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Trabalho escolar sobre as teorias do Fixismo e do Evolucionismo, realizado no âmbito da disciplina de Biologia (11º ano).
Fixismo: admite que as espécies, desde o seu aparecimento, são imutáveis, ou seja, não sofrem modificações. Tem os seguintes ramos:
Evolucionismo: admite que as espécies não são imutáveis e que sofrem modificações ao longo do tempo, antes de Lamarck era também conhecido como transformismo
Lamarckismo: O meio é agente causador das modificações -> uma alteração do meio provoca nos seres vivos o aparecimento de novas características que lhes permitem a adaptação a esse ambiente; Lei do Uso e do Desuso; Lei da transmissão dos caracteres adquiridos.
Darwin era fixista e acreditava que cada espécie tinha sido criada para ocupar um determinado local. Logo, a fauna e a flora das ilhas deveriam ser semelhantes entre si, por se tratarem de ambientes semelhantes.
No entanto, constatou (numa viagem a bordo do navio Beagle) que as espécies de Cabo Verde (arquipélago) eram semelhantes às da Costa africana, mas diferentes das espécies das Galápagos (arquipélago).
A explicação encontrada por Darwin para esta situação foi a de que as espécies dessas ilhas eram mais parecidas com as do continente por partilharem um ancestral mais recente, logo as semelhanças seriam resultado de uma descendência comum.
Nas Galápagos, ao analisar tentilhões, Darwin apercebeu-se que estes eram diferentes de ilha para ilha. Mas apesar dessas diferenças apresentavam grandes semelhanças entre si. Também eram parecidos aos da costa americana.
Portanto deveriam ter uma origem comum. As condições existentes em cada ilha condicionariam, então, a evolução de uma espécie de tentilhão, conduzindo à diversidade observada.
Mas não o observou somente com os tentilhões. Também com as tartarugas se passava o mesmo.
Também a leitura da obra de Charles Lyell, mais especificamente, a Teoria do Uniformitarismo (princípio das causas actuais e gradualismo) influenciou Darwin: assim como acontecia com os fenómenos geológicos, também as espécies teriam evoluído lenta e gradualmente, modificando as características presentes nalgumas espécies. Os fósseis e fenómenos vulcânicos que Darwin tinha observado, contribuíram para a aceitação desta teoria por parte dele, assim como a idade da Terra estimada na altura (vários milhões de anos), que era considerada suficiente para permitir essa evolução lenta e gradual.
Num estudo demográfico de Thomas Malthus, tinha sido determinado que a população humana tinha a tendência de crescer geometricamente (progressão geométrica), ao passo que os recursos alimentares cresciam segundo uma progressão aritmética. No entanto os factores externos poderiam condicionar o crescimento da espécie.
Darwin transpôs esta teoria para os animais em geral. Assim admitia que apesar da tendência de crescimento das populações ser geométrica, na realidade isso não se verificava. Isto seria devido a uma série de factores exteriores: condições climáticas, escassez de alimento, competição, doenças, etc.
Darwin tinha verificado, por experiência própria, que a selecção artificial, recorrendo a cruzamentos controlados, permitia a selecção de determinadas características, ao seleccionar progenitores com as características pretendidas. Seria, então, mais provável que os descendentes também as apresentassem, o que se tornaria mais visível com o passar das gerações. Darwin transportou esse conceito de selecção para a Natureza, passando a chamá-la de selecção natural.
Assim, consoante os factores ambientais, vão sobrevivendo e reproduzindo-se os indivíduos com maior capacidade de sobrevivência naquelas condições, os mais aptos. No decorrer do tempo e das gerações, as modificações vão-se tornando mais visíveis, no contexto da população.
Foi com base nestes pressupostos que Darwin propôs uma teoria evolucionista.
Conceitos essenciais do Darwinismo: selecção natural, variabilidade intra-específica, luta pela sobrevivência, sobrevivência diferencial, reprodução diferencial.
O que Darwin não conseguiu explicar: porque existiam variações entre os indivíduos de uma determinada espécie e como eram transmitidas as características aos descendentes
à Fósseis de transição
Nota: O Homem pode, por vezes, intervir na evolução de determinadas espécies. Exemplos: apuramento de raças de animais e de plantas; OGM (organismos geneticamente modificados).