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Bioética - Alimentos Trangénicos - NotaPositiva

O teu país

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André Moreira

Escola

Escola Secundária de Paredes

Bioética – Alimentos Trangénicos

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Resumo do trabalho

Trabalho escolar: Reflexão crítica sobre Bioética, cujo tema foram os transgénicos, realizada para a disciplina de Filosofia...


Transgénicos

Foi-me pedido que fizesse uma espécie de reflexão sobre o tema “Bioética”. O qual me fez pensar em diversos assuntos como a clonagem, o aborto, a eutanásia, mas optei por abordar um tema um pouco menos tido em conta. Não percebo, muito sinceramente, como é que as pessoas já estão de tal maneira automatizadas que nem sequer se dão conta da realidade na qual vivemos. O mundo dos transgénicos!

Para fazer face a um tema destes é necessário primeiro ter conhecimento e estar ciente do que ele envolve. Pois bem…antes de mais passo por apresentar uma definição breve mas sucinta do que são transgénicos retirada da internet:

▪ “Transgénicos, organismos geneticamente modificados (OGM’s), são organismos que, mediante técnicas de engenharia genética, contem materiais genéticos de outros organismos. A geração de transgénicos visa um artigo transgénico biológico a obtenção de organismos com características novas ou melhoradas relativamente ao organismo original.”

Podemos então perceber que para a produção de organismos transgénicos à que recorrer à manipulação genética. Essa manipulação é anti-natura e pode ter vários efeitos no organismo que se está a criar, contudo tem sido uma porta de acesso à evolução humana que desenvolveu a técnica do ADN recombinante, responsável pela criação de vacinas ou outros produtos essenciais à protecção do homem.

Está então mais que visível que uma das aplicações mais comuns e justificáveis, é na investigação científica. Os cientistas têm tentado compreender como estas modificações funcionam de maneira a controlar os seus efeitos e colocar esta prática ao serviço do homem, para tal vários estudos têm sido desenvolvidos envolvendo espécies vegetais sobretudo, mas também alguns insectos, roedores e até já em mamíferos.

Esta investigação levou a que na década de 70 se descobrisse como produzir insulina humana, o que tem possibilitado uma melhor qualidade de vida a muitas pessoas. Mas recordo-me que a investigação neste campo remonta bastantes anos atrás. Já no século XIX, Mendel demonstra o seu estudo realizado com ervilhas e em seguida em ratos, e explica o comportamento dos genes dominantes e recessivos. Está patente que a curiosidade do homem neste sector foi crescendo e crescendo e mesmo hoje em dia o homem quer conquistar mais terreno.

Mas sem querer entrar tanto pela análise laboratorial, queria sim focar a minha intenção naquilo que de mais quotidiano têm os transgénicos. Se pensarmos bem eles estão quase sempre próximos de nós, são vários dos produtos que fazem parte da nossa alimentação. Falo assim de engenharia genética aplicada aos alimentos.

A engenharia genética permite que peguemos em organismos vivos e os utilizemos para modificar outros já existentes ou criar novos. Estas transformações ocorrem porque há uma manipulação dos genes, ou seja, os genes deveriam ser herdados de geração em geração e assim se daria a evolução, mas em vez disso os cientistas usam enzimas com o intuito de romper a cadeia genética em alguns pontos e aí inserirem outros genes de organismos diferentes. Esta manipulação pode ser feita para fins medicinais, comerciais ou agronómicos. Contudo, por ser anti-natura comporta vários riscos pois os cientistas não podem controlar em absoluto os efeitos após a inserção do novo gene. O aumento da preocupação com a ética e os riscos que envolvem a engenharia genética são muitos. Primeiro, os genes são transferidos entre espécies que não se relacionam, como genes de animais em vegetais, de bactérias em plantas e até de humanos em animais. Segundo, a engenharia genética não respeita as fronteiras da natureza - fronteiras que existem para proteger a singularidade de cada espécie e assegurar a integridade genética das futuras gerações. Apesar de tudo, não é esse factor do desconhecido e modificação que tem sido barreira ao progresso e continuidade desta pesquisa. O homem passa a ter assim quase que um poder divinal de controlar a forma de vida das espécies e de as manipular a seu belo prazer, o que pode ser o início de um trágico fim a meu ver, se não se tiverem muitas cautelas.

Os cientistas porém, promoveram esta manipulação de tal forma que conseguem tirar muito partido dela, nomeadamente para a produção de alimentos, agora sim tomada a sério. Mas até que ponto se justifica a produção alimentar de forma transgénica e artificial?!

