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Argumentação e Retórica - NotaPositiva

O teu país

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Carina Figueiredo

Escola

Escola Secundária Fonseca de Benevides

Argumentação e Retórica

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Resumo do trabalho

Resumo/Apontamentos escolares sobre Argumentação e Retórica, realizado no âmbito da disciplina de Filosofia (10º ano de escolaridade)...


Argumentação e Retórica

Elementos constitutivos do processo comunicativo:

Orador (emissor); discurso argumentativo: tese e argumentos (mensagem); auditório (receptor).

Retórica – arte de bem falar com vista a persuadir os outros.

Discurso argumentativo – acto comunicativo que apresenta provas ou razões para defesa de uma opinião, as quais visam persuadir o receptor e inferir nas suas atitudes e comportamentos.

Auditório – pessoa ou conjunto de pessoas que o orador deseja persuadir com o seu discurso.

Demonstração e Argumentação:

Demonstração (lógica formal)

O que é

Consiste em apresentar provas lógicas irrecusáveis.

Ponto de partida

O seu ponto de partida é constituído por proposições indiscutíveis, quer se trate de afirmações objectivamente verdadeiras ou de hipóteses admitidas.

Objectivo

Visa mostrar a relação necessária entre as premissas e a conclusão.

Relação entre premissas e conclusão

- Se o raciocínio for válido e se as premissas forem verdadeiras, a conclusão é necessariamente verdadeira – a conclusão aparece como necessária ou constringente (se aceitarmos a verdade das premissas, somos obrigados a aceitar a verdade da conclusão);

- É do domínio da evidência e da necessidade;

- Duas proposições incompatíveis entre si não podem ser simultaneamente verdadeiras.

Relação ao auditório

É impessoal – qualquer sujeito a pode realizar de modo igual; a sua validade não depende da opinião do sujeito que a executa. A verdade de uma conclusão deve-se exclusivamente à sua relação necessária com as premissas. Uma vez demonstrada, a conclusão impõe-se de modo absoluto a todos, não havendo variabilidade na intensidade com que é aceite por cada indivíduo.

Relação ao contexto

A impessoalidade da demonstração faz com que ela seja, também, isolada de qualquer contexto. Demonstrar que um ângulo externo de um triângulo é igual à soma dos ângulos internos opostos implica um raciocínio alheio a opiniões, interesses, necessidades, disposições físicas ou emocionais, época em que vivemos ou cultura em que somos educados.

Tipo de linguagem

Utiliza uma linguagem artificial ou simbólica, desprovida de ambiguidades, ou seja, inequívoca em que a cada símbolo corresponde um só significado: permite uma única interpretação.

Argumentação (lógica informal/retórica)

O que é

Consiste em apresentar razões a favor ou contra uma determinada tese.

Ponto de partida

Parte de proposições discutíveis que se pretende que sejam aceites.

Objectivo

Visa provocar a adesão do auditório a uma conclusão ou tese.

Relação entre premissas e conclusão

- Não existe um nexo de necessidade lógica entre premissas e conclusão: a conclusão a que se chega é apenas aceitável, verosímil;

- É do domínio do verosímil, plausível, provável;

- Duas teses contrárias podem simultaneamente ter valor e serem plausíveis.

Relação ao auditório

É pessoal – o orador dirige-se a um auditório do qual tenta obter adesão. A aceitação da conclusão depende de cada uma das pessoas que integram o auditório. O orador esforça-se por conquistar em cada um o máximo de adesão. Nem todos poderão aderir ao que o orador defende, e os que aderem fazem-no com uma intensidade variável.

Relação ao contexto

A pessoalidade da argumentação torna-a, também, contextualizada, situada. O orador deve saber escolher convenientemente os argumentos para poder convencer aqueles a quem se dirige. Os efeitos da argumentação variam em função de quem diz, como diz, a quem diz e para que diz.

Tipo de linguagem

Utiliza uma linguagem natural, susceptível de ambiguidades, ou seja, equívoca. Uma palavra ou expressão pode ter mais que um significado: permite uma pluralidade de interpretações.

