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Ficha de Leitura sobre a obra de José Luís Peixoto, Cemitério de Pianos, realizado no âmbito da disciplina de Português.
Nome: José Luís Peixoto.
Nascimento (local e data): Galveias, mais propriamente Ponte de Sôr, em 1974.
Morte (local e data): Está vivo.
Outras Obras: Morreste-me; Nenhum Olhar; Uma Casa na escuridão; Antídoto; A Criança em Ruínas; A Casa, a Escuridão; entre outras obras.
Capa: A capa desta obra possui o nome do escritor –José Luís Peixoto-, com destaque para o último nome, visto que é o nome que o identifica melhor; o nome da obra –Cemitério de Pianos; e o nome, seguido do logótipo, da editora –Bertrand Editora; e há que não esquecer de referir que por detrás das letras, como fundo, está a imagem de um piano ‘um tanto ou quanto’ destruído, que de facto nos lembra um cemitério, pela poeira e cor do próprio piano.
Contracapa: A imagem de fundo de todo o livro é o piano que se vê melhor na capa da obra. Na contracapa, para além dessa imagem de fundo, podemos ver uma imagem do escritor José Luís Peixoto; o código de barras; e um excerto bastante interessante da obra - <<à procura, procura do vento. Porque a minha vontade tem o tamanho de uma lei da terra. Porque a minha força determina a passagem do tempo. Eu quero. Eu sou capaz de lançar um grito para dentro de mim, que arranca árvores pelas raízes, que explode veias em todos os corpos, que trespassa o mundo. Eu sou capaz de correr através desse grito, à sua velocidade, contra tudo o que se lança para deter-me, contra tudo o que se levanta no meu caminho, contra mim próprio. Eu quero. Eu sou capaz de expulsar o sol da minha pele, de vencê-lo mais uma vez e sempre. Porque a minha vontade me regenera, faz-me nascer, renascer. Porque a minha força é imortal.>> -.
Título: Cemitério de Pianos.
Assunto: A história deste livro baseia-se no centro de uma oficina de carpintaria, onde se situa o cemitério de pianos, ou seja, instrumentos que não estão mortos, mas suspensos entre vidas, tal como os seres que os rodeiam. É neste espaço que se desenrolam a maioria dos acontecimentos que nos são descritos pelos narradores –pai e filho-, em tempos diferentes, que por vezes, se sobrepõem. Desta forma, desvendam a história da família, numa linguagem antitética entre sombras e luz, silêncio e riso, medo e esperança, culpa e perdão, e amores abandonados, com violência doméstica e faltas que nem sempre são perdoadas, porém, acabam por ser vencidas pelo poder dos afectos. Também é retratada a morte, que ao invés de indicar o fim de algo, indica a renovação –o elo entre as gerações e a continuação: dois dos três Lázaros (narradores) morrem após o nascimento do Lázaro seguinte.
Parte mais interessante. Há várias partes interessantes neste livro, na minha perspectiva, pois identifico-me muito com vários aspectos. Entre eles está presente a perda de um parente próximo –o pai-; a violência doméstica e a impotência dos filhos perante tal situação… ou não; entre vários aspectos.
Parte menos interessante. Ao inicio fiquei triste, pois este não era o livro que pretendia comprar. No entanto, estava ansiosa por lê-lo na mesma, visto que tudo o que lera deste autor me tinha agradado muito. Assim sendo, andava com este ‘calhamaço’ e ia-o lendo aos ‘poucos e poucos’. Fui descobrindo que o autor retratava os personagens como se nós (os leitores) já soubéssemos quem eram; atravessava uma história com outra, ou seja, contava várias histórias ao mesmo tempo; e às tantas, quando dei conta, não estava a acabar as frases –já para não falar que repete as frases de várias formas. Para ser sincera, tudo isto estava a irritar-me, mas depois fui percebendo que era apenas a sua forma de escrever e habituei-me a ela –até mais do que o costume, pois arrisco a dizer que José Luís Peixoto é dos meus escritores favoritos.
Personagem preferida. Não uma, mas todas! Adoro o livro na sua totalidade, e acho que se se retirasse uma personagem, a história não seria tão sensacional como é, na minha opinião.
Duas citações. Na minha opinião, esta obra não tem citações marcantes, pois o marcante na história é o conjunto de todas as letras, palavras, frases… Tudo junto, forma uma obra excepcional!
Comentário sobre a obra: Acho esta obra fenomenal! Identifico-me com várias partes, entre elas, o facto de perder alguém que nos é muito próximo –o pai-, como é retratado na obra. Para além disso, a escrita personalizada deste escritor, que ao inicio pode ser um aspecto negativo, acaba por se tornar num aspecto bastante positivo, a meu ver, pois, depois de nos habituarmos a ela, não nos conseguimos saturar por ser sempre original, ao contrário de outros escritores.