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Capítulo XV d’Os Maias
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Resumo do trabalho
Trabalho escolar sobre o Capítulo XV d'Os Maias, realizado no âmbito da disciplina de Português (11º ano).
Introdução
O capítulo XV situa-se já no desenvolvimento da acção e faz parte da intriga principal, como mostra a figura (em baixo) e durante este capítulo são abordados/as:
- A vida e educação de Maria Eduarda;
- O encontro de Maria Eduarda com Guimarães;
- O episódio da Corneta do Diabo
- O episódio no Jornal A Tarde.
A vida e educação de Maria Eduarda
No início do capítulo Carlos e Maria falam sobre a eventualidade de irem para Isola Bela para um “ninho romântico” e, quando Carlos lhe pergunta quando gostaria de partir, Maria chama e pergunta a Rosa se ela gostaria que Carlos passasse a ser daí em diante como o “pai”. Rosa fica muito contente e vai brincar para o jardim. Obtendo o consentimento da pequena, Maria confessa a Carlos que tem muito que lhe dizer e começa a contar-lhe a história da sua vida, no que toca a Maria com o objectivo de não cometer o mesmo erro e, no que toca a Carlos, para a conhecer e amá-la assim inteiramente.
A história da vida de Maria Eduarda resume-se então (segundo ela) aos seguintes pontos:
- Nascera em Viena, mas como não se lembrava nada da sua infância, apenas recordava algumas imagens (largos passeios de árvores, militares vestidos de branco, as histórias do avô, etc.);
- Não sabia nada do pai, a não ser que era um nobre de grande beleza;
- Tivera uma irmã de nome Heloísa que morreu com dois anos;
- A sua mãe, já mais tarde, não tolerava que lhe perguntassem coisas do passado.
- Foi a Inglaterra, mas nãos e lembra de quase nada;
- Posteriormente viveu em Paris tendo memórias mais nítidas desta altura: o seu avô tinha falecido e a sua mãe estava de luto; lembra-se ainda da sua aia, que era italiana e que a levava todas as manhãs brincar aos campos elísios. Durante a noite lembrava-se de ver a mãe decotada e um homem loiro que lhe costumava trazer bonecas num quarto muito decorado.
- Entretanto a sua mãe meteu-a num convento perto de Tours (para grande tristeza de ambas): durante os primeiros meses as visitas da mãe eram regulares (que lhe trazia muito presentes) mas, com o passar do tempo as visitas foram se tornando menos regulares e, depois de ficar um ano sem a ver, Maria lembra-se da sua mãe ter voltado um dia coberta de luto a chorar abraçada a ela.
- Na visita que se seguiu a mãe vinha mais contente e muito melhor de saúde e, passado algum tempo (para sua grande infelicidade) voltou para Paris na companhia de uma fidalga pobre que a fora buscar ao convento.
- A casa da mãe nessa altura era uma casa de jogo (“de um luxo sério e fino”) e foi aí que conheceu Mr. Trevernnes, um homem perigoso pela sua sedução pessoal e por uma desoladora falta de honra e de senso até que, num dia à noite, devido a uma desgraça se mudaram para outra casa.
- Foi nessa casa que a sua mãe conheceu Mac Gren, um gentleman irlandês muito novo que se enamorou pela sua mãe logo com “o ardor, a efusão, o ímpeto de um irlandês”. Entretanto Mr. Trevernes começou a fazer exigências maiores à mãe de Maria exigindo-lhe pagamentos e começou a olhar para Maria Eduarda dum modo que a assustava, até que, num dia fugiram para um hotel porque tinha havido uma penhora.
- Nessa altura a mãe de Maria e a própria Maria viviam receosas e assustadas com a possibilidade de aparecer Mr. Trevernnes, mas quem veio foi Mac Gren que as levou para Fontainebleau onde viveram um ano “quieto e fácil”.
- Entretanto a mãe de Maria rompera com Mr. Trevernnes e passou a adorar Mac Gren do qual teve uma filha: Rosa.
- Depois quando rebentou a guerra Mac Gren alistou-se no exército e semanas depois a mãe de Maria soube que ele tinha sido morto. A morte de Mac Gren fora o início de uma vida muito carenciada pela parte de Maria, de Rosa e da mãe de Maria que começou a apresentar uma doença no coração o que, posteriormente, a matou.
- Entretanto conheceu Castro Gomes e passou a ser sua companheira não suportando a sofrimento em que Rosicler vivia, agora sem o apoio da sua mãe.
- É sabido que Maria Eduarda nunca tinha amado realmente ninguém e, por isso, o seu corpo “permaneceu sempre frio, frio como mármore”.
Episódio da Corneta do Diabo
Com a toca a receber cada vez mais visitantes e a, consequentemente, conhecerem a relação de Maria Eduarda com Carlos da Maia. Um dia Carlos recebeu uma carta do Ega que consistia apenas numa carta e dois números de jornal cintados. Nesse jornal (A Corneta do Diabo) havia sido publicada uma carta escrita por Dâmaso que insultava Carlos e expunha, em termos degradantes, a sua relação com Maria Eduarda; Palma Cavalão revela o nome do autor da carta e mostra aos dois amigos o original, escrito pela letra de Dâmaso, a troco de “cem mil réis”.
O encontro de Maria Eduarda com Guimarães
Entretanto quando Carlos vai ter com o Ega juntamente com Maria encontram o tio do Dâmaso pelo caminho, o Guimarães que cumprimenta respeitosamente Maria quando a vê, embora claramente assustado.
Episódio da Corneta do Diabo (Continuação)
Sabendo a identidade do autor da carta Carlos da Maia pede ao Ega e ao Cruges para irem a casa do Dâmaso em seu nome, exigindo como injuriado, uma reparação pelas armas ao Dâmaso (apresentando e pondo as provas que Cavalão lhes tinha dado em cima da mesa). Este acaba por fazer uma confissão por escrito dizendo que esse documento era todo incoerente e que foi escrito devido ao facto de se achar no momento no mais completo estado de embriaguez (doença de família por sinal). Para grande felicidade de Ega (e de Carlos) quando lhe mostrou o documento Carlos deixou-o ao cuidado do Ega para que ele fizesse aquilo que bem entender com o documento.
Ora Ega, com o ódio que tinha ao Dâmaso, dirigiu-se ao jornal A Tarde para publicar a carta que o Dâmaso tinha escrito, o director do jornal A Tarde, aceita publicar a carta na qual Dâmaso se retracta, depois da sua recusa inicial por confundir Dâmaso Salcede com o seu amigo político Dâmaso Guedes.
O capítulo termina com os amigos íntimos de Carlos a aprovarem a publicação da carta, carta essa que, dias depois, é esquecida com a redacção do jornal onde tinha sido publicada a carta a desejar em amáveis palavras uma boa viagem a Dâmaso Salcede.
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14/01/2020