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Observação Microscópica de Tecidos Condutores - NotaPositiva

O teu país

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Marcos Cachulo

Escola

Escola E.B. 2/3 Infante D. Pedro - Buarcos

Observação Microscópica de Tecidos Condutores

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Resumo do trabalho

Actividade Prático-Laboratorial cujo objectivo foi a observação Microscópica de Tecidos Condutores, Estrutura Primária da Raiz e Folha de Monocotiledónia e Folha de Dicotiledónia, realizado no âmbito da disciplina de Biologia (10º ano).


Esquemas de Observação ao M.O.C

Estrutura Primária de raiz da monocotiledónia

Ampliação total: Ampliação da ocular  Ampliação da objectiva =

Estrutura primária de raiz da dicotiledónia

Ampliação total: Ampliação da ocular  Ampliação da objectiva =

Estrutura primária de caule da monocotiledónia

Ampliação total: Ampliação da ocular  Ampliação da objectiva =

Estrutura primária de caule da dicotiledónia

Ampliação total: Ampliação da ocular  Ampliação da objectiva =

Estrutura primária de folha da monocotiledónia

Ampliação total: Ampliação da ocular  Ampliação da objectiva =

Estrutura primária de folha da dicotiledónia

Ampliação total: Ampliação da ocular  Ampliação da objectiva =

Interpretação de resultados

Em primeiro lugar, nas observações microscópicas que observámos, verificámos a existência de diversos feixes condutores, constituídos alternadamente por xilema e floema.

O que é o xilema? O xilema (ou lenho) é o tecido no qual circula a seiva xilémica. Os elementos mais importantes deste são os vasos xilémicos, essencialmente constituídos por células mortas. As paredes deste tecido têm diversos espessamentos impregnados de uma substância impermeável – a lenhina.

O que é o floema? É no floema que circula a seiva elaborada, sendo os seis elementos condutores os denominados tubos crivosos. Estes últimos, são constituídos por células vivas cujas paredes transversais, providas de orifícios, constituem as placas crivosas. Neste existem também outros tipos de células, tais como as células de companhia, que são células vivas com actividade importante no funcionamento dos tubos crivosos.

Deste modo, apontam-se as principais características da monocotiledónea e de uma dicotiledónea:

Monocotiledónea: As sementes de Monocotiledónea apresentam um só cotilédone. Esta apresenta nervuras foliares paralelas, não possui raiz com eixo principal, apresentando, então, uma raiz fasciculada (ou com cabeleira). Nesta mesma, verifica-se igualmente a existência de xilemas rodeados por floemas e, no caule, vasos condutores de seiva irregularmente espalhados.

Dicotiledónea: As sementes de Dicotiledónea apresentam dois cotilédones, sendo que esta apresenta nervuras foliares reticuladas, possuindo,  uma raiz com eixo principal. Por fim, manifesta vasos condutores de seiva dispostos ordenadamente à volta do caule.

Estrutura primária da raiz

O que é uma raiz? Qual é a sua importância?

A raiz é o órgão da planta que geralmente se encontra abaixo da superfície do solo. Esta é uma estrutura especializada, que aumenta a superfície através da qual a água se difunde para o interior da planta. As raízes possuem pêlos que aumentam ainda mais área da superfície.

A raiz evidencia, então, duas funções principais:

  • É o órgão absorvente de água e nutrientes;
  • Serve como meio de fixação ao solo.

Observação microscópica de um corte transversal de uma raiz de monocotiledónea:

  • Na estrutura primária da raiz de monocotilédonea, os feixes vasculares são simples e alternos;
  • A rodear as células de xilema, encontram-se células de floema;
  • Existe uma zona de feixes condutores mais numerosa do que na raiz de dicotiledónea;
  • Podemos distinguir a epiderme, constituída por uma camada de células vivas que reveste a raiz com crescimento primário, composta essencialmente por células de parênquima;
  • Verificaram-se pêlos radiculares na epiderme;

Observação microscópica de um corte transversal de uma raiz de dicotiledónea:

  • Podemos distinguir a epiderme, que não apresenta, ao contrário da raiz de uma monocotiledónea, pêlos radiculares;
  • Os feixes são simples e alternos;
  • Como é típico da raiz, ocorre a diferenciação centrípeta do xilema.

Estrutura Primária do Caule

O caule estabelece a ligação entre a raiz, esta última que é o órgão de absorção. O caule é também o órgão condutor de seivas e apresenta também a função de suporte das folhas, das flores e dos frutos.

Principais características do caule:

  • O xilema está lado a lado com o floema, isto é, os feixes estão dispostos lado a lado e são duplos e colaterais;
  • A rodear as células xilema, encontram-se células de floema;
  • Ocorre a diferenciação (Ao contrário da raiz);
  • Ocorre a centrifugação do xilema;
  • Tal como na raiz, há só uma epiderme.

