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Violência - Perversão do espectáculo desportivo - NotaPositiva

O teu país

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Ana Martinho

Escola

Escola Secundária de Cascais

Violência – Perversão do espectáculo desportivo

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Resumo do trabalho

Trabalho escolar sobre a violência no desporto e nos espetáculos desportivos, realizado no âmbito da disciplina de Educação Física (11º ano).


Introdução

No dia-a-dia, existe a necessidade de atingir o sucesso de algum modo, o que várias vezes provoca o aumento da violência.

Mas o que é a violência?

Violência é um comportamento que causa dano a outra pessoa, ser vivo ou objecto. Invade a autonomia, integridade física ou psicológica e mesmo a vida de outro. É o uso excessivo de força, além do necessário ou esperado.

Mas não é apenas a nível pessoal que se dá um determinado acto de violência. Assim, temos que no desporto a violência é muito mais usual do que poderiamos desejar. Não só a violência que parte de um jogador em relação a um colega de equipa, mas também em relação a treinadores ou a claques e até mesmo a pessoas que, aparentemente, se encontram fora de todo este enredo desportivo

É esse o assunto que iremos tratar neste trabalho.

Objectivos:

. Tentar definir alguns dos motivos que levam a actos de violência;

. Mostrar ou relembrar casos conhecidos de violência desportiva;

. Esclarecer que a violência não se dá apenas a nível do estádio;

. Esclarecer algumas teorias sobre violência desportiva.

Motivos que levam à violência

Antes de mais nada, devemos perceber o que leva as pessoas a cometerem actos de violência. Estes actos são, muitas vezes, despoletados pelo stress diário com que as pessoas são bombardeadas e é importante que se note que este stress não se refere apenas a situações pontuais, mas também a pequenas coisas que causam enervamente, como o facto de esperar demasiado tempo por algo, ter um mau dia a nível pessoal e/ou profissional ou até a dificuldades económicas.

Podemos ainda ressaltar o facto de que, hoje em dia, vivemos numa sociedade em que a influência televisiva esta a alcançar o grande estatuto. Assim sendo, muitas das vezes, o comportamento pessoal é afectado pelo que vemos, ouvimos ou sentimos e que na realidade não é nosso, não é o nosso stress, mas sim influência de outros.

O importante a ressaltar é que até agora falámos da violência gerenalizada e não em violência desportiva.

Violência Desportiva

Tal como a violência de que falámos antes, também esta é despoletada por stress e problemas pessoais e/ou sociais.

Mas neste caso temos algumas teorias que tentam explicar os conflitos públicos.

Teorias Monocausais

Estas teorias referem que um só motivo pode causar um fenómeno violento. Assim temos a teoria que se baseia na emoção e no instinto e que nos diz que a frustração pode causar a violência, seja ela verbal ou física. Esta frustração pode ser resultante de várias situações que não têm nenhuma relação com o desporto em si.

Temos ainda a teoria que se baseia na aprendizagem de certos comportamentos agressivas, para reafirmar esta teoria temos o que já foi dito pouco antes, quando referimos a influência da televisão.

Teorias Multicausais

Considera que o acto de violência é causado por uma série de situações anteriores e que todas essas situações têm algo que despoleta violência.

Entretanto, grande parte das teorias feitas sobre a violência têm por base a violência em grupo, uma vez que o facto de existirem mais pessoas a praticar o mesmo acto pode contribuir/influenciar um determinado comportamento. Esta é uma parte de fácil entendimento. Quando em grupo, as pessoas tendem a adquirir os hábitos dos outros e assim sendo, quando um individuo despoleta uma situação violenta, os restantes seguem as suas acções. Há ainda que pensar que um grupo é muito mais forte do que uma só pessoa e sendo assim, há menos que temer caso o acto seja feito em grupo.

