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Trabalho sobre Observação de Células Animais e Vegetais pelo Microscópio Óptico, realizado no âmbito da disciplina de Biologia (10º ano).
O trabalho teve como objectivos conhecer a constituição das células vegetal e animal por meio do microscópio óptico e possibilitar a identificação de diversas estruturas celulares, tais como o núcleo, o nucléolo, o vacúolo, o citoplasma e a membrana celular. Para tal, foi necessária a utilização de vários corantes ─ azul-de-metileno (núcleo, citoplasma, membrana celular), água iodada (núcleo, amiloplastos, membrana celular, citoplasma) e vermelho neutro (núcleo, complexo de golgi, membrana celular, vacúolos, citoplasma) ─ pois nem todos fazem salientar os mesmos organitos.
A célula é a unidade básica estrutural e funcional da vida comum a todos os seres vivos. É responsável pelos processos vitais, reprodução, desenvolvimento e hereditariedade. A dimensão típica de uma célula é de 10 µm e a massa de 1 nanograma. Dado que na natureza nada surge do nada com as células não é diferente: estas têm origem em células pré-existentes. A estrutura foi descoberta graças a Robert Hooke e ao microscópio. A partir daí, devido aos avanços tecnológicos e várias experiências laboratoriais, foram-se detectando os demais constituintes celulares. Essas observações permitiram classificar as células e os seres vivos em diferentes parâmetros: unicelulares/pluricelulares, eucarióticas/procarióticas, animais/vegetais (e outros reinos).
Quanto à sua dimensão, os seres vivos podem ser unicelulares (quando constituídos por uma única célula - reino monera) ou pluricelulares (se forem formados por mais de uma célula; as células semelhantes e funções idênticas associam-se entre si formando tecidos, estes em órgãos, os órgãos em sistemas de órgãos e estes, por sua vez, formam um organismo: uma organização hierárquica - reinos protista, fungi, plantae e animalia).
As células são também divididas em procarióticas, no caso de não possuírem um núcleo organizado e definido, em que a informação genética se encontra dispersa no citoplasma, constituindo seres unicelulares procariontes (somente o reino monera), ou eucarióticas se se encontrar no seu interior um núcleo organizado, contento cromatina, um nucleoplasma com enzimas e proteínas, um nucléolo que coordene o processo reprodutivo das células e organização dos ribossomas e um invólucro nuclear com poros para haver comunicação com o resto da célula, sendo assim mais complexas que as procarióticas e fazendo parte de seres eucariontes unicelulares ou pluricelulares.
Apesar de diferirem de reino para reino, as células observadas pertenciam aos reinos plantae e animalia, sobre os quais se vai incidir a atenção. A divisão em reinos não se concentra apenas na constituição celular mas também na nutrição dos seres (ingestão nos animais e fotossíntese nas plantas), interacção dos ecossistemas, etc… Porém é um importante meio de distinção: enquanto que as células vegetais contêm parede celular (protecção e suporte rígido envolvente das células) e cloroplastos (organelo com pigmentos úteis para a fotossíntese com uma membrana dupla), as células animais não mas estas possuem centríolos (importantes para a divisão celular com aparência cilíndrica e microtúbulos) inexistentes nas vegetais. Como foi referido anteriormente, as plantas realizam a fotossíntese, processo que permite a transformação de matéria mineral em matéria orgânica por intervenção da luz, água e dióxido de carbono, com libertação de oxigénio e produção de alimento para a planta, fazendo destes seres autotróficos.
Já os animais obtêm energia ingerindo matéria orgânica e efectuando a sua digestão intracorporal extracelular ou intracelular. Os sistemas digestivos animais podem ser completos se os alimentos forem ingeridos e excretados por locais diferentes e incompleto se estes processos se realizarem no mesmo local. No microscópio óptico a diferença mais notória entre estes dois reinos é a forma da célula: as células vegetais são dotadas de uma forma regular devido à parede celular e as células animais apresentam uma forma irregular.
Actividade 1: observação de células da epiderme das túnicas do bolbo da cebola.
Actividade 2: observação das células do epitélio lingual
Figura 1: Observação de células da epiderme das túnicas do bolbo da cebola, com uma ampliação de 160x e coradas com Azul de Metileno.
Figura 2: Observação de células da epiderme das túnicas do bolbo da cebola, com uma ampliação de 400x e coradas com Água Iodada.
Figura 3: Observação de células da epiderme das túnicas do bolbo da cebola, com uma ampliação de 400x e coradas com Vermelho Neutro.
Figura 4: Observação das células do epitélio lingual, coradas com Azul de Metileno e com uma ampliação de 400x.
Durante este trabalho conhecemos melhor a constituição de células vegetais e animais e identificámos as diferentes estruturas celulares das mesmas. Tudo isto porque os corantes utilizados eram apropriados para a coloração dos vários organitos.
O vermelho neutro permitiu-nos observar os vacúolos, para além do núcleo, complexo de Golgi e membrana celular. O azul-de-metileno corou o núcleo, mais especificamente o ADN, enquanto que a água iodada actua ao nível dos organelos citoplasmáticos, membranas, paredes celulares e núcleo.
Estas características de cada um dos corantes foram por nós verificadas ao longo das observações microscópicas.
Relativamente aos aspectos a melhorar, a actividade teve de ser realizada uma segunda vez, pois não foi possível visualizar todos os organelos pretendidos com a experiência por não se ter em conta qual o papel desempenhado por cada corante.
Portanto chegámos ao objectivo pretendido apesar das dificuldades com que nos fomos deparando ao longo da actividade laboratorial percebendo a verdadeira importância dos corantes.