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Características de uma pilha (Atividade Laboratorial)
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Resumo do trabalho
Atividade Laboratorial
Características de uma pilha
Objetivo:
Esta atividade experimental tem como objetivo determinar as características de uma pilha (força eletromotriz e resistência interna) a partir da sua curva característica.
Material:
- Pilhas novas e usadas (4,5 V)
- Fios de ligação (com fichas banana)
- Pinças crocodilo
- Reóstato de 100Ω
- Amperímetro (20 mA, 200 mA)
- Voltímetro (20 V)
Procedimento:
- Montar o circuito elétrico, usando a pilha nova;
- Deslocar o seletor do reóstato para a posição de maior resistência;
- Fechar o circuito elétrico, tirando o fio de ligação do reóstato;
- Verificar se as escalas do amperímetro e do voltímetro escolhidas são adequadas para toda a gama de leituras. Para isso, deslizar o seletor do reóstato até à posição de menor resistência, marcar esta posição, e alterar as escalas, se necessário. É conveniente utilizar, durante toda a atividade, as mesmas escalas;
- Deslocar o cursor do reóstato para a posição de maior resistência e fechar o circuito elétrico, utilizando o fio de ligação;
- Registar a intensidade de corrente elétrica (I) indicando a respetiva incerteza absoluta de leitura (informação do fabricante ou uma unidade no algarismo menos significativo);
- Registar a diferença de potencial elétrico (U) indicando a respetiva incerteza absoluta de leitura (informação do fabricante ou uma unidade no algarismo menos significativo);
- Abrir o circuito para impedir o aquecimento excessivo da pilha;
- Deslocar um pouco o seletor do reóstato;
- Fechar o circuito, utilizando o fio de ligação;
- Repetir os procedimentos 6 a 10 pelo menos mais cinco vezes;
- Abrir o circuito elétrico, utilizando o fio de ligação;
- Registar a diferença de potencial elétrico (U), nos terminais da pilha que corresponde, aproximadamente, à força eletromotriz (Ꜫ) da pilha, indicando a respetiva incerteza absoluta de leitura (informação do fabricante ou uma unidade no algarismo menos significativo);
- Repetir todos os procedimentos para a pilha usada.
Esquema de montagem:
Cuidados a ter:
- Utilizar os equipamentos só depois de ter lido e compreendido as instruções de manuseamento e segurança;
- Auxiliar na manutenção e utilização de equipamentos, informando a pessoa responsável de qualquer defeito detetado;
- Não manipular material elétrico com as mãos húmidas ou molhadas;
- Para desfazer ligações, puxar pinos ou fichas, segurando-os e nunca puxando pelos fios;
- O amperímetro sendo um aparelho de medida que tem uma resistência elétrica interna baixa, quando instalado em paralelo, provoca um curto-circuito (a corrente elétrica pode ser tão elevada que pode avariar o amperímetro). Por esta razão, o amperímetro deve ser colocado em série, não alterando a intensidade da corrente elétrica que atravessa o circuito;
- O voltímetro, por outro lado, tem uma resistência elétrica interna elevada, geralmente maior do que um megaohm. Por esta razão, pode considerar-se que a intensidade de corrente elétrica que o atravessa é desprezável quando comparada com a intensidade de corrente elétrica que atravessa o restante circuito, podendo assim, ser colocado em série e em paralelo;
- Após se efetuarem leituras de e de , deve desligar-se imediatamente o circuito para impedir o aquecimento da pilha, permitindo assim que, durante toda a atividade, a força eletromotriz (ɛ) e a resistência interna da pilha ( ) se mantenham constantes.
Registo de dados:
Força eletromotriz da pilha 1 (nova) medida diretamente (voltímetro): ɛ = (4,65 ± 0,01)
Força eletromotriz da pilha 2 (usada) medida diretamente (voltímetro): ɛ = (4,00 ± 0,01) V
Tratamento de dados experimentais:
1º Cálculo da resistência para o primeiro ensaio:
2º Cálculo da potência para o primeiro ensaio:
3º Cálculo do erro relativo:
Equação da reta:
y = -1,9233.
x + 4,6095
A curva característica é do tipo: y = a.x + b. O declive a da reta representa o simétrico da resistência elétrica interna da pilha (r) e a ordenada na origem b representa a força eletromotriz da pilha (ε).
