoestudante.abril.uol.com.br/aberto/pro/no_72925.shtml;
  • www.estudantes.com.br/quadro/quadrode.asp?curso=187&d=Ci%EAncias+Aeron%E1uticas;
  • www.unopar.br/cursos/c_aeronauticas/index.html;
  • wikipedia.org/wiki/Ciências_Aeronáuticas;
  • http://isecpilotos0506.no.sapo.pt/



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