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Trabalho sobre a Clonagem Humana e o interesse de utilizar a Clonagem Humana como técnica reprodutiva, realizado para a disciplina de Biologia (11º ano).
No âmbito da disciplina de Biologia, foi-me solicitado pela docente Dra. Isabel Ferreira, a elaboração da presente estudo, que tem como tema central “Clonagem Humana”.
Neste trabalho em que a comissão de especialistas vai representar Portugal na ONU para a elaboração de um tratado internacional sobre clonagem, decidiu pedir um parecer prévio a diferentes especialistas no sentido de melhor articular a posição nacional, cabendo a “nós” colaborar com a comissão, assumindo um determinado papel, como:
. Médico;
. Geneticista;
. Padre Católico;
. Representante da Comissão de Bioética;
. Defensor da Clonagem Humana;
. Cidadão Comum.
Como tal, assumi o papel de defensor da clonagem humana em que pronuncio, entre outros aspectos, sobre a importância da clonagem humana, o interesse de utilizar a clonagem humana como técnica reprodutiva, assim como, a importância da clonagem humana como método terapêutico, produzindo um parecer com a “minha” (da personalidade que assumi) opinião sobre os eventuais aspectos que devem ser contemplados no tratado.
Espero que este trabalho esteja do seu agrado e que o esclareça de prováveis dúvidas.
Conceito
O termo clone foi criado em 1903 pelo botânico Hebert J. Webber enquanto pesquisava plantas no Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
Segundo Webber, clone provém do grego klón que significa broto vegetal.
Este termo designa um conjunto de células, moléculas ou organismos descendentes de uma outra célula e que são geneticamente idênticas à célula original.
Desta forma, a clonagem é um processo de reprodução assexuada onde são obtidos indivíduos geneticamente iguais (microorganismo, vegetal ou animal) a partir de uma célula mãe.
É um mecanismo comum de propagação de espécies de plantas, bactérias e protozoários. Em humanos, os clones naturais são gémeos univitelinos, seres que compartilham do mesmo DNA, ou seja, do mesmo material genético originado pela divisão do óvulo fertilizado.
Ovelha Dolly
Os clones não chamaram muita atenção durante anos, pois a clonagem se restringia principalmente a plantas e protozoários. Porém em 1996, um anúncio marcou a história da genética. O escocês Ian Wilmut, do Instituto Roslin, de Edimburgo, com a colaboração de uma empresa de biotecnologia conseguiram a proeza de mostrar que era possível a partir de uma célula somática diferenciada clonar um mamífero, tratava-se de uma ovelha de raça Finn Dorset chamada de Dolly.
O maior feito dos cientistas, foi fazer com que uma célula adulta se tornasse totipotente (célula-tronco) de novo. As células totipotentes possuem a capacidade de se diferenciarem em diferente tipos de células, em um processo antes considerado irreversível.
Como foi realizado o processo de clonagem da ovelha Dolly?
Os cientistas isolaram uma célula mamária congelada de uma ovelha da raça Finn Dorset de seis anos de idade e a clonaram numa cultura com baixa concentração de nutrientes. Com isso a célula entrou num estado de latência parando de crescer. Em paralelo, foi retirado o óvulo não fertilizado de uma outra ovelha, da raça Scottish Blackface, de cor escura. Desse óvulo não fertilizado foi retirado o núcleo, transformando-se num óvulo não fertilizado e sem núcleo. Através de um processo de electrofusão ocorreu a união do núcleo da ovelha da raça Finn Dorset com o óvulo sem núcleo da ovelha da raça Scottish Blackface, dando início à divisão celular, isto é, de uma célula em duas células, duas em quatro, quatro em oito e assim por adiante.
Na fase de oito a dezasseis células, as células se diferenciam formando uma massa de células internas originado o embrião propriamente dito. Após seis dias, esse embrião, já com cerca de cem células, é chamado de blastócito. O blastócito foi colocado no útero de uma outra ovelha da raça Scottish Blackface que funcionou como “barriga de aluguer”. Após a gestação, esta ovelha escura deu à luz um filhote branco da raça Finn Dorset chamada Dolly.
