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Trabalho sobre o Atletismo e as suas diversas modalidades, realizado no âmbito da disciplina de Educação Física (11º ano).
A origem do Atletismo está relacionada com a própria origem do ser humano que, por necessidade, defesa ou até prazer, já corria, saltava ou lançava.
Depois, os diferentes povos foram inventando formas variadas e competitivas de corridas, saltos e lançamentos com diversas finalidades: preparação para a guerra, agradecimento aos deuses e homenagem aos heróis desaparecidos.
Nos nossos dias, o Atletismo é uma modalidade desportiva que engloba várias disciplinas, como corridas, marchas, saltos, lançamentos e provas combinadas.
Neste trabalho vão estar presentes os tipos de modalidades complementares ao atletismo e a sua forma de execução e o papel do atletismo nos jogos olímpicos.
Durante este trabalho, terás oportunidade de aprofundar os teus conhecimentos sobre a modalidade.
O atletismo é a forma organizada mais antiga de desporto e vem-se celebrando há mil anos. As primeiras reuniões organizadas da história foram os Jogos Olímpicos, que iniciaram os gregos no ano 776 a.C. Durante muitos anos, o principal evento olímpico foi o pentatlo, que compreendia lançamentos de disco, salto de longitude e luta livre. Outras provas, como as carreiras de homens com armaduras, fizeram parte mais tarde do programa. Os romanos continuaram celebrando as provas olímpicas depois de conquistar a Grécia no 146 a.C. No ano 394 da nossa era o imperador romano Teodósio aboliu os jogos. Durante oito séculos não se celebraram competições organizadas de atletismo. Restauram-se na Inglaterra em meados da metade do século XIX, e então as provas atléticas converteram-se gradualmente no desporto favorito dos ingleses. Em 1834 um grupo de entusiastas desta nacionalidade alcançou os mínimos exibíeis para competir em determinadas provas. Também no século XIX se realizaram as primeiras reuniões atléticas universitárias entre as universidades de Oxford e Cambridge (1864), o primeiro mitin nacional em Londres (1866) e o primeiro mitin amador celebrado nos Estados Unidos em pista coberta (1868). O atletismo posteriormente adquiriu um grande seguimento na Europa e América. Em 1896 iniciaram-se em Atenas os Jogos Olímpicos, uma modificação restaurada dos antigos jogos que os gregos celebravam em Olímpia. Mais tarde os jogos celebraram-se em vários países com intervalos de quatro anos, excepto em tempo de guerra. Em 1913 fundou-se a Associação Internacional de Federações de Atletismo. Com sede central de Londres, a associação é o organismo reitor das competições de atletismo a escala internacional, estabelecendo as regras e dando oficialidade às melhores marcas mundiais obtidas pelos atletas.
Um estádio é concebido de modo a que possam ocorrer ao mesmo tempo provas de corrida (ou pista), bem como de saltos e lançamentos (ou campo).
A pista moderna é oval, mede 400 m de perímetro, e possui seis a dez faixas. A superfície da pista é geralmente de plástico ou borracha, o que a torna tanto resistente ao tempo como ao atrito. As modalidades de campo realizam-se no centro da pista, área essa que se designa por centro do campo.
As provas de pista e campo são disputadas em pista de atletismo e reúnem: corridas rasas, corridas com barreiras ou com obstáculos. Já as provas de campo englobam saltos, arremesso e lançamentos. Há ainda as provas combinadas, como o Decatlo e
O atletismo e um conjunto de desportos constituído por três modalidades corrida, lançamentos e saltos. De modo geral, o atletismo é praticado em estádios, com excepção de algumas corridas de longa distância, praticadas em vias públicas ou no campo, como a maratona.