Temos ainda que tomar em conta a cultura de cada individuo e até mesmo a sua idade. Os jovens tendem a querer mostrar a sua superioridade num grupo, para que consigam, de alguma forma desenvolver uma identidade que os faça ganhar uma vida social mais activa.

Outras vezes, este comportamento é apenas incitado pelos agentes desportivos como os dirigentes ou a imprensa desportiva que ao comentarem uma dada situação num determinado jogo acabam por deixar alguns adeptos ou jogadores frustrados.

Tomemos como exemplo deste último ponto a seguinte situação:

Imagine que durante um jogo de um qualquer desporto, um dos jogadores da equipa A provoca a queda de um jogador da equipa B (intencionalmente ou não). No entanto, ambos os jogadores decidem que a situação não merece atenção e o jogo prossegue sem interrupções. Quando, no final do jogo, a imprensa comenta que o jogador da equipa B deveria ter tomado uma reacção... isso pode despoletar um sentimento de frustração no jogador da equipa A, que tende a ser influênciado pelos outros e que pode, eventualmente, querer ‘vingar-se’.

As afirmações podem ainda despoletar a agitação dos adeptos até mesmo em relação aos comentadores dos jogos, se estes ofenderem, de algum modo, algum jogador ou outro interviniente da equipa que o adepto apoia.

Adeptos violentos

Um dos intervenientes num espectáculo desportivo é o adepto, que tem um papel importante não só no incentivo prestado aos jogadores, o seu apoio, mas também é o adepto que dá vida ao espectáculo em si, para que não seja apenas mais um jogo e sim um momento de diversão.

Com um aglomerado organizado de adeptos, temos uma claque desportiva, que apoia os jogadores de uma dada equipa na maioria dos jogos, senão em todos.

Com o surgimento de claques organizadas, surgiu também a inimizade entre claques de diferentes equipas, o que provoca uma discussão desportiva.

Mas não nos enganemos, porque esta é uma discussão saúdavel em que cada claque defende os seus pontos de vista, porém pode dar-se o caso de essa discussão se tornar ofensiva e violenta e é nesse ponto que as claques começam a tornar-se perigosas.

Os adeptos deveriam querer estar perto de uma claque da sua própria equipa, no entanto não é isso que se verifica e cada dia as pessoas ‘fogem’ mais das claques por temerem intervensões policiais.

Estes espectadores que pagam grandes quantias por bilhetes de entrada num recinto desportivo querem descontrair e esquecer um pouco os problemas e muitas vezes acabam por consumir bebidas alcoólicas ou drogas ilícitas que alteram o seu comportamento e lhes dão uma liberdade descontrolada e falta de noção das consequências dos seus actos.

Ao falarmos de adeptos violentes devemos falar e explicar o termo Hooliganismo que se refere a um comportamento destructivo e desregrado. Tal comportamento é comumente associado aos adeptos de desporto, principalmente adeptos do futebol e desportos universitários. O termo também pode aplicar-se ao comportamento desordeiro em geral e vandalismo, muitas vezes sob a influência de álcool e ou drogas.

