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Trabalho escolar muito completo sobre a Guerra Civil Espanhola, realizado no âmbito da disciplina de História (9º ano).
Neste trabalho vou falar sobre os antecedentes, o desenvolvimento e as consequências do maior antecedente da II Guerra Mundial, a Guerra Civil Espanhola, onde Hitler “testou” o seu exército e as suas máquinas de guerra, assim como as tropas aliadas.
A chamada Guerra Civil Espanhola foi um conflito bélico deflagrado após um fracassado golpe de estado de um sector do exército contra o governo legal e democrático da Segunda República Espanhola. A guerra civil teve início após uma pronúncia dos militares rebeldes, entre 17 e 18 de Julho de 1936, e terminou em 1 de Abril de 1939, com a vitória dos rebeldes e a instauração de um regime ditatorial de carácter fascista, liderado pelo general Francisco Franco.
A Espanha dos anos 30 era um país muitíssimo atrasado em relação ao resto da Europa Ocidental. Enquanto na Europa Ocidental já quase todos os países possuíam instituições políticas modernas, Espanha era ainda um oásis do tradicionalismo, onde as instituições governativas primárias eram ainda a Igreja Católica, o exército, e os Latifundiários (“Trindade Reacionária”), que tinha a sua última expressão na monarquia de Afonso XIII. Vivia nostálgica do seu passsado imperial.
Como resultado da grave crise económica de 1930 (iniciada pela quebra da bolsa de valores de N. Iorque, em 1929), a ditadura do Gen. Primo de Rivera, apoiada pelo caciquismo (sistema eleitoral viciado que sempre dava seus votos ao governo), foi derrubada e, em seguida, caiu também a monarquia. O Rei Afonso XIII foi obrigado a exilar-se e proclamou-se a República em 1931, chamada de "República de trabajadores".
A esperança era que doravante a Espanha pudesse alinhar-se com seus vizinhos ocidentais e marchar para uma reforma modernizante que separasse estado e igreja e que introduzisse as grandes conquistas sociais e eleitorais recentes, além de garantir o pluralismo político e partidário e a liberdade de expressão e organização sindical. Mas o país terminou por conhecer um violento confronto de classes, visto que à crise seguida por uma profunda depressão económica, provocando o desespero generalizado na sociedade espanhola.
A esquerda espanhola decidiu aliar-se aos liberais e radicais numa Frente Popular, para possibilitar assim uma ascensão ao poder por meio de eleições, e também para impedir a subida ao poder dos extremistas de direita, evitando assim também que Espanha caísse numa ditadura, assim como outros países de extrema direita europeus, como é o caso da Alemanha, da Itália e do seu vizinho Portugal.
A coligação da Frente Popular ganhou as eleições de Fevereiro de 1936 com cerca de 60% dos votos.
Por sua vez a direita estava coligada na CEDA (Confederação das Direitas autónomas), no partido agrário (latifundiários), nos monarquistas e tradicionalistas, e finalmente os fascistas da FALANGE.
A tensão interna no país era aumentada pela tensão entre os anarquistas e os falangistas, isto provocou também diversos assassinatos políticos que contribuiu para a criação de instabilidade que afectou a frente popular, sabendo que mais tarde ou mais cedo, com os desentendimentos internos, o governo se quebraria.
A direita espanhola estava também contente com o sucesso de Hitler na Alemanha, aliada ao sucesso de Dolfus na Áustria. Derrotados nas eleições os extremistas de direita contavam com apoios militares de outros regimes fascistas (Portugal, Alemanha, Itália). Esperavam que uma insurgência dos quartéis e dos generais acabassem facilmente com a república da frente popular.
No dia 18 de Julho de 1936 o general Francisco Franco rebela o Exército contra o governo da república. Acontece que nas principais cidades o povo saiu à rua e impediu o sucesso do golpe. Milícias anarquistas e socialistas foram criadas para resistir e combater os falangistas.
