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Reprodução Assexuada - Dossier Temático - NotaPositiva

O teu país

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Patrícia Oliveira

Escola

Escola Secundária Eça de Queirós

Reprodução Assexuada – Dossier Temático

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Resumo do trabalho

Dossier temático muito completo sobre a reprodução assexuada, realizado no âmbito da disciplina de Biologia (11º ano).


DOSSIER TEMÁTICO

REPRODUÇÃO ASSEXUADA

Introdução

Actualmente sabe-se que a vida surge sempre de outra vida, não existindo organismos que surjam por geração espontânea, por mais simples que sejam. A evolução dos seres vivos e da continuidade da vida no planeta Terra é suportada por um processo fundamental dos seres vivos – a Reprodução. Permitindo a formação de novos indivíduos, assegura a perpetuação das espécies e, consequentemente, a continuidade da vida no nosso planeta.

A reprodução é um conjunto de processos através dos quais um ser vivo origina um ou mais seres semelhantes a si mesmo, ou seja, gera descendência. É através desta que o material genético é transmitido de geração em geração, umas vezes mantendo as características, outras produzindo algumas alterações.

A perpetuação das espécies depende da sua adaptação ao meio ambiente. Quando essa adaptação é perfeita, a reprodução deverá manter e perpetuar essas características. Porém, se, por alteração do meio, as condições deixarem de ser favoráveis, a sobrevivência das espécies estará dependente da sua capacidade de adaptação ao novo ambiente.

Para ultrapassar as incertezas do meio e assegurar a produção de novas gerações, a Natureza adoptou numerosas, e por vezes fantásticas, estratégias de reprodução, que globalmente se podem agrupar em dois processos básicos: reprodução assexuada e reprodução sexuada.

Reprodução

Reprodução: s.f. 1. acto ou efeito de reproduzir; 2. função (do grupo das funções da vida vegetativas) que permite aos seres vivos produzirem outros semelhantes, mantendo-se a espécie; 3. propagação; multiplicação; 4. renovação de partes mutiladas, em alguns animais; regeneração; 5. repetição; cópia; (de re + produção).

A Capacidade de produzir novos organismos é uma característica fundamental dos seres vivos. A reprodução assexuada não promove a variabilidade genética das populações, porém, assegura o rápido crescimento e a colonização de ambientes favoráveis.

Reprodução refere-se à função através da qual os seres vivos produzem descendentes, dando continuidade à sua espécie.

Todos os organismos vivos resultam da reprodução a partir de organismos vivos pré-existentes, ao contrário do postulado pela teoria da geração espontânea. Os métodos conhecidos de reprodução podem agrupar-se, genericamente, em dois tipos: reprodução assexuada e reprodução sexuada. No primeiro caso, um indivíduo reproduz-se sem que exista a necessidade de qualquer partilha de material genético entre organismos. A divisão de uma célula em duas é um exemplo comum, ainda que o processo não se limite a organismos unicelulares. A maior parte das plantas tem a capacidade de se reproduzir assexuadamente, tal como alguns animais (ainda que seja menos comum). A reprodução sexuada implica a partilha de material genético, geralmente providenciado por organismos da mesma espécie classificados geralmente de "macho" e "fêmea", como no caso dos seres humanos.

Reprodução Assexuada

A reprodução assexuada é um tipo de reprodução em que intervém um só progenitor, não havendo a participação de células reprodutoras ou gâmetas na formação dos novos indivíduos. Ocorre nos procariontes, na maioria dos seres vivos unicelulares eucariontes e em alguns organismos multicelulares, como, por exemplo, nas plantas, utilizando-se esta capacidade reprodutiva na agricultura. Entre os animais, um dos exemplos mais conhecidos é o da estrela-do-mar que, ao perder um dos braços, pode regenerar os restantes, formando-se uma nova estrela-do-mar do braço seleccionado. É um processo rápido onde a fecundação e a meiose estão ausentes e, consequentemente, não ocorre formação do zigoto. O aumento do número de indivíduos ocorre por mitoses sucessivas, mantendo-se constante o número de cromossomas. Os novos seres desenvolvem-se a partir de uma célula ou conjunto de células do progenitor, pelo que todos os indivíduos são geneticamente iguais, designando-se este agregado por clone, a sua produção é denominada de clonagem. Todos os membros de um clone são geneticamente iguais e provêm de um só progenitor, mas excepcionalmente podem surgir diferenças, quando por acaso ocorre uma alteração genética, denominando-se por mutação. A reprodução assexuada não contribui para a variabilidade genética, o que constitui uma desvantagem porque os seres vivos que apresentam este tipo de reprodução não se adaptam com facilidade a alterações ambientais.

A monotonia que se verifica na descendência é consequência do processo de divisão celular que está na base da reprodução assexuada - a mitose. Este processo celular permite a formação de duas células-filhas, com uma carga hereditária exactamente igual à da célula-mãe. Nos seres unicelulares, a mitose corresponde à própria reprodução; quando a célula se divide em duas, cada célula-filha será um novo indivíduo.

É ainda de referir que a mitose desempenha um papel de grande importância biológica no crescimento e desenvolvimento de seres pluricelulares, bem como na renovação tecidular. Nesta última, destaca-se a regeneração de tecidos que, nalguns organismos mais simples, pode significar a reconstrução de uma parte de um organismo ou mesmo o seu todo e, noutros organismos mais complexos, se expressa na cicatrização. Deste modo, a regeneração implica a ocorrência de divisão celular, crescimento e diferenciação.

Muito comum em plantas, nos animais multicelulares é mais comum em formas aquáticas flutuantes simples (esponjas, cnidários e tunicados), embora possa ocorrer em formas mais complexas como planárias, poliquetas e mesmo vertebrados. É, no entanto, a forma de reprodução principal em protistas.