Uma das modalidades atléticas mais excitantes é a corrida de estafetas, constituindo, com frequência, o ponto alto das competiçõe s importantes, como os Jogos Olímpicos, e sendo, habitualmente, a última das provas. Ao contrário da maioria das outras, esta é uma prova de equipa, em que quatro corredores fazem um determinado trajecto. Cada corredor é escolhido por ter um mérito especial. O mais rápido actua na primeira posição, os mais potentes ocupam a segunda e a última, e o melhor a descrever curvas actua em terceira. O primeiro passa ao segundo um testemunho, e assim sucessivamente. As principais provas são 4x100 m e 4x400 m.
O testemunho é um tubo macio e oco, com cerca de 30 cm de comprimento e 12 cm de perímetro. Pode ser feito de madeira, metal ou plástico, e pesa 50 g apenas. Em geral, os testemunhos têm uma cor viva, para se verem com facilidade. Uma boa passagem do testemunho pode poupar preciosos segundos numa corrida. Na prova dos 4x100 m, o corredor que parte não olha para trás ao receber o testemunho, mas na dos 4x400 m, que é muito fatigante, o corredor que parte olha para trás na passagem do testemunho.
Passagem por cima - Das duas passagens de testemunho, esta é a mais fácil de aprender e a mais segura de utilizar. O corredor da frente mantém o braço baixo, o que facilita a entrega do testemunho.
1- Quando o corredor da frente ouve o de trás gritar-lhe, estica a mão esquerda, com a palma virada para baixo. O polegar e o indicador devem formar um V.
2- O portador do testemunho levanta-o até ao V formado pela mão do corredor da frente. O corredor nº 1 deve agarrar o testemunho pelo seu primeiro quarto, o nº 2 pelo segundo, etc.
3- O portador do testemunho larga-o quando vê que o corredor da frente o agarrou. O testemunho é transportado na mão direita desse corredor e transferido para a mão esquerda do corredor seguinte.
Passagem por baixo - Quando se faz correctamente, esta passagem torna-se a mais rápida. Contudo, é a mais difícil, porque o corredor da frente eleva mais o braço para receber o testemunho.
1- O portador do testemunho agarra a extremidade deste, enquanto o corredor da frente leva a mão direita atrás, com a palma virada para cima.
2- O portador entrega o testemunho baixando-o para a mão esticada do outro. Este deve ter os dedos a formar um V.
3- O corredor da frente pega no testemunho coma mão direita, pronto a passá-lo para a mão esquerda do próximo corredor.
Nos Jogos Olímpicos de 1896, a primeira destas corridas executou-se numa distância de 100 m. Nessas primeiras competições as barreiras eram, na realidade, barreiras para carneiros, pregadas à pista, portanto, muitíssimo pesadas e capazes de magoar gravemente um atleta q ue derrubasse uma delas. Hoje, esta prova pratica-se em distâncias de 100 m (mulheres), 110 m (homens) e 400 m (homens e mulheres). As barreiras actuais são uma barra de madeira apoiada em dois postes de metal ajustáveis. Não estão presas à pista, mas têm de pesar o suficiente para que seja precisa uma força de 3,6 kg para as derrubar. A altura da barreira varia consoante a idade e o sexo. Abaixo dos 14 anos (A-14) dos rapazes e dos 17 anos (A-17) das raparigas, emprega-se a barreira de 76 cm; os rapazes A-15, as raparigas A-20 e as mulheres mais velhas saltam uma barreira de 84 cm; os rapazes A-17 transpõem uma altura de 91,4 cm, e os homens mais velhos uma de 106,7cm. Quando os atletas estão a saltar barreiras, esforçam-se por executar uma corrida suave e contínua, apenas ligeiramente interrompida cada vez que passam sobre uma barreira, a isso chama-se técnica de barreiras.
O Triplo Salto é um dos tipos de salto mais complicados e exigentes. As suas origens remontam tão longe quanto os antigos Jogos Olímpicos dos Gregos, quando não existiam quaisquer regras e os atletas podiam dar dois pulos e um salto, ou três passos e um salto. Ainda nos primeiros Jogos Modernos, James Conolly, o vencedor, ganhou com dois pulos e um salto. Hoje as regras obrigam os atletas a “um pulo, um passo e um salto”, enquanto tentam cobrir a maior distância possível. Para esta modalidade os atletas precisam de ser ágeis e ter pernas muito fortes. O ritmo também é importante, já que necessitaram de tornar os voos de cada fase tão iguais quanto possível e devem ter noção da sincronização ao aterrarem.
