Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sed do eiusmod
Todos os trabalhos publicados foram gentilmente enviados por estudantes – se também quiseres contribuir para apoiar o nosso portal faz como o(a) Soraia Silva e envia também os teus trabalhos, resumos e apontamentos para o nosso mail: geral@notapositiva.com.
Trabalho sobre Relações Interpessoais, modo como nos relacionamos com os outros ao longo da vida, realizado no âmbito da disciplina de Psicologia (12º ano).
O presente trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Psicologia, no estabelecimento da escola Secundária da Sé. O tema tratado são as Relações Interpessoais. Este tema reporta-se ao modo como nos relacionamos com os outros ao longo da vida e, também, o impacto que as interações que estabelecemos têm na nossa personalidade e essência. Deste modo, é imperativo que façamos algumas questões contextualizadas no tema das relações, tais como: “Como pensamos os outros?”; “Como influenciamos e somos influenciados pelos outros?”; “O que nos leva a aceitar a opinião dos outros?”; “Até que ponto conformar-se ou ser obediente pode ser benéfico?”. Estas perguntas serão respondidas no final do trabalho.
Com este trabalho pretendemos caracterizar os processos fundamentais de cognição social, onde se incluem as impressões, as expectativas, as atitudes, e as representações sociais. Além deste, outro objectivo é a explicação dos processos de influência entre os indivíduos. É, portanto, a partir do estudo destes tópicos que nos permitirá responder às questões anteriormente indicadas.
Consideramos que este trabalho nos vai ajudar a perceber melhor o mundo em que vivemos, e os outros, com quem nos relacionamos.
Ao estudamos a cultura e o modo como os seres humanos a integram, através do processo de socialização, compreendemos melhor as diferenças que nos distinguem dos outros animais. Deste modo, observamos que estas diferenças se devem, principalmente, ao comportamento humano apresentar uma enorme complexidade e diversidade nas mais diferentes relações que estabelece com o meio, aparecendo assim as interacções sociais. Estas baseiam-se numa modificação de comportamento nos indivíduos envolvidos, como resultado do contacto e da comunicação que se estabelece entre eles.
Assim, pode-se dizer que grande parte da nossa vida se desenrola e organiza no contexto de instituições sociais, pois são estas que orientam o nosso comportamento. Para além disso, a maior parte das interacções sociais são orientadas por factores de ordem cognitiva que organizam a maneira como compreendemos e interpretamos as diversas situações.
“Os indivíduos não reagem simplesmente às situações objectivas, mas às interpretações subjectivas das mesmas.”
Deste feito, define-se cognição social como o termo que designa os actos, processos e mecanismos desenvolvidos no processo do desenvolvimento, assim como o resultado da conjunção desses elementos. Ou seja, é o conjunto de processos que estão na base do modo como encaramos os outros, a nós próprios e à forma como interagimos.
Como temos uma capacidade limitada de processamento da informação, relativa ao mundo social, recorremos a esquemas que representam o nosso conhecimento sobre os nossos papéis no mundo social. Deste modo, utilizamos vários processos de cognição social, sendo eles as:
Devido à complexidade do mundo e dos outros, e porque na nossa relação com o mundo necessitamos de os conhecer, recorremos a esquemas, que são considerados como estruturas cognitivas através do qual o sujeito se adapta e organiza os objectos, experiências agrupando-os segundo as suas características comuns, pois existe uma limitação de processamento de informação.
Deste modo, para termos a informação necessária para formarmos os esquemas, vão aparecer as impressões. Estas são encaradas como noções que se criam no contacto com as pessoas e que nos dão um quadro interpretativo para as avaliarmos. Ou seja, no primeiro contacto que temos com alguém que não conhecemos construímos uma imagem, uma ideia sobre essa pessoa, a partir de algumas características que nos transmite.
Um dos aspectos mais importantes das impressões é o efeito que tem na relação interpessoal que se estabelecerá no futuro. Isto é, a produção da impressão é mútua, o que vai provocar um condicionamento no nosso comportamento, pois nem todos vemos as pessoas da mesma maneira que elas nos vêem a nós.
A fim de se simplificar a recolha e o armazenamento da informação, referente aos objectos, às pessoas com quem estabelecemos contacto, recorremos a um processo de categorização. Este processo reporta-se a processos psicológicos que tendem a ordenar o ambiente em categorias, reagrupando grupos de pessoas, de objectos, a partir do que consideramos serem as suas diferenças e semelhanças.
“Um conjunto de processos psicológicos que tendem a ordenar o ambiente em categorias: grupos de pessoas, de objectos, de acontecimentos (…) enquanto semelhantes, equivalentes uns aos outros pela acção, intenções, atitudes de um indivíduo.” Henri Tajfel
A caracterização é, então, considerada como uma forma económica de orientar o nosso comportamento e actuar de acordo com a avaliação que fizermos.
Existes três tipos de avaliação para podermos avaliar as pessoas através deste processo:
Afectiva – tem a ver com o facto de gostarmos ou não da pessoa;
Moral - diz respeito a considerar-se a pessoa boa ou má;
Instrumental – relaciona-se com a competência ou incompetência;
Concluímos assim, que a categorização é um facilitador no processo de interacções sociais.
