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Cavaleiro da Dinamarca - NotaPositiva

O teu país

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David Ferrão

Escola

Escola EBI da Qtª do Conde

Cavaleiro da Dinamarca

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Resumo do trabalho

Trabalho escolar sobre a história "Cavaleiro da Dinamarca", realizado no âmbito da disciplina de Português (7º ano de escolaridade)...


Introdução:

A Dinamarca fica no Norte da Europa. Ali os Invernos são longos e rigorosos, com noites muito compridas e dias curtos.

O Cavaleiro ali vivia!

Mas o cavaleiro queria ir passar o Natal á gruta onde nasceu Cristo e onde rezaram os Pastores, os Reis Magos e os Anjos.

O Cavaleiro partiu na Primavera para a Palestina e andou durante bastante tempo de Cidade em Cidade, até que por fim chega à gruta onde nasceu Cristo, e só passado muito tempo regressou a casa para junto da sua família.

Na história identificam-se várias personagens principais e secundárias. O personagem principal é o Cavaleiro da Dinamarca, seguido de outros também muito importantes na história, tais como: Os Frades, O Mercador, O Capitão, O Flamengo, O Lenhador, O Banqueiro, O Velho de grandes barbas, bem como alguns personagens secundários: Giotto e Vanina.

Desenvolvimento:

Resumo da História:

Há centenas de anos atrás, havia uma família que vivia numa floresta na Dinamarca. A Dinamarca fica no norte da Europa, onde os Invernos são rigorosos, com noites muito longas e dias curtos. Nesta altura do ano faz lá muito frio. A maior festa do ano, na Dinamarca, onde havia maior alegria, era na noite comprida de Natal. Na casa do cavaleiro era noite de reunir toda a família e passar uma noite agradável onde se divertiam e comiam muito bem.

Um dia, o cavaleiro decidiu partir em peregrinação à terra santa para passar o próximo Natal na gruta onde Cristo nasceu e onde rezaram os pastores, os Reis Magos e os anjos.

Transmitiu isso à sua família numa noite de consoada. Chegada a Primavera, o cavaleiro pôs-se a caminho de Belém, prometendo à sua família e aos seus amigos que, passado o Natal, regressaria a casa.

O cavaleiro tinha consciência que a viagem entre o seu país e a Palestina iria ser muito longa, porque naquela época, os recursos para viajar eram muito rudimentares.

Visitou todos os lugares santos, rezou no Monte do Calvário e no Jardim das Oliveiras, observou as águas azuis do lago da Tiberíade, caminhou nos montes da Judeia. Quando chegou o dia de Natal, o cavaleiro foi para a gruta de Belém para rezar no local onde a Virgem, São José, o boi, o burro, os Pastores, os Reis Magos e os anjos tinham adorado a criança acabada de nascer.

O cavaleiro demorou-se em Jerusalém cerca de dois meses; só em fins de Fevereiro resolveu partir para o Porto de Jafa. Durante as viagens, o cavaleiro fez muitas amizades, entre elas o Mercador de Veneza. Visitou a terra do Mercador e depois partiu dali por terra em direcção ao Porto de Génova. Atravessou o norte de Itália e conheceu belas cidades. Desse Porto, partiu num navio para Flandres. O cavaleiro ficou maravilhado por conhecer todas as terras por onde passava, todas as ruas, palácios, etc. Não se cansava de olhar tudo à sua volta, até a maneira como as pessoas se vestiam. O Mercador foi muito hospitaleiro, alojando o Cavaleiro em seu palácio, duplicou as festas e o entretenimento em sua honra.

Passado um mês voltou a partir num cavalo a caminho de Florença. Passou por Ferrara e Bolonha e viu as altas torres de São Giminiano. Chegado a Florença, procurou um amigo do veneziano. Tratava-se do banqueiro Averardo, onde se hospedou. Na casa deste contavam-se muitas histórias. O cavaleiro fez novos amigos. O banqueiro, tal como o mercador, convidou-o a viver em Florença, mas o cavaleiro também não aceitou, dizendo que os filhos, a mulher e os criados o esperavam; queria passar com eles o próximo Natal, tal como lhes havia prometido. Partiu então para Flandres com uma carta de recomendação do banqueiro. O cavaleiro foi ter com um comerciante muito rico. Numa destas viagens, o cavaleiro ficou muito doente, não se sabe se do sol que apanhou, se da água que bebeu, pois parecia ter o sangue envenenado. Neste estado, foi bater à porta de um Convento onde, com grande dificuldade, o salvaram. Demorou um mês e meio para ficar curado. Ele quis voltar a partir, mas estava muito debilitado, magro e fraco, de forma que os frades não o deixaram partir. Ficou mais outro mês no convento, recuperou as forças e voltou a viajar.

Dirigiu-se para Génova, era já fim de Setembro quando o cavaleiro, por terra, a cavalo, resolveu seguir viagem até Bruges. Atravessou os Alpes, as montanhas e os vales de França. Quando chegou a Flandres, era já Inverno e as primeiras neves já caíam sobre os telhados e sobre os campos. O cavaleiro chegou então à Antuérpia, onde procurou o negociante flamengo, que também tinha sido recomendado pelo banqueiro. Este também o recebeu muito bem e apresentou-lhe novos amigos. Foi aqui que o cavaleiro conheceu o capitão, que viajava muito nos navios do negociante e que tinha muitas histórias para contar. Passados alguns dias, já no mês de Novembro, o cavaleiro partiu novamente. Caminhou por terra durante longas semanas.