1- O atleta esforça-se por ganhar velocidade na corrida de balanço, por causa da rapidez e da distância que irão perder cada vez que fizerem a chamada.
2- O pulo de chamada deve ser rápido e enérgico. Batem na tábua de chamada com o pé todo e avançam com essa perna, atirando-a para cima, de forma a que a sua coxa fique paralela à pista.
3- Arremessam a perna esquerda para uma posição horizontal, de maneira a ficar paralela ao chão e lhes impulsionar o joelho direito para trás. Nesta fase de contacto intermédio tentam “cravar” o pé esquerdo no chão, da frente para trás, atirando, assim, o corpo para a frente.
4- Ao caírem, os seus pés devem estar um pouco à frente dos joelhos e das ancas. Serão impulsionados para a frente pelo pé em que caem, “cravado” no chão, bem como pela oscilação do joelho direito.
5- Aproveitando ainda o movimento oscilatório de um só braço, entram na fase do passo. O voo é semelhante ao do pulo. Com as pernas bem afastadas, levantam a perna direita e arremessam-na para a frente.
6- Este passo de contacto intermédio é o mais difícil do triplo salto porque é executado com a perna mais fraca e porque já terão perdido imensa velocidade e ímpeto nas duas chamadas anteriores. Quando, caírem, lançam os braços para a frente preparando, assim, a sua próxima chamada.
7- Partem imediatamente com a perna do contacto intermédio. A chamada do salto é mais elevada do que a do pulo e do passo, e faz um ângulo de 20-24º.
8- Quando levarem o joelho direito ao encontro do esquerdo, pareceram suspensos no ar, por instantes, até dobrarem o corpo para a frente, pronto a aterrar. A este movimento chama-se “salto pairante”.
9- Quando tocarem na areia, projectam os braços para a frente e deixam que os joelhos se dobrem um pouco - impedindo que o corpo caia para trás ao aterrarem.
As medidas de distância do triplo salto, bem como do salto em comprimento, são medidas a partir da tábua de chamada até à marca mais próxima que existir na areia. Por conseguinte, devem sempre tentar cair para a frente, na aterragem e afastarem-se pela frente do buraco. Se caírem ou andarem para trás, os seus saltos serão medidos a partir da distância mais curta.
De todas as provas de salto, o salto em comprimento é talvez o mais natural de executar e o mais simples de aprender. O objectivo é fazer a chamada atrás de uma determinada linha e tentar cobrir a maior distânc ia possível, antes de aterrar na caixa de areia. A modalidade torna-se mais difícil devido às velocidades fantásticas que o corredor tem de alcançar na corrida de balanço, porque isso afecta directamente o comprimento do salto. Os saltadores com mais sucesso nesta modalidade muitas vezes têm a constituição dos sprinters - altos, com pernas compridas e uma boa capacidade de arranque. Nos treinos devem esforçar-se por desenvolver a sua força, um bom sentido rítmico e a capacidade de avaliar distâncias com rigor. Há quatro fases distintas no salto em comprimento: a corrida de balanço, a chamada, o voo e a queda ou aterragem.
1- Batem na tábua de chamada com o pé todo, e depois, avançam rapidamente com a perna livre, lançando-a para cima e para a frente. Estendem a outra perna e conservam o corpo direito enquanto se impulsionam.
2- Durante o voo tentam dar uma ou duas passadas, o que os ajudará a impulsionar o corpo para diante, enquanto estão no ar.
3- Quando se preparam para aterrar juntam as pernas e balançam-nas para a frente. Conservam os pés elevados e fazem oscilar os braços para trás, enquanto o corpo avança.
4- No momento em que tocam com os pés na areia, dobram ligeiramente os joelhos e tentam impulsionar-se para além da marca feita pelos pés.