A interpretação está na base da formação das impressões, isto porque nós percepcionamos o outro a partir de uma grelha de avaliação que remete para os nossos conhecimentos, valores, crenças e experiências pessoais. São, portanto, necessários alguns indícios de modo a explicarem o modo como formamos a impressão de uma pessoa, num primeiro contacto, sendo eles:
Indícios Físicos – remetem para características como o facto de a pessoa ser alta, baixa, gorda, magra, entre outras. Algumas dessas características podem referir qual o tipo de personalidade ou categoria social que a pessoa em questão tem.
Indícios Verbais - o modo como uma pessoa fala surge como um indicador, por exemplo, de instrução. Se a pessoa utiliza vocabulário preciso e uma adjectivação variada pode-se considera-la como uma pessoa dotada.
Indícios Não Verbais – remetem para elementos, sinais, que interpretamos como indicadores, ou seja, o modo como a pessoa se veste, se usa fato e gravata ou calças de ganga, se usa sapatilhas ou sapatos.
Indícios Comportamentais – conjunto de comportamentos que se observam na pessoa e que nos permite classificá-la. O modo como os comportamentos são interpretados varia de pessoa para pessoa e remetem para experiencias passadas, para as necessidades daquele que as interpreta. Dai o mesmo comportamento ter vários significados.
A partir destes indícios, formamos então uma impressão global de uma pessoa, a quem atribuímos uma categoria socioeconómica e cultural, um determinado estatuto social. É de notar ainda que um mesmo conjunto de indícios pode conduzir diferentes pessoas a avaliarem de forma distinta a mesma pessoa.
“ Acontece-nos frequentemente criar uma impressão global de uma pessoa de quem, aliás, apenas conhecemos algumas características.” Leyens J.
A complexidade da formação das impressões decorre do seu carácter e da multiplicidade de factores intervenientes. Para comprovar esta afirmação foi realizada uma experiência, conduzida por Solomon Asch em 1946, que conduziu a resultados surpreendentes.
Sujeito A | Sujeito B |
Inteligente Trabalhadora Impulsiva Crítica Obstinada Invejosa | Invejosa Obstinada Crítica Impulsiva Trabalhadora Inteligente |
Assim, devido às experiências feitas por Solomon Asch e outras idênticas, concluímos que a primeira informação é a que tem maior influência sobre as impressões que mantemos com o meio. Portanto, a maneira como conhecemos as características de uma pessoa não é indiferente para a formação de impressões sobre ela, pois as primeiras características que apreendemos são aquelas que nos vão permitir fazer uma apreciação global da pessoa em questão.
Estes estudos permanecem importantes, pois uma das características das primeiras impressões é a sua persistência. Isto é, a partir das informações ou indícios que obtemos construímos uma ideia sobre a determinada pessoa, que nos vai dificultar a alteração dessa ideia, mesmo que haja mais informação que contradizem a nossa impressão social.
Quando conhecemos alguém não nos contentamos só com a primeira imagem que resulta desse primeiro contacto: criamos expectativas através das características que apreendemos nesse encontro. A partir de alguns indicadores, prevemos o seu comportamento e as suas atitudes, isto é, desenvolvemos determinadas expectativas através dos indícios e das informações que absorvemos desse primeiro contacto. Quando conhecemos uma pessoa, conseguimos através de vários aspectos, como por exemplo a roupa ou o seu aspecto, incluí-la numa determinada categoria social. É, então a partir desta categorização que desenvolvemos as tais expectativas relativamente ao seu comportamento e às suas atitudes. As expectativas são mútuas, pois o outro com quem interagimos desenvolve, também, expectativas em relação a nós. Neste processo estão envolvidas duas operações básicas: a indução e a dedução. É através da indução que passamos da percepção à inclusão da determinada pessoa numa categoria social. E é pela dedução que atribuímos determinadas características a essa pessoa.
Tal como os outros processos cognitivos, as expectativas formam-se no processo de socialização por influência dos nossos valores, crenças e história pessoal. A psicologia social dedica um grande interesse ao estudo das expectativas porque, em certa medida, nós comportamo-nos tendo em conta o que os outros esperam de nós.
A importância das expectativas na vida social é demonstrada através das relações duradouras que se estabelecem entre pessoas como marido/mulher, pais/ filhos, médicos/doentes, etc.
Ao exercer as funções respectivas, há um conjunto de expectativas mútuas que regulam essas relações. Isto significa que, de acordo com a função social que exerce corresponde um determinado estatuto, ou posição que o indivíduo ocupa na hierarquia social. Este estatuto permite-lhe esperar dos outros determinados comportamentos. Deste modo, implica um conjunto de privilégios e de direitos.
A cada estatuto corresponde um papel, isto é, um conjunto de comportamentos que são esperados de um indivíduo com determinado estatuto. Nota-se, assim, uma complementaridade entre estatuto e papel. É de notar, também, que cada pessoa pode encerrar em si vários estatutos, e, por isso, vários papéis.
