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Trabalho escolar sobre o 25 de Abril de 1974, realizado no âmbito da disciplina de História (6º ano de escolaridade)...
«Com a revolução de 25 de Abril de 1974, os portugueses iniciaram o caminho da liberdade e da democracia e abandonaram a ideia do império com a libertação das colónias portuguesas em África. Quem viveu esse dia jamais o esquecerá e aquilo que era para ser mais um dia normal transformou-se num marco histórico, com um impacto tremendo na vida de muitas pessoas. Mas afinal o que aconteceu no dia 25 de Abril de 74? Esta caça ao tesouro ajudar-te-á a reconstruir os passos da revolução e a compreender a importância deste dia na História de Portugal.»
Realizamos este trabalho porque achámos que vos podíamos ajudar a explicar melhor como chegámos á Independência da população de Portugal. Gostamos de realizar pelo mesmo, apesar de termos sentido dificuldades na apresentação podendo estar assim confusa.
O 25 de Abril de 1974 foi uma revolução que pôs um ponto final ao Estado Novo e a uma ditadura que durou quase meio século.
A tal ditadura teve dois governantes:
António de Oliveira Salazar que governou desde 1933 até 1970 que foi a principal figura do regime. Deixou de governar em 1968 porque estava doente e em 1970 faleceu.
Marcello Caetano sucedeu a Salazar e governou 4 anos (de 1970 a 1974). Este senhor conseguiu diminuir a rigidez do regime dando reformas a alguns idosos. Mas mesmo assim, ainda manteve os ideais de Salazar:
Muitos contestantes do regime como Zeca Afonso e Álvaro Cabral foram presos em Caxias.
O governo tinha uma polícia política que defendia o estado, era a PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado) que começou por se chamar PVDE (Polícia de Vigilância e de Defesa do Estado) e no final do regime DGS (Direcção de Geral de Segurança).
Diante isto, e saturados da guerra colonial que nunca mais tinha um fim, um grupo de jovens formou o Movimento de Forças Armadas (MFA) e começou a preparar um golpe militar. Foi no maior dos segredos, que os militares do MFA fizeram reuniões e estudaram estratégias.
Há vinte anos, em vésperas do 25 de Abril, Portugal era um país anacrónico. Último império colonial do mundo ocidental, travava uma guerra em três frentes africanas solidamente apoiadas pelo Terceiro Mundo e fazia face a sucessivas condenações nas Nações Unidas e à incomodidade dos seus tradicionais aliados.
Para os jovens de hoje será talvez difícil imaginar o que era viver neste Portugal de há vinte anos, onde era rara a família que não tinha alguém a combater em África, o serviço militar durava quatro anos, a expressão pública de opiniões contra o regime e contra a guerra era severamente reprimida pelos aparelhos censório e policial, os partidos e movimentos políticos se encontravam proibidos, as prisões políticas cheias, os líderes oposicionistas exilados, os sindicatos fortemente controlados, a greve interdita, o despedimento facilitado, a vida cultural apertadamente vigiada.
A anestesia a que o povo português esteve sujeito décadas a fio, mau grado os esforços denodados das elites oposicionistas, a par das injustiças sociais agravadas e do persistente atraso económico e cultural, num contexto que contribuía para a identificação entre o regime ditatorial e o próprio modelo de desenvolvimento capitalista, são em grande parte responsáveis pela euforia revolucionária que se viveu a seguir ao 25 de Abril, durante a qual Portugal tentou viver as décadas da história europeia de que se vira privado pelo regime ditatorial.
António Reis - Portugal 20 Anos de Democracia
Na madrugada de quinta-feira, 25 de Abril, Portugal dorme. Num posto de comando clandestino em Lisboa, há um aparelho de rádio sintonizado na estação da Rádio Renascença. Á sua volta alguns oficiais das Forças Armadas esperam ansiosos ouvir a senha que confirmará o curso irremediável da revolução planeada. Ela virá sob a forma de uma canção: Grândola, Vila Morena, do cantor José Afonso. Passa meia hora da meia-noite quando a rádio a põe no ar, por todo o país se iniciaram movimentações militares. Os Soldados saem às ruas em tanques, jipes e camiões. É necessária a tomada de posição em pontos estratégicos: Quartéis-generais, pontes, aeroportos, postos de comunicações. Em Lisboa, as colunas militares deslocam-se pela Baixa Pombalina e pelo Terreiro do Paço, ocupando o centro da cidade e impedindo a passagem.