A mitose, a base da reprodução assexuada, tem um importante papel na vida dos organismos.

Dado o rigor com que, na grande maioria dos casos, a duplicação do DNA de faz neste processo, a mitose permite:

Crescimento – um organismo aumenta o seu número de células através de mitoses sucessivas, onde o conteúdo nuclear se mantém inalterado;

Renovação – a substituição de células velhas ou danificadas permite a manutenção do corpo do organismo em condições óptimas;

Regeneração – substituição de órgãos ou partes de órgãos, como caudas de lagartixa ou braços de estrelas-do-mar.

Geralmente são os seres mais simples, unicelulares, que se reproduzem assexuadamente. No entanto, devido às grandes vantagens deste tipo de reprodução mesmo animais e plantas complexos podem utilizá-lo.

Reprodução Assexuada

Vantagens

Desvantagens

Processo rápido Diversidade praticamente nula, ou seja, não existe variabilidade genética
Envolve um pequeno gasto de energia Não favorece a evolução das espécies
Assegura a formação de clones Difícil adaptação dos novos indivíduos a diferentes meios
Todos os indivíduos podem originar descendentes
Reprodução efectuada sem intervenção de um segundo indivíduo
Não existe fecundação do óvulo
Um só indivíduo pode originar um maior número de descendentes.

Tabela 1 - vantagens e desvantagens da reprodução assexuada

No aumento populacional rápido – através de reprodução assexuada o aumento do número de descendentes pode, por vezes, ser exponencial, pois o investimento por parte do progenitor é muito baixo (não há busca de parceiro ou com a produção de gâmetas);

Na estabilidade genética – devido à produção de clones, um conjunto de características bem adaptadas ao meio, no momento, pode ser reproduzido sem risco de perda de grau de adaptação, tirando o máximo partido das condições favoráveis.

No entanto, esta estabilidade genética pode tornar-se uma armadilha mortal num meio em constante mudança, pelo que, na sua maioria, os organismos podem reproduzir-se sexuadamente, quando as condições assim o exijam.

Ciclo Celular

O ciclo celular é o processo pelo qual uma célula passa desde que nasce até que se divide. Este processo integra duas fases fundamentais – a interfase e a fase mitótica.

A interfase é a fase mais longa do ciclo celular e na qual as células se encontram a maior parte do tempo. Esta fase integra três sub-fases: fase G1, S e G2.

A fase mitótica é a fase do ciclo celular onde ocorre duas divisões, a divisão do núcleo – mitose -  e do citoplasma – citocinese. A mitose integra 4 subfases: profase, metafase, anafase e telofase.

Ilustração 1: Esquema do ciclo celular. I – Interfase , M – Mitose.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitose

Estratégias de Reprodução Assexuada

Partenogénese

Partenogénese, do grego parthenos que significa virgem, é um tipo de reprodução que simula a sexuada, mas que se inclui na categoria de reprodução assexuada. Embora implique a intervenção de um gâmeta feminino, não é considerada sexuada, pois não há a fertilização de gâmetas, mas sim a divisão por mitoses sucessivas de um só gâmeta, ou seja, dá-se o desenvolvimento de um indivíduo a partir de um óvulo não fecundado.

Este tipo de reprodução ocorre naturalmente em plantas agamospérmicas, invertebrados (pulgas de água, afídeos, abelhas) e alguns vertebrados ( lagartos, salamandras, peixes e até mesmo em perus). A partenogénese é uma estratégia reprodutora alternativa para alguns seres que se reproduzem sexuadamente, quando na população não existem machos da mesma espécie ou por pressão ambiental. Os organismos que se reproduzem por este método estão geralmente associados a ambientes isolados como ilhas oceânicas.

Na sociedade das abelhas ocorre um facto curioso: tanto os óvulos fecundados como os não fecundados podem originar novos indivíduos.

As rainhas e as operárias resultam do desenvolvimento de óvulos fecundados, sendo, portanto, diplóides. A diferenciação entre elas é estabelecida pelo tipo de alimento fornecido às formas larvais:

  • as larvas que originam operárias são nutridas com mel e pólen;
  • as larvas que originam rainhas recebem geléia real como alimento.

Os zangões, cujas larvas são nutridas com pólen e mel, são haplóides, uma vez que resultam do desenvolvimento de óvulos não fecundados. Os zangões, originando-se de óvulos fecundados, herdam todos os genes que possuem da “mãe”(Rainha), uma vez que não têm “pai”.

Ilustração 2: Diferença dos tamanhos na sociedade das abelhas.

http://www.sobiologia.com.br/figuras/Genetica/partenogenese.gif

Bipartição

Este tipo de reprodução ocorre em seres vivos unicelulares, como os protozoários, e também em muitos invertebrados, como as anémonas.

A bipartição, também denominada cissiparidade, divisão simples ou divisão binária, consiste na separação de um organismo em dois indivíduos de tamanho semelhante, que crescem e atingem as dimensões do progenitor.

A paramécia é um ser vivo que pertence ao Reino Protista que sofre este tipo de reprodução. É um ser unicelular com dimensões entre os 50 e os 300 micra. Devido à sua pequeníssima estrutura, que varia de espécie para espécie, este ser habita em locais húmidos, como águas doces e poças de água suja, que facilitam a sua reprodução.