A meu ver, após umas pesquisas concluí que o ser humano desde as épocas mais antigas sempre teve a necessidade de evoluir, conquistar espaço, alargar fronteiras. Tenho esta tese fundamentada com os argumentos provenientes deste meu raciocínio:

O ser mais remoto, ainda nómada e recolector, viajava de terra em terra em busca de espaço para viver, comida e água, bens essenciais os quais não era capaz de produzir e controlar. Foi então que se capacitou um pouco mais intelectualmente, começou a empregar a pedra, descobriu o fogo, maliou o que podia e conseguiu formar tribos perenes e produtoras. Começou a trabalhar a terra, a criar gado e a pescar. As comunidades cresceram, uma nova ideia de sociedade começava a desenvolver-se na Grécia e Roma, grandes impérios formavam-se em busca de conquistar território, o espaço começava a ser tido como fundamental para o desenvolvimento e perseverança da espécie. Sempre houveram lutas pelos bens essenciais para a sobrevivência e talvez isso tenha contribuído para um certo equilíbrio demográfico no mundo. Mas apesar desta história um pouco sangrenta, penso que é necessário acalmar e formar a tal “aldeia global” e remar contra os mesmos ventos e marés. Para já é muito cedo para sonhar com a ideia de conquistar o Espaço e outros planetas que poderão ser o próximo destino de expansão e antes do Espaço poderá surgir a ideia de conquistar a vida nos mares ou nas profundezas dos oceanos. O que é certo é que tudo não passam de especulações e a única certeza que podemos ter, para já, é que temos que sobreviver e manter a continuidade da espécie e viver em harmonia neste planeta que já aparenta ser pequeno para tanta gente e tanta desigualdade.

É aqui que entram os problemas do foro alimentício, o facto de ter havido um declínio da mortalidade, o desenvolvimento da ciência etc. levou a que se desse uma expansão demográfica bastante assinalável, o que acarreta várias consequências para uma sociedade que não está preparada para tal facto. Entre essas consequências encontra-se a carência de comida, não há meios de produção para tanta gente, não há condições naturais que permitam manter um equilíbrio. Muito disso deve-se à falta de planeamento nos países em vias de desenvolvimento e falta de meios contraceptivos e condições de vida que leva famílias inteiras a viver na miséria. Por outro lado temos as civilizações industrializadas, ricas que têm acesso a tudo o que de mais recente se apresenta no mundo, têm tudo e os outros não têm nada. Antes dos países mais pobres terem igualdade de tecnologia e informação, penso que têm que ter uma igualdade nos meios de subsistência, que vão faltando, mas como produzir tanto, para tanta gente?! A agricultura como processo natural sofre de muitos problemas, está sujeita às transformações e mudanças climáticas que podem destruir meses e até anos de investimento e campos enormes, estão também frágeis perante bactérias e parasitas que infestam os campos e tudo isto reduz a produção final, indispensável ao bem de todos no mundo!

Foi para fazer face a estes problemas que o homem tentou manipular genes de forma a criar alimentos transgénicos.

Mas alegar a carência de alimento no mundo para recorrer ao cultivo transgénico é um mau argumento segundo Amartya Sen : “O problema da fome no mundo hoje não é ligado à escassez de alimentos ou à baixa produção, mas à injusta distribuição de alimentos em função da baixa renda das populações pobres. Dessa forma questiona-se a alegação de que a biotecnologia poderia provocar uma redução no problema da fome no mundo.”

Alimentos transgénicos são alimentos cuja semente foi modificada em laboratório de forma a tornar a sua planta resistente a pragas, insectos e a grandes quantidades de insecticidas. Os alimentos em que os cientistas mais se centraram para aprender a manipular genes foram os do quotidiano, fundamentais para uma boa nutrição como o caso de cereais (milho, trigo), batata, tomate, soja etc. O cultivo irrestrito e o marketing de certos produtos já têm sinal verde para avançar em países como os EUA, Argentina, Canadá e China. No que toca à Europa apenas o milho é plantado em escala comercial em países como França, Espanha e Alemanha. Outros países como o Reino Unido já importam grandes quantidades de produtos transgénicos dos EUA para os introduzir em alimentos processados e na alimentação animal. É o mercado do Século claramente. Dados recolhidos por mim, num site da internet mostra-nos dados arrepiantes como: “Estima-se que aproximadamente 60% dos alimentos processados contenham algum derivado de soja transgénica e que 50% tenham ingredientes de milho transgénico.”

Mais estonteante é se tivermos em conta que grande maioria dos produtos não estão devidamente rotulados o que torna impossível averiguar com certezas a quantidade de produtos transgénicos que nos rodeiam. A rotulagem não está legislada em países como EUA e Canadá, e mesmo na Austrália e no Japão ainda se está a tentar implementar esta medida. Maior parte dos países importadores nem sabe se o que importa é proveniente de cultivo transgénico ou não. Uma dura realidade nos dias que correm.

