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Nevoeiro – Análise do Poema
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Resumo do trabalho
Análise do poema "Nevoeiro" de Fernando Pessoa, realizado no âmbito da disciplina de Português (12º ano de escolaridade)...
Mensagem de Fernando Pessoa Terceira parte: o Encoberto
Análise de “Nevoeiro”
Nem rei nem lei,
nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer –
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer,
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
.
É a Hora
Estrutura externa:
O poema é constituído por 14 versos.
Estes encontram-se divididos por três estrofes irregulares: uma redondilha menor, uma redondilha maior e um monóstico.
Caracterização de Portugal
“Este fulgor baço da terra”
“Tudo é incerto e derradeiro.”
Rei D. Sebastião e Batalha de Alcácer Quibir
Sentido da expressão paradoxal: “(Que ânsia distante perto chora?)”
- Momento de viragem;
- Réstia de esperança;
Referências ao V Império
- Indefinição: “Tudo é incerto e derradeiro./ Tudo é disperso, nada é inteiro...”.
- Pode ser vista como uma expectativa de mudanças futuras para a constituição próxima de um Quinto Império.
Referências ao V Império
Mito sebastianista:
Recursos estilísticos/ valor expressivo e aspetos formais
- Anáfora: intuito de enfatizar a situação de crise e decadência vivida.
- Personificação: acentuar a sensação de sofrimento da Pátria.
- Antítese: apresentanda, através de ideias contrastantes, o negativismo presente e a glória do passado.
- Apóstrofe: tom de apelo a um país a necessitar de mudar.
- Adjetivação: caracteriza e qualifica o substantivo: “fulgor baço”.
- Exclamação: no verso final, abrindo rumo a um caminho de mudança.
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16/12/2019