Ilustração 3: Bipartição em paramécias.

http://www.esec-odivelas.rcts.pt/BioGeo/ficha_reprod.htm

As bactérias têm uma estrutura simples (A). O seu processo de reprodução é, então, menos complexo. O DNA começa por colar-se a uma invaginação da membrana plasmática e duplica-se (B). O novo filamento encontra-se noutro ponto, perto do primeiro. A membrana plasmática aumenta, separando os filamentos de DNA (C). Quando a célula duplica o seu tamanho e os filamentos se separam, a membrana dobra-se para dentro e isola as duas células (D). Finalmente, forma-se uma nova parede celular e os dois indivíduos separam-se (E).

Ilustração 4: Esquematização da reprodução assexuada por bipartição em bactérias.

http://www.cientic.com/tema_monera_img3.html

Divisão múltipla

Este tipo de reprodução assexuada também se denomina de pluripartição ou esquizogonia e é característica de organismos que vivem longos períodos em condições adversas e organismos patogénicos (ex.: Plasmodium – agente causador da malária e Tripanossoma – provoca a doença do sono)

Ocorre uma divisão múltipla do núcleo da célula-mãe divide-se em vários núcleos. Depois cada núcleo rodeia-se de uma porção de citoplasma e individualizado por uma membrana celular, dando origem às células-filhas, que são libertadas, quando a membrana da célula-mãe se rompe.

Ilustração 5: Represent. esquemática de uma célula-mãe em divisão múltipla.

http://www.esec-odivelas.rcts.pt/BioGeo/ficha_reprod.htm

Fragmentação

A fragmentação é um tipo de reprodução assexuada em que se obtêm vários indivíduos a partir da regeneração de fragmentos de um indivíduo progenitor. No fundo, consiste na divisão do organismo progenitor em diversos fragmentos; independentemente da sua constituição interna, cada um dos fragmentos consegue regenerar todos os tecidos e órgãos em falta, de modo a construir um organismo. Este tipo de reprodução é característica de organismos muito diferentes, como cianobactérias, algas filamentosas, esponjas, anémonas, espirogira, minhocas e planárias. animais com diferenciação tecidular reduzida e elevada capacidade de regeneração, como, por exemplo, as estrelas-do-mar.

Ilustração 6:Reprodução por fragmentação da estrela-do-mar.

http://www.esec-odivelas.rcts.pt/BioGeo/ficha_reprod.htm

Gemulação

Neste tipo de reprodução assexuada há a formação de expansões, chamadas gomos ou gemas, na superfície da célula ou do indivíduo, oriundas da mitose que, ao separarem-se, dão origem aos novos indivíduos, geralmente de tamanho mais reduzido que o progenitor.

Também se pode chamar a este tipo de reprodução assexuada de gemiparidade. Ocorre em seres unicelulares, como as leveduras, e em seres pluricelulares, como a esponja e a hidra, principalmente em organismos de água doce, também podendo ocorrer em plantas superiores. Este processo pode acontecer quando as condições de vida estão desfavoráveis.

Ilustração 7: A - Reprodução de leveduras por gemiparidade. B - Reprodução da hidra por gemiparidade.

http://www.esec-odivelas.rcts.pt/BioGeo/ficha_reprod.htm

Multiplicação vegetativa

Este tipo de reprodução assexuada é exclusivo das plantas, estas têm a capacidade natural de crescer e regenerar os tecidos durante toda a sua vida. Nos ápices das plantas existem tecidos indiferenciados, os meristemas, a partir dos quais se formam células continuamente. Existem vários processos de multiplicação vegetativa, podendo este agrupar-se em dois grandes grupos: a multiplicação vegetativa natural e a multiplicação vegetativa artificial.

1. Multiplicação vegetativa natural

A planta-mãe pode originar novas plantas a partir das várias partes que a constituem como as folhas, os caules aéreos (estolhos), ou os caules subterrâneos (rizomas, tubérculos e bolbos).

Folhas: certas plantas desenvolvem pequenas plântulas nas margens das folhas. Estas, ao cair no solo, enraízam e dão origem a uma nova planta (ex.: Bryophyllum)

Ilustração 8: Planta Bryophyllum, reproduz-se por multiplicação vegetativa natural através de folhas.

http://www.esec-odivelas.rcts.pt/BioGeo/ficha_reprod.htm

Estolhos: certas plantas, como o morangueiro, produzem plantas novas a partir de caules finos e longos de crescimento aéreo e horizontal, chamados estolhos. Estes, ao caírem no solo enraízam formando novas plantas.

Ilustração 9: Planta Morangueiro, reproduz-se por multiplicação vegetativa natural através de estolhos.

http://www.esec-odivelas.rcts.pt/BioGeo/ficha_reprod.htm

Rizomas: os lírios, o bambu e os fetos, possuem caules subterrâneos alongados e com substâncias de reserva, denominados rizomas. Estes, além de permitirem à planta sobreviver em condições desfavoráveis, podem alongar-se, dando origem a gemas que se vão diferenciar em novas plantas.

Ilustração 10: Planta Bambu, reproduz-se por multiplicação vegetativa natural através de rizomas.

http://www.balaiodeminas.com.br/conteudo/jornais/uploads/BAMBU.jpg

Tubérculos: Os tubérculos são caules subterrâneos volumosos e ricos em substâncias de reserva, sendo a batata um dos mais conhecidos. Os tubérculos possuem gomos com capacidade germinativa e que originam novas plantas.

Ilustração 11: Batateira, reproduz-se por multiplicação vegetativa natural através de tubérculos.

http://www.agropommet.com.br/agp/imagem.php?Id=137

Bolbos: são caules subterrâneos arredondados, com um gomo terminal rodeado por camadas de folhas carnudas, ricas em substâncias de reserva. Quando as condições do meio são favoráveis, formam-se gomos laterais, que se rodeiam de novas folhas carnudas e originam novas plantas. Alguns dos bolbos mais conhecidos são a cebola e a túlipa.