Um dos factores mais importantes no salto em altura é o material em que os atletas têm que aterrar. Até princípios da década de 60, caíam sobre areia e, por conseguinte eram forçados a servir-se de uma técnica de salto que lhes garantisse uma queda incólume. O aparecimento de uma área de espuma, permitiu aos atletas concentrarem-se na passagem sobre a fasquia. Tal como o salto em comprimento e o triplo salto, o salto em altura tem quatro fases: corrida de balanço, chamada, passagem da fasquia e queda ou aterragem.
Os dois tipos principais de salto em altura são o Fosbury e a tesoura. O estilo Fosbury foi usado pela primeira vez no México, quando um atleta americano, nos Jogos Olímpicos, em 1968. Em vez de executar o habitual salto em tesoura, Fosbury espantou a multidão ao passar a fasquia de costas e cair sobre estas. Embora seja uma técnica ligeiramente mais difícil de aprender do que a da tesoura, vai permitir um salto muito mais elevado.
1- A corrida de balanço deve consistir em 8 a 10 passadas. As primeiras 4 e 5 serão lineares e vão permitir ganhar velocidade, enquanto as últimas 4 e 5 serão curvilíneas, para os fazer elevar sobre a fasquia.
2- Enquanto se aproximam da fasquia, dão as últimas passadas mais curtas e mais rápidas. Tentam cair sobre os calcanhares, porque isso fará com que consigam baixar as ancas e flectir a perna da chamada, aprontando-se para o salto.
3- O seu pé de chamada deve estar agora a apontar na direcção que pretendem. Mantêm dobrada a perna interior, enquanto fazem avançar a coxa e a levantam.
4- Em consequência da corrida de balanço curvilínea, o seu corpo irá virar-se enquanto saltam, e serão impulsionados sobre a fasquia, de cabeça para a frente.
5- Enquanto passam a fasquia, levantam a cabeça e os ombros, para verem os pés. Mantêm as costas direitas, empurram os ombros para trás e os calcanhares para dentro. Isso irá evitar-lhes que as ancas caiam e irá elevar-lhes as pernas sobre a fasquia. Esforçam-se por cair sobre as costas e os ombros.
Salto com vara é um evento atlético onde os competidores usam uma vara longa e flexível para alçar altura, e passar por cima de uma barra.
Competições de salto com vara aconteciam na Grécia antiga. Até o início do século XX, as varas eram feitas de bambu ou madeira e, posteriormente, passaram a ser feitas de alumínio. Actualmente, as varas modernas são feitas de fibra de carbono ou fibra de vidro. Estas mudanças geraram grande diminuição do peso da vara e maior flexibilidade, e graças a estes avanços os recordes de salto com vara tornaram-se cada vez mais altos.
A pista oficial no salto com vara deve medir no mínimo 45m. O atleta deve saltar sobre um travessão - a fasquia ou sarrafo - apoiado em duas traves verticais.
São permitidas um máximo de três tentativas para cada altura escolhida pelo atleta, o qual pode se recusar a saltar sob determinadas alturas com o intuito de alcançar mais rapidamente marcas maiores. Contam como faltas a queda do sarrafo, tanto pelo corpo do atleta quanto pela vara, e a mudança da posição das mãos após a vara ser fincada na caixa de apoio. Três faltas seguidas acabam com a prova.
O praticante desta modalidade roda em torno de um círculo antes de arremessar um objecto plano e redondo, designado por disco. O disco remonta ao século VIII a.C. Até 1912, o disco era lançado de uma plataforma inclinada. Hoje, os atletas são obrigados a lançá-lo de dentro de um círculo com 2,5 m de diâmetro. Têm de dar uma volta e meia ao círculo, antes de largarem o disco - o que significa que a acção é mais parecida com um arremesso de uma funda do que com um lançamento.
