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Trabalho sobre a Extracção de Moléculas de ADN do Kiwi (Actividade Experimental), realizado no âmbito da disciplina de Biologia (11º ano).
O ADN (ácido desoxirribonucleico) é o suporte universal da informação genética que define as características de cada organismo vivo. A unidade fundamental do DNA é o nucleótido, o qual resulta da ligação entre uma base azotada (A- adenina, G- Guanina, C- citosina, T- timina), uma pentose (desoxirribose) e um grupo fosfato.
Esta molécula apresenta uma estrutura sob a forma de “dupla-hélice” formada por duas cadeias complementares anti-paralelas (com sentidos opostos, designando-se uma por 3’-5’ e a outra por 5’-3’), ligadas pelo estabelecimento de pontes de hidrogénio entre as bases azotadas complementares das duas cadeias.
Foi realizada a extracção do ADN do kiwi; as células deste fruto possuem a referida molécula em grande quantidade.
O objectivo desta prática é demonstrar através de um método simplificado e “caseiro” como podemos obter DNA para estudos. A extracção de ADN de células eucariontes consta fundamentalmente de três etapas:
Utilizamos sal para ajudar a manter as proteínas dissolvidas no líquido extraído, impedindo que elas precipitem com o DNA. O sal também dá um ambiente favorável ao DNA, e contribui com iões positivos que neutralizam a carga negativa.
O detergente ajuda a dissolver a bicamada lipídica que compõe a membrana plasmática e as membranas dos organelos.
Utilizamos o álcool porque o ADN não é solúvel neste composto.
Ao derramar-mos o álcool no extracto de kiwi começaram a notar-se a pouco e pouco fitas brancas muito finas de ADN, mas como não eram bem visíveis deixamos repousar no recipiente com gelo para que fosse possível obter resultados mais depressa e extrair o “novelo” de ADN para o tubo de eppendorf.
Na solução previamente preparada, antes de se colocar lá o kiwi cortado aos pedaços, adicionou-se detergente, o qual, devido à sua capacidade de emulsionar os lípidos, ajudou a dissolver a bicamada fosfolipídica que compõe quer a membrana plasmática quer o invólucro nuclear e consequentemente permitiu a libertação do ADN.
O cloreto de sódio, em solução, dissocia-se rapidamente em iões Na+ e Cl-. O esqueleto de açúcar-fosfato, existente na parte externa da molécula de ADN, possui carga negativa devido à ionização do grupo fosfato. A adição do cloreto de sódio (NaCl) permitiu a agregação das moléculas de ADN, visto que os iões Na+ reagem com os grupos fosfato do ADN.
À solução contendo o ADN foi adicionado álcool etílico a 90o, frio, para que este precipitasse, pois é insolúvel no álcool a baixas temperaturas e é menos denso que ele.
Como o ADN precipitado é menos denso que a água rapidamente ascende e acumula-se na parte superior, ascendendo depois lentamente na camada de álcool, tornando possível a sua visualização, bem como uma recolha mais eficaz.
Aquando da adição do álcool foi possível observar o início da formação de uma espécie de goma de cor branca porém, ainda não muito visível. Assim, foi necessário deixar o líquido em repouso durante alguns minutos para que a visualização das moléculas de ADN fosse mais eficaz.
O ADN é um importante constituinte de todos os seres vivos. É ele que controla a actividade celular e simultaneamente é o suporte da informação genética.
Recorrendo a um determinado número de processos, realizados em função da composição e estrutura do ADN, é possível extracção desta molécula e posterior visualização da mesma.