Finalmente, na antevéspera de Natal, chegou ao final da tarde a uma pequena povoação que ficava a poucos quilómetros da sua floresta. Aí, foi muito bem recebido pelos seus amigos que o julgavam já perdido. Descansou durante a noite e na madrugada do dia seguinte voltou a partir. Dia 24 de Dezembro chegou finalmente a sua casa depois de quase dois anos de ausência. Ainda teve que enfrentar o mau tempo e a ameaça de animais ferozes. Por fim, avistou a sua casa com o seu grande pinheiro todo iluminado. Passou a noite de Natal com a sua família e amigos, tal como lhes havia prometido.

Alguns lugares por onde o Cavaleiro da Dinamarca passou:

Belém, Palestina, Monte do Calvário, Jardim das Oliveiras, Jordão, Galileia, Lago da Tiberíade, Jerusalém, Montes de Judeia, Norte de Itália, Europa, Génova, Flandres, Antuérpia, Veneza, Mar Adriático, Praça de São Marco, Gôndola, Ferrara, Bolonha, Torre de São Giminiano, Gilblinos, Dinamarca.

História encaixada na história do Cavaleiro da Dinamarca

Resumo de uma dessas pequenas histórias

“Vanina”

Vanina era órfã de pai e mãe, e Orso era o seu tutor. Quando ela era criança, o tutor prometeu-a em casamento a um seu parente chamado Arrigo. Vanina cresceu e não quis casar com Arrigo. Orso, então, fechou-a em casa e nunca mais a deixou sair, a não ser na sua companhia. Durante a semana, Vanina, prisioneira e cansada de estar fechada e sempre rodeada e espiada pelas suas aias, esperava pacientemente que Orso e as suas aias adormecessem e ia para a janela do seu quarto, pentear os seus longos cabelos.

Um dia chegou a Veneza um homem de nome Guidobaldo que não temia Orso. Uma certa noite, Guidobaldo passou de gôndola num canal perto do local onde se encontrava Vanina e, sentindo no ar um maravilhoso perfume, levantou a cabeça e viu-a a pentear os seus cabelos.

Aproximou o seu barco e disse:

- Para se pentear, seria preciso um pente de ouro…

Vanina sorriu e atirou-lhe o seu pente de marfim.

Na noite seguinte, à mesma hora, o jovem capitão tornou a deslizar de gôndola ao longo do canal e Vanina disse-lhe:

- Hoje não me posso pentear… Não tenho pente…

- Tens este que eu te trago e que é mesmo feito de ouro.

Vanina atirou-lhe um cesto onde Guidobaldo depôs o seu presente.

Assim, Vanina e Guidobaldo passaram a ser namorados.

Passado um mês, o capitão foi bater à porta do tutor de Vanina.

- Que queres tu? – perguntou Orso

- Quero a mão da Vanina.

- Ela já está noiva. Tens um dia para sair da cidade. Se amanhã de manhã ainda cá estiveres… Mando-te matar! – replicou Orso

Contudo, na noite seguinte, Guidobaldo foi buscar Vanina e de manhã as aias deram pela sua falta e correram para avisar Orso. Este mandou chamar chamar Arrigo, com o objectivo de encontrem Vanina e matarem Guidobaldo. Mas, felizmente, Guidobaldo e Vanina já tinham partido.

Orso encontrou um marinheiro e perguntou-lhe se ele tinha visto o casal. E este disse-lhe:

- O capitão e a tua pupila chegaram aqui a meio da noite e…

Orso e Arrigo queixaram-se à senhoria de Veneza e ao Doge. Foram enviados quatro navios à procura dos fugitivos: um que navegou para o norte, outro para o oriente, outro para o Sul e outro para Ocidente.

Contudo, a imensidão do mar não permitiu que Vanina e Guidobaldo fossem localizados, tendo ficado juntos para todo o sempre, nunca mais ninguém tendo ouvido sequer falar deles…

Conclusão:

Esta história contribuiu imenso para o desenvolvimento da língua portuguesa.

Através da mesma descobrimos o funcionamento da língua, classes e subclasses das palavras, nomes, verbos e adjectivos, pronomes determinantes e conjunções, etc.

Foram encontrados no conto também alguns recursos estilísticos, tais como o exemplo da seguinte frase retirada do texto: “ A floresta ficava imóvel e muda presa em seus vestidos de neve e gelo…”

Nesta história podemos localizar a acção (é a história propriamente dita) no tempo (indica quando é que acontece a acção), no espaço (indica o local onde acontece a acção), as personagens quanto ao relevo, se são principais; secundárias ou figurantes, fala-nos do narrador (se é participante na história ou não).

Aprendemos ainda a caracterizar os personagens física e psicologicamente:

O cavaleiro era encantador, duro, forte, corajoso, solidário, perseverante, honrado, leal, teimoso e calmo.

Aprendemos ainda a analisar as frases gramaticalmente - sujeito, predicado, complemento circunstancial de tempo e de lugar, complemento de causa.

Exemplo:

“O cavaleiro foi á palestina porque era crente”.

Sujeito – predicado - Compl. C. Lugar - Compl. cirsc. causa

Gostei muito de fazer este trabalho, pois fiquei a perceber melhor o funcionamento da Língua Portuguesa.

Bibliografia

Conto:

O Cavaleiro da Dinamarca

Edição e Distribuição Livraria Figueirinhas

Autor do Conto: Sophia de Mello Breyner

Apoios:

Apontamentos tirados nas aulas e conto

“O Cavaleiro da Dinamarca “



307 Visualizações 09/08/2019