O disco é feito de madeira e contornado por um aro de metal. A parte central pode ser de madeira, metal ou borracha. Para segurar o disco, ele deve estar folgado na palma da mão lançadora, com a beira apoiada nas pontas dos dedos. Podem abrir os dedos a intervalos regulares, ou manter juntos o indicador e o médio. Em ambas as preensões, servem-se do polegar para manterem o disco numa posição firme. Uma das melhores maneiras de aprender a lançar o disco é parado. Isso vai ensinar os elementos básicos da modalidade e também irá auxiliar o treino futuro. Usar esta técnica aumenta gradualmente a velocidade, fazendo girar os braços e o tronco a partir das ancas.
1- Parados, com os pés afastados à mesma largura dos ombros, seguram o disco na mão que lhes der mais jeito. Viram um pouco o corpo, enquanto estendem o braço para trás.
2- Fazem girar o disco para a frente, virando também o corpo, enquanto o fazem.
3- Levam o disco até ao ponto mais alto do seu rodopio. Agora devem ter o peso apoiado no pé esquerdo. Viram-no de frente para a posição em que vão lançar.
4- Voltam à posição de partida e recomeça a sequência. Flectem os joelhos, enquanto giram o corpo e, gradualmente, vão acumulando velocidade.
Desde que tenham controlado o balanço, tentam virar-se, enquanto lançam. Começam na parte de trás do círculo, mantendo as pernas flectidas e ligeiramente afastadas, e os braços abertos. Desviam o seu peso para o pé oposto ao braço lançador, e giram nesse pé. Dão uma volta ao corpo, e aterram sobre o outro pé. Quando se virarem de novo para as traseiras do círculo, começam a endireitar o corpo e a levar para a frente o braço lançador, num gesto largo e balanceado. Lançam o disco e atravessam o seu braço direito, em frente do corpo, à altura do peito, levando o pé direito para diante, o que lhes evitará uma queda. Um peso normal tem 7,257 kg, sendo fabricado em aço. O peso para as mulheres tem 4 kg.
Ao contrário de outras provas de lançamento, esta é praticada com corrida de balanço e não num círculo. Evoluiu a partir do arremesso de dardos usados pelos nossos ante passados na caça e na guerra, mas as distâncias são agora muito superiores ao que se poderia imaginar, resultando de melhorias na concepção do dardo e na própria técnica de lançamento. De facto, em 1984 o dardo teve de ser novamente desenhado porque estava a cair para lá do campo e sobre a pista - uma distância de mais de 100 metros! O dardo é composto a partir de um cabo de madeira ou metal, com uma ponteira de metal e uma braçadeira de cordão.
No lançamento do dardo são precisas as seguintes etapas:
1- Ganhar velocidade na corrida de balanço. Segurar o dardo alto, com a palma da mão voltada para cima.
2- Nas últimas passadas da corrida, esticar o braço que vai lançar, para que o dardo ficar atrás de si, e também levantar o joelho direito, na última passada. A isso chama-se passada cruzada.
3- Devido à passada cruzada, aterram no pé direito, com o corpo inclinado para trás e as ancas para a frente, posição essa destinada a facilitar o arremesso do dardo, que seguraram alto e atrás de si.
4- Atirar a perna esquerda para a frente, na última passada, com o braço direito e o dardo atrás si. Flectir a perna direita, para as ancas avançarem, e o corpo se arquear ligeiramente. Arremessar para fora o braço esquerdo, para ajudar no equilíbrio.
5- Inclinar para a frente o peito e os ombros, para atirar o dardo. Ver se tem o cotovelo elevado, nesse momento, o que fará com que o dardo voe bem acima do ombro e da cabeça, ajudando a evitar lesões na articulação do cotovelo.
6- Depois de largar o dardo, a sua perna direita continuará a avançar para a próxima passada. Flectir para abrandar a marcha e evitar ultrapassar a linha limite. Permanecer atrás dessa linha até a distância ter sido medida, ou o lançamento será invalidado.