Na mira dos soldados os edifícios do poder político e policial. O luxo militar nas ruas é grande, mas os soldados aparentam absoluta tranquilidade. Os seus rostos serenos contrastam com a estupefacção de quem de manhã se faz ao emprego para mais um dia de trabalho. Percebendo que se trata de um golpe de Estado muitos populares deixam-se ficar nas ruas perto dos soldados e dos seus carros de combate. Ao longo da manhã a situação vai-se clarificando. Através de comunicados lidos no Rádio Clube Português, em Lisboa, a população é informada de que está em curso uma acção de um Movimento das Forças Armadas (MFA) com vista à libertação do País. As mensagens trazem mais gente à rua, apesar dos apelos dos militares para que a população regresse a casa e se mantenha calma.
O MFA teme o derramamento de sangue. E quer a todo o custo evitá-lo. À Polícia de Segurança Pública (PSP), à Guarda Nacional Republicana (GNR) e às forças da Direcção-Geral de Segurança / PIDE-DGS e da Legião Portuguesa, que abusivamente foram recrutadas, lembra-se o seu dever cívico, ouve-se na rádio. Ainda assim uma coluna da PSP tenta travar a revolução, mas é rapidamente neutralizada sem que haja confrontos de maior.Entretanto, as operações militares desencadeadas levam Marcello Caetano, Presidente do Conselho de Ministros a procurar refúgio no Quartel-General da GNR no Largo do Carmo, juntamente com outros membros do Governo. O reduto não é, no entanto, seguro. Ao tomar conhecimento desta situação as tropas do MFA, comandadas pelo Capitão José Salgueiro Maia, partem do Terreiro do Paço para o Largo do Carmo cercando o edifício. A massa de populares avoluma-se na expectativa de que Marcello Caetano se renda, mas tarda. Chegada a hora do almoço, e uma vez que os militares não podem abandonar os seus postos, a população trata de lhes fazer a merenda distribuindo pão com queijo e fiambre, maças, cervejas e tabaco.O cerco dura há duas horas. De megafone na mão, Salgueiro Maia pede aos cercados que se rendam. Não obtém resposta. O ataque das Forças Armadas parece iminente. Preocupado com os civis, Salgueiro Maia dirige-se à multidão e pede que esta abandone o largo. Mas ninguém arreda pé. Há lágrimas nos olhos da população. Todos querem ver para crer na queda do regime. O capitão compreende que sem o recurso à força é impossível evacuar o largo.A necessidade de resolver o impasse agiganta-se. São disparadas duas rajadas de metralhadora sobre o quartel deixando a sua fachada cravejada de balas. É então que dois homens, Feytor Pinto, ex-director dos Serviços de Informação e Nuno Távora, funcionário daquele organismo, se apresentam por iniciativa do primeiro para entrar no quartel e negociar a rendição dos sitiados. Quando sai do edifício, Feytor Pinto traz a notícia de que Marcello Caetano acede a entregar o comando das Forças Armadas ao General António de Spínola, conhecido pelas suas posições contra a guerra Ultramarina e ele próprio cabecilha de uma outra tentativa de golpe fracassado. Está negociada a rendição. A multidão irrompe em vivas. Tinha-se evitado o pior. A DGS será um dos últimos bastiões do regime a cair. A rendição dos agentes da PIDE acontece apenas na manhã do dia 26 de Abril. São transportados para a prisão de Caxias de onde à mesma hora estão a ser libertados os presos políticos que ali estavam detidos.
Ficou conhecida pela revolução dos cravos porque Celeste distribuiu cravos por alguns soldados militares. Outras pessoas continuaram o movimento e em pouco tempo quase todos os soldados tinham cravos.
Nova reunião da Comissão Coordenadora do MFA. É lido e decidido pôr a circular no seio do Movimento dos Capitães o primeiro documento do Movimento contra o regime e a Guerra Colonial: intitulava-se "Os Militares, as Forças Armadas e a Nação" e foi elaborado por Melo Antunes
Tentativa de golpe militar contra o regime. Só o Regimento de Infantaria 5 das Caldas da Rainha marcha sobre Lisboa. O golpe falhou. São presos cerca de 200 militares.
