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Composição cujo tema é a descoberta de uma caixa velha no sótão, realizada no âmbito da disciplina de Português (8º ano).
Descobriste uma velha caixa no sótão de casa e daí em diante a tua vida mudou completamente. O que continha a caixa? O que te aconteceu a partir do momento em que a abriste?
Era apenas um simples, cansativo e longo dia de aulas. Estava a chover. As minhas meias estavam molhadas, a mala não impermeável deixou que os meus livros e cadernos ficassem completamente destruídos.
Enfim… apetecia-me gritar! AAAAAAAAAAAH
Só conseguia pensar que este dia já estava estragado.
Fui para casa. Tinha que passar todos os cadernos estragados a limpo. A Filipa tinha-me emprestado os dela.
Tinha de o fazer, mas não me apetecia.
Estava cansada, triste, furiosa, com raiva e super chateada com tudo e com todos. Estava farta deste mundo obscuro, onde sempre chove e sempre apresenta dias feios, cinzentos, nus…
Fui até ao sótão, para o meio do pó.
Com todas as chatices e loucuras deste mundo, dei por mim a falar com o pó dos livros sobre a legalização do aborto.
Bem, definitivamente estava a dar em doida, mas rapidamente me apercebi que o pó nunca me iria responder se é contra ou a favor do aborto.
Dentro de mim solta-se uma fúria enorme e só me lembro de ter andado aos pontapés com os livros. Tantos pontapés, até encontrar uma velha caixa.
Parecia mesmo antiga e transmitia uma enorme sensação de bem-estar. Nunca me tinha sentido assim. Tão calma e serena.
Abri a caixa. Lá dentro tinha uma caixa de música. Pô-la a tocar.
Fiquei a olhar fixamente para aquela caixa durante alguns segundos.
Adormeci.
Acordei num lugar fantástico.
Ali eu sentia-me bem.
Sentia-me mais livre que uma águia, mais calma do que a própria calma e sentia-me, principalmente, amada.
Sentia que alguém naquele lugar me amava mais do que qualquer pessoa no mundo. Uma pessoa que se preocupava comigo… No fundo, sentia-me segura, respeitada, sentia que naquele lugar ninguém iria julgar-me pelo aspecto, gosto, hábitos, culturas ou religiões.
Passeei um bocado pelos grandes prados verdes daquele lindo lugar.
Sentei-me.
Encostei-me.
Adormeci.
Acordei alguns segundos depois.
A caixa de música tinha parado.
Estava de novo num mundo cinzento e feio.
Queria regressar àquele mundo.
Pus a caixa de música a tocar novamente.
Adormeci. Acordei num lugar fantástico…