Ilustração 12: Bolbo de cebola, esta reproduz-se por multiplicação vegetativa natural através de bolbos.

http://www.esec-odivelas.rcts.pt/BioGeo/ficha_reprod.htm

2. Multiplicação vegetativa artificial

Este tipo de reprodução assexuada tem sido largamente utilizado no sector agro-florestal para a multiplicação vegetativa de plantas, uma vez que conseguem produzir descendentes em elevado número. O Homem, na tentativa de potencializar a multiplicação vegetativa introduziu técnicas, tais como a estacaria, a mergulhia, a alporquia e a enxertia.

Estacaria: Técnica de fácil execução. Inicialmente são retirados ao indivíduo porções de caule e/ou ramos que são enterrados no solo, onde vão surgir raízes e gomos, originando uma nova planta. Por vezes são usadas como estacas folhas e raízes do progenitor. A videira e a roseira reproduzem-se deste modo, por exemplo.

Ilustração 13: Estacas de videira, exemplo de planta produzida por multiplicação artificial por estacaria.

http://www.esec-odivelas.rcts.pt/BioGeo/ficha_reprod.htm

Mergulhia: Este tipo de multiplicação vegetativa consiste em seleccionar um ramo da planta, retirar todas as folhas e encurvá-lo, de modo a enterrar parte do ramo no solo; a extremidade é atada a uma estaca. Passado algum tempo, a parte enterrada irá ganhar raízes, após o que pode ser cortada a ligação com a planta progenitora, formando-se um indivíduo autónomo.

Ilustração 14: Representação de produção por mergulhia.

http://www.esec-odivelas.rcts.pt/BioGeo/ficha_reprod.htm

Alporquia: Esta estratégia consiste em remover um anel de um dos ramos da planta, colocando-se numa parte húmida, envolvendo-se com um plástico e atando-se com ráfia. Depois das raízes estarem formadas, corta-se a ligação com a planta-mãe e transfere-se para o solo, onde completará o seu crescimento. Esta técnica é usada em macieiras, laranjeiras e pinheiros, por exemplo.

Ilustração 15: Representação de produção por alporquia.

http://www.prof2000.pt/users/esf_cn/alporquia.JPG

Enxertia: consiste em colocar em contacto as superfícies cortadas de duas partes de plantas diferentes, podendo ser ou não da mesma espécie. As plantas utilizadas são da mesma espécie, ou de espécies muito semelhantes. Faz-se uma incisão na planta receptora, onde será colocado ou posto em contacto o fragmento da planta que se pretende enxertar. Posteriormente, no local do enxerto haverá cicatrização e integração do enxerto na planta receptora. A parte que recebe o enxerto chama-se cavalo e a parte dadora chama-se garfo. Existem vários tipos de enxertia: a enxertia por garfo, a enxertia por encosto e a enxertia por borbulha.

Na enxertia por garfo, o cavalo é cortado transversalmente. Seguidamente faz-se uma fenda transversal nessa porção e introduz-se nele o garfo. A zona de união é envolvida em terra húmida para ajudar à cicatrização da união entre as duas plantas.

Ilustração 16: Esquematização da enxertia por garfo.

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Na enxertia por encosto vão juntar-se os ramos de duas plantas, que foram previamente descascados na zona de contacto, e amarram-se para facilitar a união. Após a cicatrização, corta-se a parte que recebeu o enxerto que se encontra acima da zona de união e a parte da planta dadora que se encontra abaixo da mesma zona. A nova planta é constituída pelo sistema radicular e tronco da planta receptora do enxerto e pelo ramo, ou ramos, da planta dadora do enxerto.

Ilustração 17: Esquematização da enxertia por garfo.

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Na enxertia por borbulha efectua-se um corte em forma de T na casca do caule da planta receptora do enxerto. Depois levanta-se a casca e introduz-se no local da fenda o enxerto, constituído por um pedaço de casca contendo um gomo da planta dadora. Seguidamente, a zona de união é atada, para facilitar a cicatrização.

Ilustração 18: Esquematização da enxertia por borbulha.

http://www.esec-odivelas.rcts.pt/BioGeo/ficha_reprod.htm

Micropropagação vegetativa

Aumentar a produção da alimentação é um dos objectivos do Homem. A utilização de técnicas de multiplicação vegetativa artificiais (ex.: a estaca) permite a obtenção de um maior número de plantas e consequentemente uma maior produtividade. Hoje em dia, é possível obter em laboratório, através de técnicas de cultura in vitro, por exemplo a multiplicação vegetativa, um elevado número de descendentes em cada planta, usando apenas um explante (pequena parte do progenitor).

Ilustração 19: Esquematização da técnica de cultura in vitro.

http://www.prof2000.pt/users/esf_cn/mninvitro.gif

A multiplicação vegetativa "in vitro" é uma técnica realizada em laboratório que requer condições assépticas e pessoal especializado. A sua utilização permite no entanto obter, no mesmo espaço de tempo, uma quantidade de plantas muito maior do que aquela que se obtém quando se utilizam técnicas de multiplicação tradicionais.

Gráfico 1: Comparação dos resultados entra a cultura in vitro e a cultura tradicional

Esta técnica compõe-se de várias fases, recorrendo-se em cada uma delas a meios de cultura apropriados ao fim a que se destinam:

Fase da multiplicação ou repicagem - consiste em obter o maior número possível de "futuras plantas", a partir da uma célula ou aglomerado de células, colocados num meio apropriado à divisão celular (mitose).

Fase do enraizamento - consiste em colocar as "futuras plantas" num meio de cultura apropriado ao enraizamento. Este meio é constituído pelos nutriente e por carvão activo, que escurece o meio de cultura, induzindo a formação de raízes.

