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Trabalho escolar sobre a Constituição das Células Eucarióticas Animal e Vegetal, realizado no âmbito da disciplina de Biologia (10º ano).
Este trabalho relativo á observação de células do epitélio lingual e da cebola, tem como objectivos:
A cebola é uma planta na qual o bolbo, órgão ( raiz) subterrâneo, acumula reservas ao nível das túnicas que o constituem. Essas túnicas têm na parte externa um tecido protector, e epiderme, e não têm clorofilas.
Os epitélios são um grupo de diversos tecidos animais, que cobrem superfícies de corpo, cavidades e tubos.
A célula é um pequeno elemento autónomo de dimensões microscópicas, considerada a unidade básica estrutural e funcional de todos os seres vivos, todas as células provém de células preexistentes, sendo esta, também, a unidade de reprodução, de desenvolvimento e de hereditariedade dos seres vivos. As células dividem-se em dois grandes grupos: as células procarióticas e as células eucarióticas. As mais simples são as células procarióticas que estão representadas pelas bactérias e cianobactérias. Enquanto que as células de estrutura mais complexa são as eucarióticas que podem ser agrupadas em células animais ou células vegetais. As células eucarióticas animais possuem organelos similares aos das células eucarióticas vegetais, no entanto distinguem-se destas últimas devido á inexistência de parede celular, á existência de inúmeros vacúolos embora de dimensões inferiores aos da célula vegetal e ainda devido ao facto de possuírem centríolos que são organelos exclusivos deste tipo de célula.
A observação de material microscópico exige a aplicação de diversas técnicas que permitem uma melhor visualização dos seus componentes, uma vez que as células para além das suas reduzidas dimensões não apresentam contraste entre os seus constituintes. Estas técnicas têm como finalidade permitir que o material seja melhor visualizado, alterando o menos possível as suas características originais, e conservando--o por um período de tempo mais longo do que o habitual, uma vez que as células rapidamente se danificam devido á evaporação do meio de montagem, que é acompanhado de um processo progressivo de degradação.
A coloração é uma técnica importante em microscopia, pois permite evidenciar estruturas celulares pouco perceptíveis. Isto torna-se viável visto que determinados constituintes celulares tendem a absorver certos corantes enquanto que outros não têm essa capacidade. Assim sendo, nesta actividade experimental utilizou-se a solução de Ringer, azul metileno, água iodada e vermelho neutro. A maioria dos elementos que constituem os tecidos biológicos é naturalmente incolor, apresentando pouco contraste, pelo que é difícil a sua observação. Assim, no sentido de evidenciar determinadas estruturas celulares, os cortes são corados por diferentes substâncias antes de se proceder à montagem definitiva. A maioria dos corantes comporta-se como base ou ácido. Nos corantes básicos, o grupo químico responsável pela cor ou cromóforo, é catiónico (isto é, apresenta carga positiva). Os grupos cromóforos destes corantes combinam-se com os grupos ácidos ou aniónicos (que apresentam carga negativa) das moléculas celulares.
Cebola
1-Adicionou-se numa lamina uma gota de:
2-Retirou-se um pequena película da cebola com a ajuda da pinça
3-Adicionou-se pequenos fragmentos da cebola em cada uma das lâminas
4-Cobriu-se cada uma das preparações com uma lamela
5-Colocou-se cada uma das preparações no microscópio
6-Observou-se cada uma das preparações ao microscópio
7-Esquematizou-se o que se observou
Epitélio lingual
1-Adicionou-se numa lamina uma gota de azul de metileno
2- Com a ajuda de um palito de madeira, raspou-se levemente a superfície da língua
3-Colocou-se o material obtido sobre a gota do corante
4-Cobriu-se a preparação com uma lamela
5-Colocou-se a preparação no microscópio
6-Observou-se a preparação ao microscópio
7-Esquematizou-se o que se observou
Fig. 1 - Observação da célula da epiderme do bolbo da cebola com a solução de ringer
1- Vacúolo
2- Citoplasma
3- Parede Celular
4- Membrana celular
Ampliação:
Objectiva de 10 x
Ocular de 10 x
10x10=100x
Fig. 2 - Observação da célula da epiderme do bolbo da cebola com o vermelho neutro
1 - Núcleo
2 - Citoplasma
3 - Parede Celular
4 - Membrana celular
Ampliação:
Objectiva de 10 x
Ocular de 10 x
10x10=100x
Fig. 3 - Observação da célula da epiderme do bolbo da cebola com água iodada
1- Núcleo
2- Citoplasma
3- Parede Celular
4- Membrana celular
Ampliação:
Objectiva de 10 x
Ocular de 10 x
10x10=100x
Fig. 4 - Células do epitélio lingual corado com azul de metileno
1- Núcleo
2- Citoplasma
3- Membrana celular
Ampliação:
Objectiva de 10 x
Ocular de 10 x
10x10=100x
Ao observar-se os resultados das células da cebola, verificou-se que estas quando juntas com a solução da ringer, não evidenciam o seu núcleo, ou seja, não foi possível observá-lo, em vez disso observou-se um vacúolo. O mesmo não aconteceu quando se corou a célula com o vermelho neutro e com a água iodada, uma vez que, em ambas as colorações observou-se o núcleo em vez do vacúolo. Ou seja, a única diferença da observação com a solução de ringer e com o vermelho neutro ou a água iodada foi a observação do vacúolo e a observação do núcleo, respectivamente, uma vez que em ambas observou-se claramente o citoplasma, a parede celular e a membrana celular.
Ao observar os resultados das células do epitélio lingual verificou-se que estas não têm parede celular, visto que são células animais, e por conseguinte os seus bordos apresentavam-se ligeiramente dobrados. Com a preparação corada com azul de metileno verificou-se que as células ficaram azuis, de tal modo que se conseguiu distinguir os seus núcleos, agora corados de azul escuro, assim como a membrana celular e o citoplasma que também coraram mas num azul ligeiramente mais claro.
Através desta actividade foi possível concluir que a célula eucariótica animal é diferente da célula eucariótica vegetal visto que não possui parede celular, o que faz com que os bordos das células estejam ligeiramente dobrados. Os corantes / soluções usados nesta actividade experimental coraram os núcleos, o que vai de encontro á sua função que é precisamente evidenciar este organelo. No entanto, o resto das células também ficaram coradas embora numa tonalidade mais clara, o que permitiu observar mais pormenorizadamente os seus constituintes e verificar as diferenças existentes entre a célula eucariótica animal e a célula eucariótica vegetal.
Livros:
GRAMAXO, Fernanda, MESQUITA, Almira, SANTOS, Maria, SILA, Amparo, Terra, Universo de Vida ( 2ºParte, Biologia), Porto Editora, Porto, 2003
GONÇALVES, Salomé, 1999, A vida ao Microscópio – “Técnicas Laboratoriais de Biologia”, Porto Editora
Sites:
www.biorede.pt