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Trabalho sobre duas áreas metropolitanas portuguesas (Lisboa e Porto), realizado no âmbito da disciplina de Geografia (11º ano).
Neste trabalho irei explicar a evolução dos centros urbanos portugueses, uma vez que têm havido diferenças e evoluções a esse nível.
Explicarei as implicações que essas mudanças têm tido e também as razões que as levaram a acontecer.
Pretendo diferenciar e comparar as duas áreas metropolitanas portuguesas, a diversos níveis, tais como: as características, a economia e a população.
Espero perceber e ficar a conhecer melhor o dinamismo e vida de cada uma das áreas urbanas, uma vez que elas são zonas de tanta relevância a nível nacional.
No nosso país tem-se dado um considerável crescimento, quer a nível demográfico como a nível funcional. Este crescimento tem originado o crescimento das cidades portuguesas, e, muito especificamente, de Lisboa e do Porto.
Obviamente, se estas cidades crescem e se desenvolvem, acabam por surgir movimentos divergentes.
Estes movimentos provocam a crescente procura das suas áreas periféricas, para:
A este processo chamamos suburbanização. O que acontece é que há crescimento de aglomerados populacionais em torno das cidades principais, e estes acabam por se expandir e, assim, adquirir alguma “vida”/ dinâmica própria.
Assim surgem diferentes funções que são adquiridas às diversas áreas: algumas são mais procuradas para a construção de habitações (ou seja, tem a função residencial, e denominam-se “cidades dormitório”), outras são mais alvo de implantação de indústrias, empresas e serviços (ou seja, geram postos de trabalho, contém infra-estruturas e geram actividade e dinamismo sócio-económico, e denominam-se “cidades-satélite”). Como é evidente, este fenómeno deu origem à elevação destes aglomerados populacionais a cidades.
As últimas cidades referidas, as cidades-satélite, continuam, no entanto, dependentes da cidade principal. As cidades dormitório, evidentemente, ainda mais dependentes estão delas. Esta dependência gera movimentos pendulares, uma vez que a população necessita da cidade principal para trabalhar, porque a cidade onde habita ainda não lhe oferece todas as condições de que necessitam. Esta situação é mais evidente nas cidades-dormitório, claro.
Ao conjunto destas cidades que estão à volta das cidades principais, e das cidades principais em si, chamamos área metropolitana.
No nosso país foram formadas as áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa, como podemos observar na figura 1. Estas foram cidades donas de grande desenvolvimento, como já foi referido anteriormente, e foi isso que levou à formação das ditas áreas metropolitanas, evidentemente.
Nas áreas metropolitanas são evidentes as relações de complementaridade entre os concelhos que a constituem, e também é claro o efeito polarizador e dominador que a cidade-mãe tem sobre as restantes aglomerações. A área de influência das cidades principais é enorme, são zonas com elevados níveis na hierarquia urbana, uma vez que oferecem à população serviços muito especializados e de nível elevado.
O objectivo das áreas metropolitanas é mesmo que as diversas cidades se organizem e cooperem para bem do conjunto. Devem resolver os mais diversos problemas em conjunto, de modo a obter uma articulação estratégica, a qual vai contribuir para promover a internacionalização da zona em questão (com vista a obter uma maior e melhor visibilidade a nível europeu e até mundial) para, consequentemente, atrair investimentos estrangeiros.
Figura 1. Localização das áreas metropolitanas portuguesas, a nível nacional
Numa análise introdutória a este tópico do trabalho pretendo realçar que a distribuição da população em Portugal é bastante irregular. Na imagem observa-se que Portugal contem 84% da sua população em apenas 42% do seu território, o que mostra a concentração populacional principalmente no litoral do país.
Como é óbvio pelo que podemos observar no mapa ao lado, a população portuguesa concentra-se:
AML:
Análise da variação populacional da AML:
Concelhos cuja população aumentou: Cascais, Mafra, Odivelas, Oeiras, Sintra, Vila Franca de Xira, Alcochete, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal
Concelhos cuja população diminuiu: Amadora, Lisboa, Loures, Almada, Barreiro, Moita
Note-se que um dos concelhos cuja população diminuiu foi o de Lisboa, o que mostra a deslocação da população para as áreas periféricas, como foi referido anteriormente neste trabalho.
Numa análise geral destes dados podemos concluir que na maior parte dos concelhos da AML a população diminuiu.
AMP:
Nesta imagem podemos observar, entre outras coisas, que a variação da população foi negada em Espinho e no Porto. A situação é semelhante à da área metropolitana de Lisboa: foram mais os concelhos que aumentaram a sua população do que aqueles que a viram diminuir. E nos casos em que diminuiu, mais uma vez a cidade-mãe foi uma das afectadas, tal como na AML.