A ovelha Dolly, foi o primeiro animal mamífero a ser clonado e a viver até, pelo menos, à fase adulta, tendo dois filhos.
Contudo, a ovelha Dolly não era tão idêntica ao dador do núcleo, apesar de herdar da ovelha branca o DNA contido nos cromossomas do núcleo da célula mamária, ela também herdou da ovelha escura o DNA contido nas mitocôndrias, organelos que ficam no citoplasma das células.
Com o passar do tempo foi percebido que Dolly apresentava as extremidades dos cromossomas reduzidas gerando envelhecimento celular precoce. Devido ao envelhecimento, Dolly sofria de artrite no quadril e joelho da pata traseira esquerda. Sugere-se que isto ocorra pelo facto de que ela tenha sido criada a partir de uma célula adulta de seis anos (idade da ovelha doadora do núcleo), e não de um embrião.
Assim, a ovelha Finn Dorset foi sacrificada aos seis anos de idade, depois de uma vida marcada por envelhecimento precoce e doenças. Em seus últimos dias, Dolly estava com uma doença degenerativa e incurável nos pulmões.
Os problemas de saúde da ovelha Dolly levantaram dúvidas sobre entre a comunidade científica e ambientalista acerca da possibilidade de prática de copiar a vida.
Em relação ao corpo da ovelha Finn Dorset está embalsamado e exposto no Real Museu da Escócia, em Edimburgo.
Os cientistas podem clonar células para a produção de células estaminais com fins terapêuticos, como o tratamento da doença de Parkinson e, para a produção de um embrião que implantado no útero de uma mãe hospedeira dará origem a um ser humano geneticamente idêntico ao original.
Para realizar uma clonagem humana é necessário extrair de um dador uma célula somática e a informação genética contida nesta célula será a “matriz” do futuro clone. É utilizado um óvulo não fertilizado do qual se retira o núcleo. Seguidamente, o material genético do doador é então injectado no óvulo e este colocado numa solução química propícia para o desenvolvimento celular. Para que o processo de multiplicação celular se inicie, aplica-se uma pequena descarga eléctrica. Após várias multiplicações celulares forma-se o blastócito, também chamado de embrião para pré-implantação. As células externas ao blastócito estão destinadas a tornarem-se placenta. No interior, estão as células estaminais. Continuamente, o embrião é implantado no útero da mãe hospedeira. O processo de gestação decorrerá dentro dos parâmetros normais e dará origem a um ser geneticamente idêntico ao doador das células somáticas. No entanto, o bébé poderá não ser uma réplica idêntica devido a herança de uma pequena quantidade do chamado “ADN mitocondrial” proveniente do óvulo, bem como devido às alterações que possam ocorrer dentro do útero da mãe hospedeira.
A Clonagem Reprodutiva é pretendida para produzir uma cópia de um indivíduo existente.
É utilizada a técnica chamada de Transferência Nuclear (TN): Baseia-se na remoção do núcleo de um óvulo e substituição por um outro núcleo de outra célula somática. Após a fusão, vai havendo a diferenciação das células. Depois de cinco dias de fecundação, o embrião já com 200 a 250 células, é chamado blastócito. É nesta fase que ocorre a implantação do embrião na cavidade uterina. O blastócito apresenta as células divididas em dois grupos: camada externa (trofoectoderma), que vai formar a placenta e o saco amniótico; e camada interna que dará origem aos tecidos do feto. Após o período de gestação surge um indivíduo com um património genético idêntico ao do doador da célula somática.
A Clonagem Terapêutica é um procedimento cujos estágios iniciais são idênticos a clonagem para fins reprodutivos, difere somente no facto do blastocisto não ser introduzido num útero. O blastocisto é utilizado em laboratório para a produção de células totipotentes a fim de produzir tecidos ou órgãos para transplante.
Esta técnica tem como objectivo produzir uma cópia saudável do tecido ou do órgão de uma pessoa doente para transplante.
