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Diálogo Fixismo vs Evolucionismo - NotaPositiva

O teu país

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Millie Varela

Escola

Instituto Diocesano de Formação João Paulo II

Diálogo Fixismo vs Evolucionismo

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Resumo do trabalho

Trabalho escolar sobre as Teorias do Fixismo e do Evolucionismo, realizado no âmbito da disciplina de Biologia (11º ano).


Introdução

No âmbito da disciplina de Biologia e Geologia, foi-nos solicitada a apresentação de um diálogo entre duas personagens, Anaximandro (defensor do fixismo) e Darwin (defensor do evolucionismo) em que os mesmos entrarão em confrontos de argumentos tentando defender convictamente as suas partes. Cada uma das personagens defenderá respectivamente a teoria fixista que se apoia fortemente em princípios religiosos, afirmando que desde o início da criação das espécies até a actualidade estas permaneceram constantes e imutáveis. A teoria evolucionista por sua vez defende que as espécies ao longo dos séculos sofreram alterações. Tendo como principal motor de evolução o ambiente. Este diálogo tem como finalidade expor duas teorias em que os fundamentos de  uma colidem com os fundamentos de outra!

Fixismo Versus Evolucionismo

“Deus disse: que a terra produza seres vivos, segundo as suas espécies, animais domésticos, répteis e animais ferozes, segundo as suas espécies. E assim aconteceu”génesis

Anaximandro – e assim ocorreu, Deus criou as espécies e desde sempre permaneceram constantes imutáveis, e fixas no tempo.

Darwin – Pois eu, sou de opinião contrária. As espécies ao longo dos tempos sofreram alterações, sim! As espécies precisaram de mudar para se adaptarem ao ambiente, e portanto, evoluíram…

Anaximandro – como é que ousa proferir tal disparate. Deus criou as espécies e estas surgiram sobre a Terra, cada qual já adaptada ao ambiente onde foi criada pelo que, uma vez não havia necessidade de mudanças.

Darwin – Como havia dito, as espécies sofreram evolução e as mesmas apresentam diferenças entre si, que, quando sujeitas a uma determinada condição ambiental, os que possuem as características mais favoráveis à mesma sobrevivem; o que aponta para a possível extinção das menos favorecidas.

Darwin – então diga-me, uma vez que se opõe ao que digo, como é  que me prova a imutabilidade das espécies?

Anaximandro – A Bíblia Sagrada não me deixa mentir, aliás, os seus escritos do Génesis só vêm reforçar a minha teoria! Se me permitir, leio uma passagem para que fique mais convencido de que estou certo!

Darwin – As escrituras não constituem prova alguma! Eu estou a falar de factos científicos. De que servem-me as palavras sagradas?

Nos argumentos que suportam o evolucionismo temos dados anatómicos comparados, citológicos, Bioquímicos, Embriólogos, etc. Tudo isto para explicar que as espécies sofrem mudanças.

Anaximandro – Dados esse que pouca relevância têm ao pé da palavra do senhor. Não houve imutabilidade minha caro, não houve necessidade de mudança! Deus criou-nos perfeitos.

Darwin -  Houve  sim ! Dou-lhe um exemplo de uma espécie que foi “obrigada” a mudar a sua forma para poder se adaptar às condições do ambiente…a girafa ao longo dos tempos, criou a necessidade de utilizar o pescoço para se alimentar de folhas de árvores mais elevadas tal que o esforço foi imenso, que este órgão foi-se desenvolvendo e tornando-se cada vez mais forte aumentando assim de tamanho o que consequentemente alterou a forma desta espécie.

Anaximandro -  Deus , o ser supremo e perfeito que nos criou e a todos os outros seres, uma vez que é perfeito tudo o que cria é perfeito também. Não há  necessidade de alteração das espécie, não o posso admitir, mas devo contra-argumentar que quando se verifica uma imperfeição no mundo vivo, esta deve-se ao ambiente, que é corrupto e mutável.

Darwin – Sendo assim concorda com o que afirmo?!

Anaximandro – não. Ao que acima fez  referência, posso dizer que segundo a Teoria dos Equilíbrios Pontuados houve aparecimento de novas espécies, no registo fóssil, que permaneceram practicamente sem nenhuma alteração até à sua extinção o que contraria em peso os seus argumentos.

