O teu país
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Trabalho escolar sobre os Campos de Extermínio Nazis, realizado no âmbito da disciplina de História (12º ano de escolaridade).
Este trabalho tem como objectivo esclarecer e dar a conhecer os campos extermínio da Segunda Guerra Mundial:
Realizo este trabalho visto que não achei este assunto relevante para a apresentação do meu contrato de leitura do 1º período (“Diário de Anne Frank”) e, a Professora gostava que eu tivesse referido este assunto na exposição oral.
Campo de extermínio era o termo aplicado a um grupo de campos construídos pela Alemanha Nazista durante a Segunda Guerra Mundial com o objectivo expresso de matar os "supostos inimigos" do regime nazista (judeus, deficientes, ciganos, prisioneiros de guerra soviéticos, e outros).
Tudo isto foi parte do Holocausto e da chamada “Solução final” da questão judia, o plano para purificar as terras alemãs dos judeus. Estes campos são também conhecidos como os "campos da morte".
Existe uma sensível distinção entre campos de extermínio e campos de concentração, cuja maior parte se situava na Alemanha. Os campos de concentração constituíam um sistema de encarceramento e aglomeração dos vários "inimigos do Estado" (tais como comunistas) e dispunham de bases de recursos de trabalho forçado para empresas alemãs. Muitas vezes, os judeus inicialmente detidos nestes campos de concentração eram posteriormente enviados para os campos de extermínio. Nos primeiros anos do regime Nazi (estabelecido em 1933) alguns judeus foram enviados para estes campos. Após 1942, no entanto, houve o início das deportações em massa para os campos de concentração, sendo que muitos destes judeus eram, ou imediatamente ou em seguida, enviados para os campos de extermínio.
A ideologia nazista, alicerçada na idéia de que o povo alemão é superior aos demais, se encarregava de pregar o ódio contra a democracia, o marxismo, os judeus e todos os que não se enquadrassem nos padrões e propósitos da dominação totalitária: os povos eslavos, os homossexuais, os deficientes físicos, os ciganos e os opositores políticos.
Hitler ordenava suas tropas para o extermínio sem piedade de homens, mulheres e crianças de origem polonesa, alegando que, somente assim, a Alemanha conquistaria o espaço necessário para sobreviver, acabando com a população residente e ocupando a área com assentamentos alemães. Como a Polônia contava com cerca de 3 milhões de judeus (10% da população do país), a construção de um campo de extermínio neste país não foi obra do acaso. A escolha de Auschwitz foi estratégica, tanto do ponto de vista do isolamento das vítimas, como na perspectiva da eficiência para o transporte, ao exterminar o inimigo no território em que ele existia em maior número e que deveria ser “liberado” para a ocupação nazista.
O plano dos nazistas previa o extermínio total dos judeus, chegando a anunciar o genocídio de 11 milhões na Europa e estima-se que tenha atingido, no total, 6 milhões de vítimas. A fábrica da morte em Auschwitz foi projetada e construída, prioritariamente, para exterminar judeus, enquanto outros campos de extermínio se ocupavam com os demais “inimigos declarados pelo nazismo”. O “crime” dos judeus era terem “nascido judeus” e o governo nazista se encarregava de classificá-los e enviá-los a Auschwitz, com a falsa promessa de que iriam ao leste para trabalhar. Paralelamente, a “indústria da morte” em Auschwitz contribuía com setores da indústria capitalista alemã, através do trabalho forçado, em função do fornecimento de gás para as câmaras de extermínio e, inclusive, através da apropriação dos bens das vítimas.
Antes de chegar aos campos, os judeus eram brutalmente retirados das suas casas, levando apenas os que achavam necessário, roupas, sapatos, dinheiro e algumas jóias, para servirem como meio de trocas e privilégios. Eram todos colocados dentro de vagões de comboio para animais, todos extremamente abarrotados de pessoas, que tentavam sobreviver a longa viagem até ao campo, passavam fome e frio, os mais frágeis morriam na viagem e os seus corpos lá ficavam, viajando com os vivos.
Quando finalmente chegavam ao campo, as bagagens eram imediatamente confiscadas pelos soldados nazis, entregavam os únicos bens que possuíam, até os óculos. Esses bens eram vendidos ou, no caso do ouro, derretido e armazenado em bancos, os nazis queriam maximizar de tal maneira os lucros, que nem o cabelo e os dentes de ouro dos prisioneiros eram poupados, eles tinham os dentes arrancados, sem anestesia, e o cabelo cortado, que depois era enviado para indústrias têxtil. As vítimas eram obrigadas a se despir e entrar na “sala de desinfecção” onde recebiam uma roupa padronizada, um número em forma de tatuagem no braço e o cabelo era cortado, armazenado e enviado para a Alemanha, como “matéria-prima” para a indústria têxtil.
O extermínio foi racionalmente organizado, de tal forma, que pudesse eliminar o máximo de pessoas em menos tempo, com os menores custos e a maior eficiência do ponto de vista operativo. Depois de toda essa crueldade, era feita uma triagem dos judeus pelos supostos médicos nazis, que separavam os homens das mulheres, filhos das mães, jovens dos velhos. Maridos e mulheres separados, mulheres acenam aos filhos pela última vez. Apenas os ainda saudáveis, eram qualificados para trabalhos físicos forçados. Os considerados não aptos para o trabalho eram imediatamente enviados para “tomar banho”, apenas um eufemismo para a morte nas câmaras de gás, diziam para estes condenados que iam apenas tomar banho, quando lá chegavam entravam em uma espécie de balneário colectivo e quando os chuveiros eram abertos sai um gás letal (Zyklon B), todos morriam por sufocamento, e os seus corpos eram enviados para valas comuns ou cremados e lançados no ar.
Desse grupo considerado incapacitado, por vezes algumas crianças eram retiradas e enviadas para o Dr. Josef Mengele. Ele foi um médico alemão que realizava experiências atrozes em, especialmente, gémeos e crianças. Em suas experiências, ele injectou tinta azul em olhos de crianças, uniu as veias de gémeos, deixou pessoas em tanques de água gelada para testar suas resistências, amputou membros de prisioneiros e colectou milhares de órgãos em seu laboratório. Uma verdadeira tortura, que aquelas que sobreviviam as experiências eram posteriormente assassinadas para dissecação.
Os que eram considerados saudáveis cavam valas para os mortos, ou retiravam os corpos, ou levavam os corpos para as valas. As vítimas não somente imaginavam o que, em seguida, iria acontecer com elas, como já vivenciavam, concretamente, sua exterminação coletiva, na qual eram obrigadas a contribuir na forma de trabalho forçado. Passavam fome e frio, não tinham condições higiénicas adequadas e tinham sorte se tivessem uma cama para dormir. Sobreviviam até ser feita uma nova triagem e serem condenados a câmaras de gás.
Com a realização deste trabalho posso concluir o que todos nós concluímos, que o holocausto foi um período terrível para a humanidade, onde houve muita dor e sofrimento para todas as pessoas, visto que tudo isto foi obra de um homem com poder e complemente insano, que tinha apoiantes como ele.
As pessoas eram cruelmente enganadas, torturadas e exploradas, penso que a pior parte não era morrer, mas sim ver os outros morrerem, sofrer de fome e frio, e enviar os corpos dos companheiros para os crematórios ou para as valas comuns.
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