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Resumo dos Capítulos I ao XIII do livro «Sexta Feira ou Vida Selvagem», realizado no âmbito da disciplina de Português (10º ano)...
Ao fim da tarde de 1759, Robinson viajava a bordo do Virgínia com o objectivo de organizar trocas comercias entre o seu país e o Chile. À noite, uma tempestade instalou-se na zona em que viajava. O navio não suportou os abalos e naufragou.
Robinson foi o único sobrevivente do naufrágio. Quando acordou encontrava-se numa ilha deserta. O primeiro sinal de vida que encontrou foi um bode selvagem que ficou imóvel logo que o viu. Robinson, com medo que este o atacasse, deu-lhe uma forte mocada entre os chavelhos, matando-o. O resto do dia, dedicou-o a explorar a ilha.
Na manhã seguinte, Robinson estava muito bem-disposto para a situação. Achava a ilha bastante acolhedora. Fez uma fogueira e pôs a assar um bocado de carne de bode. Resolveu manter a fogueira acesa para que algum navio que ali passasse, o visse. Devido a essa esperança achou que não era necessário salvar as armas, utensílios e provisões que se encontravam nos destroços do navio. Alimentava-se de tudo o que conseguia encontrar como ovos de algumas aves e frutos.
Cansado de esperar, Robinson decidiu construir um barco que o pudesse levar da ilha. Para além disso transportou vários mantimentos e explosivos do Virgínia, acção que demorou bastantes dias. No dia seguinte, começou a construir a sua nova embarcação a que chamou Evasão.
Robinson sentiu algumas dificuldades em construí-lo, pois fazia-lhe muita falta uma serra. Fabricava alguns dos materiais que precisava com produtos naturais e, pouco a pouco o Evasão ficou concluído. Só no final é que Robinson verificou que não era capaz de levá-lo para a praia. Fez algumas tentativas como cavar uma vala até à mesma, mas todas elas foram infrutíferas. Acabou por renunciar à ideia.
Desencorajado pelo fracasso do Evasão, Robinson começou a seguir os hábitos de uma manada de pecaris. Despia-se e passava os dias inteiros enfiado na lama. Este hábito começou a perturbar-lhe o espírito e tinha várias alucinações. Uma delas foi a visão de um navio que, pensava ele, viria na sua direcção. Mas nenhum dos tripulantes o via. Robinson passou o resto da noite na praia. Reparou que numa das janelas estava uma rapariga. Era a sua irmã Lucy, que morrera antes da sua partida. Descobriu, então, que o navio era uma alucinação provocada pelos banhos de lama e decidiu que não voltaria a cair nesta tentação.
Durante as semanas seguintes Robinson explorou toda a ilha e encontrou no Virgínia livros com as páginas em branco, pois a água apagara as palavras. Utilizou-as e à tinta de um peixe-ouriço para escrever o seu diário. Cultivava cereais e prendia cabritos e outros animais para extrair leite. Pouco tempo depois começou a construir uma verdadeira casa em vez da sua gruta e um relógio de água: clepsidra.
Para não perder ainda mais a noção do tempo, Robinson resolveu criar um calendário. Ao milésimo dia do calendário local, deu leis à ilha Speranza, as quais se prontificou a cumprir rigorosamente. Fez um intervalo e viu uma nuvem de fumo. Eram índios da costa do Chile e Robinson observou os seus movimentos na praia através do óculo. Assistiu, horrorizado, à punição de um deles. Durante os meses seguintes, construiu uma fortaleza, defendida por um fosso, à volta da gruta.
Passado algum tempo, deparou-se com uma infestação de ratos. Existiam duas raças: uma que já vivia na ilha e outra que veio do navio. Para acabar com eles Robinson espalhou trigo pela pradaria e, à noite, quando os ratos o foram buscar, a raça que provinha do Virgínia foi dizimada pela outra.
Um dia, ao tirar um dos baús do Virgínia, descobriu um espelho e pôde voltar a ver a sua imagem. Não mudara muito mas tinha um ar sério que não lhe agradou. Já não conseguia sorrir. Foi então que olhou para baixo e viu que Tenn estava a sorrir-lhe (à sua maneira, claro!). A partir desse momento, todos os dias, Robinson interrompia o trabalho que estava a fazer e tentava sorrir, olhando para Tenn. Aos poucos, acabou por conseguir.
Robinson não parava de organizar e civilizar a sua ilha. Preocupava-se em cumprir todas as suas obrigações. Às vezes fartava-se de todos esses trabalhos mas logo se lembrava dos perigos da ociosidade da lama.
Robinson guardava tudo o que possuía na gruta, mas não a conhecia toda. Resolveu-se, certo dia, a explorá-la até o mais fundo que conseguisse. Depois de vinte e quatro horas adormeceu numa espécie de nicho já bem abaixo da entrada da gruta e foi pensando na mãe e no pai. Pouco depois compreendeu que tinha que sair do buraco para não ficar lá para sempre. Conseguiu voltar para cima, onde Tenn o esperava impacientemente.
Nos tempos que se seguiram, Robinson desceu muitas vezes à cavidade da gruta, onde se sentia bem. Uma dessas vezes podia ter morrido pois ficou lá muito tempo e, por essa razão, escreveu na areia da praia quatro frases que tinha lido num almanaque.
Passado algum tempo, reparou que os índios (que já não via há muitos meses) voltavam à ilha e escondeu-se na fortaleza. Desta vez, o índio considerado culpado escapou ao sacrifício e fugiu em direcção a Robinson. Ao chegar ao pé dele inclinou-se em sinal de submissão.