As células totipotentes são classificadas em dois tipos:
. Células totipotentes embrionárias;
. Células totipotentes adultas.
As células totipotentes embrionárias são particularmente importantes porque são multifuncionais, isto é, podem ser diferenciadas em diferentes tipos de células. Podem ser utilizadas no intuito de restaurar a função de um órgão ou tecido, transplantando novas células para substituir as células perdidas pela doença, ou substituir células que não funcionam adequadamente devido a um defeito genético, como por exemplo, doenças neurológicas, diabetes, problemas cardíacos, derrames, lesões da coluna cervical e doenças sanguíneas.
Por sua vez, as células totipotentes adultas não possuem essa capacidade de se transformar em qualquer tecido, isto é, as células musculares vão originar células musculares, as células de fígado vão originar células de fígado, e assim por diante.
. A possibilidade de que, através da tecnologia da clonagem, se possa renovar a actividade de células danificadas, substituindo-as por células novas crescidas em culturas;
. A capacidade de criar seres humanos com a mesma informação genética para actuarem como doadores de órgãos;
. O beneficio de estudar a diferenciação celular ao mesmo tempo que a clonagem é estudada e desenvolvida;
. Os casais inférteis terão a possibilidade de ter filhos com a informação genética de um dos pais e poderiam, assim, deixar de ser usadas as técnicas actuais de fertilização in vitro, produzindo, deste modo, indivíduos relacionados a eles mesmos;
. Os cientistas esperam que as células estaminais humanas possam abrir caminho a novos tratamentos para doenças que de outra forma seriam incuráveis, tais como a doença de Parkinson e Alzheimer, doenças cardíacas, paralisia, acidentes vasculares cerebrais e diabetes. Esperam, assim, substituir as células danificadas do cérebro ou do corpo através da utilização de uma técnica de transplante de células estaminais – técnica da clonagem terapêutica. As células estaminais poderiam ser provenientes de embriões, de embriões clonados e talvez mesmo de adultos. Um embrião clonado a partir de células do doente teria a vantagem de ter o mesmo ADN. Assim, o risco de rejeição seria muitíssimo menor. Ao invés de inserir este embrião em uma mãe de aluguer, as suas células são usadas para produzir células totipotentes que são capazes de evoluir para diversos tipos de células do corpo. Estas células totipotentes podem, portanto, serem utilizadas para criar órgãos humanos, tais como corações, fígados e pele, assim como também podem fazer crescer neurónios capazes de curar aqueles que sofrem de doenças como Parkinson, Alzheimer ou síndrome de Rett.
. A possibilidade de comprometer a individualidade – As crianças tornar-se-iam como qualquer outra comodidade que adquirimos: tamanho, cor e outros traços seriam predeterminados pelos pais. O mistério da individualidade humana seria uma coisa do passado. Para além disso, crianças que forem clones de pessoas que já faleceram poderão ser consideradas meramente a continuação da vida daqueles que já se foram;
. A perda da variabilidade genética;
. Um mercado negro de fetos pode surgir, de dadores “desejáveis” que queiram clonar-se a eles próprios, como estrelas de cinema, atletas e outros;
. A técnica da clonagem de mamíferos revela-se muito pouco eficaz em termos de sobrevivência dos embriões;
. A tecnologia não está ainda bem desenvolvida, tendo uma baixa taxa de fertilidade (para clonar a Dolly foram produzidos 277 ovos, 30 começaram a dividir-se, 9 induziram a gravidez e apenas 1 sobreviveu);
. Envelheceriam rapidamente – os poucos clones que sobrevivem ao processo costumam não ter vida longa ou saudável;
. A grande maioria das tentativas de clonagem de um animal resultou em embriões deformados ou em abortos após a implantação. Muitos cientistas defendem que os poucos animais clonados nascidos apresentam malformações que não são detectáveis através de exames ou de testes no útero como, por exemplo, deformações ao nível do revestimento dos pulmões;
. As crianças poderiam morrer no parto, e, se isso não acontecesse, maioritariamente, morreriam prematuramente;
. Normalmente, nascem com deficiências físicas ou malformações fatais, tais como, insuficiências respiratórias e imunológicas, problemas cardiovasculares, malformações renais e deficiências mentais;
. Até a chegada da Dolly, vários fetos morreram durante a gestação ou logo após o nascimento, e alguns desses tinham sérias anomalias;
. Há sempre uma questão religiosa relativa à clonagem de seres humanos. Muitos acreditam que a criação de vida é assunto exclusivo do Criador. Eles acreditam que a vida é uma dádiva Divina, que deveria estar além dos poderes humanos. A Igreja acredita que a alma é criada no momento da concepção, e por isto o embrião merece protecção. Para aqueles que concordam com a Igreja, a tecnologia não aperfeiçoada da clonagem significa assassinato em massa;
. A clonagem de seres humanos pode causar graves efeitos nos nossos relacionamentos familiares.