Fase do desenvolvimento da parte aérea - consiste em colocar as "futuras plantas" num meio de cultura apropriado ao desenvolvimento da parte aérea da planta, para que ocorra a formação de caules e folhas.

Fase da aclimatação - consiste em colocar as novas plânulas em diferentes estádios de adaptação até chegarem ao solo, no campo.

Esporulação

Nos casos anteriores o descendente resulta do desenvolvimento de tecidos somáticos do progenitor mas neste caso tal não acontece. Na esporulação existem estruturas especializadas na reprodução assexuada, que produzem esporos assexuados. Os esporos são células muito resistentes e leves, facilmente disseminadas.

Ilustração 20: Esporângios de fetos contendo esporos no seu interior.

http://www.esec-odivelas.rcts.pt/BioGeo/ficha_reprod.htm

Existem dois tipos principais de esporulação:

Por divisão endogénica - Neste caso o micélio produz hifas verticais designadas esporangióforos, com uma extremidade dilatada - esporângio - que contém todo o citoplasma da célula. A columela separa o esporângio do resto do micélio, onde decorrem mitoses sucessivas que formarão centenas ou mesmo milhares de esporos ou endósporos. Estes serão libertados simultaneamente após o rebentamento do esporângio.

Por renovação celular - O micélio produz hifas verticais designadas conidióforos, de aspecto simples e com extremidade ramificada. Dessa extremidade vão sendo gradualmente libertados os esporos, produzidos por gemulação.  Os esporos, ou conídios,  são ovóides e geralmente de coloração verde-azulada ou amarelada.

Actualmente, já não se separam os tipos de esporulação, pouco se encontra sobre eles.

Como se faz? Experiências

1. Reprodução em leveduras do género Saccharomyces

Problema

Como se reproduzem as leveduras?

Objectivo

Provar que as leveduras de reproduzem assexuadamente através de gemulação.

Material

3 g de fermento de padeiro (leveduras do género Saccharomyces) ; 5 g de farinha; 100 cm3 de água tépida; Um matraz; Conta-gotas; Estufa; Microscópico óptico (MOC); Lâminas e Lamelas; Balança; Espátulas; Vidros de Relógio; Óleo de Imerssão; Vareta de vidro;

Método

  1. Misturou-se o fermento, a farinha e a água no matraz, agitando bem;
  2. Colocou-se o matraz na estufa a 30ºC, durante 24 horas (aproximad.);
  3. Agitou-se novamente para voltar a suspender as leveduras e retirou-se um pouco da mistura, com o auxílio do conta-gotas;
  4. Colocou-se uma gota sobre uma lâmina. Cobriu-se a preparação com a lamela e observou-se ao MOC (microscópio óptico completo);
  5. Fez-se um esquema legendado da observação; (?)

2. Micropropagação vegetativa em violetas africanas

Problema

Como obter clones de violetas africanas?

Objectivo

Clonar violetas africanas através de micropropagação vegetativa.

Material

Folha de violeta africana (Saintpaulia Ionantha); Agar; Solução de Knop; Lixívia a 20%; Álcool etílico a 70%; Sacarose; Hormonas vegetais (citocininas e auxinas); Água destilada; Lamparina; Algodão hidrófilo; Material de dissecação; Vidro de relógio; Gaze; Parafilme; Papel de alumínio; Estufa; Balões de Erlenmeyer;

Método

  1. Identifique os balões de Erlenmeyer com as letras A, B, C e D.
  2. Em cada um deles, prepara-se um meio de cultura com 100cm3 de solução de Knop, sacarose (1,5%) e agar (1,5%).
  3. Coloque uma rolha de gaze em cada um dos quatro balões de modo a tapá-los.
  4. Autoclave1 os quatro balões contendo o meio de cultura e todo o material de dissecação embrulhado em papel de alumínio.
  5. Deixe arrefecer os balões até atingirem os 65 ºC e remova a gaze de cada um deles próximo da lamparina.
  6. Adicione (em condições estéreis): ao balão B, auxina (1g/dm3) e citocinina (2g/dm3); ao balão C, auxina (1g/dm3); e ao balão D, citocinina (2g/dm3);
  7. Escolhe uma das folhas de violeta e corta-se junto ao pecíolo;
  8. Mergulha-se a folha durante 10 minutos em álcool a 70%;
  9. Lava-se em água destilada e coloca-se em lixívia a 20% durante 10 minutos;
  10. Coloque a folha em água destilada durante 5 minutos;
  11. Corta-se o limbo da folha em pequenos quadrados (eliminando as margens e as nervuras principais) e os pecíolos em pequenas porções divididos longitudinalmente;
  12. Em cada um dos balões, faz-se uma pequena incisão no meio e coloque um explante no seu interior, de modo a que haja contacto entre o meio e o explante;
  13. Tape os recipientes com algodão embebido em gaze e isolou-se com parafilme;
  14. Coloque os balões num local iluminado, à temperatura de 25 ºC, durante 15 dias;
  15. Observe as culturas de 2 em 2 dias e faça o registo dos aspectos dos tecidos, tendo especial atenção à formação de gomos caulinares e/ou raízes.

Notícias e Arquivos

Aumento da eficácia do processo de Multiplicação Vegetativa da Nogueira, visando a melhoria de qualidade das plantas

Descrição: Agência de Inovação

«O desenvolvimento do projecto Nogueira permitiu a saída da fase de experimentação para a fase da produção comercial de plantas de nogueira enxertadas. Com a instalação de novos campos de pés mãe de garfos, foi possível introduzir pela primeira vez em Portugal uma colecção das variedades mais importantes da Alemanha e dos EUA como complemento às francesas já existentes. Os meios de produção que foram ajustados com o projecto, permitem agora uma produção de 40 000 plantas por período, valor suficiente para uma exportação ou uma eventual reestruturação dos pomares de nogueira nacionais, no âmbito das novas e velhas barragens do Alentejo, com óptimas condições para a cultura e para as quais ainda não foram identificadas alternativas culturais interessantes e com déficit de produção na U.E.»

