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Trabalho sobre o tema da clonagem, intitulado "O Mundo dos Espelhos", realizado no âmbito da disciplina de Filosofia (11º ano)...
Escolhi a clonagem não só porque é um dos temas mais polémicos tanto dentro como fora da comunidade científica hoje em dia mas também porque desprezo a ideia de uniformitarismo.
Decidi, portanto, chamar a este trabalho Mundo dos Espelhos porque um clone não é nada mais, nada menos do que um reflexo ou uma cópia de algo ou de alguém.
A clonagem é um processo de reprodução assexuada em que são produzidos indivíduos geneticamente iguais ao seu progenitor.
É importante saber que a clonagem não foi algo inventado pelo Homem. A clonagem ocorre naturalmente na Natureza sem que o Homem intervenha nela.
A Clonagem Natural ocorre em qualquer ser vivo originado por reprodução assexuada e não ocorre apenas em bactérias e plantas. Em certos mamíferos também ocorre reprodução assexuada como é o caso do tatu. Existe vários processos de reprodução assexuada como por exemplo a bipartição e a esporulação.
Foi apenas nos anos 60 que a clonagem começou a ser um assunto polémico dentro da comunidade científica embora já ocorresse naturalmente na Natureza nunca tinha sido exactamente estudado.
Depois de o homem ter conseguido clonar animais especialmente mamíferos, como é certo sentiu a necessidade de evoluir e com isso, claro, clonar-se. No entanto, a clonagem em humanos não tinha de todo a intenção de clonar bebés. A investigação destinava-se ao uso de células estaminais para curar doenças.
Mas como é claro a curiosidade dos Humanos levou-os a querer mais e a pensar em nos clonarmos.
No caso da clonagem humana haveria a extracção de ADN de uma célula epidérmica que seria posteriormente colocada num ovo de uma mulher da qual foi previamente retirado o ADN. Uma faísca de electricidade iria dividir o ovo e após alguns dias teria um embrião geneticamente igual a si.
O primeiro grande problema imposto pela comunidade científica foi o facto de a taxa de sucesso da clonagem ser muito baixa: A clonagem em mamíferos demonstrava uma grande percentagem de morte ou mutilação do clone.
Embora ninguém saiba realmente quanto é que a medicina evoluiu de forma a criar um clone humano, a comunidade cientifica considera a clonagem humana apresenta riscos muito elevados,
Mesmo considerando estes riscos tão elevados muitos cientistas ainda se propõe a fazê-lo. Existem certos casos em que a clonagem humana parece uma opção a seguir. Por exemplo o caso de uns pais que perderam um bebé à nascença. Eu acho que este é o caso mais aceitável, é poderia compreender o sentimento desses pais e a esperança que a clonagem humana constituiria. No entanto, considerando a quantidade de riscos não iria querer decerto que o meu filho se sujeitasse a qual.
Além disso cada pessoa é diferente uma da outra é isso que nos faz evoluir. É a nossa criatividade, a nossa capacidade de decidir o que é melhor para nós. A nossa capacidade de seguir algo que gostemos e de lutar por isso.
No caso de um bebé clonado, ele não seria o original. Era apenas uma mera cópia. Há quem diga que somos aquilo a que somos expostos, mas eu não creio que assim seja.
Acho que no fundo todos nós temos a nossa essência, algo que não conseguimos explicar, algo que eu acho que se houvesse uma clonagem não pertenceria ao clone mas sim ao original.
De facto, como ainda nenhum clone humano foi feito, não há forma de comprovar que essa essência é real ou que isso na realidade iria acontecer, talvez sejamos todos apenas influenciados por aquilo que nos rodeia, talvez, na realidade o clone fosse diferente do original.
Eu não gostava de saber que era um clone, iria sempre pensar que estaria a viver a vida de outra pessoa.
Voltemos à clonagem usada para curar certas doenças.
Imaginemos que se tratava de uma doença que estava a destruir lentamente partes do cérebro. Neste momento, os tratamentos desenvolvidos apenas reduzem os sintomas enquanto a doença continua a provocar lesões no cérebro. A clonagem constitui a esperança de uma cura.
Os cientistas iriam produzir um embrião clonado utilizando o ADN das suas células epidérmicas. Em seguida, iriam retirar células estaminais deste embrião, transformavam-nas em células cerebrais e fariam um transplante para o seu cérebro.
Neste caso é importante referir que estas células sendo iguais às do paciente não trariam quaisquer efeitos sobre ele, ou seja, o organismo não as iria rejeitar.
Para além disto ao usar a clonagem para obtenção de tecidos não haveria necessidade de esperar por dadores. Isso constitui um grande avanço na medicina visto que existem várias pessoas à espera de um dador, ou porque existe imensas pessoas que têm doenças sem cura ainda.
A clonagem é uma maneira diferente de utilizar células estaminais para curar uma doença. Algumas pessoas preferem esta forma de obter estas células. Afinal, um embrião clonado é uma cópia genética de alguém que está vivo e deu o seu consentimento.
No entanto, um embrião no congelador de uma clínica de fertilização foi criado a partir de uma mistura única de esperma e ovo e esta é uma união que só irá acontecer uma vez, produzindo um conjunto completamente único de genes que tem o potencial de se tornar num indivíduo único.
Isto leva-nos a uma outra questão: “Com que fundamento moral se podem produzir seres para servirem de material genético para outros seres?”
Neste caso estamos a falar de um problema semelhante ao do aborto. É necessário ver se um embrião é ou não considerado já um ser vivo ou ainda não.
Eu acho que um embrião ainda não é de facto um bebé e assim como quanto ao aborto sou a favor da clonagem terapêutica ou seja a clonagem usada para fins médicos.
Assim podemos concluir que a clonagem constitui um grande avanço na medicina pois permite curar várias doenças que até ao momento continuam sem cura e por todos os outros factores que tornam a clonagem uma boa forma de curar doenças.
No entanto, em qualquer das clonagens humanas há prós e contras. Eu sou a favor apenas da clonagem terapêutica mas acho que a outra não deveria nunca vir a ser aplicada.
"Bom trabalho de pesquisa e tratamento da informação. Boas questões."