Algumas pessoas pensam que a clonagem humana é eticamente aceitável, outras pensam o contrário, é verdade. Um argumento, por exemplo, que considero eticamente aceitável para a defesa da clonagem, baseia-se na analogia entre os casais inférteis e os paraplégicos.
Os casais inférteis são como os paraplégicos. Se os paraplégicos não conseguem andar de forma natural, têm direito a andar de uma forma não natural, isto é, de cadeira de rodas. Se os casais inférteis não conseguem reproduzir de forma natural, têm direito a reproduzirem-se de uma forma não natural, ou seja, através da clonagem. Logo, a clonagem deve ser permitida.
Afirmo que na clonagem humana é possível identificar aspectos positivos, nomeadamente na área da saúde. Com efeito é reconhecido que a clonagem pode auxiliar no desenvolvimento de métodos contraceptivos mais eficientes e menos prejudiciais à saúde da mulher. Da mesma forma, danos no tecido nervoso, que são extremamente difíceis de curar, podem ser reparados usando células germinativas com alto potencial reprodutivo. Finalmente, o crescimento veloz das células embrionárias pode também fazer-nos compreender melhor os mecanismos envolvidos no crescimento de tumores malignos.
Porém, deve-se lembrar que clonagem humana não significa ressurreição. Um clone pode ser idêntico a um ser humano clonado, mas isto não significa que são a mesma pessoa. Irmãos gémeos, por exemplo, são duas pessoas diferentes. Se um gémeo morresse, nenhum pai ficaria invocado porque uma pessoa fisicamente idêntica permanece viva.
Como primeira objecção à clonagem humana, habitualmente definida como de identidade, defende que a clonagem priva as pessoas de uma identidade própria e por isso é um mal. Obviamente que não é assim. A clonagem não priva as pessoas de uma identidade própria, pois não é só a semelhança genética que define a identidade das pessoas, mas também o meio que as envolve.
Uma segunda consideração é a das relações familiares, a qual refuta a clonagem humana como base na suposição de que ela dará origem a relações familiares confusas. Claramente, que não é uma objecção forte à clonagem, uma vez que as relações familiares incluem não só o pai, a mãe e os filhos, mas também os padrastos, os enteados, os primos em segundo e mesmo em terceiro grau, as noras e outros membros, que implicam já uma elevada complexidade nas relações familiares.
Uma outra contestação, ordinariamente identificada como de instrumentalização, defende que a clonagem humana não deve ser desenvolvida porque aqueles que querem ser clonados tratariam os clones como simples meios para atingir os seus fins. Reconheço seriamente que esta é a refutação mais forte à clonagem mas, atendendo tratar-se de seres clonados, é fácil aceitar um estatuto idêntico para qualquer um deles. Assim, é para mim difícil aceitar que um deles pudesse inevitavelmente instrumentalizar o outro de uma forma diferente do que poderia fazer qualquer outro ser da mesma espécie.
