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Trabalho escolar sobre As Condicionantes da Ação Humana, no filme "O Clube dos Poetas Mortos" realizado no âmbito da disciplina de Filosofia (10º Ano)...
O Clube dos Poetas Mortos tem como plano de fundo a escola preparatória (secundária) para jovens rapazes, a Academia Welton, esta era liderada por fortes pilares inquestionáveis: tradição, honra, disciplina e excelência; e um ensino severo e ortodoxo, matador de sonhos. No meio disso temos John Keating, professor de poesia, que não se regia pelas normas da escola, inspirando os alunos a tornarem as suas vidas em algo merecedor de se viver, sendo umas das suas primeiras palavras para com os alunos, sido “Carpe Diem” (Aproveita o Dia).
No meio dos alunos de Keating temos 2 que me despertaram mais interesse, os colegas de quarto Neil Perry e Todd Anderson. Neil, um rapaz cheio de sonhos e interesses com as asas cortadas pelo seu pai que o quer focado a formar-se em medicina, é um perfeito caso de liberdade situada, ele tinha o livre-arbítrio de seguir os seus sonhos, fazer teatro, de se rebelar contra o seu pai, mas os seus “caminhos” estavam limitados e estreitos, por causa da condicionante, a “mão pesada” de seu pai. Ele ama o teatro, é algo que o deixa sem ar, algo que lhe deixa ofegante, feliz, algo que faz a sua vida ser merecedora de se viver, a liberdade faz a sua vida merecedora de se viver. E ele luta por essa liberdade, por esse amor, pelo teatro, até que ele sente que os “caminhos” estão a ficar menos e mais estreitos, que a proximidade dele com esse amor está a ficar nula, e decide que “uma vida que elimina a liberdade, não merece ser vivida”, suicidando-se com a pistola de seu pai após se despedir da sua paixão e da vida. Todd por outro lado era um rapaz contido e tímido, mas com tanto para dar, no momento em que Keating chama-o para apresentar o poema que este deveria ter feito e o ajuda a se soltar e a mostrar um pouco da sua essência, a sua poesia é simplesmente magnífica, um pouco de confiança e inspiração. As condicionantes na sua liberdade, na sua ação, são um bocado mais não visíveis, visto que , pelo menos no início a sua atitude revela algum acatamento pelos ordens impostas, até porque ele era demasiado tímido para defender as suas ideias, ou para se impor. O que Keating fez na sua vida, o que todos os outros rapazes inspirados e libertos fizeram na sua vida é tão estrondosamente visível, ele passou do rapaz tímido e contido, que não se expressava, para aquele que foi o primeiro a se pôr de pé na secretária dizendo “Oh Captain! My Captain!” após Keating ser expulso da escola, na minha perspetiva esta cena final tem tanta importância, Todd governou o seu livre-arbítrio fez o que achou certo perante uma injustiça, sendo este também um momento em que Keating olhou, sorriu e viu o que fez, a mudança que fez naquelas vidas, a inspiração.
Dois rapazes, um morto e um vivo, as semelhanças entre eles? Decidiram governar o seu livre-arbítrio, a sua liberdade, situada ou não, governaram aquilo que lhes pertencia.
“Fui para os bosques viver de livre vontade,
Para sugar todo o tutano da vida…
Para aniquilar tudo o que não era vida,
E para quando morrer, não descobrir que não vivi!”