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Observação Microscópica de Células - NotaPositiva

O teu país

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Joana Antunes

Escola

[Escola não identificada]

Observação Microscópica de Células

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Resumo do trabalho

Trabalho (Relatório) cujo objectivo foi observar através do microscópio células de epiderme interior das túnicas da célula, cromoplastos e amiloplastos...


Observação Microscópica de Células de Epiderme Interior das Túnicas da Célula, Cromoplastos e Amiloplastos

1. Introdução/Objectivos

1.1    Objectivos:

  • Observar alguns componentes celulares (núcleo, membrana, parede celular, citoplasma);
  • Observar as células de epiderme interior das túnicas da cebola;
  • Conhecer a técnica da irrigação;
  • Verificar a importância da coloração e do meio de montagem da visualização diferenciada das estruturas celulares;
  • Utilizar correctamente o microscópio na observação de material biológico (célula);
  • Compreender a importância de diferentes técnicas de preparação de material para observação microscópica;
  • Aplicar técnicas de preparação e montagem de material para ser observada;
  • Observação de cromoplastos;
  • Observação de amiloplastos;

1.2 Introdução

Todos os seres vivos são compostos por células. A célula é um pequeno elemento de dimensões microscópicas que constitui a unidade básica da vida. Apresenta uma grande diversidade morfológica e funcional.

As células dividem-se em dois grandes grupos: as células Eucarióticas as células Procarióticas (anexo fig.3 e 4). As células Procarióticas são as células mais simples e pensa-se que as Eucarióticas evoluíram a partir das Procarióticas. As células com uma estrutura mais complexa são chamadas células Eucarióticas que podem ser agrupadas em células animais e células vegetais.

Tanto as células Eucarióticas animais como vegetais possuem um núcleo delimitado por uma membrana porosa, um citoplasma que tem aspecto de uma massa que é onde se encontram os diversos organelos e ainda uma membrana plasmática que mantêm a integridade da célula. Mas apesar destas semelhanças também existem diferenças. (anexo fig.5)

Estas células distinguem-se porque apesar de existirem organelos similares ao da célula animal esta possui organelos únicos como a parede celular, vacúolos inferiores aos das células animais mas de maiores dimensões, cloroplasto e plasmodesmos.

As células animais não possuem parede celular, cloroplastos e plasmodesmos. Possui inúmeros vacúolos mas de dimensões inferiores aos da célula vegetal. Possui centríolos que são organelos únicos deste tipo de célula.

A cebola é um caule subterrâneo que apresenta túnicas sobrepostas. Cada túnica acumula substâncias de reserva. Na superfície côncava de cada uma das túnicas existe uma epiderme que é do género de uma película fina, facilmente destacável. Esta película é constituída por uma só camada de células. Esta epiderme será um dos nossos objectos de observação microscópica.

Os cromoplastos são organelos celulares que acumulam pigmentos diferente das clorofilas. Estes pigmentos são moléculas de natureza lipídica, pertencentes ao grupo dos carotenoídes (carotenos- cor de laranja; xantofilas- amarelo e licopenos- vermelho)

Os cromoplastos podem observar-se em células epidérmicas de pétalas de algumas flores (túlipas, gladíolos), em alguns frutos (tomate) em algumas raízes (cenoura).

Estes organitos podem originar-se a partir de proplastos, cloroplastos ou amiloplastos, sendo no entanto, a sua origem controversa.

Os amiloplastos são organitos celulares que acumulam amido, encontrando-se em células de certas raízes, sementes e frutos.

Estes organitos têm origem em proplastos e em cloroplastos.

Os grãos de amido podem apresentar vários aspectos, consoante o mecanismo de deposição do amido.

Tanto a polpa de tomate como a banana também vão ser objectos de observação microscópica.

Para obtemos uma melhor visualização dos componentes ao microscópico existe a aplicação de diversas técnicas, uma vez que as células para além das suas reduzidas dimensões não apresentam contraste entre os seus constituintes. Por isso a utilização de diversas técnicas tem como objectivo visualizar o material da melhor maneira possível evitando alterar o menos possível as suas características originais.

A coloração é uma das técnicas utilizadas em microscopia porque evidencia as estruturas celulares pouco perceptíveis. Mas isto só é utilizado nos constituintes celulares que absorvem o corante, pois existem alguns que não tem essa capacidade.

Nesta experiência fui utilizado a água, água iodada , solução de vermelho neutro e o corante de Lugol.

O vermelho neutro é um corante que, usado em baixa concentração, penetra na célula sem a matar. Depois disso vai corar o vacúolo de modo a visualiza-lo melhor.

O Corante de Lugol é um corante que cora o amido, logo vai corar os amiloplastos.

Nesta experiência foi utilizado a técnica de irrigação. Esta técnica consiste em colocar o corante num dos bordos da lamela e do outro lado colocar um papel de filtro, cujo efeito de sucção permite ao material biológico entrar em contacto com o corante.

0270

 Figura 1 – Técnica de irrigação

2. Material

  • Microscópio Composto Óptico;
  • Lâminas e lamelas;
  • Pinça;
  • Bisturi;
  • Água iodada;
  • Cebola;
  • Tomate;
  • Banana;
  • Corante de Lugol;
  • Solução vermelho neutro;
  • Esguicho de água;
  • Papel de filtro.