Em: http://www1.universia.net/CatalogaXXI/C10052PPCFII1/E163918/index.html

Formigas fêmeas assexuadas na Amazónia

Cientistas não encontraram machos.

Secção: Sociedade

Uma descoberta rara feita por pesquisadores da Universidade de Arizona, nos EUA, revela uma espécie de formiga na Amazônia totalmente formada por fêmeas e que se reproduz sem necessidade de macho para sexo. A Mycocepurus smithii é a primeira espécie descoberta por cientistas totalmente formada por fêmeas que se reproduzem assexuadamente. A descoberta foi publicada na revista científica Proceedings of the Royal Society B. A bióloga Anna Himler, da U. de Arizona, revelou que a equipa de cientistas liderados por ela fez uma série de testes com as formigas. Ao estudar o DNA das espécies, os cientistas descobriram que todas as formigas eram clones da rainha da colónia. Ao dissecar as fêmeas, eles descobriram que as formigas não têm capacidade de fazer sexo, já que os órgãos essenciais para a tarefa não funcionam. A reprodução assexuada de machos a partir de ovos não fertilizados é comum no mundo dos insectos, mas a reprodução assexuada de fêmeas é “extremamente rara entre formigas”, afirmam os pesquisadores. ”Em insectos, há diferentes tipos de reprodução, mas esta espécie evolui de uma maneira própria incomum”, afirma Himler. Ela e os seus colegas não sabem dizer exactamente porque este tipo de espécie se tornou totalmente assexuada e há quanto tempo isso acontece. Eles estão a fazer mais experiências genéticas para tentar descobrir em que época esta evolução acontece. Himler afirma que a vida sem sexo traz algumas vantagens para as formigas. ”Ela evita o custo energético de se produzir machos e duplica o número de fêmeas reprodutivas produzidas a cada geração de 50% para 100%.” No entanto, há prejuízos também para as formigas fêmeas assexuadas, já que a reprodução sexual traz mais diversidade genética. ”Se temos mais diversidade, isso significa que somos mais resistentes a parasitas e a doenças”, diz Laurent Keller, da Universidade de Lausanne, na Suíça.”Numa colónia de clones, se uma formiga é susceptível a um parasita, todas se tornarão susceptíveis. Então se ela é assexuada, ela tende a durar menos.”Himler começou a estudar as formigas não devido às suas características sexuais atípicas, mas sim por causa da habilidade delas de cultivar a terra.”As formigas descobriram a agricultura muito antes de nós (humanos) - elas cultivam colónias de fungos há cerca de 80 milhões de anos”, diz a bióloga.”Elas coleccionam materiais de planta, fezes de insectos e até insectos mortos do solo da floresta e alimentam as suas colónias com isso.”. Muitas espécies diferentes de formigas cultivam colónias de fungos para se alimentar, mas as formigas Mycocepurus smithii desenvolvem uma variedade maior de fungos. “Quando começamos a estudar as espécies com mais atenção, nós não estávamos a encontrar machos. Foi quando começamos a perceber que havia algo diferente.”

Ilustração 21: Formiga

Em: http://www.dodouro.com/noticia.asp?idEdicao=261&id=15758&idSeccao=2911&Action=noticia

Filhos da mãe

Fêmea virgem de dragão de Komodo gera filhotes de forma assexuada

Destaques da Nature de 21/12/2006 (Vol. 444, Nº. 7122)

Cientistas mostram que o dragão de Komodo pode se reproduzir sem sexo, por partenogénese. Pesquisa FAPESP –

Ilustração 22: Flora, fêmea de dragrão de Komodo, e um de seus filhotes: crias por partenogénese

Em: http://revistapesquisa.fapesp.br/index.php?art=3568&bd=2&pg=1

Apesar de nunca ter tido contato com um macho de sua espécie, Flora, uma fêmea de dragão de Komodo (o maior lagarto do mundo) que vive no Zoológico de Chester, Reino Unido, espera o nascimento de oito filhotes. Exames de DNA feitos em três filhotes que morreram comprovaram que as crias foram produzidas por partenogénese, processo muito raro em vertebrados em que a fêmea gera descendentes sem que seus óvulos tenham sido fertilizados. A história de Flora não é a única do género. A vida íntima de outra fêmea desse réptil, Sugai, mantida em cativeiro no Zoológico de Londres, sugere que esses animais, hoje ameaçados de extinção, são capazes de alternar as duas formas de reprodução, sexuada e assexuada, dependendo da presença de machos em seu ambiente. Depois de ter mantido as últimas relações sexuais com um parceiro há dois anos, Sugai foi capaz de gerar quatro filhotes por partenogénese no zoológico londrino. A descoberta tem implicações na criaçãoo em cativeiro do dragão de Komodo, lagarto endémico da Indonésia que pode passar dos 100 quilos e medir mais de 3 metros. Normalmente, os zoológicos mantém apenas fêmeas em exibição, enquanto os machos, sem residência fixa, passeiam de um criadouro a outro a fim de fecundar várias parceiras. Segundo os autores do trabalho, manter machos e fêmeas da espécie juntos poderia evitar a partenogénese e contribuir para aumentar a diversidade genética da espécie.

Tubarão fêmea reproduz-se sem sexo

Filhote nasceu em aquário que só conteve fêmeas por três anos.

Característica rara nunca foi vista antes na espécie.