Argumentação:

- Actividade intelectual (implica pensar, relacionar conceitos, construir argumentos com vista à aceitação do nosso ponto de vista);

- Actividade comunicativa (implica emitir/receber mensagens, discutir e partilhar pontos de vista);

- Actividade discursiva (é pelo discurso, oral ou escrito, que a argumentação se manifesta/materializa);

- Actividade social (implica uma relação entre pessoas).

Tipos de auditório:

Individual – constituído por apenas uma pessoa com a qual se estabelece diálogo.

Particular – conferências, comício político ou homília religiosa.

Universal – teses filosóficas e outras que procuram solucionar os grandes problemas com que a humanidade se confronta ( o que se afirma pretende ser válido para a humanidade inteira).

Segundo Perelman:

Persuadir significa exercer influência sobre um auditório particular, individual ou nós próprios, mas quando a influência é exercida sobre um auditório universal, então já é convencer.

Assim, persuade-se um auditório particular tendo em conta a sua especificidade afectiva, valorativa, etc; convence-se um auditório universal a partir de argumentos racionais que são universalizáveis (que todos possam aceitar).

O papel do auditório:

O orador que se propõe falar só para si (não presta a devida atenção ao auditório) arrisca-se a não ser ouvido ou, se o é, a ter tido como um visionário, um detentor da verdade para quem a partilha de opiniões é assunto secundário. É que a argumentação não se desenrola num campo vazio que deixe liberdade ao emissor, mas no contexto de uma comunidade de espíritos, numa espécie de sintonia entre o orador e o auditório. Se o alvo da argumentação é o auditório que se quer cativar e influenciar, o orador deve, portanto, prestar-lhe especial atenção, tornando-se imperativo que disponha de um conhecimento prévio a seu respeito. Se o orador conhecer as motivações, as aspirações, os valores, as crenças, a idade, a religião professada, a cultura, as habilitações literárias e o sexo do auditório a quem se dirige, poderá estar a garantir a boa recepção da sua tese. Se estiver na posse desse conhecimento, poderá adaptar ao auditório o tipo de linguagem que irá utilizar ou o tipo de exemplos a que recorrer. Este conhecimento deve ser reforçado no decorrer do diálogo, pela captação de reacções de feed-back emitidas pelos interlocutores.

O auditório constitui-se, assim, como factor determinante, como elemento condicionador do processo argumentativo, até porque ele só aceita as proposições transmitidas pelo orador se as julgar razoáveis, plausíveis e prováveis.

O acordo:

Perelman considera o acordo não como algo a que automaticamente se chega, mas como um objectivo a atingir, como uma espécie de conquista esforçada a fazer no decorrer da argumentação. É que para além da verdade ou falsidade das proposições, existem outros critérios a pesar em relação à sua aceitabilidade ou recusa as proposições podem ser oportunas, socialmente úteis, equilibradas, de acordo com a tradição ou levar a consequências desejáveis.

À semelhança do que acontece na lógica judicial, em que o objectivo do advogado não é propriamente a verdade, mas granjear a adesão do juiz, também na maior parte dos casos da vida, as pessoas decidem, fazem escolhas, aderem a opiniões, recusam factos e ideias, norteando-se por critérios que ultrapassam a verdade ou falsidade das proposições.

Perelman fala de acordos prévios: são proposições não questionadas, aceites pelo auditório antes de se dar início à argumentação e que constituem a base do discurso. O orador deve procurar partir do acordo para a tese que quer ver aceite pelo auditório (deve partir daquilo que é partilhado e aceite pelo auditório para depois chegar àquilo que deseja ver aceite. Caso não percorra este caminho, o orador arrisca-se a não ser ouvido).

