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Ensaio de Filosofia sobre o trabalho infantil, realizado no âmbito da disciplina de Filosofia (10º Ano de escolaridade)...
Que horizontes/soluções se deveriam rasgar na luta contra esta forma de violação dos Direitos Humanos: o trabalho infantil? Uma das situações mais problemáticas que se tem vindo a deparar ao longo dos anos na nossa sociedade é sem dúvida a prática do trabalho infantil. É sobretudo em África e/ou na América Latina (países pobres – países em desenvolvimento) onde este problema tem maior intensidade. Será que existem direitos de igualdade nas crianças? (parece-me que não) A caminhada para uma efectiva igualdade entre as crianças tem de continuar: mas como? Será que quando uma criança é vítima de trabalho infantil não estará a ser usada como um meio para se atingir determinados fins? (parece-me que sim) A luta contra a injustiça algum dia acabará? Na minha opinião o trabalho infantil é um problema muito grave e intolerável (é uma calamidade) que teima em não ter fim. É sem dúvida uma forma de violação dos direitos humanos, logo há o desrespeito pelas leis morais. A exploração da mão-de-obra infantil terá justificação? No seguinte ensaio filosófico pretendo fazer uma reflexão filosófica acerca do trabalho infantil, ver até que ponto o problema referido não terá solução, se terá justificação, e acima de tudo, sensibilizar aqueles que ainda não se deram conta deste grave e delicado problema. Qual a razão pela qual as crianças trabalham? Há quem defenda que o trabalho infantil é uma prática disciplinadora, prepara as crianças para a vida e é uma forma de evitar a malandragem (o que eu discordo). Pois na verdade, a principal razão pela qual as crianças trabalham é a pobreza das suas famílias (algumas crianças até trabalham para a sua subsistência). É óbvio que existem também outros factores que condicionam o trabalho das crianças, tais como, a violência; a falta de oportunidades educativas, profissionais e de realização pessoal. No meu ponto de vista o trabalho infantil traz consequências para as crianças exploradas! Por exemplo, as crianças não podem ter uma boa educação, nem fazer actividades próprias da sua idade, o que prejudica a sua formação como pessoa e o seu desenvolvimento. Não terão todas as crianças os mesmos direitos? Não terão todas direito a uma infância feliz? As crianças que são exploradas nunca irão crescer porque nunca lhes deram essa possibilidade de escolha! Então não existem direitos de igualdade entre as crianças!?! Vamos agora buscar os princípios de justiça de John Rawls (de uma sociedade justa) para ver o que nos diz: A teoria da justiça para Rawls é de equidade e imparcialidade, que é e deve ser a base de qualquer fundamentação dos direitos humanos, de forma a convencer a sua universalidade. Assim, a única hipótese é privar os indivíduos da sua liberdade para passarem a ser controlados por alguém (o estado) que impeça situações moralmente injustas (como o trabalho infantil). Atendendo a esses princípios teríamos todas as crianças com os mesmos direitos e passariam a ter uma infância feliz! Poderemos afirmar que as nossas acções são moralmente correctas? Se analisarmos a questão acima colocada à luz das éticas de Kant e de Mill temos: Para Kant, nunca devemos utilizar o Homem como um meio para se atingir determinados fins mas sempre como um fim em si próprio. Segundo Kant o valor moral das acções depende do respeito pelos princípios, logo leva ao cumprimento do dever por dever ou à universalidade da máxima tomada como regra de ação. Não é preciso dizer mais nada, com isto já se conclui que para Kant este acto do trabalho infantil é condenado moralmente. Mas já para Mill, a sua posição a este problema será diferente. Mill defende que o valor moral das acções depende das suas consequências, assim uma ação é considerada boa se traz felicidade (ausência de dor, prazer) para o maior número de pessoas, mesmo se houver a instrumentalização do Homem! Então quer dizer que para Mill a prática do trabalho infantil pode ser considerada moralmente correcta? Sim, este acto irá proporcionar felicidade para o maior número, na medida que o Homem irá desfruir do trabalho daquelas crianças (por exemplo: uma marca muito conhecida e usada a “nike” explora crianças…). (Um bom exemplo que luta contra a exploração do trabalho infantil é o comércio justo. Ele promove o diálogo, a transparência e o respeito. Deste modo, o comércio justo respeita os direitos humanos, gere boas condições de trabalho, paga um preço justo e apoia os produtores. Nós deveríamos apoiar e comprar estes produtos do comércio justo que são feitos sem recurso à exploração do trabalho infantil!). Mas não há dúvida que não podemos ir pela posição de Mill que não tem em conta a instrumentalização das crianças e a sua dignidade, só para proporcionar maior felicidade. Como irradiar a situação do trabalho infantil? Perante este terrível e preocupante problema vou tentar arranjar possíveis soluções e devida argumentação para a eliminação do trabalho infantil. Comecemos pela definição de criança, talvez nos ajude: Criança = ser humano de pouca idade. Como se pode verificar, as crianças não deixam de ser seres humanos e como seres humanos que são têm direitos, mas esses mesmos direitos não são devidamente respeitados! Todas as crianças são seres humanos e têm direitos! Mas na prática do trabalho infantil existem valores que não são respeitados e que são muito importantes, tais como, a dignidade, a vida, a justiça, a igualdade, a liberdade... Para a criança não precisar de trabalhar, é necessário colocar em causa os direitos e liberdades fundamentais das crianças, isto é, lutar contra a exploração do trabalho infantil, em defesa de uma sociedade mais justa, onde todas as crianças tenham os seus direitos respeitados. Para isso…
É preciso pôr um fim a este problema!
Não podemos ficar indiferentes!
Queremos um mundo que seja digno!
É possível mudar!