Da France Presse

New York Times

Ilustração 23: Filhote de tubarão-martelo que foi gerado em relação assexuada nos EUA. (Foto: New York Times)

Em: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL40596-5603,00.html

Cientistas encontraram um tipo de tubarão fêmea capaz de se reproduzir sem relações sexuais, algo biologicamente inédito, segundo pesquisas divulgadas nesta quarta-feira (23).

Uma fêmea da espécie dos tubarões-martelo deu à luz sem procriação um filhote, que não possui DNA paterno, segundo especialistas da Irlanda do Norte e dos Estados Unidos. Este é o primeiro estudo científico sobre a reprodução assexuada entre tubarões e cientistas afirmam que a descoberta traz preocupações quanto à saúde genética e reprodutiva das populações de tubarões que diminuem.

A descoberta ocorreu devido a um nascimento inesperado em um aquário no zoológico Henry Doorly, em Nebraska, nos Estados Unidos, em dezembro de 2001, relataram os pesquisadores ao jornal "Biology Letters", publicado pela Sociedade Real Britânica.

O nascimento do filhote de tubarão intrigou os pesquisadores, pois nenhuma das três fêmeas ficaram na companhia de um tubarão-martelo macho por três anos, após serem capturadas ainda filhotes na Flórida.

A pesquisa foi realizada por cientistas da Queen's University de Belfast (Irlanda do Norte), do Instituto de Pesquisas Guy Harvey da Nova Southeastern University, na Flórida, e do zoológico Henry Doorly. O diretor da equipe de pesquisas da Queen's e co-autor do estudo, doutor Paulo Prodohl, da escola de ciências biológicas, descreveu os resultados como "realmente impressionantes".

"Até então, todos pensavam que os tubarões se reproduziam exclusivamente por relações sexuais entre macho e fêmea, precisando do embrião para obter DNA dos dois pais para que o desenvolvimento completo ocorresse", explicou.

O doutor Mahmood Shivji, co-autor que liderou a equipe do instituto de pesquisas Guy Harvey, disse que a pesquisa pode auxiliar a resolver o mistério apresentado por outras espécies de tubarão que têm filhotes em cativeiro sem ter contato anterior com um macho.

"No momento, parece que algumas fêmeas de tubarão podem passar de um modo de reprodução sexuada para um modo de reprodução assexuada na ausência de machos", continuou.

"Infelizmente, esse evento não é benéfico porque provoca uma redução na diversidade genética da cria, já que não há as variações genéticas apresentadas pelo lado paterno", disse.

 As fêmeas de um pequeno número de espécies de vertebrados podem dar à luz crias sem a necessidades de seus óvulos serem fertilizados por esperma. Esta capacidade de reprodução pouco comum, conhecida como partenogênese, é observada muito ocasionalmente entre pequenos grupos, como os pássaros, os répteis e os anfíbios. Por enquanto, isto não tinha sido observado em mamíferos ou tubarões.

Testemunha

“A drosera capensis, tal como a maioria das plantas pode-se multiplicar de duas formas diferentes: por flor e por multiplicação vegetativa.

Para a reprodução por flor ter sucesso, é necessário que exista polinização, que é normalmente feita pelos insectos. Como um insecto morto é inútil para este fim, a drosera capensis adopta uma estratégia muito comum entre as plantas carnívoras: manter as flores longe das folhas.

Isto é conseguido lançando um longo caule vertical, na extremidade do qual surgem as flores. O caule das flores da drosera capensis surge como uma espiral, que se desenrola até que surgem as flores. É interessante ver que as primeiras flores surgem ainda antes deste caule estar completamente desenrolado, tal como se pode ver na foto.

As flores abrem uma de cada vez, com uma duração de cerca de um dia, surgindo uma nova no dia seguinte. Deste modo, esta planta consegue manter uma flor aberta por dia, durante semanas.

Outra forma natural de reprodução é por multiplicação vegetativa. Neste caso, a planta dá origem a uma nova cópia de si mesma, que nasce a partir das suas raízes.

Para minha surpresa, esta mesma planta deu origem a uma nova plantinha ao mesmo tempo que gerava flores. A nova planta está a crescer bem e muito bonita, tal como pode ser visto nesta foto. Se continuar a este ritmo em breve tenho de novo este vaso cheio“

Bruno Brito, a 17 de Maio de 2008

Drosera Capensis

Em: http://blog.brunobrito.net/2008/05/reproduo-de-drosera-capensis-por-flor-e

Entrevista

Nome: Maria Orsínia

Local de Trabalho: Esótica Flôr – Gafanha de Áquem

Perguntas:

Conhece alguma técnica de reprodução de plantas? Quais?

Sim, conheço algumas, mas a que utilizamos mais é o enraizamento (técnica de reprodução por estacaria), visto que são marioritariamente plantas de pouco porte. Nas plantas de maior porte, como árvores de fruto, também se utiliza estacaria ou alporquia. Por isso, muitas vezes, vemos ameixoeiras com pêssegos.

Utiliza as plantas que tem para reproduzir outras ou compra-as sempre a uma instituição?

Normalmente compro as plantas numa instituição, porque não vale a pena estar a reproduzi-las aqui.

Que métodos utiliza para a sua reprodução?

Por enraizamento (estacaria), visto que não são plantas de grande porte.

Utiliza adubos? De que tipo utiliza?

Sim, utilizo adubos para fertilizar a planta. Os adubos que utilizo são todos naturais, pois acho que se deve proteger o ambiente.

Tem bons resultados?

Sim, tenho bons resultados.

Em que tipo de plantas resulta mais?

Os tipos de planta com maior eficácia são os laurus, as Escalónias e Evónimos.

