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Trabalho escolares sobre os Sistemas de Transportes nas Plantas, realizado no âmbito da disciplina de Biologia (10º ano).
O objectivo dos sistemas de transporte é que todas as células recebam os nutrientes necessários e libertem os produtos resultantes do seu metabolismo.
Estes sistemas realizam a circulação da água da raiz até às folhas sendo nestas elaborados os compostos orgânicos que se vão distribuir a todas as células.
Estes sistemas existem apenas nos seres complexos pois nos unicelulares ou muito simples as trocas ocorrem entre as células e o meio exterior por osmose, difusão facilitada, transporte activo, endocitose e exocitose.
As plantas que apresentam estes sistemas dizem-se VASCULARES enquanto outras como o musgo são NÃO VASCULARES e como tal, para terem acesso à água colonizam meios húmidos.
Nas plantas vasculares existe um duplo sistema de condução utilizando para isso 2 tipos de tecidos condutores : o xilema ou lenho e o floema ou liber os quais têm uma distribuição diferente consoante façam parte da raiz, do caule ou da folha.
O xilema conduz a água e os sais minerais e o floema, os compostos orgânicos resultantes da fotossíntese.
RAÍZ _ fotografia e esquema
Os feixes condutores são simples e alternos isto é, os feixes de xilema alternam com os feixes de floema.
Os caules têm feixes condutores duplos e colaterais, pois cada feixe possui xilema e floema e estes tecidos estão colocados lado a lado. O floema situa-se na parte externa do feixe e o xilema na parte interna.
Nas folhas os feixes condutores são duplos e colaterais estando o xilema voltado para a página superior.
A raiz é constituída por um conjunto de células que se mantêm isotónicas, mas em relação ao solo elas são hipertónicas, o que significa que a solução do solo é hipotónica tendo por isso um potencial hídrico elevado e uma pressão osmótica menor que as células epidérmicas da raiz. Assim a água do solo vai movimentar-se para o interior das cél. epidérmicas, por osmose.Estas ficam hipotónicas em relação às restantes cél. da raiz o que faz com que a água , por osmose, vá passando e chegue ao xilema.
Porquê?
Porque a água é necessária para a fotossíntese e porque as plantas perdem 90% de água por transpiração, excedendo esta, a absorção radicular durante o dia, e o contrário acontece durante a noite devido ao abaixamento da temperatura.
Se se cortar a extremidade de uma planta há saída de água.
Nas videiras, quando a poda é tardia acontece o “choro da videira” que se designa exsudação.
O morangueiro liberta água no estado líquido na margem das folhas através de células especializadas (hidátodos). A isto chama-se gutação.
Tudo isto leva-nos a pensar que:
A acumulação de água, devido à entrada desta na raiz, a qual é consequência da entrada de iões quer por difusão simples quer por transporte activo, provoca na raíz uma pressão designada por pressão radicular, que força a água a subir pelo xilema.
Porém em algumas árvores com grande altura, a pressão radicular é quase nula.
Isto quer dizer que a pressão radicular explica a ascensão de água no xilema mas não é o principal factor sobretudo se, se tratar de árvores de grande porte
O processo dominante na condução da seiva xilémica é explicado pela teoria da Tensão - Coesão – Adesão em que a força motriz é a transpiração, pois quanto maior e mais rápida é a transpiração maior e mais rápida é a absorção radicular.
Hipótese da Tensão-Coesão-Adesão (não há dispêndio de energia por parte da planta; é um processo passivo)
As células do mesófilo perdem água por transpiração.Este défice em água cria uma tensão.
As células do mesófilo ficam, por isso, hipertónicas em relação às células do xilema.
Há, então, entrada de água por osmose, do xilema para as células do mesófilo.
Devido às forças de coesão entre as moléculas de água e de adesão entre estas e as paredes do xilema, as moléculas de água formam uma coluna hídrica que ascende.
A ascensão de água, cria um défice desta no xilema da raiz que fica, por isso, hipertónico.
O que provoca a entrada de água na planta por osmose.
A maior parte da água que é perdida pelas plantas sai pelos estomas
São estes que controlam as trocas gasosas graças à capacidade de abrirem e fecharem.