Para se poder distinguir a estrutura primária do caule de uma monocotiledónea e de uma dicotiledónea, são apontadas três estruturas, que nos permitem diferenciar as mesmas:

  • A epiderme;
  • A zona cortical;
  • O cilindro central.

Fig, 1; Corte transversal do caule de trigo.

Estrutura primária do caule de uma monocotiledónea:

EPIDERME Apresenta uma camada de células de paredes espessadas, onde podem identificar-se estomas.
ZONA CORTICAL Nesta zona existe parênquima cortical (tecido de reserva).
CILIDRO CENTRAL O cilindro central é bastante desenvolvido na monocotiledónea apresenta, em constaste com a raiz, feixes condutores duplos colaterais, que se distribuem desordenadamente.

Estrutura primária do caule de uma dicotiledónea:

EPIDERME Sempre presente, engloba uma camada de células com paredes finas, cutinizada e com estomas.
ZONA CORTICAL Em relação ao cilindro central., a zona cortical pouco desenvolvida em relação ao cilindro central.
CILINDRO CENTRAL Apresenta feixes condutores duplos e colaterais. Os vasos maiores de xilema encontram-se na periferia - diferenciação centrífuga (Centrifugação do xilema)

Estrutura primária da folha

As folhas são órgãos das plantas designados para a captação de luz e para as trocas gasosas com a atmosfera, de forma a realizar a respiração da planta e a fotossíntese.

Nestes mesmos órgãos fotossintéticos são elaboradas substâncias nutritivas.

Estrutura primária de folha de uma monocotiledónea:

  • Realçam-se nervuras paralelas ou circulares:
  • Feixes colaterais e fechados;
  • Geralmente sem nervura principal;
  • Mesófilo simétrico;
  • Estomas geralmente distribuídos pelas duas epidermes.

Estrutura primária de folha de uma dicotiledónea:

  • Apresenta nervuras ramificadas;
  • Feixes colaterais e abertos;
  • Expõe uma nervura principal;
  • O Mesófilo é em paliçada e lacunoso;
  • Estomas concentrados na epiderme da página inferior.

Fig.2: Estrutura de uma folha de monocotiledónea.

Conclusões

Este trabalho prático-laboratorial teve em vista o estudo da estrutura primária da folha de monocotiledónea e dicotiledóneas através da observação de preparações com o auxílio do microscópio óptico composto.

As conclusões são, portanto, diversas:

Relativamente à observação de raízes ao microscópio óptico:

Na raiz de monocotiledónea, encontram-se feixes vasculares simples e alternos, epiderme com pêlos radiculares, sendo o cilindro central pequeno e o córtex muito grande.

Na raiz de monocotiledónea, a organização anatómica é ligeiramente diferente. Podemos igualmente inferir que os feixes de xilema têm maiores dimensões e que estão dispostos concentricamente, alternados com os feixes de floema.

Os feixes vasculares de monocotiledónea são simples e alternos, mas em número superior aos da dicotiledónea;

O xilema primário apresenta diferenciação centrípeta (de fora para dentro) e o floema primário apresenta diferenciação centrífuga (de dentro para fora).

Nas dicotiledóneas, o xilema concentra-se na região mais interna do cilindro central e os feixes deste mesmo concentram-se numa região central em forma de estrela (como esquematizado). Alternadamente aos feixes de xilema, observam-se os feixes de floema, que apresentam diferenciação centrífuga.

Relativamente à observação de caules ao microscópio óptico:

Numa monocotiledónea há um elevado número de feixes dispersos pelo cilindro central;

Numa monocotiledónea, os feixes são duplos, colaterais e fechados, enquanto que numa dicotiledónea os feixes são duplos, colaterais e abertos;

Numa dicotiledónea os feixes estão dispostos apenas num círculo.

Relativamente à observação de folhas ao microscópio óptico:

As folhas são constituídas por um tecido de revestimento, e epiderme, onde se encontram os estomas, pelo mesófilo e pelos feixes vasculares.

Nas dicotiledóneas, os estomas encontram-se apenas na página inferior da folha, enquanto que nas monocotiledóneas existem em ambas as faces das folhas. O mesófilo contém parênquima, esclerênquima e colênquima.

Nas folhas, nos feixes vasculares, o xilema está voltado para a epiderme superior, e o floema para a epiderme inferior.

Como previamente descrito nos caules, nas folhas os feixes vasculares são duplos, colaterais e abertos nas dicotiledóneas e duplos, colaterais e fechados nas monocotiledóneas.

Então, foi a partir das preparações observadas, possível consolidar a matéria e perceber melhor as diferenças existentes entre as raízes, caules e folhas das monocotiledóneas e das dicotiledóneas.

Por fim, nunca é demais sublinhar as regras de microscopia e de segurança de laboratório. Nesta actividade, todo o protocolo experimental apresentava uma ínfima complexidade. Deste modo, os objectivos propostos foram plenamente atingidos o balanço final é positivo.



266 Visualizações 22/11/2019