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Ficha de Leitura sobre a obra de Jostein Gaarder, "A Rapariga das Laranjas", realizado no âmbito da disciplina de Português.
Escola Secundária Fernando Namora
Joana Filipa Pereira Romão nº 16 10º1
Titulo da Obra: A Rapariga das Laranjas
Tempo de leitura: dois dias
Local de leitura: meu quarto
Nome: Jostein Gaarder
Referência bibliográfica: Jostein Gaarder. In Diciopédia X [DVD-ROM]. Porto : Porto Editora, 2006. ISBN: 978-972-0-65262-1
Nascimento: Cidade de Oslo, 8 de Agosto de 1952
Ocupações: escreve romances, histórias infantis, contos. Foi professor de filosofia.
Outras obras: a sua obra mais conhecida denomina-se “O Mundo de Sofia” está traduzida em cerca de 50 línguas, e foi o sucesso desta obra que permitiu a Gaarder ser escritor a tempo inteiro. Outras obras são por exemplo O Mistério de Natal, O Vendedor de Histórias, Vita Brevis, O Enigma e o Espelho…
Tem um título apelativo, o que provavelmente me levaria a olhá-lo duas vezes. No entanto, escolhi lê-lo porque me falaram muito bem dele.
Caracterização da estrutura externa: Esta obra não está dividida em capítulos.
Síntese de:
Introdução: A personagem principal, Georg, começa por dizer que o seu pai morreu há onze anos atrás, e fala das recordações que tem dele, que são poucas, uma vez que o rapaz tem apenas 15 anos. Fala também por alto da sua família, mas vai especificando ao longo do livro. A história começa quando o rapaz recebe uma carta que o seu pai lhe escreveu, antes de morrer.
Desenvolvimento: Retrata basicamente a história de como Jan Olav, o pai de Georg, conheceu a rapariga das laranjas, que era a mulher da sua vida, mas deixa também uma grande pergunta a Georg, uma pergunta que determinará o sentido da vida do rapaz. A princípio, o jovem nem acredita que aquela carta é real, mas à medida que ia lendo, não consegue parar. A rapariga das laranjas é assim chamada porque sempre que Jan Olav a via, esta trazia um saco muito grande cheiinho de laranjas, todas diferentes umas das outras. Nesta história, Jan Olav não conta só os momentos felizes que ocorriam quando a via, mas também as longas tardes que ele passava à procura dela, em vão. Quando se viam, quase nunca falavam, e para ele, ela era um autêntico mistério. Numa longa parte da carta, o pai de Georg divaga bastante sobre que vida levaria aquela bela jovem. Jan Olav fazia sacrifícios, perdia tempo, tudo e mais alguma coisa, apenas para poder ver a rapariga das laranjas. Através desta narrativa, Georg passa a olhar para a vida com outros olhos. Também passa a conhecer verdadeiramente o pai, e redescobre a sua família.
Conclusão: Esta obra acaba quando Georg escreve também a sua carta ao pai. Responde-lhe à pergunta crucial que foi o que originou toda a narrativa, e mostra o ponto de vista de Georg sobre a vida.
A minha opinião? Bem não é fácil de exprimir. Primeiro, porque as palavras existentes não chegam para mostrar a importância que esta obra teve na minha vida. Tal como ao personagem principal da história, também a mim esta narrativa permitiu-me observar o mundo de maneira diferente. Fez-me desenvolver uma capacidade que estava escondida, a capacidade de apreciar as pequenas coisas. Como o autor diz a dada altura na história, “O mundo é um verdadeiro milagre.”, e isso ninguém o pode negar. Devemos aproveitar a nossa vida, porque só existe uma. Temos muita sorte por podermos usufruir deste grande milagre, e só temos a ganhar com ele.
Tenho uma maneira distinta de ver a vida agora, e dou graças à rapariga das laranjas, e a Jan Olav. Adorei este livro sem sombra de dúvida, e aconselho vivamente a sua leitura, seja a quem for! É um livro indicado para público adolescente, da faixa etária dos 15 aos 20 anos, mas não deixa por isso de ser aconselhado a um adulto. Está muito bem escrito, e de uma forma que não cansa a ler. Está também excelentemente estruturado. Após ler a primeira página, é impossível de largar, até se chegar à última.
Passagens interessantes: “Começámos a usar cada vez mais o pronome «nós». Que engraçada é esta palavra! Normalmente diz-se «Amanhã vou fazer isto ou aquilo.» Ou então perguntamos a outra pessoa, ou seja «tu», o que vai fazer. Isso não é difícil de entender. Mas agora, de repente, utilizávamos «nós» de uma maneira cada vez mais natural: «Nós vamos de barco até às ilhas Lang para nadar!» ou: «Nós ficamos em casa a ler! Nós gostámos da peça de teatro!» Até que um dia exclamámos: «Que felizes nós somos!»
A utilização do pronome «nós» pressupõe que duas pessoas desempenhem uma acção comum, como se fossem um ser único.”
“(…) «Nós vamos dar um passeio!» É tão simples, Georg, são apenas cinco palavras, e no entanto, descrevem uma acção com muito significado na vida de duas pessoas.”
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