Numa sociedade, os papéis sociais já estão pré concebidos, compreendendo um conjunto de comportamentos padrão. Estes comportamentos estão de tal forma institucionalizados que os seus membros sabem quais as reacções que um seu comportamento pode provocar - expectativa de conduta.
Portanto, podemos concluir que as expectativas afectam o modo de interagir entre as pessoas, o que, por sua vez, influencia a sua auto-imagem e comportamento.
Foram desenvolvidas algumas experiências acerca deste assunto, que ajudaram na conclusão de algumas ideias interessantes. Foi uma delas, a experiência que consistia em colocar homens e mulheres em contacto via telefónica. A alguns homens foi-lhes dito que as mulheres com quem estavam a falar eram bonitas e simpáticas. Estes iniciaram, então, a conversa de forma meiga e alegre. O mesmo foi dito às mulheres, que mostraram o mesmo comportamento. Quando foi dito o contrário, os resultados também foram contrários: homens e mulheres iniciaram a conversa de forma pouco simpática e alegre. Então, esta entre outras experiências, permitiram concluir que as expectativas positivas geram comportamentos positivos, e as negativas comportamentos negativos.
Tem-se despertado interesse pela área que estuda o efeito das expectativas dos professores relativamente aos alunos, e as suas consequências no processo de aprendizagem. Robert Rosenthal desenvolveu, então, várias experiências de modo a estudar esta área. Uma delas consistiu em se convencerem os professores de que determinada turma era muito desenvolvida a nível intelectual. Na verdade a turma era composta por elementos aleatórios. Contudo, quando foram avaliados, após oito meses do início da experiência, mostraram um rendimento académico superior aos restantes alunos.O que justifica este acontecimento? Numerosos estudos deste investigador mostraram que os professores, com expectativas de bons resultados por parte de alguns alunos, os tratam de forma diferente. Em resposta, as crianças desenvolvem uma auto-imagem das suas capacidades escolares e trabalham mais (auto-realização das profecias). Este processo é, também, designado por alguns autores por efeito Pigmalião. Este efeito tem a ver com as consequências que advêm do processo da profecia.
O efeito de Rosenthal, designado por aprendizagem afectada pelas expectativas dos professores tem três componentes:
No entanto, estas experiências não permitem estabelecer uma ligação directa entre expectativas positivas dos professores e sucesso dos alunos. Não está ainda determinado o efeito das expectativas negativas no futuro dos alunos. Apenas se pode verificar a tendência que os alunos têm em apresentarem mais progressos quando as expectativas são mais positivas.
Rosenthal orientou pesquisas noutras áreas tais como o efeito das expectativas dos investigadores no resultado dos seus estudos, concluindo que exerciam influência sobre os resultados obtidos.
O efeito das expectativas na nossa vida é muito interessante de se estudar. Sem nos darmos conta ou termos consciência, elas influenciam o comportamento de quem nos rodeia, e que, por sua vez, influenciam o nosso. A produção das expectativas em relação aos outros, pela intuição e pelas nossas impressões, são reflectidas para nós.
Atitude é uma “tendência ou predisposição adquirida e relativamente estável para agir, pensar ou sentir de uma determinada forma (positiva ou negativa) face a um objecto, pessoa, situação, grupo social, instituição, conceito ou valor”, como citou Eagly e Chaiken.
Com base nesta definição, poderá dizer-se que as atitudes desempenham um papel importante no modo como processamos a informação do mundo social em que estamos inseridos. Ou seja, é este processo que explica o modo como diferentes pessoas interpretam a mesma situação de maneiras distintas.
Ao longo da vida, sobretudo na infância e na adolescência, as atitudes envolvem diferentes componentes interligadas, podendo distinguir-se três entre estas:
Componente cognitiva – baseia-se num conjunto de ideias, de informações, de crenças pré – definidas, que se têm sobre um dado objecto social. Ou seja, é a informação que consideramos verdadeira.
Componente afectiva – fundamenta um conjunto de valores e emoções, positivas ou negativas, face ao objecto social. Deste modo, diz-se que a componente afectiva está interligada com os valores e sentimentos do ser humano sendo a sua direcção emocional.
Componente comportamental – é o conjunto de reacções e de respostas face ao objecto social. Esta componente depende da componente cognitiva e afectiva, pois o ser humano vai-se comportar com base na informação que dispõem e nos seus valores e sentimentos.
As atitudes não são directamente observáveis: deduzem-se dos comportamentos. Também é possível, a partir de um comportamento, deduzir a atitude que esteve na sua origem. As reacções de uma pessoa, face a uma situação, permitem adivinhar a atitude que lhe está subjacente. As atitudes são o suporte intencional de grande parte dos nossos comportamentos.
É mais provável uma atitude afectar um comportamento quando é forte, relativamente estável, relevante para o comportamento, importante e facilmente retida pela memória. As atitudes baseadas em experiências indirectas, como ter ouvido falar, têm menos influência no comportamento que as baseadas na experiência directa.