Darwin – Mas existem outros milhares de registos fósseis como Amonite que provam o que digo. Registos fósseis, de indivíduos que se mostram muito diferentes na actualidade. Não há como negar! As espécies evoluíram a partir de outra preexistente, têm um ancestral comum. Não surgiu espontaneamente do cérebro de um génio!

Anaximandro -  Existe uma passagem que  está presente na obra de Cícero De Natura Deorum, citado depois do dilúvio, que acho importante referir:

“Se existe algo na natureza que a mente humana, a Inteligência, a energia e a força humanas não podem criar, então o criador dessas coisas deve necessariamente ser um ente superior ao Homem. Os corpos celestes em suas órbitas eternas certamente não podem ser criados pelo Homem (…) Somente um tolo arrogante imaginaria que nada houvesse no mundo todo, maior que ele próprio.

Logo deve existir algo maior do que o ser humano. E esse algo deve ser Deus.

Darwin -  Meu caro essas questões são de fôro pessoal e quando não há provas científicas  cabe a cada um acreditar no que acha melhor. E eu respeito. Apenas estou convicto em relação a minha posição, pois em 1797-1875 iniciei uma viagem pelo mundo, passando por várias ilhas, entre elas as  Ilhas Galápagos que fiquei particularmente surpreendido por haver uma grande diversidade de seres vivos com aspecto exótico .Também pude notar que as aves, os tentilhões e  as tartarugas apresentavam muitas variedades ,as apesar disso cada espécie era extraordinariamente semelhante entre sim. Estas variedades deviam-se ao ambiente. As espécies para sobreviverem teriam que se adaptar. Isto fez-me pensar que sim, que realmente houvesse um ancestral comum!

Anaximandro – entendo. Noto algumas fragilidades na sua teoria. E se é verdade que as espécies sofreram alterações ao longo do tempo quais foram os mecanismos responsáveis pela variação verificada nas espécies? E de que modo é que essas variações transmitem-se de geração em geração?

Darwin - Aí  nasceu o Neodarwinismo. Esta teoria baseia-se em dois aspectos fundamentais: a variabilidade genética que se deve a mutações que é uma fonte de variabilidade genética e na selecção natural que apoia individue.

Os que possuem uma combinação de características mais vantajosas será seleccionado em relação a outros menos favorecidos da mesma população.

Darwin- Diante de tantos factos meu amigo , renda-se as evidências…

Anaximandro - Isto não é uma  guerra de ideias meu caro , o meu objectivo durante todo este debate foi ressaltar  que as espécies são criaturas de Deus apenas isso…

Por motivos religiosos prefiro-me manter tal qual Pirro… incuravelmente céptico a este assunto.

Darwin - Pois bem. Respeito a sua posição …s bem que diante de tais evidências é no mínimo teimoso continuar com essa teoria

Conclusão

Diante de factos evidentes Anaximandro permanece inalterável em relação as suas convicções invés de se render aos factos. Darwin por sua vez mostra-se extremamente seguro pois a verdade é, que as espécies ao longo dos séculos sofreram alterações lentas e graduais devido ao principal factor da evolução o ambiente.

Podemos concluir assim que Darwin apresenta-nos a sua teoria com um leque enorme de bases científicas enquanto que o Fixismo perde a credibilidade por não possuir argumentos deixando-se cair por terra. Sendo o evolucionismo a teoria mais aceite

Referências Bibliográficas

  • Baldaia L.  , Félix J. , Gramaxo F. , Mesquita A.. Santos M. & Silva A.- 2004. Terra, Universo de vida 1ª parte de Biologia 11º ou 12º

Sites pesquisados:

  • http://www.bible-facts.info/artigos/ofixismoeoevolucionismo.htm
  • www.notapositiva.com/resumos/biologia/fixismovsevolucionismo
  • biogeo2.wordpress.com/2007/12/03/fixismo-vs-evolucionismo
  • ateus.net/artigos/ciencias/a_evolucao_biologica
  • pt.shvoong.com/exact-sciences/biology/1666279-fixismo-vs-evolucionismo



208 Visualizações 04/01/2020