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Resumo/Apontamentos sobre a Ação Humana – análise e compreensão do agir, realizado no âmbito da disciplina de Filosofia (10º ano).
Apenas de pode compreender tendo a noção distinguindo e reconhecendo a diferença entre alguns conceitos
Ex: eu abanei uma árvore e caiu-me uma maça na cabeça
Ex: consciente – andar a pé / inconsciente – dormir, sonhar.
Ex: voluntariamente – beber água / involuntariamente – transpirar
Intenções – curso de acção que alguém pretende seguir, como um objectivo
Desejo – acções intencionais realizadas por uma pessoa que acredita alcançar um fim.
Ex: Vou comprar uma casa maior, para ter mais espaço porque sempre vivi numa casa pequena.
Projecto – comprar casa.
Razão – ter mais espaço.
Motivo – sempre vivi numa casa pequena.
É um processo de reflexão das hipóteses de acção e os motivos que nos levam a actuar desta ou daquela maneira ou mesmo a não actuar. Analisa também as consequências das diferentes acções a tomar. A seguir a esta deliberação é determinada a acção a realizar, tendo em conta o que nos é mais conveniente.
Agente é o que pratica uma acção de forma voluntária, consciente, e deliberou sobre todas as hipóteses.
Liberdade. Ele teve liberdade de escolher fazer ou não fazer porque não foi constrangido.
Responsável. Já que fez a acção de livre vontade terá de ser responsável e arcar com as consequências posteriores.
O que é a liberdade? Corresponde à possibilidade de escolha e de autodeterminação, ou acto voluntário, autónomo e independente de qualquer constrangimento e coacção externa ou interna.
Porém, é possível evidenciar experiências que parecem revelar a inexistência do livre arbítrio. Conclui-se então que, de facto, não podemos fazer aquilo que queremos. Por exemplo, não podemos evitar a força da gravidade. Por mais que nós queiramos saltar de um prédio e voar, não podemos evitar que caíamos no chão. Também é possível observar alguns dos nossos instintos, que são também, incontornáveis, como por exemplo sentir fome ou frio.
Posto isto, considerando as acções do homem como inevitáveis está-se a negar o livre arbítrio, e ao mesmo tempo, a desculpabilizar todas as acções do homem. Isto porque apenas se pode ser responsabilizado por algo, pressupondo que se tenha tido a vontade de o fazer.
Por outro lado, se considerarmos que o sujeito decide todas as suas acções, deliberando-as portanto, este terá se enfrentar as consequências inerentes a essa acção, assumindo-se então, responsável.
Face as estas duas vertentes, a negação, e a afirmação da liberdade, existem várias perspectivas filosóficas.
Negação da liberdade – determinismo, indeterminismo
Afirmação da liberdade – compatibilismo, libertismo
É a vertente filosófica que defende que todos os acontecimentos estão relacionados em “causa-efeito”.
Por ex: Causa – força da gravidade; efeito – queda dos corpos.
Uma causa, é assim, o que faz o efeito ser, o que por si só não seria. Pode-se dizer então que, segundo o determinismo todos os acontecimentos imagináveis estão associados numa relação causa-efeito, submetidas às leis naturais de carácter causal.
Segundo esta vertente, considerando todas as acções do homem inevitáveis, não pode haver a culpabilização do sujeito, visto que este pode desculpar-se com a inevitabilidade da sua acção.
Concluindo; um determinado sujeito, face a uma situação, apenas tem uma alternativa de acção, segundo as leis naturais, e não pode então, tomar a liberdade de escolher não o fazer, ou fazê-lo de maneira diferente.
Corrente filosófica que defende a impossibilidade de prever os fenómenos a partir de causa determinantes.
Dando um exemplo concreto, temos a situação do euromilhões. Apesar de sabermos que são sempre as mesmas bolas de um determinado conjunto de números que determinam o resultado vencedor, antes de se dar o sorteio, é impossível prever o resultado vencedor. Nessa hipótese, o jogo perderia o sentido. Dita-se então, que, quando se ganha, foi apenas por mero acaso, e, as probabilidades de ganhar de novo na semana seguinte são exactamente iguais, no entanto, as pessoas encontram-se satisfeitas, logo não o fazem.
Segundo esta vertente, tal como no determinismo, não se pode responsabilizar o agente, já que não se pode prever a acção do homem.
Desta maneira, o indeterminismo trata-se, tal como o determinismo, de uma vertente que anula o livre arbítrio.
Na perspectiva do compatibilismo, mesmo que as nossas acções sejam causadas, podemos sempre agir de outro modo, se assim o escolhermos. Assim, as nossas acções terão de ser responsabilizadas.
Ex: uma pessoa decide levantar o braço para acenar a alguém conhecido. Esse levantar do braço é totalmente determinado por causa neurofisiológicas; ou seja, existem causas e mecanismos nervosos que determinam o levantar do braço. Todavia, o indivíduo não foi forçado a levantá-lo, isto é, era também possível não levantar o braço.
Este vertente é denominada como compatibilismo, porque, como o nome sugere, compatibiliza. Compatibiliza a vontade livre e o determinismo, no sentido em que, apesar de, todas as acções no mundo estarem determinadas, algumas acções humanas, face a esses acontecimentos, são livres.
Ex: se um homem é forçado a fazer alguma coisa porque lhe apontam uma arma, então a sua conduta é genuinamente não livre. Mas, se por outro lado, ele age livremente, e se decide não o fazer, ou fazer de outra maneira, terá as suas consequências, já que se tratou de uma acção livre.
Esta corrente defende, de um modo mais radical, o livre arbítrio e a responsabilidade do ser humano.
Assim, esta vertente, ao afirmar que o humano possui a capacidade de escolha, está a considerar que, uma determinada acção não é causalmente determinada (determinismo), nem é aleatória (indeterminismo).
Desta maneira, sugere-se que o agente pode interferir no curso normal das coisas pela sua capacidade racional e deliberativa.
Pode-se concluir então, que o corpo do sujeito pode até ser determinado por causa naturais, como não conseguir voar, mas a mente não está determinada, ela autodetermina-se.
Segundo esta perspectiva dita-se ainda, que o sujeito é sempre responsabilizado pelas suas acções, sendo estas, tomadas sobre livre vontade.
As condicionantes da acção humana, ao mesmo tempo que a limitam, também lhe abrem um horizonte de possibilidades, assumindo-se, deste modo, como condições do próprio agir. Consideram-se as seguintes:
Condicionantes físico-biológicas: todas as nossas acções estão dependentes da nossa morfologia e fisiologia, no sentido em que, a maneira como nos envolvemos com o ambiente e com a sociedade depende das características do nosso corpo, algumas das quais, são herdadas geneticamente. Estas condições limitam determinadas acções, mas possibilitam outras.
Condicionantes psicológicas: quando se abordam as condicionantes psicológicas, estas estão inerentes à personalidade, temperamento, carácter, ou estados psicológicos temporários. Estas condicionantes, por exemplo, limitam-nos de estar feliz depois da morte de um familiar próximo, mas por outro lado, permitem-nos estar felizes no nosso dia de anos, ou depois de receber uma boa nota num teste.
Condicionantes histórico-culturais: a acção humana, está também dependente do ambiente social em que se situa. O conjunto de regras, hábitos, costumes e padrões influenciam a acção humana. Logo, podemos tomar uma dada decisão num determinado lugar, e, na mesma situação, mas noutro local, tomar uma decisão diferente.