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Trabalho escolar sobre a Acção Humana (inclui o tema da cobardia), realizado no âmbito da disciplina de Filosofia (10º ano).
A Acção Humana é considerada um dos temas da Filosofia mais importante, isto deve-se ao facto de, após haver a existência de sabedoria e conhecimento, o Homem tem como dever aplicar esse mesmo conhecimento num agir melhor ao longo da sua vida.
É através das suas escolhas ao longo da vida, do caminho que procura construir que o homem se cria a si mesmo. Contudo, A Acção Humana não só possui um papel muito importante no Homem, mas também tem um efeito no mundo em geral, ou seja, o Homem é produto do meio que o rodeia mas também é o criador desse mesmo meio, logo, a sua acção tem um efeito na realidade.
Há ainda que ter em conta que as nossas acções podem ter consequências nos outros, logo, a Acção Humana necessita de ser acompanhada por responsabilidade.
Todavia, nem todos os movimentos do Homem são considerados acções. Ou seja, os actos involuntários e/ou inconscientes, isto é, os actos que realizámos sem que desejássemos que tivessem acontecido, onde somos o espectador e não o autor, não são considerados como Acções, a estes actos chama-mos de actos do Homem e não se inserem na Acção Humana.
Exemplos de Actos do homem: Espirrar, andar sonâmbulo, ter pesadelos, etc.
Para haver um Acto Humano é necessário ser : consciente, voluntário, livre e intencional. Um acto Humano acontece quando um agente escolhe fazer uma interferência no decurso natural das escolhas, mediante motivos e possuindo uma intenção.
Uma pessoa tornasse dona da sua própria vida quando toma decisões conscientes, escolhendo o que quer para si, para a sua vida. “Esta” pessoa torna-se então no autor da sua vida, e não o espectador. Para tomar estas decisões, o agente deliberou, isto é, reflectiu sobre os prós e os contras, e para isso teve a liberdade de escolha, e embora possa ter sido vítima de influência, não foi coagido por ninguém, e terá então que assumir as consequências das suas acções, ou seja, ser responsável.
Quando me refiro ao agente ser “vítima de influência”, quero dizer com isto que a Acção Humana é condicionada pelo que nos rodeia, como por exemplo, o nosso estado de saúde, o estado financeiro, etc., isto é, existem condicionantes Físico-biológicos e Socio-culturais. Todavia, estas influências não determinam, apenas condicionam, pois a Acção Humana é livre.
Dito isto, passamos a ter consciência que quando se atribui a responsabilidade a um condicionante, estamos a ter um momento de fraqueza, arranjando desculpas para a própria falta de vontade de agir.
O Subtema que escolhi foi a definição de “ser cobarde”.
Tanto uma pessoa responsável como uma cobarde podem executar actos humanos, contudo, a pessoa responsável tenta agir de forma ética pois tem cuidado com as consequências dos seus actos, tem noção da sua liberdade, assume culpas dos resultados menos bons e sabe que cada um dos seus actos o define e constrói, contrariamente, o cobarde é caracterizado como uma pessoa que se pode comparar a uma marioneta visto que tudo o que os outros fazem ou dizem para fazer ele faz porque não têm noção da sua liberdade, desfaz-se da sua responsabilidade culpando o que o rodeia como: as circunstâncias, a sociedade em que vive, o sistema capitalista, o carácter “sou assim!”, entre outros.
Escolhi também este subtema porque as pessoas têm tendência a querer fugir dos problemas, a agir conforme os outros e a culpar esses mesmos pelos seus erros, isto deve-se ao facto de que ser cobarde é muito mais fácil que ser responsável, isto é, atribuir as culpas às outras pessoas ou ao que nos rodeia em vez assumir os erros e enfrentar as consequências. Se tivermos alguém que faça por nós, que pense por nós, e nós nos limitar-mos a copiar é muito mais simples do que nós mesmos nos empenharmos. Estas pessoas não são líderes de si mesmos.
Resumindo, o meu trabalho visa alertar os observadores que devemos ser os chefes de nós mesmos, os autores da nossa vida, precisámos de nos “desenhar” a nós próprios e não deixarmos ninguém que o faça por nós.
“O Sr. Normal”
Escolhi este título devido ao texto que escrevi no fim deste trabalho onde me tentei colocar na posição de uma pessoa cobarde e tentei imaginar como uma pessoa cobarde pensaria, exagerando, obviamente.
Este título mostra que as pessoas cobardes consideram-se iguais aos outros mesmo que se inferiorizem a si mesmos ao serem marionetas das outras pessoas.
Foi na palavra “marioneta” que me apoiei, e criei então um homem cobarde que se mostra como sendo criado por uma outra pessoa, sem ter a liberdade das suas acções porque não é consciente dessa mesma, a culpa é atribuída ao seu criador e não ao indivíduo.
Não é o autor da sua vida, mas sim o homem que “o desenha”
É de salientar ainda que a presença da borracha significa que todos os erros cometidos sobre aquela folha de papel vão ser culpabilizados ao criador, pelo que, é ele que os tem que “emendar” e arcar com as culpas desse erro.
Como é óbvio, tudo isto nunca poderia ser real, mas para um individuo cobarde é como se um criador existisse, uma pessoa que o comandasse e que arcasse com as culpas porque não se vêm como livres das suas acções, nem o querem fazer, visto que ser uma pessoa responsável custa mais, como já referi anteriormente.
“Sou uma pessoa normal.
Rio, choro, converso naturalmente com as pessoas que me rodeiam. Por vezes, quando estou mais chateado, até caminho de cabeça baixa como a maior parte das pessoas faz quando assim mesmo se sente.
Tenho uns amigos fabulosos, agem conforme a vida lhes vai dando oportunidades embora nem sempre as escolhas que façam sejam as mais acertadas. Contudo, para mim são uns verdadeiros modelos. Não. São mais que modelos, imito as suas acções sempre que assim desejo, não sempre, porque eu é que sei o que fazer com a minha vida, porém admito que noventa por cento das minhas acções são imitação das deles mesmo que as minhas circunstâncias não sejam as mesmas que as suas. Na verdade, posso mesmo admitir ainda que não os copio apenas porque gosto da maneira como vivem a vida, mas porque assim é mais fácil viver a minha. Para que me preocupar a pensar com o que devo fazer? Basta apenas seguir o exemplo, seja ele bom ao mau, e qual o problema de de vez em quando agir erradamente? Toda a gente erra, e visto que foi um erro copiado, o erro acaba por não ser meu. Aliás, o erro nunca é meu, porque foi o meu amigo que o criou.
Outros amigos meus, aqueles que não me dou tanto, dizem-me que eu deveria assumir as responsabilidades dos meus actos, porque sempre que faço algo de mal acabo a culpar alguém, às vezes, nem preciso de ninguém, basta culpar algo que possa arcar com as minhas culpas. Não é que não saiba assumir, mas é mais fácil, e o que se quer na vida é facilidades.
Há dias que dou por mim a pensar se deveria agir mais vezes por mim mesmo, mas não consigo resistir à tentação.
Posso não ser o autor da minha história, mas ao menos tenho uma e não tive o trabalho de a fazer.
Considero-me uma pessoa normal.”