A partir da equação do gráfico e da expressão
U = ε - r.I, conclui-se que:
A partir deste gráfico era suposto obter o máximo da potência dissipada na resistência R, quando o valor de R, se aproxima do valor de r. Para obter esses valores era necessário obter um pico de gráfico. Tal não acontece porque o intervalo de resistências do reóstato utilizado não é amplo o suficiente para incluir um valor de resistência externa (R) que seja igual ao valor da resistência interna (r) da pilha velha. Se fossem acrescentadas resistências R ao circuito provavelmente encontrava-se um valor de resistência R que fosse igual ao valor da resistência r da pilha.
1º Cálculo da resistência para o primeiro ensaio:
2º Cálculo da potência para o primeiro ensaio:
3º Cálculo do erro relativo:
Equação da reta: y = -5,7699x + 3,952
A curva característica é do tipo: y = a.x + b. O declive a da reta representa o simétrico da resistência elétrica interna da pilha (r) e a ordenada na origem b representa a força eletromotriz da pilha (ε).
A partir da equação do gráfico e da expressão , conclui-se que:
A partir deste gráfico era suposto obter o máximo da potência dissipada na resistência R, quando o valor de R, se aproxima do valor de r. Para obter esses valores era necessário obter um pico de gráfico. Tal não acontece porque o intervalo de resistências do reóstato utilizado não é amplo o suficiente para incluir um valor de resistência externa (R) que seja igual ao valor da resistência interna (r) da pilha velha. Se fossem acrescentadas resistências R ao circuito provavelmente encontrava-se um valor de resistência R que fosse igual ao valor da resistência r da pilha.
Resultados obtidos:
- Força eletromotriz medida diretamente no voltímetro (circuito aberto)
- Força eletromotriz retirada a partir da ordenada na origem da equação do gráfico (circuito fechado)
- Resistência interna retirada a partir do simétrico do declive da equação do gráfico
Análise e crítica dos resultados obtidos:
Os resultados obtidos estão de acordo com a previsão teórica uma vez que se obteve uma reta com equação do tipo
y = a.x + b.
Durante a realização da atividade poderão ter ocorrido algumas discrepâncias/ desvios entre a previsão teórica e os dados experimentais obtidos. Esses erros poderão ter sido a dispersão de energia na pilha, a má leitura das escalas do amperímetro e do voltímetro e o mau funcionamento dos equipamentos utilizados (amperímetro e voltímetro).
Os resultados obtidos, a partir da equação da reta, do valor da força eletromotriz de cada uma das pilhas têm uma exatidão elevada uma vez que o valor do erro relativo é inferior a 5 %.
Verificou-se que a pilha nova, em relação à pilha velha, tem uma resistência interna menor e uma força eletromotriz maior. Isto acontece porque com o tempo, as pilhas perdem a capacidade de gerar energia elétrica e diz-se que ficam «gastas».
Ao variar o valor da resistência elétrica, do recetor, R, esse valor pode aproximar-se do valor da resistência interna da pilha (r), que se desconhece à partida. Tal não acontece, talvez pelo facto de o reóstato utilizado não apresentar um intervalo de resistências que inclua uma resistência igual à resistência interna da pilha, daí não verificar-se o seguinte gráfico:
Se fossem acrescentadas resistências R ao circuito provavelmente encontrava-se um valor de resistência R que fosse igual ao valor da resistência r da pilha. Se tal acontecesse, a potência dissipada (Pd) por efeito de joule pelo recetor atingia o máximo.
Se esse valor de se mantivesse por muito tempo, a pilha aquecia bastante e «gastava-se» rapidamente. Nesse caso, a potência Pd seria, aproximadamente, igual à potência elétrica fornecida pela pilha a esse recetor.
Conclusão:
No final da atividade conseguimos cumprir o objetivo inicialmente proposto: determinar as características da pilha (força eletromotriz e resistência interna) a partir da sua curva característica.
Conclui-se que a pilha nova tem uma resistência menor e uma força eletromotriz maior em relação à pilha velha; e que a variação da força eletromotriz nas pilhas, em circuito aberto e em circuito fechado, não apresentam uma variação muito elevada.
Bibliografia:
- Manual de Física: Física 10; Física e Química A – 10º ano – Ensino Secundário | Autores: Agostinho Oliveira; Cacilda Moura; José Costa Leme; Luís Cunha; Paula Cristina Silva | Editor: Raiz Editora
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15/06/2019