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Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio - Análise do Poema - NotaPositiva

O teu país

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Clara Rodrigues

Escola

Colégio de São Gonçalo - Penafiel

Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio – Análise do Poema

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Resumo do trabalho

Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio" de Fernando Pessoa, realizado no âmbito da disciplina de Português (12º ano de escolaridade)...


Análise do Poema

"Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"

.

Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.

Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos

Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.

(Enlacemos as mãos.)

.

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida

Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,

Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,

Mais longe que os deuses.

.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.

Quer gozemos, quer nao gozemos, passamos como o rio.

Mais vale saber passar silenciosamente

E sem desassossegos grandes.

.

Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,

Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,

Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,

E sempre iria ter ao mar.

.

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,

Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,

Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro

Ouvindo correr o rio e vendo-o.

.

Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as

No colo, e que o seu perfume suavize o momento -

Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,

Pagãos inocentes da decadência.

.

Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-as de mim depois

Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,

Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos

Nem fomos mais do que crianças.

.

E se antes do que eu levares o o'bolo ao barqueiro sombrio,

Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.

Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim - à beira-rio,

Pagã triste e com flores no regaço.

.

Reflexão:

1ª Estrofe

  • Convite à fruição amorosa serena, uma vez que a vida é breve.

2ª Estrofe

  • Consciência da efemeridade da vida, da impossibilidade de voltar a vive-la, uma vez que o “fado” tudo controla.

3ª Estrofe

  • Desenlace amoroso, pois é preciso evitar os grandes desassossegos para evitar a dor.

4ª Estrofe

  • È necessário evitar todos os desassossegos que podem trazer a dor.

5ª Estrofe

  • Convite á fruição amorosa tranquila, espiritual, evitando os excessos de amor físico.

6ª Estrofe

  • Valorização do “carpe diem”, colhendo o “perfume” do momento evitando o conhecimento das coisas.

7 e 8 Estrofes

  • Conclusão do poema e justificação para o modelo de vivência amorosa defendido pelo poeta: se um deles morrer antes o outro não terá que sofrer por isso, uma vez que viveram um amor inocente, sem excessos.

.

O sujeito neste poema propõe a Lídia uma relação tranquila, contida, sem envolvimento nem paixão, como única forma de evitar o sofrimento provocado pela separação que a morte de um deles poderia trazer.

No poema, são notórios os conceitos de epicurismo e estoicismo, aqui fundidos: se a vida passa e não se pode evitar a morte, é preciso, por um lado, aproveitar totalmente o presente (epicurismo) e, por outro lado vivê-lo com serena e disciplinada aceitação do destino (estoicismo).



321 Visualizações 15/10/2019