Esta modalidade nasceu nos Jogos das Terras Altas da Escócia provavelmente no século XIV. Os pesos eram pedras grandes , demasiado pesadas para serem atiradas, mas passíveis de serem arremessadas, a partir do ombro, com uma das mãos. Hoje, em vez de uma pedra, usa-se uma bola de metal pesada, chamada peso mas a técnica permanece a mesma. Utiliza-se a base do indicador, do médio e do anelar para aguentar o peso; com o polegar e o mínimo podemos estabilizá-lo. Deve-se segurar o peso debaixo do queixo até ao momento de o arremessar sem nunca tocar a palma da mão. O peso, de bronze ou ferro, varia entre 3,25 kg para raparigas A-13, 7,26 kg para homens e 4 kg para mulheres. No lançamento do peso são necessárias as seguintes etapas:
1- Afastar os pés cerca de 60 cm. Segurar o peso debaixo do queixo, mantendo alto o cotovelo desse braço.
2- Juntar os pés enquanto se salta, ou deslizar para a esquerda.
3- Apoiar-se no pé direito, enquanto se aterra, e avançar com a perna esquerda. Flectir os joelhos e preparar-se para empurrar o peso a partir do ombro.
4- Fazer oscilar a anca direita, para lançar o corpo para a frente. Retirar o peso debaixo do queixo, como preparação para o largar.
5- Tentar impulsionar o peso para cima e em frente, a partir do queixo e tão depressa quanto possível. O peso irá tanto longe quanto mais alto e mais depressa for arremessado.
6- Para seguir o movimento do peso depois do arremesso, avançar com a perna direita e dobrá-la, para evitar passar sobre a barra de madeira em frente do círculo.
O lançamento do martelo é uma modalidade olímpica de atletismo. O desporto é baseado no lançamento de martelos propriamente ditos, que foram entretanto trocados por bolas de metal presas por um cabo de arame pesando que termina numa pega ou alça.
O martelo pesa 7,26kg na prova dos homens e 4kg nos eventos femininos.
O conjunto bola, arame e alça, formam uma unidade de comprimento máximo de 1,2 m.
A base de lançamento da prova é um círculo de 2,1 m de diâmetro, geralmente rodeado por uma rede que protege a audiência.
Segurando a alça com as duas mãos e mantendo os pés imóveis, o atleta faz a bola girar três ou quatro vezes, num círculo que passa por cima e por baixo da sua cabeça.
Quando o martelo alcança velocidade, o arremessador gira sobre si próprio duas ou três vezes para acelerar mais a bola e logo a solta para cima e para frente.
Se o martelo cai no terreno dentro de um ângulo de 90 graus, o lançamento é considerado válido.
A Marcha Atlética é uma modalidade do atletismo onde se executa uma progressão de passos de maneira que o atleta sem pre mantenha contacto com o solo com, pelo menos, um dos pés. A perna que avança tem que estar recta, (ou seja, não dobrada) desde o momento do primeiro contacto com o solo até que se encontre em posição vertical.
Foi integrada aos Jogos Olímpicos em 1908 e em 1992 passou a ser disputada também na categoria feminina.
As provas de marcha atlética são disputadas na distância de 20km, feminino, e 20km e 50km masculino, que se realizam normalmente em uma pista de rua. A marcha é uma actividade em que a resistência, a coordenação, o ritmo e a agilidade do atleta são fundamentais.
O regulamento estabelece que os juízes de Marcha têm que avisar aos atletas que por sua forma de marchar correm o risco de cometer alguma falta, e para isso utilizam discos amarelos como símbolos de uma possível infracção. No julgamento de Marcha, quando um atleta comete infracção é mostrado um cartão vermelho. Quando três juízes diferentes mostram os cartões vermelhos a um atleta, o juiz chefe procede a desqualificação do mesmo.
Triatlo é uma palavra grega que designa um evento atlético composto por três modalidades. Actualmente, o nome triatlo é em geral aplicado a uma combinação de natação, ciclismo e cor rida, nessa ordem e sem interrupção entre as modalidades.
