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Análise do poema "Cada um cumpre o destino que lhe cumpre" de Fernando Pessoa, realizado no âmbito da disciplina de Português (12º ano de escolaridade)...
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Cada um cumpre o destino que lhe cumpre,
E deseja o destino que deseja;
Nem cumpre o que deseja,
Nem deseja o que cumpre.
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Como as pedras na orla dos canteiros
O Fado nos dispõe, e ali ficamos;
Que a Sorte nos fez postos
Onde houvemos de sê-lo.
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Não tenhamos melhor conhecimento
Do que nos coube que de que nos coube.
Cumpramos o que somos.
Nada mais nos é dado.
O sujeito poético neste poema defende uma filosofia de vida que assenta na aceitação do destino de uma forma tranquila, sem tentativas de o mudar, alimentando desejos ou esperanças pois “Nada mais nos é dado”. Tentar fugir ao destino seria inútil, porque viver radica numa total incompatibilidade entre aquilo que se deseja e aquilo que se alcança. O sujeito poético revela, em suma, o seu conformismo face ao destino, de fase estoicista – não vale apenas desejar, não vale apenas ter esperanças, porque a nossa vida será apenas como foi programada e o melhor é aceitar isso com dignidade.
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