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Trabalho (Relatório) cujo objectivo foi a observação de uma colónia e espécime de musgo, realizado no âmbito da disciplina de Biologia (11º ano).
Os musgos são representantes do grupo das briófitas e como tal são desprovidos de vasos de condução e tecidos. O corpo do musgo é dotado de filamentos denominados rizóides, que, embora se prestem à fixação e à absorção de nutrientes, não têm estrutura típica de raiz verdadeira. As folhas e o caule, também denominados filóides e caulóides, são bastantes simples, delicados. São plantas criptógamas, isto é, que possui o órgão reprodutor escondido, e não possuem flores, sementes e frutos. Preferem viver em lugares húmidos (são dependentes da água para a reprodução, cuja fase dominante é a gametofítica), e preferem lugares com sombra (umbrófitas). Geralmente atingem poucos centímetros de altura justamente por não possuírem vasos de condução de seiva.
Tradicionalmente, os musgos eram agrupados com os membros dos grupos Marchantiophyta e Anthocerotophitas na Divisão Bryophyta (briófitos), na qual os musgos eram classificados na classe Musci, no entanto, actualmente, os musgos encontram-se dentro da divisão Bryophyta sensu stricto.
A Classe Musci (do latim) = musgo é constituída por cerca de 700 géneros e 1400 espécies, Sendo considerada a maior classe das briófitas.
No seu ciclo de vida, nota-se a participação de gâmetas que dependem da água para que a fecundação ocorra. Nesse caso o gâmeta masculino desloca-se no meio líquido até ao gâmeta feminino. Assim, numa analogia com o mundo animal, as briófitas são consideradas “os anfíbios do reino vegetal”, já que residem em lugares húmidos e sombrios e dependem da água para a fecundação
As briófitas (onde estão incluídos os musgos) reproduzem-se por alternância de gerações ou metagênese. Nesse ciclo reprodutivo observam-se:
O gametófito de um musgo é dotado de rizóides; um caule ou caulóide delicado; folhas ou filóides rudimentares e clorofilados. Já o esporófito, que não é clorofilada, possui uma haste cujo ápice se diferencia numa estrutura denominada cápsula, onde os esporos são produzidos.
Em certas épocas, o gametófito produz uma região apical uma pequena bolsa denominada gametângio, que produz gâmetas e representa, portanto, o órgão de reprodução do musgo. O gametângio é de dois tipos:
CICLO DE VIDA DO MUSGO: Os musgos são geralmente dióicos, o que significa que a planta ou é masculina ou é feminina, isto é, os sexos encontram-se separados.
Ao atingir a maturidade sexual, os gametófitos produzem gametângios, sendo produzidos no seu interior os gâmetas. No musgo masculino, os anterozóides podem alcançar o musgo feminino através dos borrifos de chuva; então, “nadam” em direcção ao arquegônio. A união entre o anterozóide e a oosfera, que configura a fecundação que ocorre no arquegônio, determina a formação do zigoto (2n). Este desenvolve-se e origina o esporófito (2n), produtor de esporos, que cresce sobre o gametófito feminino (n), obtendo daí o seu alimento. Da constituição do esporófito faz parte, uma haste formando-se na sua extremidade uma cápsula, que abriga os esporângios “urnas” onde se produzem esporos; os esporos formam-se através da meiose e são, então libertados para o ambiente. Em condições adequadas, cada esporo germina, formando uma espécie de “broto” denominado protema. Esse filamento, o protema, “brota” e forma um novo musgo (gametófito), fechando o ciclo. Podemos assim concluir que o musgo possui um Ciclo de Vida Haplodiplonte.
Fig. 1 – Ciclo de vida do musgo
Como já foi referido anteriormente, o musgo vive preferencialmente em solos húmidos e ambientes sombrios. Estes são, geralmente, os primeiros organismos que se instalam sobre o substrato e superfícies rochosas. Podemos então encontrá-los sobre o solo, troncos de árvores e rochas. Estes podem ser dulcícolas, ou seja, residem em águas doces, mas não é conhecido nenhum representante marinho.
Fig. 2 – Colónia de musgo
Desta forma uma das finalidades deste trabalho é a melhor compreensão dos conceitos ditos anteriormente, de modo a compreender a matéria leccionada e a visualização dos esporos após sofrerem meiose. Outra das finalidades é o conhecimento do ciclo de vida do musgo.
Os principais objectivos deste trabalho são, a observação de uma colónia e espécime de musgo, de um indivíduo em reprodução e de uma cápsula do esporófito no microscópio. Ficando a conhecer, desta forma o Ciclo de Vida do Musgo e como é que o mesmo se processa. Um dos objectivos deste trabalho é também trabalhar um pouco a matéria leccionada anteriormente para melhor percepção da mesma. Tendo sido também necessária uma pesquisa sobre o assunto para se conhecer o Ciclo de Vida do musgo, obrigando os alunos a estudar o tema. Outro objectivo, é no final da actividade observar os esporos a serem libertados através do esporângio.
Pinça | Lupa Binocular | Agulha de dissecação |
Depois de cada observação esquematizamos o que visualizamos, a segui encontra-se o que eu esbocei:
Colónia de Musgo | Espécime de Musgo | Indivíduo em reprodução | Cápsula de um esporófito |
Na primeira observação realizada foi possível visualizar a colónia de musgo, na qual alguns indivíduos eram de maiores dimensões do que os outros, e uns encontravam-se mais brotados do que outros. Na observação seguinte, foi possível ver apenas um indivíduo da espécie, que possuía uma raiz suficientemente grande, e, a zona verde tinha alguns centímetros. Na última visualização feita na lupa vimos um indivíduo em reprodução, que se encontrava na fase diplóide. Por fim, observamos, através de um televisor, com o auxílio do microscópio, a libertação de esporos. O esporófito possui uma cápsula, que no seu interior tem esporos, ao retirar a caliptra da cápsula, e esperando alguns segundo podemos ver os esporos a serem libertados para o meio ambiente que já sofreram meio.
Musgo em rocha