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Diversidade de Pigmentos Fotossintéticos - NotaPositiva

O teu país

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Joana Simões

Escola

Externato Frei Luís de Sousa

Diversidade de Pigmentos Fotossintéticos

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Resumo do trabalho

Relatório de Actividade Experimental sobre a diversidade de pigmentos fotossintéticos, realizado no âmbito da disciplina de Biologia (10º ano).


Relatório de actividade experimental

Diversidade de Pigmentos Fotossintéticos

Objectivo

Observar os diferentes pigmentos presentes nas células dos seres que realizam a fotossíntese.

Introdução Teórica

Alguns seres vivos existentes no nosso planeta, designados por seres autotróficos, desenvolveram a capacidade de produzir compostos orgânicos a partir de substâncias minerais, utilizando uma fonte de energia externa, este processo desenvolvido pelas plantas, micro algas e bactérias é denominado por fotossíntese.

Este processo consiste na conversão da energia luminosa em energia química através das plantas, transformando o dióxido de carbono (CO2), a água (H2O) e os sais minerais, retirados do solo através da raiz da planta, em compostos orgânicos e oxigénio gasoso (O2). A radiação solar é absorvida pelas folhas das plantas através da clorofila. A partir deste processo, a fotossíntese, as plantas produzem o seu próprio alimento, constituído essencialmente por açúcares como a glicose, quando esta produção é em excesso, o excedente é armazenado nas reservas das plantas para uso futuro. Assim de forma genérica podemos equacionar a fotossíntese da seguinte maneira:

A energia luminosa utilizada na fotossíntese é captada através de pigmentos fotossintéticos - clorofilas (A, B, C e D) e carotenóides. Os estes diferentes tipos de pigmentos possuem estruturas diversas, permitindo que cada um seja capaz de captar radiações de vários comprimentos de onda. A faixa do espectro electromagnético correspondente à radiação visível, que inclui radiações com comprimentos de onda que vão desde o violeta, com cerca de 380 nm, ao vermelho, com 700 nm, é designada radiação fotossinteticamente activa, onde os pigmentos absorvem as radiações mais eficientes para a fotossíntese nas faixas vermelho-alaranjado e azul-violeta do espectro. Nas plantas superiores, os principais pigmentos fotossintéticos são as clorofilas (A e B) e os carotenóides: as clorofilas são responsáveis pela cor verde característica das plantas, enquanto que os carotenóides, também chamados pigmentos acessórios, são amarelados ou alaranjados.

Nas plantas a fotossíntese ocorre ao nível dos cloroplastos: é na membrana dos tilacóides destes organelos que se localizam as clorofilas. O processo fotossintético compreende duas fases: a fase fotoquímica, dependente da luz, e a fase química, não dependente da luz.

A fase fotoquímica ocorre nos tilacóides e nesta etapa têm lugar reacções fotoquímicas importantes como a:

  • Fotólise da água - dissociação da molécula de água em oxigénio e hidrogénio, na presença da luz, aqui a água funciona como o dador primário de electrões;
  • Oxidação da clorofila A - ao ser excitada pela luz, a clorofila A emite electrões, ficando na forma reduzida, e o percurso seguido pelos electrões ao longo das cadeias transportadoras, onde ocorrem transferências energéticas que permitem a fotofosforilação do ADP em ATP, assim como a redução do NADP+ em NAPH.

Para que a fase fotoquímica ocorra é necessária a presença de luz, água, ADP+Pi e NADP+ que originam os seguintes produtos finais: O2, ATP, NADPH e H+.

A fase química, também denominada por Ciclo de Calvin ou Ciclo do Carbono, ocorre no estroma e compreende um conjunto de reacções que não dependem da luz. Ali, o dióxido de carbono é fixado, combinando-se com a Ribulose Difosfato (RuDP). Os electrões do NADPH e o ATP, produzidos na fase fotoquímica, são utilizados na produção do Aldeído Fosfoglicérido (PGAL), que pode seguir duas vias - intervir na regeneração da Ribulose Difosfato ou ser usado na síntese da glicose. A fase não dependente da luz requer a presença de ATP, NADPH e CO2 onde os produtos finais desta fase são a glicose, o ADP+Pi, o NADP+ e o RuDP.