Técnicas de retórica (inventadas pelo orador):

Ethos (orador)

No contexto da retórica, o ethos refere-se ao carácter do orador (moral) que, se for considerado como pessoa íntegra, honesta e responsável conquista mais facilmente a confiança do público. Quando o público pressupõe que o orador é uma pessoa leal, séria e credível está mais predisposto a aceitar o que está a ser dito. Aristóteles não fala do carácter real do orador, mas de uma técnica de retórica que tem de cultivar para dar a impressão de que possui tais características. Por isso, o orador tem que ser perspicaz, conhecer o público-alvo e investir em si próprio para dar aparência de uma pessoa moderada e digna de confiança. Segundo Aristóteles, o orador necessita de dar a impressão de uma pessoa que reúne três características essenciais: racionalidade, excelência, e benevolência. Racionalidade, pois só uma pessoa de raciocínio desenvolvido é capaz de descobrir soluções ideais para os problemas dos cidadãos. A excelência e a benevolência (qualidades que se devem relacionar com a realidade) devem associar-se à razão para mostrar que o orador não deturpa os acontecimentos, não tem segundas intenções, nem se dispõe a enganar os ouvintes.

Pathos (auditório)

Na retórica, pathos refere-se às emoções despertadas nos ouvintes, que constituem um elemento determinante na recepção da mensagem. Dado que a reacção do público é diferente conforme passa por estados de calma ou ira, alegria ou tristeza, amor ou ódio, piedade ou irritação, o orador deve desenvolver a técnica de despertar sentimentos, aqueles que são os mais adequados ao seu objectivo. O auditório deve ser emocionalmente impressionado e seduzido.

Logos (discurso)

Neste contexto, logos refere-se àquilo que é dito, ao discurso argumentativo, aos argumentos que o orador utiliza na defesa da tese. A argumentação deve estar bem estruturada do ponto de vista lógico-argumentativo para ser clara e bem compreendida. Para Aristóteles deve haver uma ordem para a organização das partes principais de um discurso:

- Exórdio, que incluía a apresentação do tema a tratar e visava despertar a atenção do auditório para o discurso.

- Apresentação dos factos, em que o orador expõe a sua tese.

- Discussão, que incluía os argumentos a favor da tese, considerando possíveis objecções.

- Peroração, momento em que se termina com uma fórmula sintética.

Indução: generalizações e previsões:

As generalizações e as previsões são duas espécies de argumentos indutivos.

Generalização indutiva – argumento com uma conclusão geral extraída de casos particulares.

“Cada um dos cisnes observados até agora é branco.

Logo, os cisnes são brancos.”

Previsão indutiva – parte de casos particulares, mas a conclusão inferida é a de que algo ocorrerá no futuro.

“Cada um dos cisnes observados até agora é branco.

Logo, o próximo cisne que observarmos será branco.”

Em ambos os casos, parte-se de premissas que dizem respeito a casos particulares (amostra). A partir dessa amostra, pode extrair-se uma conclusão geral (generalização) ou inferir que algo ocorrerá no futuro (previsão). Em ambos os casos, a conclusão ultrapassa a informação contida nas premissas.

Os argumentos deste género são fortes se as suas premissas, caso sejam verdadeiras, constituírem uma razão para aceitarmos que é muito provável, embora não logicamente impossível, que a conclusão seja verdadeira.

Semelhanças

- Partem de premissas que descrevem casos particulares observados (amostra);

- A conclusão ultrapassa a informação contida nas premissas – dá-se o salto lógico do conhecido para o desconhecido, pois a conclusão vai para além daquilo que é garantido pelas premissas.

Diferenças

Na generalização indutiva a conclusão que se infere aplica-se a todos os casos: aos observados e aos não observados; enquanto que na previsão indutiva a conclusão que se infere é a de que algo ocorrerá no futuro.

Como saber se uma generalização ou uma previsão é um bom argumento?

Dimensão da amostra – quanto maior é a amostra melhor será a indução.

Ter uma amostra suficientemente variada ou representativa – quanto mais diversificada é a amostra, também melhor será a indução.

Argumentos por analogia:

Os argumentos por analogia baseiam-se numa comparação. Afirma-se nas premissas que duas coisas diferentes se assemelham significativamente e que uma delas tem uma certa propriedade. Por analogia, conclui-se, então, que a outra também tem essa propriedade.