Podemos também observar a distribuição da população na área metropolitana do Porto, nos seus diferentes concelhos integrantes.
Este facto realça mais uma vez o movimento de deslocação da população para áreas suburbanas.
Contudo, como observámos no inicio do trabalho, apesar da deslocação das pessoas para áreas exteriores à cidade-mãe, a dependência em relação a ela continua a sentir-se. Essa dependência leva à acentuação dos movimentos pendulares, como podemos observar nas próximas imagens:
Comparando as duas áreas metropolitanas, podemos concluir que as migrações pendulares são mais intensas na Área Metropolitana de Lisboa, verificando-se que em alguns concelhos mais de 50% da sua população residente exerce a sua actividade noutro concelho.
Na área metropolitana do Porto os movimentos pendulares são menos evidentes do que na área metropolitana de Lisboa, mas ainda assim eles existem e são consideráveis.
As deslocações pendulares entre outros concelhos, sem a envolvência das cidades principais, existem nas duas áreas metropolitanas.
Há também pessoas que se deslocam de concelhos exteriores às áreas metropolitanas, para lá trabalhar, tanto nas cidades principais como nas outras cidades pertencentes a elas.
Estes movimentos pendulares tão vincados demonstram:
Através da análise do mapa anterior podemos concluir que:
Na AML:
Na AMP:
O ponto final que podemos concluir através dos dados deste mapa é que, apesar de as zonas do litoral do nosso país, principalmente as que fazem parte das áreas metropolitanas, serem constituídas (na maior parte dos casos) por população maioritariamente jovem, as zonas centrais das áreas metropolitanas estão a ficar cada vez mais envelhecidas. Este é o fenómeno do qual temos vindo a falar ao longo de todo o trabalho, aquele em que a população activa abandona o centro das cidades para habitar as áreas periféricas das mesmas, e é o extracto mais idoso da população que permanece nos centros das cidades.
Este movimento tem várias razões de ser, e entre elas estão:
Mas, como é óbvio, este movimento tem consequências/ custos, tanto a nível económico como social ou até ambiental. Eles são:
No que toca à economia, as duas áreas metropolitanas existentes em Portugal são diferentes. Realmente é inegável que a área metropolitana de Lisboa constitui um pólo de actividade económica e de consumo de valia internacional. Na intermediação entre o nosso país e o resto do mundo, é ela que desempenha um papel fundamental, sem dúvida. É vista como a maior concentração empresarial de todo o nosso Portugal.
A área metropolitana de Lisboa tem uma série de vantagens especiais e extraordinárias, obviamente, no todo nacional.
Querendo contabilizar especificamente a importância da AML a este nível, posso afirmar que em 1991 encontravam-se registadas 70 716 sociedades nos concelhos da área metropolitana de Lisboa, o que é correspondente a cerca de 40% do total do país.
Mais tarde, no ano de 1998, existiam já praticamente 100 000 sociedades. Estas eram responsáveis por 926 272 pessoas empregadas. Este número de postos de trabalho oferecidos chega a equivaler a perto de 40% do emprego nacional (neste tipo de actividades).
A dimensão empresarial da AML é ainda mais visível ao nível da produção, já que a sua produtividade por trabalhador é perto de 28% superior à média do nosso país!
A AML revela também que se trata de um importante pólo de consumo, favorável à expansão de vários tipos de actividades económicas, uma vez que tem cerca de 2.5 milhões de cidadãos e detém um PIB per capita 40% mais elevado do que a média nacional no nosso país.
Na área metropolitana de Lisboa existem zonas especializadas em:
Já na AMP a economia baseia-se mais em:
No caso das duas áreas metropolitanas, é extremamente importante promover a internacionalização, através de eventos e estratégias atractivas, de forma a receber pessoas do estrangeiro, por um lado, e ainda “concorrer” a possíveis financiamentos, por outro lado.
São estas áreas que representam o nosso país a nível europeu e até mundial, e daí vem a evidente importância de nos preocuparmos em internacionalizar essas áreas.
Finalmente decidi incluir neste trabalho os mapas anteriores, que nos mostram as áreas de influência das AM portuguesas. Estes dados só vêm realçar a importância das duas áreas metropolitanas a nível económico, no contexto nacional.
Com a realização deste trabalho pude aperceber-me de algumas diferenças entre as áreas metropolitanas, que são:
Aprendi que apesar de ser parecidas em algumas coisas, as AM têm também diferenças evidentes.
Para além disso analisei também as tendências a nível urbano no nosso país, nomeadamente a sub-urbanização, a expansão urbana…
Observei que existem diversas razões para que as cidades estejam a expandir-se, e também que isso tem as suas consequências.