Esta capacidade, que depende da luz, está condicionada pelo grau de turgescência das células guarda ou estomáticas.
As paredes das cél estom.que rodeiam o ostíolo são mais espessas e portanto menos elásticas do que as paredes destas células que ficam encostadas às outras cél.e que portanto, têm maior elasticidade - é esta propriedade que permite o fechar e abrir dos estomas, consoante o grau de turgescência
Quando a célula está túrgida, aumenta o seu volume, exerce uma pressão de turgescência sobre a parede e como esta é mais fina distende-se e o estoma abre.
Quando a célula estomática perde água, a pressão de turgescência diminui e o estoma fecha.
Os afídeos (pulgões) são insectos que introduzem as suas peças bucais pontiagudas até ao floema de algumas plantas, extraindo dele uma grande quantidade de substâncias. Quando um afídeo atinge o floema, a seiva floémica sai da planta e entra no tubo digestivo do insecto e nalguns casos o fluido é forçado a sair pelo ânus do animal.
Como explica este facto?
A pressão da seiva que circula no floema é tão elevada que força a sua saída da planta para dentro do aparelho bucal do insecto sendo o excesso eliminada pelo ânus.
Que espera que aconteça quando se corta um afídeo pelo estilete, que esteja a absorver o conteúdo floémico duma planta?
Por esse estilete cortado há saída, sob pressão, da seiva floémica, nalguns casos durante dias.
Considere a seguinte experiência: numa planta jovem foi efectuada uma incisão anelar (A).Decorrido algum tempo foram observados os resultados (B).
1.Quais os resultados obtidos?
Houve acumulação de seiva floémica no bordo superior, da zona submetida ao corte.
2. Como interpreta estes resultados?Por se ter retirado o anel da casca houve remoção do floema, sendo interrompido o trânsito da seiva floémica, proveniente dos órgãos fotossintéticos.
3. A parte da planta situada abaixo do anel subsiste durante algum tempo, embora, depois acabe por morrer. Que explicação sugere?Os órgãos que se localizam abaixo da incisão podem viver durante algum tempo à custa de alimentos armazenados nos seus tecidos, continuando também a absorver água e substâncias minerais.Porém quando as reservas alimentares se esgotarem, a raiz morre e consequentemente a planta também ( a menos que se desenvolvam rebentos novos abaixo da incisão)
Ernest Münch, formulou pela primeira vez uma hipótese sobre a translocação da seiva floémica que ficou conhecida por hipótese do fluxo de massa associada ao transporte activo ou hipótese de Münch.
Este movimento floémico ocorre devido a um gradiente nas concentrações de sacarose que se estabelece entre as células fotossintéticas- fonte ( local onde a sacarose entra no floema) até aos locais de consumo ou de reserva (local onde a sacarose sai do floema), onde os nutrientes são utilizados ou armazenados.
A seiva floémica encontra-se nas plantas sob pressão e flui em todas as direcções, a grande velocidade (1m/hora)
A seiva floémica é constituída por sacarose (10 a 30%), aminoácidos, hormonas, iões orgãnicos.
A glicose elaborada nos órgãos fotossintéticos é convertida em sacarose.
A sacarose passa por transporte activo para as células dos tubos crivosos (pois nestas a concentração de sacarose é de 30% e na folha é de 3%).Neste transporte é consumida energia que é transferida de moléculas de ATP produzidas nas células de companhia.
O aumento da concentração de sacarose nos tubos crivosos provoca uma entrada de água (vinda do xilema) nestas células ficando estas túrgidas.
A pressão de turgescência obriga a solução de sacarose a deslocar-se através da placa crivosa para a célula seguinte e assim sucessivamente.
Nos órgãos de consumo ou de reserva a sacarose é convertida em glicose que pode ser usada na respiração ou dar origem a amido que fica como reserva.
A sacarose sai dos tubos crivosos do floema (provavelmente por transporte activo) para os locais de consumo ou de reserva (ex.frutos, raizes, sementes) diminuindo assim a pressão osmótica, o que provoca a saída de água (por osmose) para fora do tubo crivoso e volta ao xilema.