Última reunião clandestina da Comissão Coordenadora do MFA, na qual foi decidido o derrube do regime e o golpe militar.
Otelo Saraiva de Carvalho entrega, a capitães mensageiros, sobrescritos fechados contendo as instruções para as acções a desencadear na noite de 24 para 25 e um exemplar do jornal a Época, como identificação, destinada às unidades participantes.
O jornal República, em breve notícia, chama a atenção dos seus leitores para a emissão do programa Limite dessa noite, na Rádio Renascença.
Otelo Saraiva de Carvalho e outros cinco oficiais ligados ao MFA já estão no Regimento de Engenharia 1 na Pontinha onde, desde a véspera, fora clandestinamente preparado o Posto de Comando do Movimento. Será ele a comandar as operações militares ontra o regime.
A transmissão da canção " E depois do Adeus ", interpretada por Paulo de Carvalho, aos microfones dos Emissores Associados de Lisboa, marca o início das operações militares contra o regime.
A transmissão da canção " Grândola Vila Morena " de José Afonso, no programa Limite da Rádio Renancença, é a senha escolhida pelo MFA, como sinal confirmativo de que as operações militares estão em marcha e são irreversíveis.
Ocupação de pontos estratégicos considerados fundamentais ( RTP, Emissora Nacional, Rádio Clube Português, Aeroporto de Lisboa, Quartel General, Estado Maior do Exército, Ministério do Exército, Banco de Portugal e Marconi).
Primeiro Comunicado do MFA difundido pelo Rádio Clube Português
Forças da Escola Prática de Cavalaria de Santarém estacionam no Terreiro do Paço.
As forças paramilitares leais ao regime começam a render-se: a Legião Portuguesa é a primeira.
Desde a primeira hora o povo vem para a rua para expressar a sua alegria.
Início do cerco ao Quartel do Carmo, chefiado por Salgueiro Maia, entre milhares de pessoas que apoiavam os militares revoltosos. Dentro do Quartel estão refugiados Marcelo Caetano e mais dois ministros do seu Gabinete.
Expirado o prazo inicial para a rendição anunciado por megafone pelo Capitão Salgueiro Maia, e após algumas diligências feitas por mediadores civis, Marcelo Caetano faz saber que está disposto a render-se e pede a comparência no Quartel do Carmo de um oficial do MFA de patente não inferior a coronel.
Spínola, mandatado pelo MFA entra no Quartel do Carmo para negociar a rendição do Governo. O Quartel do Carmo hasteia a bandeira branca.
Rendição de Marcelo Caetano. A chaimite BULA entra no Quartel para retirar o ex-presidente do Conselho e os ministros que o acompanhavam, levando-os, à guarda do MFA para o Posto de Comando do Movimento no Quartel da Pontinha.
Disparos de elementos da PIDE/DGS sobre manifestantes que começavam a afluir à sede daquela polícia na Rua António Maria Cardoso, fazem quatro mortos e 45 feridos.
A PIDE/DGS rende-se após conversa telefónica entre o General Spínola e Silva Pais director daquela corporação.
Apresentação da Junta de Salvação Nacional ao país, perante as câmaras da RTP.
Por ordem do MFA, Marcelo Caetano, Américo Tomás, César Moreira Baptista e outros elementos afectos ao antigo regime, são enviados para a Madeira.
O General Spínola é designado Presidente da República.
Libertação dos presos políticos de Caxias e Peniche.
O povo queria conquistar a liberdade e conseguiu!
Com este trabalho entendemos melhor o que se passou no dia 25 de Abril de 1974 ,como se deu e o que é.
Gostamos de fazer este trabalho, porque fesnos saber melhor o que a conte seu na aquela altura do 25 de Abril.
Concluímos portanto que foi graças aos soldados e ao apoio do povo que hoje somos livres. Foi um passo muito importante na história do país,
Letra da cantiga Grândola Vila Morena:
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina, um amigo
Em cada rosto, igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto, igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola, a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
De José Afonso