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Alexandra Faria

Escola

Escola Secundária Domingos Rebelo

Relações Precoces

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Resumo do trabalho

Trabalho escolar sobre as relações humanas precoces no bebé, realizado no âmbito da disciplina de Psicologia (12º ano).


É o desenvolvimento social que capacita o indivíduo para se relacionar afectiva e socialmente com os outros, isto é, para interagir; - É sabido ainda, que existe uma necessidade primária de laços afectivos.

A sensação de estarmos seguros, porque a outro estamos afectivamente ligados, tem sido amplamente investigada nas últimas décadas, e descrita como o alicerce para um desenvolvimento saudável.

A primeira teoria consistente acerca da vinculação precoce é proposta por John Bowlby. Para este psicanalista, a necessidade de vinculação, ou seja, a necessidade de estabelecimento de contacto e de laços emocionais entre o bebé e a mãe, e/ou outras pessoas próximas, é um fenómeno biologicamente determinado. A necessidade de vinculação não é fruto da aprendizagem, mas uma necessidade básica do mesmo tipo que a alimentação e a sexualidade.

A necessidade inata de estabelecer laços não é exclusivamente do ser humano. Sabemos hoje que muitas espécies demonstram comportamentos paternais e que as crias se encontram instintivamente programadas para seguir, tocar, chamar e esconder-se atrás das mães.

Ligada ao conceito de vinculação, temos as figuras de vinculação, e temos como exemplo, a mãe o pai, irmãos mais velhos, avós e até mesmo educadoras… É sabido que as crianças estabelecem hierarquias de preferência entre estas figuras. A existência e diversidade de figuras de vinculação facilita a aprendizagem da criança por observação, constitui, portanto, um enriquecimento e um factor de segurança. No entanto, é necessário que haja qualidade da relação de vinculação, isto é, a relação deve ser contínua e as figuras de vinculação deverão estar disponíveis adaptando-se aos ritmos e necessidades afectivas da criança (carícias, compreensão, comunicação, companhia e atenção). A relação de vinculação é uma construção progressiva: a aptidão inata é modelada no decorrer da interacção com o meio social.

O comportamento (reacção observável) de vinculação destina-se a favorecer a proximidade e informa a mãe do desejo de interacção do bebé. Exemplos: (além desses: agarrar, gatinhar)

CHORO: constitui um modo eficaz de atrair a atenção, em consequência de dor, fome, aborrecimento e/ou desconforto.

O choro provoca automaticamente nos adultos reacções de preocupação, de responsabilidade e de culpa: força-os a reagir, a tentar perceber e interpretar a razão do choro da criança.

SORRISO: aparece prematuramente.

6-12 semanas: primeiros sorrisos activos e intencionais produto da comunicação entre o bebé e a figura de vinculação.

6 meses: o sorriso é um acto social dirigido a figuras preferenciais, é um sorriso social que o leva a não sorrir a estranhos.

VOCALIZAÇÕES: funcionam como estimulo para as vocalizações do adulto.

O bebé é apenas fisicamente indefeso.

-Choro, riso e vocalizações dirigidos ás pessoas que dele cuidam mostram que a criança é social desde muito precoce.

Em síntese: A vinculação é, assim, na perspectiva das relações precoces, o laço afectivo que se estabelece entre a criança e uma figura de vinculação. Une a criança e o adulto num determinado espaço e perdura no tempo (relação de vinculação) Expressa-se através da necessidade inata de manter a proximidade (comportamento de vinculação). Permite a construção da sensação de conforto e de segurança, sendo, portanto, essencial ao desenvolvimento pessoal e social do individuo.

Para o bebé acabado de nascer, a vinculação não é automática, é consequência de um processo de aprendizagem (depende não só de mecanismos inatos, mas também da qualidade de interacção com as figuras de vinculação.)

Será necessário aprender a amar? Claro que sim. Actualmente é sabido que os recém-nascidos são indivíduos activos, que desde os primeiros dias de vida são capazes de descriminar e de reconhecer os rostos, as vozes e o odor dos que dele cuidam, respondendo aos estímulos com emoção. A relação com o mundo circundante é, porem muito anterior ao nascimento.

Ao longo de toda a gravidez, a mãe interage com o bebé, ao mesmo tempo que aprende a conhecer as respostas da criança.

Os fetos aprendem com o seu meio ambiente, comunicam e partilham experiências com a mãe. Os 9 meses de vida intra-uterina preparam o bebé para o meio específico em que vai entrar a partir do nascimento. Desde o primeiro momento, a comunicação entre um bebé e os pais é crucial para o seu desenvolvimento. Os recém-nascidos parecem estar dotados de mecanismos inatos que lhes permitem desenvolver laços, relacionar-se com o mundo envolvente e estabelecer vínculos.

Tem sido estudada a atracção que o bebé exerce sobre as pessoas. Esta atracção parece dever-se a características como: testa alta, olhos grandes, nariz pequeno, bochechas e uma gordura em todo o corpo que lhe dá um aspecto rechonchudo.



235 Visualizações 04/01/2020