Pelo facto de as atitudes não nascerem connosco, formam-se e aprendem-se no processo de socialização, no meio social onde nos incluímos. São exemplos de agentes sociais, responsáveis pela formação das atitudes, os pais e a família, a escola, o grupo de pares e os mass media. Os pais são vistos pelas crianças como modelos com os quais se tentam identificar.
Actualmente os meios de comunicação social têm muita influência na formação de novas atitudes ou reforço das que já existem, tudo isto através de publicidade, telenovelas e filmes. É através da observação, identificação e imitação dos modelos que se aprendem, que se formam atitudes. Esta aprendizagem ocorre ao longo da vida, mas tem particular relevância na infância e adolescência. Isto não significa que depois destas idades as atitudes não possam mudar. Há, no entanto, uma tendência para a estabilidade das atitudes. Contudo, apesar da relativa estabilidade das atitudes, estas podem mudar ao longo da vida. Essa mudança pode ser devida a acontecimentos extraordinários, impressionantes, experiências vividas pelo próprio que podem conduzir à alteração das atitudes.
Leon Festiger, psicólogo social, levou a cabo uma investigação a partir da qual elaborou a teoria da dissonância cognitiva. Sempre que uma informação ou acontecimento contradiz o sistema de representações, as convicções, a atitude de uma pessoa, gera-se um mal-estar e uma inquietação que têm de ser resolvidos: ou se muda o sistema, ou se reinterpreta a informação que o contradiz, ou se reformulam as crenças.
A dissonância cognitiva é um sentimento desagradável que pode ocorrer quando uma pessoa apoia duas atitudes que se opõem. Por exemplo, uma pessoa gosta de fumar, mas sabe que isso lhe faz mal, está, então, perante uma dissonância cognitiva que lhe pode provocar angústia e inquietação. Para atenuar esta situação poderá:
Quanto mais fracas forem as razões para o comportamento divergente, maior é o sentimento de dissonância e maior a motivação para se modificar a atitude. Quando nos comportamos de forma indecisa em relação a alguma das nossas atitudes, poderemos mudá-la para ultrapassar os sentimentos negativos da dissonância.
A palavra representação, antes de ser aplicada à psicologia referia-se, fundamentalmente, a uma imitação mental, interiorizada, da percepção. É através da representação que somos capazes de associar a palavra “cadeira” a uma imagem constituída por quatro patas, um assento e um encosto.
As Representações Sociais têm em Serge Moscovici a sua primeira base teórica, através da obra - A Psicanálise, a sua imagem e o seu público - em que analisa a forma como esta teoria sobre o psiquismo humano tinha sido apropriada pelo publico em geral através de artigos publicados na década anterior. O objectivo da Teoria das Representações Sociais é explicar os fenómenos do homem a partir de uma perspectiva colectiva, sem perder de vista a individualidade. A Psicanálise é um procedimento para a investigação de processos mentais, que são quase inacessíveis por qualquer outro modo.
Podemos definir as representações sociais como o conjunto das explicações, das crenças e das ideias que são partilhadas e aceites colectivamente numa determinada sociedade.
As representações sociais correspondem a um conhecimento que se distingue do conhecimento científico. É elaborado a partir de modelos culturais e sociais, tendo como uma das suas finalidades tornar familiar algo não - familiar, isto é, uma alternativa de classificação, categorização e nomeação de novos acontecimentos e ideais, com as quais não tínhamos contacto anteriormente, possibilitando, assim, a compreensão e manipulação destes a partir de ideais, valores e teorias já preexistentes e internalizadas por nós e amplamente aceitas pela sociedade.
"As representações que nós fabricamos – duma teoria científica, de uma nação, de um objecto, etc. – são sempre o resultado de um esforço constante de tornar e real algo que é incomum (não -familiar), ou que nos dá um sentimento de não -familiaridade. É através delas que nós superamos o problema e o integramos em nosso mundo mental e físico, que é, com isso, enriquecido e transformado. Depois de uma série de ajustamentos, o que estava longe, parece ao alcance de nossa mão; o que era abstracto torna-se concreto e quase normal (...) as imagens e ideias com as quais nós compreendemos o não -usual apenas trazem-nos de volta ao que nós já conhecíamos e com o qual já estávamos familiarizados."
(Moscovici, 2007,p.58)
Temos como exemplo a representação social da mulher contemporânea que para além de mãe, desenvolve uma actividade profissional fora de casa. Esta representação social da mulher seria impensável no inicio do século XX. As representações sociais correspondem a determinadas épocas.
Sobre a origem e o funcionamento das representações sociais Moscovici identificou dois processos: objectivação e ancoragem. Estes processos estão intrinsecamente ligados um ou outro e são modelados por factores sociais.
A objectivação diz respeito à forma como se organizam os elementos constituintes da representação e ao percurso através do qual tais elementos adquirem materialidade, isto é, o processo através do qual as representações complexas e abstractas se tornam simples e concretas. Este processo de envolve três etapas:
Construção selectiva - processo de selecção e reorganização dos elementos da representação. Este não é neutro ou aleatório, dependendo das normas e dos valores grupais;
Esquematização figurativa - corresponde à organização dos elementos. Moscovici recorre aos conceitos de esquema e nó figurativo para evocar o facto dos elementos da representação estabelecerem entre si um padrão de relações estruturadas;
Naturalização - Os conceitos retidos no nó figurativo e as respectivas relações constituem-se como categorias naturais, adquirindo materialidade. Isto é, os conceitos tornam-se equivalentes à realidade e o abstracto torna-se concreto através da sua expressão em imagens e metáforas.