O desenvolvimento da planta também pode depender do método utilizado?

Sem dúvida. O desenvolvimento da planta depende muito do método utilizado mas também da terra utilizada.

Em quantas espécies de plantas utiliza métodos de reprodução?

Em algumas plantas, principalmente lauros, escalónias e evónimos.

Curiosidades

Clonagem

Clones são ‘cópias’ de outros seres, iguais do ponto de vista genético. No caso de gémeos, estes têm o mesmo genoma, mas aparentam diferenças físicas e psíquicas.

É o processo de reprodução assexuada, a partir de uma célula-mãe, de células idênticas à original. Este processo facilita características desejáveis. Para alguns seres a clonagem é um ciclo, pois um ser formado por reprodução assexuada (estrela do mar, por exemplo) é um clone do progenitor, sendo a clonagem um processo natural.

Como é uma máquina complexa, o organismo só funciona bem se cada parte tiver uma função definida e se todas as partes estiverem coordenadas. É por isso que as células se especificam durante a gestação. Umas formarão o olho, outras o fígado, etc. No entanto, todas as células têm o mesmo genoma.

Ovelha Dolly

Em 1996, o escocês Ian Wilmut, conseguiu a proeza de mostrar que era possível a partir de uma célula somática diferenciada clonar um mamífero, tratava-se de uma ovelha da raça Finn Dorset chamada Dolly.

O maior feito dos cientistas, foi fazer com que uma célula adulta se tornasse totipotente de novo. As células-tronco (ou totipotentes) possuem a capacidade de se diferenciarem em diferentes tipos de células. Antes o processo era considerado irreversível.

Este processo de clonagem foi feito através do isolamento de uma célula mamária congelada de uma ovelha da raça Finn Dorset de seis anos de idade. Esta foi colocada numa cultura com baixa concentração de nutrientes. Assim, a célula entrou num estado de latência parando de crescer. Em paralelo, foi retirado o óvulo não fertilizado de uma outra ovelha, da raça Scottish Blackface. Desse óvulo não fertilizado foi retirado o núcleo. Posteriormente, através de um processo de electrofusão ocorreu a união do núcleo da ovelha da raça Finn Dorset com o óvulo sem núcleo da ovelha da raça Scottish Blackface, dando início à divisão celular.

Na fase de oito a 16 células, as células diferenciam-se formando uma massa de células internas originando o embrião propriamente dito. Após seis dias, esse embrião, agora com cerca de 100 células, é chamado de blastocisto. O blastocisto foi colocado no útero de uma outra ovelha da raça Scottish Blackface que funcionou como "barriga de aluguer". Após a gestação, esta ovelha que é escura deu à luz um filhote branquinho da raça Finn Dorset chamada Dolly.

Apesar do sucesso da clonagem, a técnica apresentou alguns erros:

  • A ovelha Dolly não era tão idêntica ao doador do núcleo, apesar de herdar da ovelha branca o DNA contido nos cromossomas do núcleo da célula mamária, ela também herdou da ovelha escura o DNA contido nas mitocôndrias e organelos que ficaram no citoplasma das células.
  • Com o passar do tempo percebeu-se que a Dolly apresentava as extremidades dos cromossomas diminuídas, gerando isso, um envelhecimento celular precoce. Devido ao envelhecimento, Dolly sofria de artrite no quadril e joelho da pata. Isto ocorre devido ao facto de ela ter sido criada a partir de uma célula adulta de seis anos (idade da ovelha doadora do núcleo), e não de um embrião.

. Os problemas de saúde de Dolly levantam dúvidas sobre a possibilidade prática da clonagem de seres.

Conclusão

A reprodução é uma das características exclusivas dos seres vivos. É a capacidade que os seres vivos têm de originar outros seres portadores de uma informação genética semelhante à dos progenitores através da reprodução que o material genético é transmitido de geração em geração, umas vezes mantendo as características, outras produzindo algumas alterações. A perpetuação das espécies depende da sua adaptação ao meio ambiente. Quando essa adaptação é perfeita, a reprodução deverá manter e perpetuar essas características. Porém, se, por alteração do meio, as condições deixarem de ser favoráveis, a sobrevivência das espécies estará dependente da sua capacidade de adaptação ao novo ambiente.

Neste trabalho sobre a Reprodução Assexuada concluímos que esta é uma reprodução sem gâmetas e sem fecundação do óvulo, existindo apenas um único progenitor. A reprodução assexuada não contribui para a variabilidade genética das populações, porém assegura o seu rápido crescimento e a colonização de ambientes favoráveis.

Concluímos também que, a diversidade de métodos reprodutores se mostra muito útil à espécie Humana, visto que esta pode interferir nos mecanismos reprodutores de certas espécies, de modo a seleccionar determinados seres vivos, no qual tem interesse. Isto através, da Reprodução Assexuada- pode escolher um organismo com características vantajosas para si e fazer clonagem deste; ou através da Reprodução Sexuada - ainda que mais difícil, o controle permite-lhe escolher os progenitores com características mais apetecíveis e seleccionar os descendentes.

O Homem tem então a possibilidade, hoje em dia, de manipular a vida de seres, interferindo na natureza. No entanto as consequências destes actos podem ser devastadoras para a vida dessas espécies.

Referências

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  • http://www.dodouro.com/noticia.asp?idEdicao=261&id=15758&idSeccao=2911&Action=noticia
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  • Marques, E; Soares, R; Almeida, C; Serra, L; “Técnicas Laboratoriais de Biologia Bloco III” (1998) Porto Editora
  • McHoy, Peter; Manual Prático de Jardinagem (The Ultimate Pratical Gardner) ; Editoral Estampa, Lda., Lisboa, 1999



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