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Trabalho sobre as questões filosóficas presentes no filme "A Ilha", realizado no âmbito da disciplina de Filosofia (11º ano).
“A Ilha”, filme de ficção cientifica visualizado na aula, descreve não só a vida do personagem Lincoln Seis Echo mas também, principalmente, a sua tentativa de descobrir o mundo exterior e a realidade.
Esta personagem reside num centro de alta tecnologia, dotado de um grande sistema de segurança, onde cada passo (a escolha da roupa, a alimentação…) é controlado.
A todos os residentes neste centro é-lhes dito que estão ali por serem os únicos sobreviventes de uma contaminação que devastou o resto da população e o mundo. Os residentes vivem com a esperança de serem sorteados para serem enviados para uma ilha paradisíaca - único local inatingido pela suposta contaminação. Mas, este mundo em que vivem não passa de uma invenção.
Lincoln Seis Echo, levado pela sua grande curiosidade e pelo desenvolvimento psíquico que apresenta, descobre que existe um mundo exterior que não foi atingido por nenhuma contaminação e que nele vivem outras pessoas iguais ás que estão naquele centro. Este homem e todos os outros habitantes daquele centro de alta tecnologia funcionam apenas como uma “apólice de seguros” podendo doar orgãos ou engravidar em caso de necessidade dos que vivem no mundo exterior. São clones.
Uma amiga muito próxima de Lincoln Seis Echo, Jordan Dois Delta, é sorteada para se mudar para a suposta ilha e, perante os recentes descobrimentos, o rapaz quebra algumas regras do centro e foge com a amiga explicando-lhe mais tarde que a ilha é apenas uma invenção e mostrando-lhe o mundo real, em que os clones são levados para um hospital e mortos quando já não são necessários. Podemos então concluir que a amizade e as relações interpessoais neste filme são postas em evidência na medida em que Linclon Seis Echo quebra regras para que possa salvar a amiga.
O filme, para além do valor da amizade, faz-nos ainda questionar a nossa própria realidade, mostrando-nos que pode haver sempre mais para além do que conhecemos. Precisamos assim de possuir curiosidade e querermos sempre saber mais, duvidar do que vemos e colocarmos questões pois só dessa maneira é possível progredir e evoluir.
Outra questão que pode ser levantada após a visulaização deste filme é: Será que aquilo que tomamos como verdadeiro corresponde á própria realidade ou é uma invenção apenas?
O ser humano toma como certa uma determinada realidade, porém, essa realidade varia quando comparada à de outro ser humano. Tomando como exemplo o filme, a realidade conhecida pelos médicos que trabalham no centro mas que vivem no mundo exterior é diferente da dos clones, aos quais foram impingidas falsas memórias.
Os médicos neste filme não têm uma boa conduta profissional já que falsificam a realidade para bel-prazer, para ganharem dinheiro e adquirirem estatuto, quase igualando-se a um Deus que dá e tira a vida. A este facto nada ético junta-se a conotação negativa que a ciência apresenta neste filme, já que só pessoas com grande poder monetário podem ter os chamados “seguros de vida” que neste caso são os clones. Para além disso, a ciência é vista aqui como algo que manipula a realidade e a altera só por cauda do dinheiro também.
Este filme, para além de ser muito interessante é bastante enriquecedor visto que nos leva a reflectir sobre todas as questões que nos levanta acerca dos mais diversificados assuntos.