Caso de adeptos violentos

Tragédia de Heysel

A tragédia do Estádio do Heysel, na Bélgica, ocorreu no dia 29 de Maio de 1985, quando estava para ser disputada a final da Taça dos Campeões Europeus, que opunha o Liverpool, da Inglaterra, e a Juventus, da Itália. A possibilidade de confrontos entre os adeptos de ambas as equipas foi, desde início, ponderada pelas autoridades belgas, que anunciaram uma série de medidas a tomar: proibição da venda de álcool em estabelecimentos próximos do estádio, revista a todos os espectadores à entrada para o jogo, e um total de 1500 policiais para salvaguardar a segurança. Todavia, a maior parte dos bares continuou a trabalhar normalmente e a servir os hooligans de ambas as equipas. Os distúrbios começaram ainda fora do estádio com ingleses e italianos a trocarem provocações. Uma joalharia foi roubada e lesada em 150 mil euros. Por volta das 19 horas, uma grande parte dos espectadores já se encontrava dentro do recinto do Heysel. Contrariamente ao previsto pela polícia, o lado norte do estádio estava partilhado por adeptos das duas formações, separados apenas por uma pequena barreira e alguns polícias. Meia hora mais tarde, os britânicos lançaram o primeiro "ataque" e os distúrbios começaram a ganhar proporções incontroláveis. As grades que separavam as bancadas cederam à pressão humana e deram lugar à tragédia. Dezenas de espectadores italianos foram espezinhados por hooligans, que usaram barras de ferro para bater nos rivais. Com a pressão dos espectadores em pânico, o muro caiu, arrastando na queda mais algumas dezenas de pessoas. A expectativa em relação ao jogo era grande e a UEFA decidiu pela realização do mesmo. O balanço final da tragédia apontou 38 mortos e um número indeterminado de feridos. A polícia não efectuou nenhuma detenção. Os hooligans ingleses foram responsabilizados pelo incidente, o que resultou na proibição das equipas britânicas participarem em competições europeias por um período de cinco anos. As reacções do povo inglês foram todas no sentido da reprovação e incredulidade pelos actos violentos dos adeptos do Liverpool, o que levou a própria rainha Isabel II a condenar publicamente o comportamento dos hooligans e a apoiar a suspensão das equipas inglesas.

O jogo acabou com a vitória da Juventus por uma bola a zero golo de Michel Platini de penalty aos 58 minutos.

hooligans

Desportistas violentos

Nós sabemos que dentro dos campos e fora há muita violência, essas brigas vêm desde as claques até aos próprios jogadores dentro de campo. É muito comum a briga entre os jogadores das mesmas equipas e de jogadores de equipas diferentes.

Esses acontecimentos dentro dos campos acontecem no decorrer dos jogos e conforme a tensão da equipa, quando a equipa está a perder e os seus companheiros não estão a corresponder ao desempenho esperado acaba por haver desentendimentos entre a equipa e isso acaba levando à violência. Outro acontecimento que pode gerar briga dentro do meio de campo é quando está a haver um jogo de grandes equipas rivais e que já tem uma grande rivalidade e os jogadores acabam stressando-se mais facilmente por querer mostrar à equipa adiversária que eles são superiores à sua grande rival, e dessas pequenas rivalidades acabam grandes confusões e brigas dentro dos campos.

As brigas também podem ser causadas quando um jogador comete uma falta num outro e eles acham que é algum problema pessoal e então começam a violência e as confusões entre as equipas, então um outro jogador vem defender o seu amigo de equipa e toda a equipa acaba entrando no meio e a briga não acaba e só vai aumentando.

Quando essas brigas ocorrem dentro do campo os jogadores podem ser punidos na mesma hora no jogo, como um cartão amarelo ou um vermelho, o arbitro decide qual será a melhor punição para aquele jogador conforme foi a sua atitude no jogo e na briga que houve dentro do campo.

Se o caso for mais sério e se o arbitro não conseguir resolver e for uma  questão para um superior resolver a punição do jogador, o caso desse jogador deve ir para a federação ou confederação da modalidade e o seu caso será resolvido lá, e o jogador pode ser punido com uma multa e ele deverá pagar uma quantia em dinheiro para o seu clube, outra punição que ele pode sofrer é ser vetado de jogar algumas partidas.

Se a situação do jogador for mais grave ainda do que as federações podem julgar ele pode chegar a ir pra a justiça ou até mesmo ser preso, e ele pode responder a processos, terá de pagar uma multa para poder sair da prisão e ainda será punido pelas federações e confederações e ficará sem jogar. O jogador ficará com uma fama não muito boa e nao será bem visto pela sua equipa e claque, e dependendo da gravidade do que houve na briga ele pode acabar até por perder o seu contracto com a equipa por não agir legalmente e com uma boa indole.

