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Trabalho escolar sobre a Revolução Liberal Francesa, realizado no âmbito da disciplina de História (9º ano)...
No século XVIII, a França mostrava as características típicas de um estado do antigo regime, pois a principal actividade económica era a agricultura, a sociedade estava dividida em ordens e o rei governava absolutamente.
Havia uma grande desigualdade social. A Nobreza e o clero (2% da população) tinha em sua posse cerca de metade das propriedades agrícolas e não pagavam impostos. A burguesia e o povo tinham imenso trabalho e pagavam pesados impostos.
A nível económico havia a crise na agricultura que levava a pouca produtividade, havia também a concorrência comercial com a Holanda e a Inglaterra, tinham além disso grandes despesas com a manutenção da corte e para piorar ainda mais as guerras com Inglaterra e as importações feitas por este estado que pouco ou nada produzia, levaram a França a criar dívidas. Como queriam manter as colónias e as suas fronteiras tiveram que investir num poderoso exército, que levou a terem mais dívidas, por falta de dinheiro.
Sendo a monarquia absoluta o rei tinha todos os poderes (judicial, executivo, legislativo e chefe do exercito)
Do ponto de vista cultural houve uma grande difusão das ideias iluministas de Voltaire, Montesquieu e Rousseau que formou uma opinião pública que queria a aplicação destas ideias.
Em 1789 reúne-se os estados gerais da Nação, em que todos os grupos sociais apresentaram as suas queixas (elaboração de cadernos de queixas), iniciou-se a votação que inicialmente era por grupo social, mas o povo e a burguesia exigiram que fosse por cabeça, pois em caso contrário perderiam de certeza, e sendo assim, o clero e a nobreza votaram por grupo social e o povo, a burguesia mais alguns clérigos e nobres que se juntaram a eles votaram por cabeça. Isto formou a assembleia nacional constituinte (1789 -1791) a constituição apoiava a divisão tripartida dos poderes e o direito ao voto.
Em 14 de Julho de 1789, os franceses do povo tomaram a bastilha que em valor simbólico pôs fim ao antigo regime. As revoltas chegaram a todo o país e os direitos feudais foram abolidos, aplicou-se a 1ª constituição. Com uma monarquia constitucional declarou-se o direito do Homem e do cidadão. Em 1792 / 1793, os franceses que na realidade queriam uma república e não uma monarquia constitucional, como estava, por isso decidiram que o rei não podia estar vivo, logo, mandaram Luís XVI para a guilhotina, isto iniciou um período de Terror em que quase toda a Europa estava contra a França. A convenção instaura um regime revolucionário, liderado por Robespierre. Os excessos dos revolucionários não agradava a muitos franceses e assim, a burguesia que foi o maior responsável pela revolução, deixa de apoiar o governo republicano. Robespierrre é também levado para a guilhotina em 1794. Formou-se um novo governo, liderado por mais elementos e não 1 único elemento, chama-se a isto o directório que tinha 5 directores, e o poder executivo era liderado pelos 5. A França continuava com períodos de instabilidade e de crises económicas, apenas havia 1 instituição que conseguia por ordem no país, o exército. Assim sendo, Napoleão Bonaparte, um general prestigiado e ainda jovem, aceitou o convite a assumir o poder em 1799, tendo o apoio da burguesia.
Em 1799, acaba-se o directório e iniciou-se o consulado que durou até 1802 em que os 3 cônsules são: Sieyès, Ducos e Napoleão. O poder e o prestígio de Napoleão aumentou e depressa proclamou-se 1º cônsul, cônsul vitalício e mais tarde imperador. Tomou medidas como:
Napoleão conquistou um grande e vasto império em toda a Europa. Um dos seus sonhos era conquistar a Inglaterra, como não conseguiu decretou que todos os portos que comercializassem com a Inglaterra seriam inimigos da França. Por 3 vezes invadiu Portugal.
Após muitas vitórias, Napoleão tentou invadir a Rússia, que ra um pais com um poderoso exercito e poderosas armas, que estavam habituados a temperaturas muito baixas, pois o exercito de Napoleão, não habituado ao frio e menos poderoso que o exercito russo, teve derrotas completamente horríveis.
Em Março de 1814 as tropas da Prússia, da Áustria e da Rússia invadiram a França, obrigando Napoleão a partir em exílio, mas um não mais tarde regressa decidido a conquistar ainda mais, foi derrotado na batalha de Waterloo. Foi desterrado para a ilha de Santa Helena, onde acabou por morrer.
Após a derrota de Napoleão, os imperadores, reis e delegados da maioria dos estados europeus reuniram-se no congresso de Viena em 1814-1815, tendo como objectivo restaurar as monarquias absolutas que Napoleão derrotou, mas os liberais e nacionalistas não desistiram da ideia das revoluções liberais, que as tropas de Napoleão espalharam.