São exemplos de produtos que aguardam autorização para entrar no mercado:

“- Salmão, truta e arroz que contêm um gene humano introduzido;

- batatas com um gene de galinha;

- pepino e tomates com genes de vírus e bactérias.”

Sim…genes humanos, algo que nos deixa apreensivos mas que é a verdade que nos rodeia e que em breve estará nas nossas casas com naturalidade se não houver oposição. É verdade que ela existe e dela fazem parte consumidores, distribuidores e produtores que exigem comida natural, mas eles pouco têm podido para travar esta “epidemia” (por se expandir rápido). A sua utilização e vulgarização tem tendência para aumentar a grande escala e a este ritmo vai ser impossível evitar este tipo de alimento geneticamente modificado.

A oposição baseia-se em vários factores tidos como de riscos até pela própria OMS. São estes problemas que temos que prestar atenção e que podem ser bastante prejudiciais para o ser humano e/ou para a natureza.

  • Se pensarmos bem, alguns alimentos contêm genes que são resistentes a bactérias mas também a antibióticos, logo ao serem digeridos pelo ser humano podem-no tornar também imune face a esses mesmos antibióticos o que dificultaria, e muito, o tratamento de certas doenças.
  • Outro problema seria o da polinização cruzada, ou seja, os pólenes de uma espécie transgénica podem atingir outras espécies não modificadas e haver assim modificações inesperadas, pelo que é necessário respeitar uma certa distância de segurança entre culturas.
  • Há também o problema das alergias. Estudos realizados permitem concluir que os alimentos transgénicos aumentam a quantidade de pessoas alérgicas a esses mesmos produtos.
  • Outra questão é a rotulagem, as pessoas estão inibidas de escolher. As entidades responsáveis não os identificam devidamente, portanto o consumidor consome os produtos sem o seu consentimento ou conhecimento o que é anti-ético.
  • Há a questão do porquê de serem as próprias empresas produtoras de transgénicos a avaliarem a sua qualidade e segurança, o que revela que pode haver uma parcialidade notória.

Outros há, mas estes são os mais importantes. É verdade que o facto de usarmos transgénicos, pode diminuir a necessidade de recorrer a pesticidas e insecticidas, mas será um facto positivo que vai salvaguardar a sua utilização e obrigar-nos a correr os riscos acima revelados?!

Ainda mais…os testes realizados em laboratório, não nos permitem tirar resultados práticos do que pode de facto acontecer daqui a vários anos, pelo que estamos a “caminhar de olhos vendados”.

O próprio site da Greenpeace, muito completo por sinal, apresenta os 7 pecados capitais dos transgénicos que despertou a minha curiosidade, admito:

  1. Contaminação genética
  2. Ameaça à biodiversidade
  3. Dependência dos agricultores
  4. Baixa produtividade
  5. Desrespeito ao consumidor (rotulagem)
  6. Uso excessivo de herbicida
  7. Ameaça à saúde humana

Será de facto correcto seguirmos com este controlo genético?! Já vimos que as vantagens são escassas face aos problemas e podemos caminhar no sentido de um grave problema de ordem mundial. Podemos estar a assinar a nossa petição de morte, a nossa certidão de óbito, tudo porque o homem quer dominar tudo sem restrições.

Não seria sim vantajoso, estudar e tentar evoluir os meios de pesquisa para averiguar quais os riscos ou consequências dos nossos actos da indústria genética, antes de passarmos à liberalização deste meio de produção?! Eu concordo plenamente com a produção de transgénicos para fins farmacêuticos, quanto a isso não me oponho. Espero solenemente que sejam tomadas medidas porque se fosse realmente necessário recorrer a este tipo de produção eu apoiaria, em parte. Contudo agora que vimos que é um risco que não vale a pena correr, penso que de facto devemos pelo menos adiar a sua introdução em prole do bem de todos, para não corrermos riscos desnecessários que poderiam levar a uma extinção em massa de plantas, animais, ou até mesmo do ser humano.

Bibliografia

Apesar do texto ser em grande parte da minha autoria, só foi possível realizar este trabalho após uma pesquisa por diversos locais na Internet que passo a especificar:

- Http://pt.wikipedia.org/wiki/Transg%C3%AAnicos – Enciclopédia Online.

- Http://www.jardimdeflores.com.br/ECOLOGIA/A09transgeni1.htm - Enciclopédia Virtual.

- Http://www.greenpeace.org/brasil/ - Site de uma organização protectora do ambiente.

- Http://outraagricultura.blogspot.com/ - Blog sobre o ambiente, agricultura etc.

- Http://transgenicosnao.blogspot.com/ - Blog que se opõe aos transgénicos.



220 Visualizações 02/01/2020