Caso de desportista violento

Bouaouzan

O Supremo Tribunal da Holanda condenou o jogador Rachid Bouaouzan a uma pena de seis meses de prisão, por ter partido a a perna de outro jogador.

Esta situação aconteceu numa partida da Segunda Divisão da Holanda em 2004, em que Bouaouzan (na época jogava no Sparta de Roterdã) fracturou a perna de Niels Kokmeijer, do Go Ahead Eagles, em dois lugares diferentes

O julgamento, o primeiro na história do futebol no país, teve em consideração o facto de a carreira de Kokmeijer ter terminado devido a essa grave lesão.

O tribunal condenou Bouaouzan, actual jogador do Wigan, da Inglaterra, não só pelos danos causados ao colega de profissão, mas também pelos prejuízos de saúde que causou na vida de outro homem. Esta é a terceira decisão sobre o caso. Bouaouzan foi condenado em duas instâncias, mas recorrera das sentenças.

0208

Violência incitada pelos treinadores

Ao longo do tempo pretendeu-se compreender e analisar, em modalidades desportivas com diferentes níveis de contacto físico, as relações entre a percepção de ameaça subjacente à experiência de stress e duas emoções “tonalizadas” negativamente: a ansiedade e a raiva.

O estudo dos comportamentos agressivos em geral, e da emoção da raiva, em particular, tem sido um tema que tem despertado um interesse crescente na investigação internacional no domínio do desporto. O contexto desportivo, nomeadamente as chamadas “modalidades de contacto”, além de constituir um contexto propício ao natural contacto físico entre participantes e adversários, contem frequentemente regras e princípios, implícitos ou explícitos, que legitimizam e promovem comportamentos agressivos e não raramente violentos. Por outro lado, de entre as emoções mais comuns que são associadas a tais Comportamentos e mais experienciadas sob a pressão e o “calor” da competição desportiva, são recorrentes na literatura as referências à ansiedade e à raiva (e/ou irritação).

Um número considerável de estudos tem por isso centrado a sua atenção nos factores e processos associados a comportamentos anti-sociais e a actos de agressão (mais ou menos recorrentes) e violência durante a competição desportiva . Um dado adicional que atesta a pertinência do estudo desta temática refere-se, sem dúvida, ao facto de os comportamentos a atitudes agressivas (ex:“forte e duro”) serem frequentemente não só promovidos e ensinados (ainda que tacitamente), mas também fortemente encorajados e valorizados por muitos treinadores, dirigentes, adeptos e, inclusive, pelos próprios pares e familiares dos atletas mais jovens.

Caso de treinador violento

John O’ Connor

Este caso provocou polémica no basquetebol universitário norte-americano. Durante uma sessão de treino, o técnico John O’ Connor agrediu um dos seus jogadores.Segundo o jogador, ele estava apenas a executar o que o técnico mandava, mas mesmo assim sofreu a punição. Logo após, o jovem atleta foi expulso do campo pelo técnico. A polémica ganhou grandes proporções e o treinador foi demitido do seu cargo, além de estar a responder a processo por parte do jogador.

Conclusão

Com este trabalho podemos realmente reflectir sobre a grandisiodade da violência a nível desportiva e perceber que é muito mais comum do que acreditávamos ser, mas a principal conclusão que podemos tirar é que há a possibilidade de estarmos a participar nesta violência caso sejamos um daqueles adeptos que provoca a equipa adversária, que provoca os árbitros, os jogadores ou os restantes adeptos.

Um outro ponto importante que conseguimos concluir é que nem todas as situações violentas são iniciadas no recinto desportivo, sendo muitas vezes causadas por stress, abuso de bebidas alcoólicas ou drogas ilícitas. E que mesmo que alguns adeptos sejam impedidos de entrar no estádio, muitos outros conseguem passar despercebidos quando estão alcoolizados e assim provocar a violência de qualquer forma.



304 Visualizações 20/09/2019