“O universo é como uma máquina.

As máquinas são criadas por seres inteligentes.

Logo, o universo foi criado por um ser inteligente.”

Condições a que se deve submeter um bom argumento por analogia

- Uma analogia não é aceitável se os objectos comparados não forem semelhantes nos aspectos relevantes (não podem existir entre eles diferenças fundamentais)

- Quanto maiores forem as semelhanças relevantes entre os objectos comparados nas premissas, mais estas confirmam a conclusão e, assim, melhor será o argumento.

Argumentos de autoridade:

Nos argumentos de autoridade conclui-se que uma proposição é verdadeira invocando uma autoridade, que declara que essa proposição é verdadeira.

“Platão e Descartes acreditavam na imortalidade da alma humana.

Logo, a alma humana é imortal.”

Neste tipo de argumentos as premissas podem confirmar a conclusão, podem torná-la provavelmente verdadeira.

Condições que se devem verificar num bom argumento de autoridade

- Condição de competência (profundo conhecedor, especialista do assunto em questão)

    . a autoridade invocada tem de ser competente no que respeita ao assunto em causa;

    . não podem existir autoridades igualmente competentes que a contradigam.

- Condição de imparcialidade (não deve ter interesses pessoais)

    . a autoridade invocada tem de ser imparcial sobre o assunto em causa.

Entimemas (argumento em que uma ou mais premissas estão ocultas, subentendidas):

Os entimemas são argumentos inválidos se tomados à letra, mas que se tornam válidos quando acrescentamos as premissas em falta.

“Se fosse possível viajar no tempo, seria possível ultrapassar a velocidade da luz.

Logo, não é possível viajar no tempo.”

Vantagem

Podem ser úteis, quando em muitos contextos é desnecessário, por serem óbvias, explicitar todas as premissas.

Desvantagem

Por vezes são enganadores, quando as premissas implícitas ou subentendidas são controversas.

Falácia informal – Argumentos em que as premissas não sustentam a conclusão em virtude do seu conteúdo ou de defeitos na linguagem.

Falácias da irrelevância (as premissas não são relevantes para sustentar as conclusões):

Falácia do apelo à força – Uso de ameaças ou intimidações com o objectivo de fazer aceitar uma afirmação.

(Para conduzir o auditório a aceitar uma tese, em vez de se apresentar argumentos a favor dela, recorre-se a ameaças físicas ou psicológicas. Apontar uma arma a alguém tem efeitos persuasivos mas não é uma situação argumentativa pois impede que a pessoa decida livremente.)

Falácia contra a pessoa – Atacar ou lançar em descrédito uma pessoa com o objectivo de mostrar que as suas afirmações são falsas.

(Em vez de se refutar a tese que alguém defende, ataca-se a pessoa que a defende, descrevendo-a negativamente em função da classe social, da raça, da religião, do partido político.)

Falácia do apelo à ignorância – Refutação ou defesa de um enunciado, invocando que ninguém provou que é verdadeiro, ou que é falso, respectivamente.

Falácia do apelo à misericórdia – Tentativa de convencimento do auditório, exercendo sobre ele uma pressão psicológica à base de sentimentos de piedade ou compaixão.

Falácias da insuficiência de dados (as premissas não fornecem dados suficientes para garantir a verdade das conclusões):

Falácia da falsa causa (post hoc, ergo propter hoc) – atribuição da causa de um fenómeno a outro fenómeno, pela razão de o preceder no tempo.

Falácia da circularidade – Adopção da conclusão que se quer demonstrar para premissa do raciocínio.

(Pressupõe-se nas premissas aquilo que se quer provar com o argumento, assumindo-se como provado aquilo que se pretende provar.)

Falácias da ambiguidade (as premissas estão formuladas numa linguagem ambígua):

Falácia do falso dilema – Apresentação de duas alternativas como sendo únicas em dado universo, ignorando outras possibilidades.



281 Visualizações 15/08/2019