A ancoragem diz respeito ao enraizamento, à assimilação das imagens criadas pela objectivação na mentalidade colectiva. Serve à instrumentalização do saber, conferindo-lhe um valor funcional para a interpretação e a gestão do ambiente. As novas representações juntam se às anteriores de modo a formar, o que alguns autores designam por “universo de opiniões “.
As várias funções das representações sociais podem reportar-se, essencialmente, a quatro:
Função de saber – servem para os indivíduos, explicarem, compreenderem e desenvolverem acções concretas sobre o real;
Função de orientações – prescrevem pratica na medida em que precedem o desenvolvimento de uma acção;
Função identitária - as representações sociais permitem ao individuo construir uma identidade social, posicionando-se em relação aos outros grupos sociais de pertença ou não pertença. As representações sociais permitem distinguir o grupo que as produz dos outros grupos;
Funções de justificação - as representações sociais permitem aos indivíduos explicarem e justificarem as suas opiniões e os seus comportamentos.
As representações sociais estão, muito marcadas pela cultura. A cada época, a cada sociedade correspondem representações sociais próprias, como o caso da representação social das mulheres que tem vindo a modificar e a actualizar-se ao longos dos tempos. A ideia da mulher que fica em casa a tratar dos filhos foi transformada por uma mulher empreendedora que pretende atingir o sucesso a nível profissional. Existem também outros exemplos como a relação entre pais e filhos, a representação da adolescência e da velhice, do que consideramos correcto e aceitável.
A nossa vida é feita em sociedade, isto é, estamos integrados em vários e diferentes grupos sociais, tais como a escola, os amigos, a família. É nestes grupos que fazemos as nossas aprendizagens sociais. Então, pelo processo de socialização integramos normas, valores, atitudes, comportamentos considerados desejáveis, correctos na sociedade em que nos inserimos. Deste modo, pode-se concluir que todas as pessoas que vivem em sociedade, quer queiram quer não, ou mesmo que não estejam conscientes disso, influenciam e são influenciadas pelas outras. À influência mútua que os membros de um grupo exercem entre si, designa-se de interacção grupal.
Custa-nos aceitar que os nossos comportamentos e pensamentos sejam tão influenciados pelos grupos ou situações. Podemos dizer que o nosso comportamento foi influenciado quando este se altera na presença de outrem, referindo-se designadamente ao facto de os indivíduos muitas vezes se conformarem às ideias partilhadas pela maior parte dos elementos de um grupo.
Recorrendo à definição de influência segundo o psicólogo social W. Doise, “a influência é um conjunto de processos que modificam as percepções, juízos, atitudes ou comportamentos de um indivíduo a partir do conhecimento das percepções, juízos e atitudes dos outros”. Ou, segundo Secord e Backman, esta ocorre quando “as acções de uma pessoa são condição para as acções de outra”. Isto significa que influência social é um processo pelo qual as pessoas afectam os pensamentos, os sentimentos, as emoções e os comportamentos pessoais, podendo ou não ser um processo intencional ou deliberado.
Existem vários processos de influência entre indivíduos, pelo que a sua análise nos permitirá compreender o seu efeito no comportamento. São estes a normalização, o conformismo, e a obediência.
Através de estudo dos padrões culturais no comportamento individual, pudemos compreender a importância que o meio social tem no modo como percepcionamos o mundo, como o interpretamos e como reagimos a situações que encaramos. Assim, através da socialização, integramos um conjunto de regras, normas vigentes na sociedade que regulam os nossos comportamentos.
As normas são regras sociais básicas que estabelecem o que as pessoas podem ou não podem fazer em determinadas situações, e implicam o seu cumprimento. As normas são uma expressão da influência social, que afectam as nossas acções e comportamentos sem nos apercebermos, ou seja, orientam o nosso comportamento. Como os comportamentos, num grupo social, são uniformizados as normas permitem prever o comportamento dos outros. Como tal, são elementos de coesão grupal que facilitam a adaptação ao meio social e asseguram uma identidade.
Na ausência de normas explicitas, os indivíduos que constituem um grupo tentam elaborá-las influenciando-se uns aos outros – normalização. A ausência de normas é geradora de desorientação e angústia nos membros desse grupo. A vida em sociedade seria impossível se não existissem normas, uma vez que as interacções sociais seriam imprevisíveis, já que é através delas que asseguramos a estabilidade do nosso viver social.
Em suma, as normas:
A vida social exige o cumprimento das normas que lhe correspondem, pelo que a sua não aceitação ou desvio leva a sanções, que pode ter como extremos um olhar reprovador a castigos. Alguns exemplos que nos podem levar a uma melhor compreensão deste conceito são: a adesão a novas teorias, como o caso de Galileu Galilei que, ao apresentar e defender a teoria heliocêntrica, acabou condenado pela igreja; o modo de vestir ser completamente diferente do habitual; etc.