Pode-se dizer que o triatlo moderno surgiu no San Diego Track Club na década de 1970. A primeira grande competição de triatlo, entretanto, foi o Ironman Triathlon, organizado em 1978 no Havaí. Naquela ocasião, a competição foi organizada com o intuito de esclarecer qual dos atletas (nadador, ciclista ou corredor) era o melhor condicionado fisicamente, que possuía a maior resistência. Era uma competição genuinamente individual, na qual não era permitida interacções entre alguns competidores que viessem a prejudicar os demais.
A modalidade estreou no programa nos jogos de Sydney no ano 2000, após sofrer algumas modificações estabelecidas pela União Internacional de Triatlo (ITU), fundada em 1989. Tais modificações, aplicadas com o fim de tornar a modalidade mais atractiva ao público, alteraram consideravelmente a dinâmica da prova e afastaram-na dos princípios que guiaram o nascimento da modalidade, mas aproximaram o desporto de requisitos necessários para ingressar no âmbito dos desportos olímpicos. Algumas das alterações mais importantes para que o triatlo se tornasse um desporto olímpico dizem respeito aos uniformes e a exposição de logo-marcas de patrocinadores nos uniformes dos atletas. Pode-se classificar as provas de triatlo de acordo com as distâncias percorridas e com os locais onde as provas são disputadas. As principais são as seguintes:
Algumas competições desportivas envolvem uma combinação de várias modalidades, no intuito de consagrar uma atleta mais completo. As provas oficiais do decatlo (para os homens) e do heptatlo (para as mulheres) combinam corridas, saltos e lançamentos. Os atletas pontuam de acordo com as suas marcas nas provas individuais (tendo por base uma tabela de conversão de marcas por pontos), e esses pontos são somados para definir-se o vencedor.
O decatlo que é para homens consiste em dez provas em dois dias: os 100 e 400 m, o salto em altura, o salto em comprimento, o lançamento do peso, os 1500 m, os 110 m barreiras, o salto à vara, o lançamento do dardo e o lançamento do disco. O primeiro decatlo moderno foi levado a cabo na Alemanha, em 1911, e todas as provas se deram no mesmo dia. Surgiu nas Olimpíadas em 1912, e, tal como actualmente, demorou dois dias. O heptatlo que é para mulheres consiste em sete provas em dois dias também: os 100 m barreiras, o salto em altura, o lançamento do peso, os 200 m, os 800 m, o salto em comprimento e o lançamento do dardo. O heptatlo (para as mulheres), foi introduzido em 1981 para substituir o pentatlo, que abrangia cinco provas. Acrescentou-se-lhe o lançamento do dardo e os 800 metros, para acentuar a força, bem como a velocidade. Em cada conjunto de provas o vencedor é escolhido por um sistema de pontuação, no qual os competidores obtêm pontos pelo tempo, distância e velocidade demonstrados em cada prova. Ganha o atleta com a pontuação mais alta.
Primeiro Dia
100 metros Barreiras
As provas no heptatlo têm 30 minutos de intervalo entre si. O conjunto de modalidades põe à prova a velocidade, a força, a agilidade e a resistência de uma atleta. O treino para esta primeira prova - os 100 m barreiras - também beneficia os 200 m.
Salto em Altura
Neste salto a técnica e a agilidade são postas à prova. As regras são as mesmas que na modalidade individual, mas as atletas são divididas em grupos com padrões semelhantes. As atletas comem alimentos energéticos ao longo do dia.
Lançamento do Peso
Serve para pôr à prova a força de uma atleta. As distâncias alcançadas no heptatlo são frequentemente mais baixas do que nas provas individuais, porque a atleta é muito mais leve, e aumentar-lhe o peso corporal para esta prova poderia prejudicar a sua actuação nas outras. Nos lançamentos, as atletas dispõem apenas de três tentativas.
200 metros
Esta prova é praticada no fim do primeiro dia, quando a atleta começa a sentir-se cansada. Por isso, é tanto uma prova de resistência como de velocidade.
