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O Aborto - NotaPositiva

O teu país

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José Ferreira

Escola

[Escola não identificada]

O Aborto

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Resumo do trabalho

Trabalho escolar de apresentação oral sobre o tema "O Aborto", elaborado no âmbito da disciplina de Português (11º ano)...


O Aborto (Apresentação Oral)

Escolhi este tema, porque acho que nesta época em que já acabaram as festividades católicas, é tempo para reflectirmos sobre esta problemática da nossa sociedade. O Governo pretende que sejam julgadas e condenadas à privação da liberdade, as mulheres que não respeitem as leis sobre a interrupção voluntária da gravidez.

E agora eu pergunto-me haverá pena de prisão mais pesada do que o sofrimento que uma mulher tem que atravessar ao praticar o aborto em condições desumanas e pouco seguras, podendo causar danos irreparáveis ou até mesmo levá-la á morte.

Mas encontramo-nos numa democracia e se calhar infelizmente para o governo, este não pode controlar tudo; como exemplo disto foi o julgamento que decorreu no Tribunal de Aveiro de onde saíram absolvidas as mulheres que haviam sido acusadas da prática de interrupção voluntária da gravidez ou, como é dito vulgarmente, de terem praticado o aborto.

Sendo um tema que abrange toda a sociedade, e que se tornou bandeira para alguns movimentos, é reconfortante saber que os tribunais decidem bem, principalmente quando estão em causa opções muito pessoais e do foro íntimo de cada um. Por muito que se queira iludir a questão, o aborto existe, é praticado a maior parte das vezes em condições sub-humanas e tentar criminalizá-lo é não querer enfrentar a realidade. Espero que, com esta decisão judicial, e com a vitória do sim no referendo do dia 11 de Fevereiro, o governo reflicta bem sobre esta lei que descrimina as mulheres, e aprove rapidamente a nova legislação que despenaliza o aborto.

De uma entrevista que visualizei na SIC no dia 6 de Fevereiro, resumirei alguns argumentos de Odete Santos e do médico Martim Moutinho que achei mais importantes:

Odete Santos

  • As mulheres que têm poses vão a Badajoz abortar, e as que não podem morrem por Portugal.
  • O Aborto tem uma dimensão muito maior do que os 30 casos por ano que são detectados em Portugal.
  • Apresenta estatísticas de Itália e de Holanda em que se afirma que quando o aborto foi legalizado, este diminuiu.
  • Defende que até ás 10 semanas não há neurónios , logo não pode existir dor no feto quando é praticado o aborto
  • Diz que nem o prémio Nobel da ciência sabe ao certo quando é que começa a ‘’vida’’, negando por isso as teorias científicas que dizem que a vida começa quando o espermatozóide penetra no óvulo.

Doutor Martim Moutinho

  • Defende o determinismo Biológico(o Homem  não pode interferir na criação de um novo ser)
  • Defende a condenação das mulheres que pratiquem o aborto.
  • Apresenta dados estatísticos de Espanha que aquando da legalização do aborto, este aumentou 373%

No fim desta entrevista, reparei claramente que a personalidade forte de Odete Santos em conjunto com os seus bons argumentos quase que “calaram” o Doutor Martim Moutinho, dando para observar a fragilidade dos argumentos dos defensores do “não”

Opinião de leitora do jornal "Portugal Diário"

“Tenho 72 anos. Já com muita experiência de vida e como tal, depois de ver tanta polémica sobre este caso, que com toda a razão é matar um ser vivo! Mas antes de fazermos juízos infundados muitas vezes, pois quantos casos há em que a mulher não tem condições "várias " para ter um filho, surgiu-me uma ideia, que ninguém ainda apresentou. Vivemos num regime machista. São sempre os homens a ser ouvidos. Então porque não são eles responsabilizados por estes mesmos abortos? Quem é o principal responsável pela gravidez? Sem homem não há gravidez, a menos que seja pela vontade da mulher de fazer inseminação e se o fizer de certeza que não quer practicar o aborto. Ora aqui está a maneira de haver menos casos de aborto: responsabilizar o homem, pois se ele tomar as devidas precauções, as mulheres tem menos hipótese de engravidar”

Aborto ilegal como alternativa

Existem vários fármacos usados geralmente, para o tratamento de doenças digestivas entre eles: “cytotec”, “Arthrotec”, “misoprostol”. Que podem ser usados para praticar o aborto.

A organização «Women on Waves» define-os como os «métodos mais seguros para abortar quando a mulher não tem alternativas legais». Já os especialistas alertam para os perigos da «automedicação».

Uma breve consulta na base de dados do Infarmed identifica facilmente estes medicamentos. Após breve pesquisa no site www.womenonwaves.org, vi que lá eles até chegam mesmo a descrever que sintomas as mulheres devem de “levar” ao médico para este lhe receitar um destes fármacos baseados todos na mesma substancia activa.

Fontes:

  • Jornal “O publico’’ versão on-line
  • Jornal  “Portugal diário”, Versão on-line
  • Entrevista na estação de televisão SIC
  • Sitio da Internet: www.womenonwaves.org

Apresentação oral

  • Governo quer condenar mulheres.
  • Há pena mais pesada que sofrimento?
  • Governo não consegue controlar juízes que não condenam mulheres por acharem que estas não têm culpa de não ter condições para ter um filho.
  • Devemos ignorar a visão retrógrada da igreja, em relação a este ponto, igreja esta que não quer o aborto, mas que proíbe o uso do preservativo não será isto um dilema moral para quem não tem condições financeiras para criar um filho com condições.
  • Mulheres que podem vão a Badajoz, quem não pode morre.
  • Movimento não obrigada respostas – para haver bebés no caixote do lixo como deu na Tv. mais vale praticar o aborto.
  • É incrível como na Internet existem manuais Passo a passo com uma precisão extrema onde não falta mesmo nada para se conseguir abortar em países onde o aborto é proibido.
  • Alguns eleitores não foram votar porque afirmaram ‘’já não terem idade para isso’’ e outros porque firmam que ‘’isso do aborto é coisa de mulheres’’ por estes e muitos outros pensamentos é que a abstenção foi tão elevada.
  • Com este trabalho pretendi sensibilizar o auditório para este problema e Desejo que daqui para a frente as mulheres que querem abortar passem a ser assistidas por médicos e não por policias.



290 Visualizações 09/08/2019