3. Procedimentos

3.1 Células de epiderme interior das túnicas da cebola

  1. Coloque sobre três lâminas distintas respectivamente uma gota de vermelho e uma gota de água iodada.
  2. Com o auxílio da pinça, destaque um fragmento de epiderme da face côncava de uma túnica de cebola.
  3. Com o bisturi, divida o fragmento em pequenas porções (cerca de 5mm) , colocando cada uma delas distendida sobre o corante, que se encontra em cada uma das lâminas.
  4. Cubra três preparações com as lamelas e observe-as ao microscópio, desenhando as suas observações.
0271

Figura 2 – Retirar fragmentos da cebola com ajuda de uma pinça

3.2 Cromoplastos

  1. Com o bisturi, retire uma pequena porção da polpa carnuda de tomate maduro.
  2. Faça uma preparação microscópica com o material obtido, usando como o meio de montagem uma gota de solução de Ringer.
  3. Pressione cuidadosamente a lamela, de modo a espalhar o material biológico na preparação (técnica de esmagamento).
  4. Observe a preparação ao microscópio, nas várias ampliações, e faça um esquema legendado.

3.3 Amiloplastos

  • Com o bisturi, faça um corte fino do material biológico escolhido.
  • Faça uma preparação microscópica com o corte obtido, usando como meio de montagem uma gota de solução de Ringer.
  • Observe a preparação ao microscópio, nas várias ampliações, e faça um esquema legendado da observação.
  • Substitua o meio de montagem por uma solução de Lugol, usando o método de irrigação.
  • Observe novamente a preparação ao microscópio e registe o que observou.

4. Resultados / Observações

4.1 Observação da célula de epiderme do interior das túnicas da cebola

4.1.1 Observação da célula de epiderme do interior das túnicas da cebola utilizando água

0272

4.1.2 Observação da célula de epiderme do interior das túnicas da cebola utilizando água iodada

0273

4.1.3 Observação da célula de epiderme do interior das túnicas da cebola utilizando vermelho neutro

0274

4.2 Observação de cromoplastos

Tomate:

0275

4.3 Observação de amiloplastos utilizando água iodada

Banana:

0276

5. Discussão

Ao observar os resultados podemos verificar que os corantes utilizados permitem visualizar alguns organelos da célula dependendo do que se queira visualizar. Ou seja, um determinado corante pode servir para se conseguir visualizar o núcleo, e com outro, isto pode não acontecer.

Ao observar a célula da epiderme interior da túnica da cebola utilizando a água destilada apenas vemos o citoplasma, a parede celular e a membrana plasmática. Com a utilização da água iodada vimos todas as estruturas da célula: citoplasma, parede celular, membrana plasmática, núcleo, pois ela cora todas a estruturas celulares. Quando utilizamos a solução vermelho neutro esta corou os vacúolos porque estes reagem com o vermelho neutro.

Na observação microscópica da célula do tomate conseguimos ver os cromoplastos presentes na célula que vão dar a cor ao tomate, até que na observação dos amiloplastos presentes na banana foi necessário a utilização da água iodada pois este corante permite identificá-los.

Em todas as observações foi possível identificar o citoplasma e a parede celular.

6. Conclusão

Com a realização desta actividade experimental podemos concluir que cada corante actua de forma específica sobre a célula e devemos escolher o corante adequado á estrutura que queremos observar de modo a não danificar as estruturas celulares. Com isto concluiu-se que a solução vermelho neutro cora os vacúolos, a água iodada evidencia a parede celular, o citoplasma e cora o núcleo, até que a água destilada não provoca qualquer reacção.

Para além de a água iodada evidencia as estruturas já referidas permite também identificar os amiloplastos presentes na banana.

Com a observação dos cromoplastos conclui-se que são estes que vão dar cor vermelha ao tomate e os amiloplastos vão dar a cor amarela á banana.

Em relação á célula conclui-se que a célula eucariótica vegetal é constituída por núcleo, citoplasma, parede celular, membrana plasmática e vacúolos.

7. Bibliografia

  • DIAS, A.G; GUIMARÃES. R; ROCHA :p; 2009; Biologia 10; Areal Editores, Porto 2009
  • Célula [online] Disponível na Internet via WWW. URL: http://pt.wikipedia.org/wiki/Celula. Arquivo pesquisado em 6 de Março  de 2009
  • Coloração [online] Disponível na Internet via WWW. URL: http://www.infopedia.pt/$coloracao-(microscopia).  Arquivo pesquisado em 11 de Março de 2009
  • Coloração [online] Disponível na Internet via WWW. URL: http://www.prof2000.pt/users/biologia/ptemporarias.htm. Arquivo pesquisado em 12 de Março de 2009

8. Anexos

 Célula Eucariótica Vegetal

Célula Eucariótica Vegetal

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Célula Eucariótica Animal

Célula Eucariótica Animal

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Comparação da célula eucariótica animal com a célula eucariótica vegetal



369 Visualizações 28/09/2019