No texto seguinte de Edgar Morin, é esclarecido o conceito de normalização:
"A normalização, portanto, com o seus subaspectos de conformismo, exerce uma prevenção contra o desvio e elimina-o quando ele se manifesta. Ela mantém impõe a norma sobre o que é importante, válido, inadmissível, verdadeiro, erróneo, imbecil, perverso. Indica os limites que não podem ser ultrapassados, as palavras que não devem ser ditas, os conceitos que devem ser desdenhados, as teorias a pôr de lado."
O conformismo é uma forma de influência social que consiste na mudança de comportamento ou de atitude, por parte de uma pessoa, devido ao efeito de pressão do grupo social. Por outras palavras, é um processo de adaptação de juízos ou normas, pré-existentes no sujeito, às normas de outro indivíduo ou grupo de indivíduos, como consequência de pressão real ou simbólica por eles exercida. Assim, os indivíduos cedem a essa pressão devido ao desejo de permanecerem integrados, não excluídos do grupo.
Solomon Asch, realizou uma experiência célebre, que teve como objectivo conhecer o modo como as pessoas se influenciavam umas às outras. Iremos, de seguida, explicar essa experiência.
A experiência de Asch
Pergunta: Qual das linhas numeradas é igual à linha padrão?
1º Os indivíduos estavam isolados Þ o erro foi quase nulo;
2º Agruparam-se oito indivíduos, em que os restantes sete tinham sido instruídos, pelo investigador, no sentido de dar uma resposta incorrecta (linha 1 ou 3). Cada um dos sujeitos dá a avaliação em voz alta, e antes do sujeito ingénuo. Deste modo, ele encontra-se numa posição minoritária e, apesar de não existir qualquer pressão explícita por parte do grupo, este chega a cometer erros que atingem os 5 cm.
Como resultados, o polaco obteve que apenas 30% dos sujeitos experimentais não se conformaram à pressão implícita pelo grupo, ou seja, um terço dos sujeitos mantiveram-se independentes. Este resultado leva ao levantamento da questão de quais são os factores que explicam o conformismo. Passaremos a referir alguns:
A unanimidade do grupo - o conformismo é tanto maior quanto maior for a unanimidade do grupo. Basta que num grupo um dos indivíduos partilhe uma opinião diferente para os efeitos do conformismo serem menores. Por exemplo, na leitura de um livro por um conjunto de indivíduos: caso não tenhamos gostado, ao contrário dos restantes, e um desses colegas também não tenha gostado e tenha partilhado essa opinião, irá fazer com que nos sintamos mais à vontade para partilhar a nossa opinião.
A natureza da resposta - o conformismo aumenta quando a resposta é dada publicamente, ou seja, a opinião minoritária é mais facilmente revelada quando a privacidade é assegurada. É este factor que justifica o recurso ao voto secreto, de modo a ser assegurada a liberdade e a independência na manifestação de uma escolha.
A ambiguidade da situação - a pressão do grupo aumenta quando não estamos certos do que é correcto. Por isso, é maior o conformismo quando as tarefas ou as questões são ambíguas. Nestes casos, e quando estamos num contexto que não dominamos gera-se a dúvida e a insegurança, o que facilita o comportamento conformista.
A importância do grupo - o conformismo será maior de acordo com o grau de atractividade do grupo. A necessidade de pertença ao grupo implica ao indivíduo a adopção dos comportamentos, normas e valores que caracterizam o grupo.
A auto-estima - de acordo com o nível de auto-estima, as pessoas serão mais ou menos independentes. Assim, pessoas com baixa auto-estima confiam menos nos seus juízos e opiniões, tendendo a adoptar os comportamentos e atitudes do grupo onde se inserem.
As razões que levam uma pessoa a conformar-se são as mesmas que a levam a fazer parte de grupos, sendo essas a necessidade ser aceite, de interagir com os outros, e de o fazer de forma a terem sentido. Contudo, por vezes, o conformismo pode levar a consequências muito negativas. É isto que vamos abordar em seguida.
O pensamento de um grupo, ou pensamento grupal, é um tipo de pensamento que ocorre quando a motivação de um grupo para chegar ao consenso é tão forte que os elementos que o constituem perdem a capacidade crítica. Deste modo, é importante evocar algumas situações que favorecem a ocorrência de fenómenos da natureza descrita anteriormente:
A obediência consiste na tendência das pessoas para se submeterem e cumprirem normas e instruções definidas por outrem.
Explicaremos, então, uma importante experiência - a experiência de Milgram - de modo a uma melhor compreensão deste conceito.
Experiência de Milgram
Stanley Milgram pretendeu inquirir de que forma é que os indivíduos observados tendem a obedecer às autoridades, mesmo que estas contradigam o bom-senso individual. A experiência pretendia inicialmente explicar os crimes inumanos do tempo do Nazismo.