O país ficou em pouco tempo, dividido numa área nacionalista, dominado pelas forças do Gen. Franco e numa área republicana, controlada pelos socialistas. Nas áreas republicanas ocorreu então uma radical revolução social. As terras foram colectivizadas, as fábricas dominadas pelos sindicatos, assim como os meios de comunicação. Em algumas localidades, os anarquistas chegaram até a abolir o dinheiro.
Em ambas as zonas matanças eram efetuadas através de fuzilamentos sumários. Padres, militares e proprietários eram as vítimas favoritas dos "incontroláveis", as milícias anarquistas, enquanto que sindicalistas, professores e esquerdistas em geral, eram abatidos pelos militares nacionalistas.
Como o golpe não teve o desenlace desejado, transformou-se num conflito bélico civil com manobras militares clássicas. O lado nacionalista liderado por Francisco Franco conseguiu de imediato o apoio dos nazis e dos fascistas italianos, enquanto que Josef Stalin enviava armamento e militares para o lado republicano.
França e Inglaterra tomaram a posição de não-intervenção, ainda assim não foi possível evitar a ida de milhares de voluntários socialistas e comunistas que chegaram de todo o lado (53 nações) que formaram as brigadas internacionais que lutaram em defesa da república.
Estaline temia que a revolução social desencadeada pelos anarquistas e trotskistas pusesse em perigo a defesa da República. Ordenou então que o PC espanhol comandasse a supressão das milícias e uma remoção no POUM (uma pequena organização pró-trotskista). O que foi feito em Maio de 1937. Essa divisão íntima das esquerdas, entre pró-revolução e pró-república, debilitou ainda mais as possibilidades defensivas do governo republicano.
A superioridade militar de Franco assim como a união que conseguiu impor na direita espanhola foram os factores decisivos da vitória na guerra civil. Em 1938 as tropas falangistas separaram o país em duas partes, isolando a Catalunha do resto do país. Em Janeiro de ’39 as tropas do general Franco entraram em Barcelona e em 28 de Março tomaram Madrid que tinha resistido a fortes ataques como, bombardeamentos aéreos, blindados e ataques de infantaria, durante quase 3 anos.
A Guerra civil vitimou entre 330 a 405 mil mortos sendo que a penas 1/3 ocorreu na guerra. Meio milhão de prédios foram devastados e metade do gado espanhol foi perdido, assim como o rendimento per capita baixou 30% , isto fez com que a Espanha se afundasse num período de estagnação de quase 30 anos.
Francisco Franco Bahamonde (Ferrol, 4 de Dezembro de 1892 — Madrid, 20 de Novembro de 1975) foi um militar, chefe-de-estado, ditador espanhol e Regente do Reino de Espanha desde outubro de 1939 até à sua morte, em 1975.
Entre 330 e 450 mil mortos nesta guerra civil.
O quadro Guernica de Picasso retrata a devastação da cidade espanhola com o mesmo nome, no quadro estão representados os homens, o touro (símbolo espanhol) destruídos e uma luz de esperança acesa.
Fig. 1 - Comunismo contra Nacionalismo (basicamente o que aconteceu nesta Guerra)
Fig. 2 – A devastação da guerra
Fig. 3 – Franco e Hitler
Fig.4 – “Guernica” de Picasso
http://1.bp.blogspot.com/_oPn5dtmet_s/SDSXQovMpxI/AAAAAAAAAvQ/ f8IRpcZwBEU/s320/francohitler.jpg
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/guerra_civil_espanha2.htm
http://www.doutrina.linear.nom.br/historia/gce.jpg
http://www.mundoeducacao.com.br/upload/conteudo_legenda/ 658857427d07e38a91eb727efbbbefa4.jpg
Neste trabalho estão esclarecidos todos os pontos que levaram à guerra assim como as suas consequências. Devido às participações estrangeiras e dos países que entraram esta guerra pode ser encarada como um ensaio geral para a II Guerra Mundial.