A fotossíntese pode ser influenciada por vários factores, internos e externos. Os factores internos podem ser, por exemplo, a estrutura dos cloroplastos e das folhas, o teor de pigmentos fotossintéticos, a quantidade de produtos fotossintéticos acumulada nos cloroplastos, a concentração de enzimas e de nutrientes e como exemplos de factores externos que interferem com o processo fotossintético são a luz, a temperatura, a salinidade, o grau de hidratação do solo e a pressão de CO2.

Este processo de conversão de radiação solar em energia química inicia ainda a maior parte das cadeias alimentares na Terra. Sem ela, os animais, e outros organismos heterotróficos, seriam incapazes de sobreviver porque a base da sua alimentação está sempre nas substâncias orgânicas proporcionadas pelas plantas verdes.

Procedimentos

Nesta experiência começámos por receber todo o material necessário, distribuído pelo professor, para a realização da actividade. De seguida verificámos que o protocolo a utilizar na elaboração da experiência iria sofrer alterações, pois não utilizámos areia fina e a vareta de vidro e as folhas de espinafre foram substituídas por folhas de agrião.

Primeiramente retirámos todas as folhas de agrião do caule e colocámo-las dentro do almofariz. Retiradas todas as folhas dos caules e colocadas no almofariz, com a ajuda do pilão esmagámos as folhas até formar uma pasta verde, não homogénea, onde adicionámos posteriormente acetona.

Após adicionarmos a acetona, triturámos novamente a pasta de folha até termos um liquido verde, espesso. Em seguida, dobrámos o papel de cromatografia em quatro de forma a obtermos um papel de filtro mais pequeno que o fornecido para o funil. Decantámos para o funil de vidro, com a ajuda do pilão, o líquido verde obtido na trituração das folhas com a acetona, e assim filtrámo-lo, para um gobelé, de modo a obter um líquido verde menos espesso.

Depois do processo de filtração colocámos a solução de clorofila bruta numa caixa de Petri, de seguida cortámos o papel de filtro e colocámo-lo aberto e em posição vertical dentro da caixa de Petri, de modo que este absorveu o filtrado a medida que o tempo foi passando, como elucida a ilustração 1.

Concluímos a experiencia com a limpeza da bancada de trabalho e de todo o material utilizado durante a realização da experiencia, bem como a arrumação do mesmo. Quanto ao papel de filtro, retirámo-lo da caixa de Petri e guardámo-lo, o qual anexei a este relatório.

Material/Reagentes

Para a realização desta actividade experimental utilizámos o seguinte material:

  • Folhas de agrião
  • Acetona
  • Almofariz e pilão
  • Gobelé de 100ml ± 12,5ml
  • Funil de vidro
  • Caixa de Petri
  • Tesoura
  • Papel de cromatografia
  • Papel de filtro
  • Espátula

Resultados/Registos/Observações

Através do trabalho prático realizado pôde-se observar com alguma clareza os diferentes pigmentos presentes nas células dos seres fotossintéticos.

Quando o papel de filtrou tocou no filtrado, solução de clorofila bruta, ascendeu pelo papel e pudemos observar várias colorações de verde e o nosso objectivo era obter todas cores (dentro daquelas que se podem verificar) ou seja, vários tons de verde e no final a cor amarela.

Não obtivemos o resultado esperado no final pois constatámos que devido ao tempo de frigorifico dos agriões as suas propriedades foram se perdendo e não conseguimos obter o todas as colorações.

Em relação aos outros grupos, no final de todo o procedimento, reparámos que devido ao facto de termos espremido o papel de cromatografia, que estava a fazer de papel de filtro, obtivemos melhores resultados que o outros grupos presentes no nosso turno de laboratório.

Conclusão

Com a realização desta actividade laboratorial, o processo de maceração proporcionou-nos a destruição do tecido vegetal, e em seguida com a aplicação da acetona (solvente orgânico) foi-nos permitido a extracção da coloração dos pigmentos fotossintéticos através do papel de cromatografia, concluímos que a clorofila não é o único pigmento presente nas células dos seres que realizam a fotossíntese.

Concluímos assim que podemos observar pelo menos duas cores distintas de verde que corresponde à clorofila A e à clorofila B e uma cor esverdeado-amarela que corresponde aos carotenóides.

Bibliografia

  • MATIAS, Osório, MARTINS, Pedro, Biologia 10, Areal Editores, páginas 86 a 98
  • http://www.infopedia.pt/$fotossintese



271 Visualizações 23/11/2019