Mesmo vendo o sofrimento, a maioria dos voluntários continuava a obedecer às ordens, infligindo choques cada vez com maior voltagem. A intensidade máxima, 450 volts, significaria hipoteticamente matar a outra pessoa. Foram 65% dos indivíduos que obedeceram às ordens até ao fim, dando o choque pretensamente fatal.
Quando, após a experiência, os indivíduos instigados a dar choques foram entrevistados, afirmaram que não tiveram escolha, que obedeciam a ordens, e que o responsável era o experimentador.
Este, entre outros estudos, indicam que a obediência acontece quando as pessoas não se sentem responsáveis pelas acções que levam a cabo, visto estarem sob ordens de uma autoridade, e assim, consideram que a responsabilidade recaí sobre essa mesma figura. Para além disso, as pessoas são influenciadas a comportarem-se de determinada forma através da aceitação de ordens. Podemos concluir que toda a nossa vida social se baseia na obediência a ordens, sejam estas da parte da família, amigos, entidade patronal, etc.
A experiência de Milgram levou os investigadores a averiguarem quais as condições que favorecem o comportamento obediente. Vemos, então, prosseguir ao levantamento desses factores:
A proximidade com a figura de autoridade - a obediência aumenta com a proximidade da figura de autoridade. [Na experiência, se as instruções fossem dadas pelo telefone a obediência baixa 20,5%.]
A legitimidade da figura de autoridade - a obediência é tanto maior quanto mais reconhecida for a autoridade, isto é, está de acordo com o estatuto da autoridade. [O reconhecimento de sinais de autoridade, como a bata de investigador, a farda e as insígnias da autoridade policial, aumenta a aobediência.]
A proximidade da vítima - aqui, o nível obediência depende do contacto com a vítima. No caso da experiência, quando não havia qualquer contacto visual ou auditivo, 100% dos participantes atingiam a voltagem máxima. Pelo contrário, se a vítima fosse vista e tocada pelos sujeitos testados, a percentagem descia para 30 a 40%.
A pressão do grupo - Numa segunda fase, Milgram agrupou sujeitos para a realização das descargas, sendo o grupo constituído por duas pessoas que se recusavam a obedecer. Assim, só 10% dos participantes infligiam descargas de valor máximo; a maioria recusava-se a ultrapassar metade da escala. Assistiu-se, então, à anulação do efeito de autoridade pelo efeito do grupo.
Concluindo com Milgram: "A essência da obediência é que uma pessoa passa a ver-se como o instrumento para executar os desejos de outra pessoa e, portanto, não se considera responsável pelas suas acções."
Como estudámos anteriormente, mais concretamente com o conformismo, as sociedades em geral, os grupos sociais, tendem a respeitar as mesmas normas e regras. É esse respeito das normas que permite a manutenção da coesão dos grupos sociais. Caso isto não aconteça, a pessoa fica susceptível a censura social.
Contudo, ao se analisar a história da Humanidade podemos perceber que todas as revoluções científicas tiveram por base esse mesmo desvio das normas vigentes. Foi o inconformismo, para com as regras da sociedade, de variados homens que permitiu as grandes mudanças, e portanto, a evolução de toda a humanidade.
Pode-se definir inconformismo como a adopção de concepções, atitudes, e comportamentos que não respondem às expectativas do grupo. É mais frequente, a adopção desta nova atitude, em pessoas que a importância de se sentirem inseridas e aceites no grupo seja menor.
As pessoas que adoptam atitudes inconformistas são, frequentemente, objecto de crítica social, que pode ir desde o sarcasmo até à marginalização. São, como é de esperar, assumidas por minorias, mas são estas atitudes inconformistas que geram a mudança, e muitas vezes acabam por ser inseridos no sistema social. Portanto, a mudança social encerra a sua origem neste processo
Contrariamente a Asch, Moscovici pretendeu conhecer a influência da minoria, sendo esta geradora de inovação. Assim orientou uma experiência de modo a poder tirar algumas conclusões. Essa experiência consistiu:
Assim, através desta experiência, Moscovici pôde concluir que a consistência das respostas da minoria é condição de influência sobre a maioria, talvez porque intensifica o conflito com a maioria. Por isso, para que a minoria seja actuante deve ser coerente e consistente nas respostas e nos comportamentos. Contudo, este processo é, também, afectado pela forma como os alvos de influência interpretam o comportamento da minoria.
Pode-se falar de inovação quando o processo de influência social é promovido por uma minoria que visa a mudanças das normas e regras sociais de um dado grupo. Então, a minoria tenta alterar, mudar o sistema dominante da maioria. É importante perceber que a inovação consiste, não no desrespeito das normas, mas na proposta de normas alternativas. Este processo apenas ocorre quando há conflito no interior do grupo, de modo a que seja necessário arranjar um novo consenso, e assim a evolução para novas regras de grupo.
Portanto, tem de se ter em conta algumas condições, para que a minoria possa ter efeito sobre a maioria, tais como: as suas posições devem traduzir-se de forma clara, devem ser consistentes e firmemente sustentadas, apesar das pressões da maioria. Assim, ao mostrar confiança e segura de si, ao longo do tempo, as suas posições irão ser mais tidas em conta.