Segundo Dia
Salto em Comprimento
As atletas só fazem três tentativas neste salto. A velocidade é também vital, para assegurar uma boa corrida de balanço.
Lançamento do Dardo
A capacidade técnica bem como a força do tronco são vitais no arremesso do dardo. Nas provas individuais, as lançadoras do dardo são baixas e leves. A maior parte das atletas do heptatlo são constituição semelhante e, muitas vezes, conseguem pontuar bastante nesta prova.
800 metros
O segredo é mais a resistência do que a velocidade. Nesta fase, a atleta devia concentrar-se na marcação dos pontos de que necessita para estabelecer o resultado final e devia ter por objectivo regular a sua passada.
Primeiro Dia
100 metros
Esta é a primeira prova do primeiro dia. Nas modalidades de pista, permite-se aos atletas três falsas partidas, em contraste com as duas habituais.
Salto em Comprimento
Depois da velocidade dos 100 m, este salto põe à prova a capacidade técnica do atleta. Os atletas que praticam provas combinadas devem iniciar cada uma delas, ou serão desqualificados. No entanto, se não completarem a prova por falha de um salto, por exemplo, nesse caso não marcaram pontos, o que pode ser desastroso para o resultado final.
Lançamento do Peso
Como no heptatlo, um físico avultado pode beneficiar esta e outras provas de arremesso, mas talvez façam abrandar o atleta do decatlo nas corridas de velocidade e nos 1500 metros.
Salto em Altura
Os atletas praticantes de provas combinadas têm de aproveitar ao máximo o seu tempo de treino, e, muitas vezes, treinarem ao mesmo tempo o salto em comprimento, o salto em altura e o salto com vara.
400 metros
É importante beber durante o dia, principalmente em climas quentes e depois de provas de esforço, como os 400 m. Esta é a que encerra o primeiro dia, e os atletas terão de pensar em descansar antes das provas do dia seguinte.
Segundo Dia
110 metros
As pontuações do segundo dia são frequentemente mais baixas, visto os atletas poderem ter os músculos rígidos e estar cansados depois da véspera.
Lançamento do Disco
É uma prova difícil porque exige um equilíbrio e coordenação perfeitos, e uma técnica mais apurada do que outras provas de arremesso.
Salto com Vara
Os saltadores devem ser rápidos, fortes e maleáveis, para executarem todos os movimentos exigidos ao catapultar-se sobre a barra apoiando-se numa vara de fibra de vidro.
Lançamento do Dardo
Nesta altura da competição, o atleta do decatlo estará cansado, e deverá concentrar-se em arremessar o dardo com rigor para ter a certeza de que marca pontos. No seu primeiro arremesso “válido”, deve ter por alvo o meio da área de aterragem. O segundo e o terceiro arremessos podem ser usados, depois, para melhorar a distância atingida.
1500 metros
A última e a mais difícil de todas as provas. Como nos 800 m femininos, a táctica é mais importante que a velocidade.
Nestas competem atletas com vários tipos de deficiências. Tal como os Jogos convencionais, as Olimpíadas dos deficientes têm lugar de quatro em quatro anos e, sempre que possível, no mesmo país que os Jogos Olímpicos.
As primeiras Olimpíadas deste tipo, completas, foram em Roma, no ano de 1960 e, desde 1976, também tem havido as Olimpíadas de Deficientes de Inverno, que incluem bicicleta e judo.
A maratona é uma corrida de longa distância cujo trajecto é de cerca de 42 km, o que exige um esforço extraordinário do atleta.
Em todos os Jogos Olímpicos, é sempre no Atletismo que se atingem os momentos mais altos e de maior impacto mediático. É talvez a modalidade desportiva onde o ideal olímpico corresponde perfeitamente aos objectivos da própria modalidade: mais rápido, mais alto, mais forte. De facto, o que se procura é chegar em primeiro, ser mais veloz, chegar mais alto e mais longe e ainda aguentar melhor as dificuldades das provas, ser mais forte.
Após a realização deste trabalho fiquei a conhecer melhor esta modalidade fantástica.