Outra controvérsia é a da eugenia. Esta baseia-se em que a clonagem humana não deve ser desenvolvida porque dará origem à eugenia positiva, isto é, à selecção de indivíduos com características genéticas consideradas desejáveis. Ainda que assim fosse, não vejo nada de negativo até que a tendência do aperfeiçoar da espécie é natural no homem, sendo um factor muito importante de atracção entre os indivíduos do sexo oposto. Mais, duvido que pessoas diferentes tenham a mesma opinião em relação ao que é uma boa ou má característica, para além de que, como já disse, não é apenas o património genético que define o carácter de uma pessoa, mas também o ambiente que a rodeia.
Uma consideração igualmente frequente é a do apelo à natureza, referindo que a clonagem humana é errada porque consiste numa forma antinatural de reprodução. Admito que a clonagem é uma forma de reprodução antinatural. Mas, se Deus deu ao homem inteligência para que ele a explorasse, e é o que temos feito desde que aprendemos a usá-la. Os cientistas têm feito descobertas fantásticas, isso ninguém pode negar, porém elas podem ter uma finalidade boa ou ruim, isso depende do carácter de cada um. Mas não é por vivermos num mundo ignorante e violento que devemos nos privar das coisas boas! Acredito verdadeiramente que a clonagem ou qualquer outra pesquisa mais ousada merece credibilidade, e o que possa vir de ruim acredito que poderá ser contornado. É preciso experiência para aperfeiçoarmos na Ciência. E, se é errado a clonagem porque é um processo antinatural de reprodução, então ponderamos que andar de cadeira de rodas também é uma forma antinatural de andar e todas as pessoas aceita que os paraplégicos andem desta forma para se deslocarem. Creio que dizem que não é verdade, que não é assim. Mas, imaginemos que tinha uma doença que estava a destruir lentamente partes do seu cérebro. Conhecemos que os tratamentos reduzem os sintomas mas a doença continua a provocar lesões no cérebro. Nesse caso porque não utilizarmos um processo que nos oferece a esperança de uma cura como a clonagem? Afinal, um embrião clonado é uma cópia genética de alguém que está vivo e deu o seu consentimento.
Realmente, todos temos o direito de decidir o que fazer com o nosso próprio DNA, ou estou errada?
Pelo contrário, um embrião no congelador de uma clínica de fertilização foi criado a partir de uma mistura única de esperma e ovo e esta é uma união que só irá acontecer uma vez, produzindo um conjunto completamente único de genes que tem o potencial de se tornar num individuo único. Desta forma, qual julga ser a melhor opção?
Uma última objecção é a dos custos humanos, que aponta que a clonagem humana não deve ser desenvolvida porque o seu aperfeiçoamento levaria à destruição de vidas humanas e à concepção de crianças deficientes. Concordo que o risco para a vida humana é um argumento de peso, mas o desenvolvimento da Ciência, nomeadamente da Medicina, foi sempre feito à custa de experiências, frequentemente com custo de vidas humanas. Acredito que os cientistas tenham capacidade para desenvolver a técnica da clonagem de forma segura, como o que fizeram com outros avanços como a vacina ou o teste de medicamentos novos.
Em relação à técnica da clonagem reprodutiva é uma boa opção para casais estéreis. Um homem que não produz espermatozóides poderá ter uma célula sua de pele fundida para o útero da mulher, que apesar de não contribuir com a sua carga genética, contribuirá com o seu óvulo e ventre. Porque não? Qualquer medicamento ou experiência médica, antes de ser aplicado em seres humanos, passa por diversos testes em modelos animais para que a sua segurança seja comprovada. Pois bem, o mesmo se aplica à clonagem, somente vai ser proposta como uma forma de reprodução humana. Contudo, reconheço que conhecemos muito pouco sobre a clonagem como forma de reprodução e o pouco que conhecemos demonstra que essa forma é desastrosa em quase todas as espécies animais na qual foi aplicada, mas nada do que pode ser experimentado, deve deixar de o ser para o bem do conhecimento cientifico, afirmo que não devemos proibir estas experiências porque se o fizermos é o mesmo que impedir o avanço da ciência e, de certo modo, permite aperfeiçoar o ser humano.