Os cúmplices afirmaram que os slides tinham todos cor verde.
Os cúmplices designaram 24 slides verdes, e os restantes 12 de azuis.
Não houve cúmplices.
Com o decorrer do estudo do tema das Relações Interpessoais, fomo-nos capacitando a responder às perguntas colocadas no início do trabalho. Uma delas remetia para a forma como pensávamos os outros. Esta resposta passa por várias etapas. O homem é um ser que tende a projectar uma imagem favorável em relação a si. Assim, analisa os outros consoante a imagem que tem de si próprio, fazendo comparações. Para além disso, o modo como pensamos os outros está interligado às primeiras impressões que construímos deles, isto é, a primeira imagem, ideia. Esta primeira ideia é muito marcada pela emoção que caracterizou o primeiro contacto, e irá permanecer no nosso julgamento dos outros, daí a diante. Outro factor não menos importante é a caracterização anterior da pessoa, que resulta, muitas das vezes, do que nos é transmitido por outros indivíduos acerca dela. Deste modo, podemos verificar que a forma como pensamos os outros, a informação que nós fixámos pode, por vezes, estar pouco correcta, visto que é condicionada por vários factores de que não estamos conscientes e que, desse modo, não podemos eliminar. São esse factores as impressões, também elas condicionadas por outros factores como o nosso estado espiritual, o ambiente, etc.; as expectativas, caso se tornem ou não realidade; e a informação prévia que temos delas.
Outra questão relevante está relacionada com o modo de influenciarmos e sermos influenciados pelos outros. A influência social, ou seja, a modificação de comportamentos, atitudes, pensamentos, etc., ocorre devido à interacção grupal. Esta interacção corresponde à influência mútua exercida pelos membros do grupo social, sendo a maneira de podermos influenciar e ser influenciados. Isto acontece porque, intencionalmente ou não, é exercida uma pressão entre os membros do grupo que resulta em algumas mudanças de comportamentos, atitudes, emoções, pensamentos, sentimentos, desses mesmos membros.
"O que nos leva a aceitar a opinião dos outros?”, é mais uma das perguntas que pretendemos esclarecer. No contexto da normalização pudemos compreender o conceito de norma. As normas correspondem às regras básicas que estabelecem o politicamente correcto em determinada sociedade. Deste modo, as normas têm o papel de orientar o nosso comportamento. O cumprimento e o respeito destas normas é vital para o bom funcionamento do grupo e das suas relações. Desta forma, surge o conformismo, isto é, a aceitação das normas vigentes do grupo, de modo a manter uma relação saudável entre os seus representantes. Aliás, é a necessidade de interacção, de pertença a um grupo que leva as pessoas a se conformarem a determinados comportamentos, opiniões, partilhadas pelo grupo. Assim, o medo de exclusão e a vontade de integração levam as pessoas a ignorarem as suas ideias e opiniões, optando por concordar com as ideias subjacentes à maioria.
Por fim, a última pergunta diz respeito aos aspectos positivos do conformismo e da obediência. No decurso dos temas do conformismo e da obediência constatámos que, pessoas que se conformam e obedecem sem restrições, não revela muitos pontos positivos no nosso ponto de vista.
Em alguns momentos, é melhor conformarmo-nos com certas situações de modo a não sairmos prejudicados, como por exemplo no emprego. Contudo, devemos mostrar a nossa opinião, tentando chegar a um consenso, a uma conclusão mais correcta.
Em relação à obediência, devemos ter em conta o estatuto da autoridade. No entanto, não é compreensível que sejam ignorados os nossos valores morais, para que obedeçamos cegamente ao que nos é pedido.
Assim, tanto o conformismo como a obediência têm de ser tidas em atenção, mas com conta e medida.
Constatamos, por fim, que este tema trata de realidades muito complexas, tal como era de esperar, mas que são importantes para a melhor compreensão dos outros, do mundo, e principalmente de nós próprios.
. MONTEIRO, Manuela Matos, Ser humano, 1ª Parte, Porto, Porto Editora, 2010
. http://joanapsicologia12.blogspot.com/2010/03/relacoes-interpessoais.html
. http://eloyvieira.blogspot.com/2010/05/reprodutibilidade-tecnica-das-relacoes.html
. http://psicologiaefilosofia.no.sapo.pt/docs-ps6.html check
. http://joanapsicologia12.blogspot.com/2010/03/relacoes-interpessoais.html
. http://joanapsicologia12.blogspot.com/2010/03/relacoes-interpessoais.html
. http://empreendedorismohoje.blogspot.com/2008/03/relaes-interpessoais.html
. http://geniferre.blogspot.com/2011/03/plano-de-ensino-4-ano-2011.html
. http://revisitaraeducacao.blogspot.com/2007/11/dimenso-pessoal-e-profissional-de_07.html
. http://joanapsicologia12.blogspot.com/2010/03/influencia-social.html
. http://psicologiaexperimental.blogs.sapo.pt/2388.html
. http://psicologiaexperimental.blogs.sapo.pt/2059.html