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As Mãos – Análise do Poema
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Resumo do trabalho
Análise do poema «As Mãos» da autoria de Manuel Alegre, realizado no âmbito da disciplina de Português (10º ano).
As mãos
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Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
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Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas, mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
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E cravam-se no tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
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De mãos é cada flor, cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
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Estrutura interna
- 1ª Estrofe – O poeta afirma que as mãos têm poder para fazer o Bem e o Mal - (paz ≠ guerra; faz ≠ desfaz).
- 2ª Estrofe – declara que as mãos têm força para trabalhar no mar e na terra - (“com as mãos se rasga o mar e se lavra”).
- 3ª Estrofe – O poema transmite que as mãos transformam, e são a esperança - (“verdes harpas”).
- 4ª Estrofe – o poeta apela à nossa consciência pelo bom uso que damos às nossas mãos, comprovando que as nossas mãos são o real caminho para a liberdade - (“nas tuas mãos começa a liberdade”).
Divisão do poema
O poema divide-se em duas partes, elas são:
- 1ª parte: é constituída pelas duas primeiras quadras e pelo primeiro terceto- o poeta menciona o poder que as mãos possuem, como dito anteriormente.
- 2ª parte: é constituída pelo último terceto, em que o sujeito poético apela à nossa responsabilização ao uso que damos às nossas mãos, afirmando que são nelas que começa a nossa liberdade.
Estrutura externa
O poema é um soneto, formado por 4 estrofes (2 quadras e 2 tercetos).
Tipos de rima:
- Rima Perfeita/Consoante (todo o poema)
- Esquema rimático: abab // cdcd // efe // gfg
- Rima Cruzada, a 1ª e a 2ª estrofe.
- Rima Interpolada entre a 3ª e a 4ª estrofe.
Métrica:
- 1ª Estrofe – 4 versos decassilábicos.
- 2ª Estrofe – 3 versos decassilábicos.
- 3ª Estrofe – 3 versos decassilábicos.
- 4ª Estrofe – 3 versos decassilábicos.
Análise estatística
- Antítese: ”se faz, se desfaz. a paz, a guerra” (realça o poder quer para o bem quer para o mal das mãos)
- Comparação: ”E cravam-se no tempo como farpas.”
- Anáfora: ”Com mãos…; Com mãos…; Com mãos…; Com mãos….” (anuncia a enumeração de poderes das mãos)
- Metáfora: ”Ninguém pode vencer estas espadas” (como uma arma, espada, as mãos podem ser usadas para alcançarmos a liberdade)
- Aliteração: ”vão no vento: verdes” (escolha do verde, esperança, e de um efeito sonoro, o V, para mostrar como esse poder pode ser espalhado por todo o mundo)
“Nas tuas mãos começa a liberdade”
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16/12/2019