No futuro nada pode impedir que por exemplo, um casal que não pode ter filhos por um processo natural, o não possa fazer através da clonagem; a interrupção não desejada no desenvolvimento de um feto, não possa ser concluída através da clonagem; um casal homossexual não possa ter filhos através da clonagem; ou até mesmo uma criança morta prematuramente não possa reviver através da clonagem. Porque não?
A aplicação da clonagem terapêutica tem o potencial de revolucionar a medicina, criando uma forte infinita de tecidos para transplantes que poderão aliviar as mais diversas doenças e, não há razões para não aceitar, porque os tecidos são obtidos em tubos de ensaio, ao contrário que, reconheço, da clonagem reprodutiva, pois existe pouca segurança. Mas aqui está uma boa forma de tentarmos para aperfeiçoarmos!
Imagine que seu filho fique paraplégico, ou seja, afectado por uma doença genética incapacitante, como a distrofia muscular. A clonagem terapêutica permitirá retirar o DNA de uma célula da pele do menino ou sua, pois ele pode ter um doença genética, introduzi-lo num óvulo "vazio" e produzir no laboratório células totipotentes, que poderão ser inseridas na medula espinal para repor os neurónios perdidos, ou na musculatura, para recompor músculos enfraquecidos pela distrofia.
A clonagem terapêutica poderá revolucionar a medicina, ao permitir desenvolver todo o tipo de tecidos como, nervos, músculos, sangue e ossos, a partir de células mães, isto é, das que constituem um embrião com poucos dias antes de estas começarem a diferenciarem-se. Poder-se-ia substituir tecidos danificados por tecidos sãos, o que permitiria curar muitas enfermidades degenerativas que hoje não tem cura, como a doença de Parkinson, Alzheimer e certas debilidades cardíacas. Desta forma, os grandes avanços seriam possíveis nomeadamente na resolução do problema da rejeição dos transplantes, pois como foi comprovado em ratos, se uma pessoa receber um tecido que provem do seu próprio corpo, o sistema imunológico não o ataca.
Avaliando todo o conjunto de factos e argumentos apresentados, mantenho a mesma opinião. A técnica da clonagem humana deve continuar a ser desenvolvida, tendo, contudo, o cuidado de fazer acompanhar esse desenvolvimento por reflexões constantes sobre os impactos negativos que a clonagem pode ter no equilíbrio da sociedade.
Devo ainda salvaguardar o argumento da esterilidade e paraplegia, visto que, esta natureza das limitações apontadas ser substancialmente diferente sendo, normalmente, a paraplegia muito mais limitativa, o que poderá ter o seu peso na avaliação da importância das respectivas soluções.
Internet:
Imagens:
http://www.anossaescola.com/blog/media/clonagem/tabela_clonagem_ humana.gif
http://www.passeiweb.com/saiba_mais/voce_sabia/imagens/clonagem_ terapeutica.jpg
http://www.ghente.org/imagens/temas/clonagem/clonagem_reprodutiva.jpg
http://viomundo.globo.com/imagens/24084_dolly.jpg
http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/clonagen/imagens/conceitos4.jpg
http://www.ghente.org/imagens/temas/clonagem/clonagem_dolly.gif
http://www.fotosearch.com.br/bthumb/DGV/DGV270/285062.jpg
PS: Auxílio do programa Microsoft Picture It! 7.0 Para melhorar a qualidade das imagens.
Textos:
http://www.ghente.org/temas/clonagem/index.htm
http://afilosofia.no.sapo.pt/10clonagem.htm
http://www.bionetonline.org/portugues/Content/sc_eth.htm#
http://www.geocities.com/Heartland/Acres/1880/Clonagem.htm
http://www.microcaos.pt/forum/showthread.php?t=87
http://br.geocities.com/jesusvem/clonagemhumana.htm
Livros:
PS: Procurei na livraria Fnac livros sobre a clonagem e consegui retirar alguma informação. Mas esqueci-me de tirar o nome do livro assim como os autores e só me lembrei quando estava a iniciar a bibliografia. Consequentemente, voltei à livraria outro dia, mas não encontrei os livros.